Mentira tem perna curta, mentira descarada é tetraplégica, enquanto a verdade é soberana



Fonte (Source) - Gitelson, Dudley and Dubnick. American Government, Boston, Mass.,Wadsworth - Cengage Learning, 2009 - Book Cover

Por Roberto C.Limeira de Castro*

50 (Cinquenta) razões históricas para todos os paraenses votarem ‘SIM” pela emancipação de Carajás e Tapajós



Apresentamos, com muita satisfação, a maior democracia territorial - mais rica, mais poderosa e mais equilibrada sócio-economicamente, do mundo. Em pouco mais de 150 anos, entre a Declaração de Independência (1776) e o início do século XX (1912) a Nação Americana evoluiu de 13 incipientes colônias britânicas para 50 (cinqüenta) Estados Federativos.

Faça uma análise, você próprio, e tire as suas conclusões:

Distribuição dos Estados Americanos, por nome, área territorial e ano de emancipação.










Vejam que apenas dois Estados tiveram as suas emancipações concedidas após o ano de 1900, ou seja, a União americana não é apenas uma ficção como a nossa, onde apenas dois ou três Estados mandam e desmandam, açambarcam toda a riqueza da Nação para si e tentam impedir a qualquer custo o desenvolvimento dos outros Estados e regiões do país. Lá, a organização e a gestão territorial sempre foi um ponto crucial para o desenvolvimento da Nação, com a União tomando a iniciativa de promover o desenvolvimento e o bem estar da população, como condição “sine qua non” para a democracia americana.

Prestem a atenção que no Brasil, mesmo numa disputa entre 3,5 milhões de habitantes e uma elitizinha de meia tigela de 100 gatos pingados, mas poderosos, nossos executivos ditos favoráveis aos trabalhadores, não se pronunciam a respeito de um assunto de suma importância que diz respeito à vida de milhões de brasileiros e famílias abandonadas à mercê da própria sorte.

Acabar com as injustiças sociais e com a miséria, apenas no discurso oportunista é inócuo e fácil. Libera-se R$ 130 bilhões para dois eventos de um mês cada e para uma empresa petrolífera, quando se trata dos manda-chuvas e se nega a liberação de apenas R$ 1 ou 2 bilhões para conceder uma vida republicana digna aos infelizes da floresta.

Onde estão os arautos de “Um país para todos”, será que não trocaram o “l” pelo “d”.

O POVO PARAENSE DARÁ A RESPOSTA AOS TARTAMUDOS DA FALSA REPÚBLICA, NAS URNAS.

* O Autor é economista formado pela Universidade Federal da Paraíba, na qual, também trabalhou como técnico em pesquisas por seis anos e ajudou a criar um dos maiores centros de pesquisas químicas, farmacêuticas e farmacológicas do Brasil, o Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da UFPB.

O recurso mineral é de propriedade da União, por isso, não pode ser recolhido pelos entes da federação, apenas pelo DNPM

Procuradorias impedem município mineiro de cobrar ilegalmente taxa pela exploração de recursos minerais

A Advocacia-Geral da União (AGU) demonstrou, na Justiça, que os municípios e estados não podem cobrar taxa pela exploração de recursos minerais, pois a arrecadação é exclusiva da União, conforme prevê a Constituição Federal.

Os procuradores federais convenceram o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que o município de Mariana, em Minas Gerais, não tem competência para cobrar a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM). A prefeitura entrou com ação para receber supostas diferenças devidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e pela Companhia Vale do Rio Doce.

De acordo com a AGU, a Constituição estabelece que é responsabilidade do DNPM a arrecadação da taxa e a distribuição entre estados, municípios, e órgãos da União. A repartição é feita da seguinte forma: 10% para a União; 2% para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); 23% para os estados e Distrito Federal; e 65% para o município produtor. Portanto, é inconstitucional o posicionamento dos estados e municípios de legislar, fiscalizar ou ajuizar ação de cobrança da CFEM.

A Procuradoria Regional Federal na 1ª Região (PRF1) e a Procuradoria Federal (PF) junto ao DNPM, que atuaram no caso, informaram ao TRF1, ainda, que a CFEM está prevista no artigo 20, parágrafo 1º, da Constituição Federal como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais nos territórios.

Para solucionar a questão, a AGU entrou com ação (ADI nº 4606) no Supremo Tribunal Federal para derrubar lei inconstitucional que regula a cobrança da compensação ambiental na Bahia. Outros estados como Pará, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Sergipe também possuem normas nesse sentido. Por isso, a AGU busca um posicionamento definitivo da Corte sobre a exclusividade da União de legislar sobre a matéria e cobrar a taxa.

O procurador federal Ricardo Brandão Silva, do Núcleo de Matéria Finalística da PRF1, afirmou que "a CFEM, conhecida como os royalties da mineração, é hoje uma importante fonte de recursos para estados e municípios. No entanto, não se pode esquecer que o recurso mineral é de propriedade da União, por isso, não pode ser recolhido pelos entes da federação, apenas pelo DNPM".

A PRF1 e a PF/DNPM são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU.

NOTA do Blog: O senhor governador do Pará, diante dessa decisão, deveria explicar com todas as letras quem, afinal, tem a razão nesta história.

Caravanas do SIM percorrem todo o Pará

Fotos: Val-André Mutran















Lideranças favoráveis à emancipação das regiões Sul e Oeste do Pará intensificaram a campanha Pró-Carajás e Tapajós em vários municípios localizados em regiões que ficarão no mapa do Novo Pará. Grupos organizados pela sociedade organizam de maneira espontânea: palestras, adesivagens, encontros, debates e reuniões nos municípios que compõem o mapa dos pretensos novos estados. A campanha cresce e o objetivo maior é informar de maneira clara e objetiva o que o eleitor vai decidir no próximo dia 11 de dezembro, data do plebiscito sobre a divisão do Pará.

Palestras em Câmaras Municipais esclareceram eleitores que se declararam contrários à divisão. "Chegávamos para a palestra num clima visivelmente contrário à nossa tese, mas, após a explanação e debates, os que eram contrários convenceram-se que as vantagens dessa emancipação impactará positivamente o município em que residem, assim como todo o território paraense", garantiu o deputado federal Giovanni Queiroz, coordenador da Frente Pró-Carajás.
















Os debates provocam perguntas no público presente que são respondidas de maneira clara e objetiva. Muitos eleitores eobservam os argumentos apresentados pelos deputados pró-emancipação que apresentam planilhas, levantamentos técnicos e cruzamento de informações compiladas em estatísticas de órgãos oficiais do governo federal e estadual, provando que a divisão é a única saída para uma eminente "quebra" do Estado. "A situação é preocupante. O Pará, neste ano, dispõe de apenas R$ 178 milhões para investimentos em todas as áreas. Isso não é suficiente nem para recuperar a PA-150 até o município de Jacundá, há 440 quilômetros de Belém", disse o presidente da Frente Pró-Carajás João Salame.

Importantes políticos hipotecam apoio ao SIM após os debates. "Ao analisarmos os expressivos recursos que serão destinados ao nosso município, não resta dúvidas que a divisão será melhor para o nosso município e o melhor para todos os paraenses.", garantiu um prefeito que pediu para não ser identificado por temor à represálias.

O deputado Giovanni Queiroz esclarece que o Tocantins, criado a apenas 23 anos, possui uma malha viária asfaltada e de boa qualidade e melhor do que o estado do Pará que experimentou a sua independência político-administrativa há quase dois séculos. "Chegou a hora de mudarmos essa realidade e termos coragem de avançar para um futuro com justiça social e melhoria de nossa qualidade de vida". Como podemos ficar passivos ao saber que 40% de nossa população está abaixo da linha de pobreza?", questiona.

Segundo Queiroz, a criação do Carajás e do Tapajós permitirá a oportunidade de melhorar o conjunto de nossa sociedade", garantiu.

"O homem mais humilde do Tocantins tem o direito de ter um sonho de poder chorar de emoção ao ver o seu filho receber um diploma de doutor", destacou o deputado Giovanni Queiroz. "Aqui não temos essa possibilidade porque não temos sequer as faculdades ou universidades", concluiu ao citar apenas um dos setores que avançaram no estado vizinho após sua emancipação de Goiás há 23 anos.

"Temos que ter a coragem da mudança e criar os dois novos estados", disse Giovanni Queiroz.

Por terra, ar e rios

A determinação deste homem, a esquerda na foto acima, é um exemplo às pessoas que têm alguma simpatia pela política. Refiro-me a boa política. A essência da política. E, o próprio personagem define como encara a missão que adotou de fazê-la para a construção de uma sociedade igualitária, socialista e que permita oportunidades para todos. "Faço política por indignação, de viver num país tão rico com um povo abandonado e, parte de sua população ainda sobreviver abaixo da linha da pobreza extrema".

Este homem é Giovanni Queiroz, um médico de sólida formação humanista, nascido numa família humilde da qual herdou a determinação e postura ética dos homes justos, que constroem amizades e prezam a reputação pessoal e alheia, sem falsos moralismos dos que se apresentam como vestais de uma moralidade ausente.

Este homem encara com surpreendente maturidade as críticas desprovidas do viés construtivo, lamentavelmente ausente nos embates das idéias políticas dos dias de hoje. E quando o assunto é o plebiscito sobre a divisão do Pará, o esporte predileto de seus opositores é bater abaixo da linha da cintura, uma vez que falta-lhes argumentos e abunda a soberba.

Qualquer que seja o resultado das urnas em 11 de dezembro. Giovanni Queiroz já cravou o seu nome na história política de seu tempo. Escrita em páginas de lutas, pautada pela seriedade e compromisso com seus semelhantes.

A Divisão do Pará: como, por que e para quem?

Tudo o que você precisava saber. Tudo o que precisava ser dito.


O objetivo dessa cartilha de perguntas e respostas é levar esclarecimento à população paraense quanto aos efeitos da divisão do Estado do Pará. Nela respondemos de modo sincero e objetivo os principais questionamentos que ouvimos em nossas andanças seja fazendo palestras, participando de debates ou simplesmente conversando com políticos, professores, empresários, taxistas e pessoas de um modo geral. Encontramos todos ávidos por informações confiáveis a fim de compreender melhor o processo que envolve a criação dos estados de Carajás e Tapajós e as consequências para o Pará.
Estamos cientes de que a redivisão político-administrativa resultará em benefícios tanto para o Pará, quanto para o Carajás e o Tapajós. A verdade é que o Pará tem muitas dificuldades e não consegue levar desenvolvimento para milhões de seus habitantes. Pois, sendo um Estado gigante, com população grande, com regiões abandonadas e com muitas carências, tem problemas que o governo paraense não pode solucionar porque sua arrecadação é muito baixa. Então, o governo paraense não faz os investimentos necessários no Estado porque não arrecada o suficiente, e não arrecada o suficiente porque não faz os investimentos necessários.
Com a divisão do atual território paraense, o novo Pará continuará recebendo seus recursos, enquanto que as regiões de Carajás e Tapajós vão passar a receber recursos federais que antes não recebiam. Vejam: essas regiões terão direito a parcelas do fundo de participação dos estados – FPE, transferidas pelo governo federal, que somarão R$ 3,3 bilhões ao ano. Esse dinheiro é mais que o dobro de tudo o que o governo do Pará gastou nessas regiões em 2010.
Por sua vez, o governo do Pará vai reduzir grande parte de suas despesas. Pois, vai transferir para os novos estados o ônus de administrar 1 milhão de km², 66 municípios, 2,7 milhões dos seus atuais habitantes e cerca de 5 mil servidores estaduais. Vai deixar de gastar R$ 1,5 bilhão que foi o que gastou nessas regiões em 2010. Sua receita por habitante vai aumentar, já que sua população será reduzida em 36%, mas suas receitas não serão reduzidas na mesma proporção. Por isso, seu FPE per capita irá aumentar em 35% e o ICMS per capita em 3%.
Portanto, se a divisão do Pará é boa para todos não devemos ser contra! Sim, haveremos de ver nosso sonho se tornar realidade. As populações que habitam as regiões de Carajás e Tapajós hão de conquistar o direito de governar seus próprios destinos. Afinal, quem possui de fato deve possuir de direito.

Marabá, 26 de outubro de 2011.
CÉLIO COSTA
Coordenador Técnico da FRENTE PRÓ CARAJÁS
Autor dos estudos de viabilidade de criação
dos Estados do Tocantins, Carajás e Tapajós

QUESTIONAMENTOS
SOBRE A CRIAÇÃO DOS ESTADOS DE CARAJÁS E TAPAJÓS
E AS VANTAGENS DA DIVISÃO PARA O ESTADO DO PARÁ
1. A quem interessa a divisão político-administrativa do Pará? Interessa a todos que querem o desenvolvimento da região, melhorar sua governabilidade, reforçar nossa presença na Amazônia.

2. Mas por que interessaria ao Pará essa divisão? Os maiores beneficiados serão os habitantes do Pará. Melhora o governo, fortalece o funcionalismo estadual. É a oportunidade de o governo paraense acelerar o desenvolvimento humano e econômico do estado. Fazer a reforma administrativa e remunerar melhor todos os funcionários, civis e militares. Em 2010, o governo paraense gastou R$ 110 milhões a mais do que tudo que arrecadou no mesmo ano. Isso é déficit fiscal. O governo estadual pagou R$ 450 milhões de dívidas e contraiu mais R$ 756 milhões de novas dívidas[1]. Sua capacidade de investimentos diminui ano após ano. Então, precisa fazer o ajuste de suas contas públicas. E isso será possível com a criação dos novos estados.

3. Quer dizer que o governo do Pará não tem recursos suficientes para fazer os investimentos necessários para o desenvolvimento do Estado? Isso mesmo. A arrecadação do governo do Pará é muito pequena para resolver os grandes problemas de um território gigante e uma população grande. O governo paraense arrecada pouco e por isso presta um serviço de baixa qualidade na saúde, educação e segurança do cidadão paraense. E não faz os investimentos necessários para desenvolver o Estado. E arrecada pouco porque não investe o suficiente. Daí o porquê de o Pará ter muitos problemas. Eis o ponto crucial. Vejam: em 2010, o governo do Pará arrecadou R$ 1,7 bilhão a menos que o Estado de Goiás[2], que tem ¼ do território paraense e 1,7 milhão de habitantes a menos que o Pará.

4. Como a divisão do estado permitiria o governo do Pará equilibrar seu orçamento? Os novos estados assumirão o ônus de 1 milhão de km², de 66 municípios paraenses e de 2,7 milhões de pessoas que moram atualmente no Pará. Haverá redução da sua folha de pagamentos sem haver demissão. Mais de 5 mil servidores serão assumidos pelos novos estados. O governo paraense reduzirá suas despesas em R$ 1,5 bilhão, que equivale ao que ele gastou em 2010 nas regiões a serem emancipadas, segundo revelou órgãos oficiais do Pará (SEPOF/IDESP)[3]. Então, o governo paraense vai deixar de gastar mais do que arrecada. Poderá dispor de mais dinheiro para investir na saúde, educação e segurança pública da Grande Belém, Marajó, Guajarina, Salgado e Bragantina hoje com os piores índices de desenvolvimento humano (IDH) do Brasil. Os paraenses precisam refletir melhor sobre essa excelente oportunidade.

5. O IPEA considera os estados de Carajás e Tapajós inviáveis financeiramente? Isso não é verdade. Um funcionário do IPEA postou sua opinião no site desse órgão com um estudo “para discussão”. E o IPEA declarou que: “As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade do(s) autor(es), não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.”[4]. Ao contrário, o Senado Federal publicou o Estudo nº 1527/2011 que contesta o estudo daquele técnico e ainda comprova a viabilidade econômica dos estados de Carajás e Tapajós, como também os ganhos que serão conquistados pelo Novo Pará.

6. Então é verdade que os estados de Carajás e Tapajós terão viabilidade financeira? Sim. São viáveis. Segundo dados dos órgãos do Pará (SEPOF/IDESP)[5] o governo gastou no custeio da máquina administrativa estadual na região de Carajás R$ 840 milhões e na de Tapajós R$ 433 milhões, em 2010. Vejam: o Estado de Carajás terá orçamento estimado de R$ 5,8 bilhões, ou seja, mais de sete vezes o gasto do governo do Pará nessa região. O Tapajós terá orçamento de superior a R$ 5 bilhões, mais de onze vezes o que vem recebendo do governo paraense.

7. Como ficará a economia do Pará após a criação dos novos estados? Segundo afirmam fontes do governo paraense (SEFA/IDESP, 2010)[6], o Pará vai ficar com 66% do ICMS, o principal imposto do estado. Ficará também com mais de 55% do PIB estadual, que é a soma de todas as riquezas, segundo o IBGE. Portanto, ficará com mais da metade da riqueza do estado, além de ficar com sua melhor infraestrutura.

8. O desmembramento do Pará resultará em três estados pobres? Isso não é verdade. Estudos aprofundados de finanças públicas indicam que os três terão mais desenvolvimento. Assim aconteceu com São Paulo e Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Todos prosperaram. Vejam: o Pará recebeu R$ 2,9 bilhões do fundo de participação dos estados (FPE) transferidos pelo governo federal em 2010. Com a criação de Carajás e Tapajós haverá aumento da receita regional resultando num FPE para o atual território do Pará da ordem de R$ 5,9 bilhões. Onde existe apenas um FPE, passarão a ter três. O Novo Pará continuará recebendo seus recursos e os novos Estados de Carajás e Tapajós passarão a receber recursos do governo federal que antes não recebiam.

9. O que aconteceu com a economia dos estados de Mato Grosso e Goiás, que cederam territórios para os estados de Mato Grosso do Sul e Tocantins? Após a divisão do estado, o PIB de Mato Grosso passou do 20º para o 14º lugar na classificação dos estados e já ultrapassou em R$ 20 bilhões o PIB do estado-filho, Mato Grosso do Sul, que na divisão havia ficado com a parte mais rica do antigo Mato Grosso. Já o PIB de Goiás avançou do 14º para o 9º lugar entre os estados. O produto interno bruto (PIB) é a soma de todas as riquezas econômicas ou de todos os bens e serviços gerados numa determinada região.

10. O Pará, que possui uma grande área territorial, será muito prejudicado com a criação dos novos estados? A área do novo Pará será ainda maior que a de 12 estados do Brasil, e quatro vezes maior que o Rio de Janeiro, o segundo mais rico do país. Desenvolvimento é ter uma população com altos índices de educação, economia com moderna industrialização e não tamanho de território. O Japão é um país pequeno e rico. Investiu na educação do seu povo. Modernizou a industrialização. Os Estados Unidos, um país grande e rico. É também muito industrializado e seu povo dispõe de excelentes escolas e universidades. Abaetetuba é maior que a cidade de São Paulo (com R$ 357 bilhões de riqueza em 2008) que é mais rica que todos os sete estados do norte do Brasil (com R$ 154 bilhões)[7]. O Pará ficará com toda orla marítima do estado, que além de ser fonte de turismo abriga portos de exportação e tem indícios de ocorrência de petróleo e gás.

11. Com a criação dos novos estados o Pará perderá seus grandes projetos (Tucuruí, Belo Monte e as minas de Carajás)? Esses projetos praticamente já não pertencem ao estado do Pará, vez que são federais ou privados e contribuem muito pouco para os cofres dos estados. Por exemplo, a energia gerada pela hidrelétrica de Belo Monte será praticamente toda vendida a outros estados do Centro-Sul, como já vem acontecendo com a energia gerada pela usina de Tucuruí. Entretanto, a maior parte do seu imposto ou ICMS é recolhida nos estados consumidores e não no Pará. Por sua vez, o minério exportado pela empresa Vale é isento do ICMS por força da Lei Kandir. Provavelmente os supermercados de Belém pagam mais ICMS que esses grandes projetos.

12. E as empresas e a população paraenses o que têm a ganhar com a criação dos novos estados? As empresas paraenses terão oportunidades de abrir filiais e estabelecer negócios nos dois novos estados no ramo de construção civil, atacadistas, informática, comunicação, advocacia, segurança, limpeza, assessoramento, etc. Serão abertas mais de 35 mil vagas de concursos públicos, estaduais e federais, com oportunidades para milhares de jovens paraenses, bem como milhares de novas vagas nas universidades e instituições federais.

13. Quais os ganhos da região Norte com os novos estados? Os novos estados se constituem no maior projeto de desenvolvimento da Amazônia. Criam milhares de empregos públicos e privados. Grandes oportunidades de negócios para empresários da região. O Norte aumenta sua representação política no congresso nacional. Seu poder para carrear verbas federais para a construção de rodovias pavimentadas, pontes, hospitais, escolas, redes de energia se robustece. O Norte terá mais força para exigir a conclusão da hidrovia Araguaia-Tocantins e o urgente asfaltamento das rodovias BR-230 (Transamazônica) e da BR-163 (Cuiabá-Santarém), pendentes a mais de 40 anos.

14. A criminalidade, os conflitos no campo e os desmatamentos irregulares não vão aumentar com a implantação dos novos estados? A lei e a ordem pública são atribuições do Estado. O desrespeito às leis prospera onde o Estado não se faz presente. É através dos órgãos de fiscalização que se combate os crimes e a impunidade. Vejam o exemplo positivo da região “Bico do Papagaio”, no Tocantins. Antes da criação desse estado os conflitos agrários e a criminalidade ali eram frequentes e ocuparam as manchetes internacionais. Hoje, com a presença das autoridades públicas essa região saiu das páginas policiais.

15. E a situação dos funcionários públicos paraenses, civis e militares, lotados nos novos estados, como ficará? Como exemplo mais recente, no Tocantins, os funcionários públicos que fizeram opção pelo novo estado tiveram assegurados seus direitos trabalhistas, tais como tempo de serviço, progressão e estabilidade funcional além de terem sido premiados com a redução de dois anos na contagem do tempo para efeito de aposentadoria.

16. Como ficará a situação dos inativos ou aposentados do Pará? Eles continuarão recebendo normalmente seus benefícios do IGEPREV – Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará para o qual contribuíram. São direitos adquiridos e assegurados por lei. Atualmente esse Instituto tem um fundo previdenciário de R$ 1,2 bilhão em aplicações com rentabilidade de cerca de R$ 2,3 milhões/ano. Tem saúde financeira. Os novos estados vão absorver mais de 5 mil servidores paraenses que estão lotados nas regiões de Carajás e Tapajós o que vai aliviar a carga previdenciária do IGEPREV.

17. O que acontecerá com o campus universitário e os alunos da Universidade Estadual do Pará nas regiões emancipadas? As instalações dessa universidade estadual nessas regiões serão assumidas pelos novos estados. Que podem transformar a instituição numa nova universidade estadual ou federalizá-la. Vão assegurar a estabilidade funcional do corpo docente e a situação acadêmica dos seus universitários sem prejuízo algum para ambos, podendo até melhorar.

18. E as dívidas do governo do Pará nas regiões emancipadas, quem vai pagar? A questão das dívidas referentes a investimentos realizados pelo governo paraense nos novos estados, certamente serão regulamentadaspela Lei Complementar de criação dos novos estado.

19. Como ficará a cultura, a bandeira e o hino do Pará? Tanto a bandeira quanto o hino paraenses continuaram exatamente os mesmos. Nada mudará. O Pará continuará a ser destaque nacional por sua cultura e costumes, e admirado pela generosidade e hospitalidade de sua gente. Sua estrela continuará no alto da bandeira nacional. E duas novas, surgirão no cenário celeste do Brasil.

20. Os movimentos pela criação dos Estados de Carajás e Tapajós são iniciativas de forasteiros? Isso é xenofobismo e preconceito. Somos brasileiros. Segundo o jornal Correio do Tocantins, de Marabá, a primeira manifestação pública de maior vulto em prol do Carajás aconteceu entre 14 e 15 de fevereiro de 1989, durante o 1° Encontro dos presidentes de câmaras municipais do sul do Pará, articulado pelo vereador Miguel Gomes Filho que é de Marabá e o responsável por sugerir o nome de Carajás ao novo Estado. O primeiro Projeto de Decreto Legislativo do Estado de Tapajós, de 1991, é de autoria do deputado federal Hilário Coimbra que é natural de Santarém. O presidente da frente pró-Carajás, o deputado estadual João Salame é de Marabá e o presidente da frente pró-Tapajós, o deputado federal Lira Maia, é de Santarém. Portanto, são todos paraenses.

21. A criação dos estados de Carajás e Tapajós é uma mera ambição dos políticos por mais cargos? Em verdade teremos 1 governador, 3 senadores, 8 deputados federais e 24 deputados estaduais, somando ao todo 36 cargos eletivos-políticos, para cada estado. Vão administrar os novos estados e conquistar mais recursos federais para o desenvolvimento regional. Vivemos uma democracia-representativa e não um totalitarismo. O lado positivo são os concursos públicos para mais de 10 mil professores, mais de 2 mil médicos, mais de 2 mil policiais, delegados, juízes, promotores, defensores públicos, advogados, biólogos, dentistas, agentes de saúde, engenheiros, veterinários, administradores, contadores, jornalistas, que as escolas superiores formam todo ano. Além daqueles funcionários de diversas formações para atender as necessidades da população dos novos estados. Novas oportunidades, a vida continua.

20. A criação dos estados de Carajás e Tapajós interessa apenas aos políticos corruptos? Uma pesquisa do instituto Vox Populi, realizada entre 18 e 22 de junho desse ano, publicada pelo jornal O Liberal, indicou que muitos paraenses honrados são favoráveis a essa ideia.Eles não podem ser chamados de corruptos. Além disso, a criação dos novos estados vai abrir chances para a renovação de lideranças políticas sem os vícios que todos nós reprovamos. Mas precisamos reconhecer, por outro lado, que existem pessoas e políticos sérios e bem intencionados em defesa desse ideal.

21. Aprovados os novos estados de Carajás e Tapajós, que providencias serão tomadas depois? Após a realização do plebiscito, se favorável, o resultado será enviado à Assembleia Legislativa paraense para opinar, consultivamente. Em seguida, como projeto de Lei Complementar, este tramitará no Congresso Nacional para homologação e depois será despachado para a presidenta Dilma Rousseff que poderá vetar ou não a proposta.

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