O que você mais detesta nos políticos?
Diagnóstico Socieconômico do Sudeste do Pará
Eis a íntegra do 1.o Capítulo do estudo encomendado pela Companhia vale do Rio doce para cenários no futuro próximo de interesse da mineradora no sudeste do Pará.
Por razões técnicas o blog publicará o diagnóstico em Capítulos.
APRESENTAÇÃO
A Companhia Vale do Rio Doce, ao mesmo tempo em que amplia sua internacionalização, vem consolidando sua presença em 13 Estados brasileiros, em particular no Pará, para onde estão previstos importantes empreendimentos na região sudeste, nos próximos anos.Para realizar estes empreendimentos de forma efetiva e socialmente responsável – atendendo aos desafios de um mercado cada vez mais competitivo e às necessidades locais de desenvolvimento integrado, equânime e sustentável – a Vale e a sua Fundação procuram conhecer melhor a região, em especial os municípios onde está presente.Para tanto, foi contratada a Diagonal Urbana Consultoria Ltda, empresa especializada e independente, para elaborar o Diagnóstico Integrado da Socioeconomia do Sudeste do Pará.
O estudo foi realizado ao longo de 2006 e agora é devolvido ao poder público e à sociedade com o intuito de partilhar o conhecimento adquirido, validá-lo e adotá-lo como importante insumo no diálogo sobre o desenvolvimento integrado da região entre os agentes governamentais e não-governamentais.A apresentação do Diagnóstico Integrado da Socioeconomia do Sudeste do Pará é mais uma expressão do compromisso da Vale com o desenvolvimento sustentável, buscando juntamente com o poder público e a sociedade civil o comprometimento com o futuro da região.
Companhia Vale do Rio Doce
Fundação Vale do Rio Doce
Aqui você poderá ler o Capítulo I
A distância petista entre o dizer e o fazer
Estou em estado de imersão quase que total no trabalho. Após quase um ano de discussão vamos finalmente implementar um novo sistema de monitoramento e controle da máquina do governo. Vai ser baseado no sistema de Minas Gerais, porém totalmente modificado para a nossa realidade, e muito melhor. Hoje vamos dar início aos cursos preparatórios para todos o gerentes de projeto do governo estadual. Estou indo para lá daqui a pouco. Se por um lado vai haver muita cobrança, por outro haverá ações pesadas de qualificação dos servidores públicos (e possivelmente de bônus por produtividade, etc.). É o estado burocrático dando lugar ao estado gerencial. Estamos saindo na frente.
É realmente impressionante a diferença entre o dizer e o fazer do governo petista acreano e o governo petista paraense.
Quando ví e ouví nas últimas eleições o slogan da atual governadora "O Governo da Mudança", sinceramente achava que com o PT eleito, finalmente o meu Estado do Pará respiraria novos ares como o Acre está respirando. Lêdo engano.
O modelo petista paraense de governar está sendo uma ruína com todas as letras e cacos possíveis.
A absoluta incapacidade gerencial desse governo -- salvo raríssimas exceções -- parece mais um laboratório de cientista político amalucado.
Enquanto isso, agravam-se os escândalos, o setor produtivo tá na lona, os índices de atendimento à Saúde despencam e os sem-terras e bandoleiros de todas as matizes olhando para a nossa cara e morrendo de rí.
Não acho graça nenhuma nisso. Mais três anos pela frente e seja o que Deus quiser.
Parabéns ao Governador César Messias pela visão arrojada. Parabéns prá você Marky.
Carajás: Combinação de cadeias produtivas define quadro socioambiental
Em busca de respostas para questões centrais, o Repórter Brasil captou contribuições relevantes a respeito da caracterização de Carajás (O Retrato, subdivididos em duas partes: o Ferro e as Cadeias), das alternativas colocadas para a região (As Propostas) e das questões centrais que permanecem em aberto (Os Desafios).
No próximo post o blog disponiblizará outra série, desta feita um Diagnóstico Integrado da Socioeconomia da região encomendado pela Companhia Vale do Rio Doce que, doravante algo de errado aconteça, estará lançando hoje ou amanhã uma nova logomarca e -- dizem -- até um novo nome de fantasia no mercado para dissociá-la da tradição impregnada de uma empresa que nasceu privada, virou estatal e voltou a ser privada; correndo, contudo, o nada desprezível risco, diga-se, de voltar a ser estatizada como preconizam os filhotes de Chávez, Evo e Fidel e et Caterva.
Este blog disponibilizará aos seus 283 leitores o contra-ponto das questões suscitadas por um lado e outro...e mais outro: a política a qual se refere meu amigo o ex-vereador Raimundinho, agrônomo e sociólogo marabaense que dirige a Cepasp.
O blog fará, da mesma forma, uma série de entrevistas com políticos sobre o tema, --e, irá além. Estabelecerá a conexão entre a realidade apresentada pelo Repórter Brasil, o Diagnóstico encomendado pela CVRD, o que a própria CVRD ou seja lá como ela se chama agora, e o que move, nesse contexto, a alternativa como imediata opção, da criação do Estado do Carajás. Suas conexões é o que interessa ao blog para o bom debate.
É pauta para meses de trabalho.
A reportagem que vocês lerão a seguir é a segunda da série: As Cadeias, do Repórter Brasil. Quem assina é o jornalista Maurício Hashizume sob a edição, acredito, de Leonardo Moretti Sakamoto, presidente da ONG.
Por Maurício Hashizume
"Outro aspecto que poderia ser significativo na relação entre as produtoras de ferro-gusa e a economia regional seria a receita tributária oriunda desta atividade. Contudo, as isenções fiscais sobre os lucros dos empreendimentos e sobre a comercialização de seus produtos reduzem significativamente o volume de tributos pagos por estas indústrias", adiciona Maurílio, para quem a principal articulação entre as siderúrgicas e a socioeconomia real da região, portanto, é a demanda por carvão vegetal.
Guseiras instaladas na região ainda não cumpriram os Planos Integrados Floresta/Indústria (Pifis), que estabeleceram diretrizes e metas em relação à origem do carvão. De acordo com o pesquisador, a produção de uma tonelada de ferro-gusa requer 875 kg de carvão vegetal. Para se chegar a essa quantidade, são necessários 2,6 mil kg de madeira seca (que, em média, tem uma densidade de 360 kg/m3 em matas nativas). Ou seja, essa matéria-prima exige o desmatamento de uma área de pelo menos 600 m².
"Muitas das aquisições de terras por parte dos empreendimentos metalúrgicos são sustentadas por mecanismos como a grilagem e a violência contra posseiros, o que contribui de forma decisiva para aprofundar o quadro de tensão social presente em diversas áreas", completa, na pesquisa, o secretário estadual.
A meta da Viena, por exemplo, é atingir 80% da produção de carvão vegetal oriunda de reflorestamentos próprios em 2010. Com o término do plantio da safra 2007/2008, a guseira terá plantados quase 25 mil hectares. As providências para a sustentabilidade estão consubstanciadas no Plano de Auto-Suprimento (PAS), aprovado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Maranhão. No início deste ano, a Associação das Siderúrgicas de Carajás (Asica) lançou um fundo com US$ 6 milhões em caixa para financiar a expansão da monocultura de eucalipto na região . De cada tonelada de ferro-gusa destinada à exportação, US$ 3 estão sendo destinados ao fundo.
Outra siderúrgica da região, a Ferro Gusa Carajás, pertencente à Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), mantém 150 mil hectares de eucaliptos certificados para abastecer a produção de 400 mil de toneladas de ferro-gusa em 2007. A Vale mantém também o projeto Vale Florestar, que prevê a recuperação de outros 150 mil hectares de proteção e recomposição de áreas degradadas no chamado Arco do Desmatamento.
Olho nas carvoarias
Segundo Edmilson Pinheiro, do Fórum Carajás, o eucalipto já se espalha também por outras regiões do Maranhão como o Mearim e o Baixo Parnaíba. Sobre Carajás, Edmilson é categórico: "As políticas públicas na região beneficiam sempre as guseiras, madeireiras e pecuaristas".
Protesto contra opeação comandada pelo Ibama na Rebio de Gurupi bloqueia rodovia (Foto: Diego Janatã)
"Esse tipo de reação mostra a ousadia e o abuso de poder nas relações sociais de determinados segmentos", comenta Manoel Pinto Santos, coordenador da Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária (Anara), que presta assessoria a assentados. "O Estado liberal que vemos hoje está muito distante da democracia de fato. Em ações como essa transparece o poder de ação das armas, da violência e da legitimidade clandestina. Quem incomoda precisa ser afastado. A ordem é desobstruir".
Incentivada por madeireiros, população de Buriticupuateou fogo em pá-carregadeira (Foto: Diego Janatã)
A relação dos donos das propriedades é auto-explicativa. A Fazenda do Coronel é do prefeito de Davinópolis (MA), Chico do Rádio; e a Fazenda Vitória, de Shydney Jorge Rosa, suplente do senador Mário Couto (PSDB-PA) e ex-prefeito de Paragominas (PA). Houve reincidência nas fazendas Boa Fé/Caru, de Gilberto Andrade, e Zonga, de Miguel de Souza Rezende, dono de uma outra propriedade - a Rezende, em Senador La Rocque (MA) - em que foi constatado o trabalho análogo ao escravo. As Fazendas Santa Bárbara e Bom Jesus, localizada dentro da Rebio de Gurupi e também flagrada, pertence a um empresário do setor imobiliário de Imperatriz (MA), José Escórcio de Cerqueira.
Desde 1986, o CDVDH acompanha os casos de trabalho escravo na região. Depois de incursões de campo e solicitações junto a órgãos oficiais, o centro conseguiu identificar 200 propriedades privadas instaladas dentro da reseva (80 delas com mais de 1 mil hectares) que ocupam cerca de 80% do seu território. Muitas estradas foram abertas por saqueadores da natureza no interior da Rebio Gurupi, palco de outros crimes como cultivo de maconha e desmanche de automóveis.
"As crianças de lá brincam com caminhões de brinquedo carregados de pequenas toras", relata o historiador Milton Teixeira, do CDVDH. A rica biodiversidade da área inclui a ave ararajuba (Aratinga guarouba). Nas proximidades de Gurupi, existem ainda três Terras Indígenas (TIs): Caru, Awá e Alto Turiaçu. Terras Indígenas (TIs) e Unidades de Conservação (UCs) estão sob pressão (Foto: Antônio Cruz/Abr)
Terras Indígenas (TIs) e Unidades de Conservação (UCs) estão sob pressão (Foto: Antônio Cruz/Abr)
O processo em curso segue à risca o prenúncio de Aziz Ab´Saber. "No desenrolar caótico desses processos de desmatamento mal fiscalizados, paira uma grande ameaça para os núcleos de florestas pertencentes às reservas indígenas", anunciava há 20 anos. No mesmo profético artigo, o professor consegue captar a essência da mentalidade que insiste em determinar a ocupação humana na região de Carajás: "já que a Amazônia vai ser destruída mesmo, que seja a nosso favor".
Terremoto em Belém
Um capítulo da disputa insana pela posse da terra no Pará
Capítulo I
Só mudou os atores.
A história é a mesma desde o descobrimento do Brasil...
... E lá se foi meio século!
João Corrêa é um paulista que chegou no Pará há 30 anos. Atendeu o chamado do Governo Federal para ocupar terras na Amazônia. Durrubou a mata. Plantou capim, criou boi. Progrediu. O governo titulou sua fazenda. E os sem-terras querem-na. Como não puderam. Destruíram-na. E lá se foi uma vida de trabalho. Essa vergonha nacional vai ser contada aqui.
O líder dos marginais fala que o Incra lhes dá a cesta básica e o cinismo e o discurso pronto é cuidadosamente treinado pelos cabeças desses movimentos; chega a tal ponto de um deles dizer que as duas propriedades: Fazendas Uberlândia e Araguaia já estão negociadas com o governo.
Invasão estrangeira na Amazônia está com os dias contados?
Amazônia - Incra admite que compra de terras por estrangeiros é maquiada
O Brasil não tem controle sobre a ocupação de terras por estrangeiros, inclusive por empresas. Em audiência pública na Comissão da Amazônia, a coordenadora-geral de cadastro rural do Incra, Luciméri Selivon, destacou que, desde 1995, uma mudança na Constituição abriu espaço para a maquiagem na compra de imóveis rurais por estrangeiros.
Segundo Luciméri, a mudança constitucional, aliada a um parecer da Advocacia Geral da União de 1998, permite que empresas brasileiras com capital estrangeiro, em qualquer percentual, comprem terras sem necessidade de autorização do Incra. “Com o parecer da AGU e a mudança da Emenda Constitucional 6, tornou-se inviável o controle quando a empresa de capital nacional tem capital estrangeiro. E é isso que nós estamos lutando por reverter”, disse.
Atualmente, a lei prevê limites apenas aos estrangeiros que queiram comprar terras no País sem se associar a alguma empresa nacional. Por exemplo, um estrangeiro residente no País só pode adquirir áreas de, no máximo, 50 módulos rurais. Apenas terras de até 3 módulos podem ser comprados sem autorização do Incra.
A dirigente apresentou dados do Sistema Nacional de Cadastro Rural que mostram a existência de 33.228 imóveis cujos detentores são estrangeiros, o que equivale a 0,64% dos imóveis cadastrados. Esses imóveis abrangem uma área de 5.579.783,67 hectares, ou seja, 0,97% da área cadastrada.
Segundo a coordenadora, a área cadastrada de imóveis de propriedade de estrangeiros se concentra em 55% na Amazônia Legal. Luciméri informou também que a Advocacia Geral da União deve concluir, em breve, uma nova interpretação sobre o tema. Ainda assim, a representante do Incra pediu aos parlamentares que votem uma proposta de emenda constitucional que restaure o controle sobre a aquisição de terras por empresas brasileiras com capital estrangeiro.
A presidente da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), afirmou que muitos imóveis da região não são cadastrados no nome do verdadeiro proprietário. Assim, pode haver mais estrangeiros ocupando terras brasileiras do que o registrado. “O ordenamento territorial é um dos principais problemas enfrentados pela Amazônia. O Incra precisa trabalhar em um cadastro mais apurado dessas terras. Se o problema é falta de recursos financeiros, o Incra deveria pedir a intermediação do Congresso Nacional”, apontou. (Ana Raquel Macedo)
Deputados querem punição exemplar de envolvidos no caso da menor presa com homens no Pará
CRIME NO PARÁ - Congresso pede punição exemplar de envolvidos
Na sessão solene realizada ontem no Congresso para marcar a passagem do Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro, deputadas e senadoras cobraram medidas para combater de forma mais efetiva crimes como o ocorrido no interior do Pará contra uma menina de 15 anos, que ficou presa em uma cela com 20 homens.
Uma das autoras do requerimento para a realização da audiência, a deputada Rebecca Garcia (PP-AM) lembrou que na cidade de Abaetetuba, onde a menina foi presa e submetida a violência sexual pelos detentos, há uma juíza, uma promotora e uma delegada, e fica em um estado governado por uma mulher. “Isso não impediu que o crime se mantivesse por quase um mês inteiro”, lembrou. Para ela, o Brasil precisa mostrar, de forma bem clara, que a tolerância com atrocidades como essa é zero e que os culpados precisam ser punidos exemplarmente.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, também manifestou indignação com o caso ocorrido no Pará e qualificou a situação como revoltante. “É uma prova cabal de como as mulheres são vítimas da violência”, afirmou.
Mulheres e política
Para a deputada Rita Camata (PMDB-ES), também autora do requerimento da sessão, a sanção da Lei Maria da Penha, que pune com mais rigor a violência doméstica, foi um passo fundamental nessa luta, mas a “lógica da submissão feminina” se altera em ritmo bastante lento no País. Como exemplo, ela citou a sentença de um juiz que considera a Lei Maria da Penha “um mostrengo tinhoso” e “um conjunto de regras diabólicas” que vai contra um mundo que, segundo ele, é e deve continuar sendo masculino. A restrição do espaço da mulher na política é também uma forma de violência, disse a deputada. “Ainda hoje mecanismos são constantemente utilizados para impedir que a participação política das mulheres se dê em consonância com a composição da sociedade brasileira”, disse. Mesmo sendo mais da metade da população, afirmou, as mulheres não ocupam nem 10% da Câmara, e apenas 10 cadeiras em um universo de 81 senadores.
O 1º vice-presidente do Congresso Nacional e da Câmara, deputado Narcio Rodrigues (PSDB-MG), que presidiu a sessão, lembrou a importância da Lei Maria da Penha no combate à impunidade.
Participantes
Durante a sessão, também ressaltaram a importância do combate à violência doméstica e repudiaram o crime no Pará as deputadas Fátima Bezerra (PT-RN), Nilmar Ruiz (DEM-TO), Jô Moraes (PCdoB-MG), Iris de Araújo (PMDB-GO), Janete Rocha Pietá (PT-SP) e Gorete Pereira (PR-CE); e as senadoras Serys Slhessarenko (PT-MT), Marisa Serrano (PSDB-MS), Roseana Sarney (PMDB-MA) e Lúcia Vânia (PSDB-GO). Os deputados Neilton Mulim (PR-RJ), Dr. Paulo César (PR-RJ), Michel Temer (PMDB-SP) e Vicentinho (PT-SP) prestaram homenagens às mulheres vítimas da violência.
O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher foi instituído em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Tereza Mirabal, assassinadas em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana, durante a ditadura de Rafael Trujillo.
CPI do Sistema Carcerário ouve detalhes sobre prisão de menor
O representante da Associação dos Conselheiros Tutelares do Pará Sérgio Rodrigues Borges afirmou ontem aos deputados da CPI do Sistema Carcerário que o Conselho Tutelar em Abaetetuba (PA) demonstrou ter medo da pressão das autoridades locais em função da denúncia sobre a menor presa em cela masculina. Ele observou que o Poder Judiciário, a Polícia Civil e o Ministério Público emitiram nota conjunta tentando desqualificar a denúncia.
Em reunião na superintendência da Polícia Federal em Belém, Borges detalhou os contatos que teve com a conselheira tutelar de Abaetetuba Diva Andrade, que protocolou a denúncia sobre o caso da menor presa em cela masculina. Ele ainda deu detalhes sobre o período em que a menor ficou em casa de passagem em Belém. O conselheiro disse que, recentemente, ela estava muito nervosa com a repercussão do caso na mídia e os responsáveis pelo abrigo temiam que fugisse do local. “Foi um alívio quando a questão foi federalizada e ela entrou no programa de proteção à testemunha”, desabafou. Os deputados ainda ouviram detentos e novas denúncias sobre prisão de mulheres em celas masculinas.
Menina desmente delegado-geral
Evandro Éboli - Enviado especial do Globo; O Globo Online
ABAETETUBA (PA) E BRASÍLIA - Em depoimentos prestados à Polícia Civil do Pará e ao Ministério Público, semana passada, a adolescente que ficou presa com 20 homens em uma cela, em Abaetetuba, afirmou que, pelo menos duas vezes, avisou que era menor de idade. A declaração desmente a versão do então delegado-geral do Pará, Raimundo Benassuly, que na terça-feira disse desconfiar que a jovem tinha problemas mentais por não ter avisado que era menor de 18 anos. A jovem afirmou ter nascido em dezembro de 1991 e, portanto, tem, hoje, 15 anos. Nos depoimentos, ela deu mais detalhes da prisão e das relações sexuais a que foi forçada a manter dentro da cela. A adolescente confirmou que foi ameaçada de morte pelos três policiais que a prenderam, caso tornasse público o episódio.
No depoimento prestado semana passada, a jovem afirmou que informou à delegada Flávia Verônica que era "de menor" quando foi detida, no dia 21 de outubro, mas que não adiantou. Os mesmos policiais que a prenderam a levaram para a cela. Ela contou que foi forçada a manter relações sexuais com um detento, de nome Beto, que a pegou à força e a levou para o banheiro minúsculo que nem sequer é separado por uma porta.
Segundo a adolescente, no dia seguinte manteve relações com outro preso, de nome Dinei, dessa vez em troca de alimento. "Devido à fome que passou acabou aceitando a proposta", descreve o depoimento. Ela ainda manteve relações sexuais com outras três pessoas, mas lembrou o apelido de apenas um, Chupa Cabra.
Em outro trecho, a jovem contou que o preso Beto queimou seu pé, quando estava dormindo. Ela confirmou a informação de que passou três dias no cais, após o mês em que ficou detida, e foi deixada lá pelos três policiais que a prenderam. Eles a mandaram desaparecer, por isso ela "decidiu pegar um barco, mas não houve tempo".
Leia aqui a reportagem completa [aqui]
1º Fórum Apícola Associativo da Região Norte
1º Fórum Apícola Associativo da Região Norte - CBA/FBB - Apipara - II Feira do Mel de Pau D'arco
Pau D´arco é o maior pólo de produção de mel atualmente do norte do país graças ao apoio e investimentos maciços do Sindicato Rural de Redenção, Prefeitura de Pau D´arco e cooperativas de pequenos produtores de mel.
Confira a agenda do evento:
Qua, 29/08/2007 - 14:34 — zee
Data do Evento:
13 Dezembro 2007 - 16 Dezembro 2007
Entidade Promotora:
CBA - FBB - FAPIC - Fed Assoc Apicultores Est Para
Local:
Pau D'arco - PA
Presença do Presidente José Cunha - CBA
Contato: http://www.fapic.org.br/
PROGRAMAÇÃO
13 DE DEZEMBRO - QUINTA-FEIRA(TARDE/NOITE)
14:00 às 19:00h - Credenciamento
19:00h - Abertura Solene - Local: Parque de Exposição Pau D'Arco
21:00h - Programação Cultural
Danças e Músicas Folclóricas: Peças Teatrais;
Shows com Bandas e Música Mecânica;
14 DE DEZEMBRO - SEXTA-FEIRA(MANHÃ)
08:00h - Panorama da Atividade Apícola do Brasil - Projetos e Gestão do sistema CBA
CF: José Cunha - Presidente CBA
MD: Williamson Lima - Pres. EMATUR - PA
09:00H - Diretrizes para a política de desenvolvimento sustentável da agropecuária do Estado do Pará
CF: Cássio Alves Pereira - Sec. de Est. de Agric. do Pará - SAGRI
MD: Mariosval Dueti - Pref. M. de Pau D'Arco
10:00h - 15:00 - Contribuições da Fundação Banco do Brasil (FBB) Para a Consolidação do Sistema CBA
CF: FBB
MD: Gerson de Morais - Presidente FAPIC
11:00h - Cerimônia de Inauguração de Entreposto de Mel e Cera de Abelhas do Sul e Sudeste do Pará
14 DE DEZEMBRO - SEXTA-FEIRA(TARDE)
14:00h - Avanços do Programa Nacional de Georrefenciamento e Rastreabilidade da Cadeia Produtiva Apícola
CF: Ricardo Lustosa - EMATER-PA
MD: Humberto Balbi Reale Filho - EMATER - PA
14:40h - As Plantas Apícola como Matrizes para a Produção de Bioenergia
CF: Elcione Barbosa - EMATER-PA
MD: Josias Oliveira - Sec. Munic. de Meio Amb. de Pau D'Arco
15:20h - Estratégias de Fomento à Meliponicultura Brasileira
CF: Giorgio Venturieri - EMBRAPA-PA
MD: Osvaldo Matos - SAGRI
16:00h - Pesq. na Amazônia em Apicultura e Meliponicultura
CF: Plácido Magalhães - UFPA
MD: Wilza Pinto - UFRA
16:40h - Mesa Redonda: A Importância dos Parceiros Institucionais Para o Desenvolvimento da Atividade Apícola: Conab, EMATER, SEBRAE, SENAR e SAGRI
MD: Marco Aurélio Almeida - SEBRAR
14 DE DEZEMBRO - SEXTA-FEIRA(NOITE)
19:00h - Programação Cultural
Danças e Músicas Folclóricas; Peças Teatrais;
Concursos; Entrega de Materiais e Equipamentos;
Premiações; Shows com Bandas e Música Mecânica
15 DE DEZEMBRO - SÁBADO(MANHÃ)
08:00h - Panorama da Atividade Apícola no Sul do Pará
CF: Marco Aurélio Almeida - SEBRAE-PA
MD: Raimundo Nonato Oliveira - SEBRAE/PA
09:00h - Projeto Apis - Apicultura Integrada e Sustentável: Panorama Nacional
CF: Reginaldo Resende - SEBRAE/NA
MD:
09:40h - Aspectos de Qualidade de Mel e Pólen de Apis e Meliponideos da Amazônia
CF: Helen Vanessa da Silva - UEPA
MD: João Paulo Both - FAPIC/ACAPI
10:20h - A Voz do Apicultor / Meliponicultor: demonstração de inventos, relato de experiências e "(his) estórias" com abelhas.
MD: Gerson de Morais - FAPIC
15 DE DEZEMBRO - SÁBADO(TARDE)
14:00 - 18:00 - Oficinas Técnicas
Artigo sobre a violência que passou a jovem paraense
Uma brasileira: mulher, negra e pobre
A sociedade brasileira ficou chocada quando, há uma semana, veio à tona a denúncia da adolescente de 15 anos presa numa cela com 20 homens durante quase um mês. Naquele período promoveu-se uma verdadeira afronta aos direitos humanos. A jovem teve seu corpo e seus direitos violentados.
Não há atenuante ao se alegar que a menina era maior, já que isso não justifica a ilegalidade dela, mesmo sendo mulher, ter sido presa numa cela masculina. O simples fato do poder público tentar utilizar um argumento como este, já nos causa estranheza e vergonha, pois trata-se de tentativa de esquivar-se do cumprimento do dever.
Não basta que haja mobilização social para erradicar o preconceito contra os excluídos, é necessário que as leis que são criadas para diminuir a exclusão e a violência sejam cumpridas. O que se viu no caso da menor presa é que tanto a delegada que a prendeu, quanto a juíza que deu respaldo legal à prisão, passaram por cima das leis e deixaram de ser agentes públicos a serviço da Lei, para "legitimar" uma ilegalidade.
Em outras palavras, a sociedade brasileira precisa apropriar-se dos direitos já garantidos em lei. Tomar conhecimento profundo desses direitos e sentir-se detentora deles é um passo significativo. Estado, sociedade civil e iniciativa privada têm a responsabilidade de agir juntos para transformar direitos no papel em direitos de fato.
Ainda no decorrer da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher apresento meu desabafo como um desafio. Um desafio para a mobilização das mulheres brasileiras, especialmente às minhas queridas companheiras amapaenses, na busca dos seus direitos e na construção de uma sociedade onde a justiça e a igualdade considerem o gênero, a faixa etária e a classe social como valores positivos, não como mecanismos para a opressão.
Como mulher, mãe e avó e na condição de deputada federal, senti-me provocada e ultrajada com a situação de violência contra esta jovem - que representa os excluídos deste país. Este é um problema de todos nós. Quando a sociedade brasileira permite que se desrespeitem os direitos básicos dos seus cidadãos, ela se transforma em uma democracia extremamente frágil, que permite e institucionaliza as desigualdades.
Se uma mulher pode ser vítima de violência física e sexual sem estar protegida pelo manto da Lei, consequentemente, qualquer uma de nós, ou nossas filhas e netas, podem ser vítimas do mesmo tipo de violência. Não podemos nos calar diante de tamanha atrocidade. Pedimos justiça e ação por parte dos responsáveis.
*Janete Capiberibe é deputada federal eleita pelo Partido Socialista Brasileiro do Amapá
Brasília, 27 de novembro de 2007
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...
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Nas fotos a curtição na noite do último sábado, 6, na Boate Vitrine 403 de minha amiga Cila Quintino. Acompanhe os flashes: Foto1: (E) Eu, m...
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