“Mathieu Chédid, ou M, é um compositor prolixo e um guitarrista talentoso. Aqui, ele recebe,
em 2007, o César do melhor tema de filme do ano.”
A música popular francesa aproxima as gerações
Chamado na França de “Variétés”, esse gênero dito popular segue encantando. Os artistas da primeira e da segunda geração continuam a enriquecer seu repertório, enquanto surge uma nova geração extremamente promissora.
em 2007, o César do melhor tema de filme do ano.”
A música popular francesa aproxima as gerações
Chamado na França de “Variétés”, esse gênero dito popular segue encantando. Os artistas da primeira e da segunda geração continuam a enriquecer seu repertório, enquanto surge uma nova geração extremamente promissora.
Rápido giro pelo cenário musical.
“ Musa dos anos 60, a elegante Françoise Hardy continua inspirando e atraindo para si os melhores talentos franceses de todas as gerações.”
A “velha guarda”: união dos talentos
Em seu último álbum, Parenthèses (2006), Françoise Hardy, musa dos anos 60, reuniu doze estrelas que admira para interpretar, em duo, suas canções preferidas (de sua autoria e de outros). De Henri Salvador a Benjamin Biolay, passando por Alain Bashung e Maurane, o elenco mistura as gerações. Um disco elegante e intimista em que a ouvimos pela primeira vez cantar com os dois homens de sua vida: seu companheiro, o ator e cantor Jacques Dutronc, e o filho deles Thomas, também músico.
Michel Delpech, cantor de sucesso nos anos 70, cercou-se também de uma plêiade de artistas (Francis Cabrel, Julien Clerc, Laurent Voulzy, Cali, Bénabar, etc.) para regravar, em 2006, em seu CD Michel Delpech &, os maiores sucessos de sua carreira. Pour un flirt, Que Marianne était jolie, Wight is Wight são baladas que fazem parte do seleto time das músicas que nunca saem de moda.
Fugain e Jonasz: homenagem aos artistas
Para realizar seu disco Bravo et Merci (2007), Michel Fugain pediu aos grandes nomes da Música popular francesa uma letra para musicar. Doze autores-intérpretes, entre os quais Charles Aznavour, Serge Lama, Véronique Sanson e Claude Nougaro (que escreveu a letra algumas semanas antes de falecer), aceitaram o convite. São textos otimistas, melancólicos e engajados, acompanhados de melodias ritmadas do ex-líder do Big Bazar (grupo musical hippie dos anos 70).
Michel Jonasz, por sua vez, quis homenagear lendas da canção francesa. Seu último trabalho, Chanson Française (2007), é o primeiro de uma trilogia dedicada às canções que embalaram sua infância e juventude. Nosso mestre do swing interpreta com emoção Jacques Brel, Georges Brassens, Léo Ferré e Édith Piaf, ressuscitando suas canções em versões jazzísticas.
Segunda geração
Com Totem, gravado ao vivo e lançado em 2007, Zazie lança um disco mais intimista que os anteriores. Confessando suas desilusões amorosas e sua busca existencial, a cantora pop coloca a nu sua sensibilidade sempre à flor da pele. Esse CD com tendências rock e eletrônica traz também canções evanescentes e melancólicas. Uma obra cheia de sinceridade em que Zazie não deixa de, mais uma vez, lançar um olhar sensível sobre mundo.
O mundo sorri para Mathieu Chédid, de codinome M, que, com sua guitarra singular, é conhecido pela voz aérea e suas performances extravagantes. Premiado durante a cerimônia de entrega do prêmio César de cinema pelo tema original do filme de Guillaume Canet, Ne le dis à personne, ele também fez o papel de herói no conto musical, Le Soldat Rose (escrito por seu pai, Louis Chédid); premiado durante as Victoires de la Musique 2007, na categoria “Variété”. A cereja no bolo: M acaba de concluir a direção do álbum de Vanessa Paradis, acontecimento fonográfico do ano que vem.
Estimada pelos profissionais da área e querida pelo grande público, Zazie emprestou seu estilo versátil e inspirado nas letras a várias gerações de artistas franceses.
“ Musa dos anos 60, a elegante Françoise Hardy continua inspirando e atraindo para si os melhores talentos franceses de todas as gerações.”
A “velha guarda”: união dos talentos
Em seu último álbum, Parenthèses (2006), Françoise Hardy, musa dos anos 60, reuniu doze estrelas que admira para interpretar, em duo, suas canções preferidas (de sua autoria e de outros). De Henri Salvador a Benjamin Biolay, passando por Alain Bashung e Maurane, o elenco mistura as gerações. Um disco elegante e intimista em que a ouvimos pela primeira vez cantar com os dois homens de sua vida: seu companheiro, o ator e cantor Jacques Dutronc, e o filho deles Thomas, também músico.
Michel Delpech, cantor de sucesso nos anos 70, cercou-se também de uma plêiade de artistas (Francis Cabrel, Julien Clerc, Laurent Voulzy, Cali, Bénabar, etc.) para regravar, em 2006, em seu CD Michel Delpech &, os maiores sucessos de sua carreira. Pour un flirt, Que Marianne était jolie, Wight is Wight são baladas que fazem parte do seleto time das músicas que nunca saem de moda.
Fugain e Jonasz: homenagem aos artistas
Para realizar seu disco Bravo et Merci (2007), Michel Fugain pediu aos grandes nomes da Música popular francesa uma letra para musicar. Doze autores-intérpretes, entre os quais Charles Aznavour, Serge Lama, Véronique Sanson e Claude Nougaro (que escreveu a letra algumas semanas antes de falecer), aceitaram o convite. São textos otimistas, melancólicos e engajados, acompanhados de melodias ritmadas do ex-líder do Big Bazar (grupo musical hippie dos anos 70).
Michel Jonasz, por sua vez, quis homenagear lendas da canção francesa. Seu último trabalho, Chanson Française (2007), é o primeiro de uma trilogia dedicada às canções que embalaram sua infância e juventude. Nosso mestre do swing interpreta com emoção Jacques Brel, Georges Brassens, Léo Ferré e Édith Piaf, ressuscitando suas canções em versões jazzísticas.
Segunda geração
Com Totem, gravado ao vivo e lançado em 2007, Zazie lança um disco mais intimista que os anteriores. Confessando suas desilusões amorosas e sua busca existencial, a cantora pop coloca a nu sua sensibilidade sempre à flor da pele. Esse CD com tendências rock e eletrônica traz também canções evanescentes e melancólicas. Uma obra cheia de sinceridade em que Zazie não deixa de, mais uma vez, lançar um olhar sensível sobre mundo.
O mundo sorri para Mathieu Chédid, de codinome M, que, com sua guitarra singular, é conhecido pela voz aérea e suas performances extravagantes. Premiado durante a cerimônia de entrega do prêmio César de cinema pelo tema original do filme de Guillaume Canet, Ne le dis à personne, ele também fez o papel de herói no conto musical, Le Soldat Rose (escrito por seu pai, Louis Chédid); premiado durante as Victoires de la Musique 2007, na categoria “Variété”. A cereja no bolo: M acaba de concluir a direção do álbum de Vanessa Paradis, acontecimento fonográfico do ano que vem.
Estimada pelos profissionais da área e querida pelo grande público, Zazie emprestou seu estilo versátil e inspirado nas letras a várias gerações de artistas franceses.
Inteligente, engraçado e tocante, Bénabar segue a tradição da canção realista. Ele foi eleito o melhor intérprete masculino do ano de 2006.
A nova geração
Queridinho do novo cenário musical francês, Bénabar terminou 2006 como o quarto francês que mais vendeu discos. Esse cantor popular construiu sua identidade esmiuçando cenas da vida cotidiana com humor, simplicidade e um estilo musical apurado. Seu quinto álbum, Reprise des Négociations (2005), foi unanimidade de público e crítica. Bénabar foi eleito o artista-intérprete de 2006 durante as Victoires de la Musique.
Com sua cara de anjo, Raphaël é chamado com freqüência de “galã das domésticas” -- o similar pariense de Odair José -- melhorado, como percebe-se na foto do gajo. Seu terceiro CD, Caravane (2005), vendeu mais de um milhão de cópias e recebeu três prêmios durante as Victoires de la Musique, que consagraram seu talento. Com seu estilo entre a música popular francesa e o pop, Raphaël esboça um universo poético em que se pergunta sem parar sobre os ciclos da vida.
Na categoria música romântica, Martin Rappeneau, filho do diretor Jean-Paul Rappeneau, quer ser o herdeiro de Michel Polnareff e de Michel Berger, assim como da influência funk de Sinclair que, aliás, participou de seu primeiro álbum em 2004. Para realizar L’Âge d’Or (2006), obra em parte autobiográfica, Rappeneau cercou-se de músicos renomados e utilizou-se da voz da cantora Camille, co-autora de uma das faixas.
Adrienne Pauly, vinte e seis anos, atriz de formação, é uma das revelações de 2006. Suas canções pop-rock descoladas, somadas a sua zombaria, classificam-na entre as cantoras exuberantes dos anos 80, como Catherine Ringer, do grupo Rita Mitsouko. Um talento e ser acompanhado.
Raphaël, com cara de anjo talentoso, dá continuidade à tradição que oscila entre a música popular francesa e o pop.
Stéphanie Secqueville, jornalista
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