Quebra-quebra na UNB

Depois de enfrentar seguranças, cerca de mil pessoas ocuparam os três andares da reitoria

Assembléia
Depois de três horas de discussões, os estudantes aprovaram, por maioria, a continuidade do movimento

Moralidade
Os manifestantes exigem a saída do reitor, que é investigado pelo MPDF

Confronto
Universitários e seguranças se enfrentam nas rampas do prédio

Pontapés
Um dos alunos é derrubado e cercado pelos vigias, que o agridem com chutes

Domínio
Depois de muito empurra-empurra, os jovens tomaram conta de todo o prédio

Socos, pontapés, empurrões marcaram mais uma reviravolta na ocupação da Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) na tarde de ontem. Após decidirem em assembléia desobedecer à determinação da Polícia Federal para que deixassem o local às 15h, os manifestantes acampados no local desde quinta-feira passada receberam o apoio de mais de mil estudantes, que forçaram a liberação da rampa de acesso ao prédio. Lá estavam 60 seguranças da UnB, que tentaram deter o avanço dos jovens. Na confusão, sobraram violência e reclamações dos dois lados. Mas a superioridade numérica fez valer a vontade dos universitários e, ao final do dia, os três andares do prédio tinham sido tomados.

Sete seguranças compareceram à Superintendência da Polícia Federal (PF), onde apresentaram queixas da violência que sofreram. Na reitoria, outros universitários reclamaram da truculência dos seguranças. Uma garota chegou a pegar o megafone de um manifestante para denunciar que tinha recebido pancadas e arranhões. Único estudante a prestar ocorrência policial até as 20h, Flávio Macedo, 21 anos, afirmou que 10 vigilantes o agrediram por ele ter se recusado a deixar a reitoria.

As acusações que recaem sobre os estudantes

Ao invadirem a reitoria da Universidade de Brasília, os estudantes cometeram pelo menos quatro crimes previstos no Código Penal, segundo a PF:

Artigo 129 — Lesão corporal
Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem

Pena: detenção de três meses a um ano.

Artigo 163 — Dano
Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia

Pena: detenção de um a seis meses ou multa

Parágrafo único do artigo 163 — Dano qualificado
Se o crime é cometido contra o patrimônio da União, estado, município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista

Pena: detenção de seis meses a três anos e multa, além de pena correspondente à violência

Artigo 265 — Atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública
Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública

Pena: reclusão de um a cinco anos e multa

Parágrafo único do artigo 265
Aumentar-se-á a pena de um terço até a metade, se o dano ocorrer em virtude de subtração de material essencial ao funcionamento dos serviços

Artigo 330 — Desobediência
Desobedecer a ordem legal de funcionário público

Pena: detenção de 15 dias a seis meses e multa

Com informações do Correio Braziliense

Comentários

Anônimo disse…
Ocupação da UNB

Como o conselho universitário da UnB, deixou a coisa correr frouxo, agora, por via transversa tenta colocar tudo no seu devido lugar, assim, parece que se perdeu tempo precioso em não terem destituindo o Reitor antes, já possuía total amparo legal para tanto, no entanto, os estudantes em ato de desespero resolveram em atitude forçada tentar por as coisas no seu devido lugar, ou seja, ter uma reitoria de lisura, para que o nome de sua Universidade não afundasse totalmente na lama podre dos desvios da coisa pública que assolam nosso país! Nem tudo que nasce da legalidade, permanece nela, a exemplo da autoridade máxima do reitor Timothy Muholland, que deveria dar exemplo de ética e seriedade, não aceitando desvios dos recursos advindos das fundações, no entanto, é preciso que o MP (Ministério Público) denuncie o tal reitor, enquanto isso, é preciso buscar consenso para que haja avanços nas negociações entre estudantes e representantes da Reitoria e dos funcionários da UnB é preciso sentar à mesa de negociações, porém, já era tempo de se tomar uma atitude.
Olá anônimo, o reitor foi denunciado ontem por improbidade administrativa, vamos aguardar a decisão do juiz o qual a ação vai ser distribuída para sabermos se a denúncia será aceita e , ai sim, aberto o processo judicial que poderá afastá-lo do cargo.
Abs

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