A Legião Estrangeira influencia a música francesa

Influência determinante, diga-se de passagem.

Nazaré Pereira, intérprete das brejeiras músicas do povo da Floresta Úmida da Amazônia, nascida em Belém do Pará, puxa a corrente de músicos brazucas em Paris. Uma embaixadora a mostrar-lhes os caminhos.

No século passsado Carlos Gomes, maestro laureado pelo talento como excepcional compositor, talvez tenha sido o precussor da invasão de legionários musicais estrangeiros em solo francês.

Conterâneo de Pereira, Olivar Barreto fincou o pé que parece não mais sair dos concorridos palcos franceses, por enquanto, com relativo sucesso, mas, com cotação em alta.

Em pleno Moulin Rouge, uma alucinante apresentação que marcou a reentré da inigualável banda de rock piscodélico paulista Mutantes, introduzindo nos vocais Zélia Ducan em substituição a uma cansada Rita Lee; foi considerado pela crítica francesa a união perfeita do insólito.

Sucesso arrasador foi conferido pelos franceses nas apresentações de Caetano Veloso e, posteriormente, Gilberto Gil.

Comoção suplantada pelo grupo para-folclórico Boi Garantido, da pequena Ilha Parintins, distante 400 quilômetros de Manaus, a capital do Amazonas que ao executar, pela primeira vez, a exótica e vibrante Vermelho, escalou o topo das paradas francesas e européias.

Mas não é só de Brasil que bebem no caldeirão de influência longínquas os músicos do atual cenário musical francês.

Músicos detentores de reconhecido talento da África, cercanias do Oriente Médio e de outros países da América Latina, são cultuados como semi-deuses pelo público francês.

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