No final do ano passado, quando o Senado rejeitou a prorrogação da CPMF, o presidente Lula ensaiou um discurso apocalíptico. Em suas andanças pelo Brasil, disse que o fim do imposto do cheque representaria uma sangria de R$ 20 bilhões nas contas da saúde pública e que a falta desse dinheiro poderia provocar um caos no setor, vitimando a população mais pobre. Tentava, com essa estratégia, reverter em desgaste para os adversários a derrota que sofrera no Congresso.
Um dos principais pilares desse raciocínio era que o fim da CPMF sepultara as possibilidades de regulamentação da Emenda 29, que amplia os recursos para a Saúde. Mas o governo não contava com a reação de sua própria bancada e especialmente do PT, historicamente comprometido com a proposta. Os petistas colocaram o projeto em votação e tiveram o apoio da oposição, interessada em deixar o governo em dificuldades. A proposta passou no Senado e agora está pronta para votação na Câmara.
O jogo virou e agora é Lula quem se vê diante da possibilidade de ter de explicar porque vetou o aumento das verbas para a saúde. Especialmente num momento em que o governo tem excesso de arrecadação. É nessa margem apertada que o Planalto se mexe em busca de uma solução. (CB)
CPMF e o tiro que saiu pela culatra
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