Não tem audiência porque não tem internauta













Vejam esse número: apenas 6,15% dos domicílios da região Norte tem acesso à Internet. É a constatação que todos desconfiavam, mas não se tinha a certeza do monumental tamanho da exclusão digital no Norte e em especial, na Amazônia, dirá o Pará com sua área territorial em vários grotões, totalmente isolada do resto do mundo e do alcance da tecnologia?.

Enquanto o Sul do país tem 16,9% e o Sudeste 18,74%, a região Norte possui apenas 6,15% de domicílios com acesso à Internet. A informação é do secretário executivo da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Estado do Amazonas, José Marcelo de Lima Filho, relevado esta semana em audiência pública sobre o “Programa Amazonas Digital e Sua Extensão à toda Região Amazônica”. O evento foi realizado pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional (CAINDR).

Enquanto José Marcelo Filho pediu apoio dos parlamentares para uma ampla sensibilização do poder executivo para a mudança do quadro de exclusão digital na Amazônia. Disse que o Programa Amazonas Digital é uma forma de abreviar os caminhos da inclusão digital. “O custo pode ser medido pelos benefícios que significam resgate de cidadania”, ressaltou.

O Pará, o segundo maior gigante do Brasil em área territorial e talvez o maior em potencialidades, sequer tem um projeto de inclusão digital aos moldes e arrojo dos vizinhos manauaras. O que há, efetivamente, é a aplicação de alguns tímidos programas federais no estado, nada mais do que isso; não fosse as entidades de classe e clubes de serviços, a exclusão digital paraense seria ainda mais vexatória.

Effectus durat, durante causa, do latim: Duram os efeitos, enquanto dura a causa.

O Secretário do Comitê Estadual de política de Informática do Estado do Amazonas, Antônio Iran Gadelha, apresentou o programa Amazonas Digital, ressaltando os maiores problemas enfrentados como: distância geográfica, altos custos de transmissão via satélite, ausência de serviços para o cidadão do interior, soluções pontuais e enorme exclusão digital.

“O Programa Amazonas Digital é uma iniciativa de inclusão digital do Governo do Amazonas em parceria com os Governos Federal e Municipal”, definiu Gadelha. Ele explicou ainda que o programa visa disponibilizar acesso em banda larga à Internet, facilitar a implantação dos processo de modernização do Governo do estado e facilitar a comunicação município-capital.

Segundo o secretário, mais especificamente, o Amazonas Digital pretende criar 61 redes municipais Wireless para interligar, via satélite, as sede dos municípios com Manaus. Além de facilitar a comunicação entre os órgãos públicos e disponibilizar telecentros que são espaços que permitem acesso gratuito do cidadão à Internet e aos serviços do Estado. O projeto piloto do Programa foi realizado no município de Silves em novembro do ano passado. O investimento inicial de implantação do programa em um município é de R$ 54.800,00.

Ações federais – O coordenador geral de software e serviços da Secretaria de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Antenor Cesar Vanderlei Corrêa, apresentou as ações do MCT para a inclusão digital. De acordo com ele três programas são carros-chefe das ações: O Centro Integrado de Inclusão Digital (CID), Centro de Vocação Tecnológica (CVT) e a Casa Brasil.

O CID conta com treinamentos, auditório e espaço de interação cultural, entre outras coisas. Já existem 600s CIDs no Brasil. O CVT envolve centros de acesso à Internet, trabalha com ensino tecnológico em várias áreas da economia. A previsão é que sejam instalados 300 Centros. Atualmente mais de 50% já estão em operação. A Casa Brasil é um CID ampliado. “É um espaço turbinado que oferece muitas atividades, é multifacetado”, destacou o coordenador. A expecttiva é que sejam instaladas 90 Casas, hoje 56% já estão em operação.

Sobre o GSAC, Sistema de Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão, Antenor Corrêa disse que todos os municípios do Amazonas se cadastraram para contar com ponto do GSAC. “Há 3.400 pontos de presença em todo o páis, com 25 mil computadores ligados em rede, atingindo os 27 estados e quatro milhões de usuários. Os serviços são todos baseados em software livre”, informou.

O coordenador destacou a produção de conteúdo e a capacitação como os dois principais eixos dos programas de inclusão social e digital do MCT.

Da Redação do blog com informações da Ascom da CAINDR.

2 comentários:

Roberto C. Limeira de Castro disse...

Somente haverá inclusão digital, quando houver inclusão republicana.

Val-André Mutran  disse...

Todas as inclusões, portanto, viva o Carajás!

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