O tratado para bem viver


















Se depender da turma que freqüênta o mais tradicional bar de Brasília, a resposta é envelheça de bem com você mesmo.

Pega mal quando alguém faz uma interferência radical no seu côrpo por pura vaidade.

O barato lá é olhos-nos-olhos para cada um dos interlocutores valorizar ― hummm!!! ― a importância de cada ruga no rosto.

Acho isso sensacional.

É alguma coisa de comunidade hippie que o atual mundo consumista caminha para perder de vez. Que pêna!

Os preocupados com as rugas, invariavelmente estão com problemas pessoais ou de trabalho.

Têm, claro, no meião, os notórios "detonados" que, quando sentam-se numa mesa animada e repleta de credenciais, sentem o peso do desânimo.

Brasília não é nada fácil.

Certa vez, lendo uma reportagem publicada num jornal europeu cujo protagonista era um grande negociante de armas, uma passagem da matéria me marcou: "o contrato pode até ser assinado com uma canêta de ouro, cravejada de brilhantes, mas os têrmos do acôrdo são decididos após um bom jantar, acompanhado da melhor companhia feminina que o dinheiro possa pagar".

Que dizer então que os grandes negócios são feitos à base de uma tremenda carga de prazeres?

A resposta é sim, não necessariamente no cenário em que o entrevistado colocou, mas é bem perto disso.

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