PT marcha coeso em torno de Dilma

Se fosse por encomenda não seria melhor para os planos do PT o racha do PSDB.

Disputas internas superadas em prol de 2010

análise da notícia
O amadurecimento político é um dos fatores que contribui neste momento para que o PT, aos 29 anos, opte por não gastar tempo em disputas internas desnecessárias diante do monumental desafio que será tentar vencer os adversários e o próprio carisma do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para manter o comando do país no final de 2010.

Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, no entanto, os pesos pesados históricos da legenda em São Paulo, estado que detém o registro de nascimento do PT, não estão ratificando o nome de Dilma Rousseff à sucessão presidencial por ser ela a “eleita” de Lula para a disputa. Além da falta de um sucessor natural, os petistas estão endossando as qualidades políticas e a competência da ministra nascida mineira e com carreira projetada entre os gaúchos.

Quem conhece a estrutura interna do PT sabe que, se houvesse outra aposta, mais orgânica e com a mesma musculatura política já desenvolvida pela ministra, a legenda seria capaz de contrariar as preferências de seu maior líder. O fato é que, como diz o vereador José Américo, a ministra tornou-se pouco a pouco unanimidade entre os petistas, porque provou, para eles, ser “muito competente e muito boa mesmo.”

Diante da pedreira esperada para o ano que vem contra os tucanos, seja tendo como adversário o governador paulista, José Serra, ou o mineiro, Aécio Neves, o PT paulista deixa as articulações em torno da sucessão estadual em segundo plano e, ao menos aparentemente, consegue consenso em suas quatro maiores correntes internas em relação à candidatura presidencial. E sai na frente ao começar construindo a unidade partidária em torno de Dilma por São Paulo. (AP)

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