Hotel cinco estrelas para os convidados dos senadores

Agora é licitação de hospedagem

Primeira-Secretaria fará concorrência para contratar serviços em hotéis de luxo na cidade. O objetivo: acomodar melhor convidados de comissões, CPIs e senadores suplentes convocados para tomar posse

A máquina de gastar dinheiro público continua a todo o vapor no Senado. Agora, será a vez de uma licitação estimada em R$ 118 mil para contratar uma empresa especializada em hospedagens para convidados da Casa que não moram em Brasília e suplentes de senadores convocados para tomar posse. Os requisitos são todos de hotéis cinco estrelas. Do bom e do melhor.

O edital foi publicado ontem no Diário Oficial da União. A licitação está marcada para o dia 29. A empresa vencedora da concorrência terá de oferecer 285 diárias em apartamentos luxuosos, uma média de uma por dia na semana, sendo que dificilmente o Senado recebe alguém as segundas e sextas-feiras. A justificativa para essa contratação é a necessidade de solucionar os pedidos de hospedagem de quem é chamado ao Senado durante o ano para participar de comissões de inquérito, permanentes e eventos internos, além de suplentes que precisam vir a Brasília para ocupar a vaga dos titulares.

No ano passado, por exemplo, Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), foi convidada pela Comissão de Infraestrutura para depor sobre denúncias relativas à venda da Varig. Uma equipe de servidores do Senado, ligada à própria comissão, cuidou da emissão de passagens e de sua hospedagem. Agora, em meio a uma crise administrativa, a Casa decidiu abrir o cofre para terceirizar o serviço.

A exigência inclui todos os luxos de um hotel cinco estrelas, como pratos de porcelana de primeira linha, copos de cristal, ambiente reservado para leitura, visita, jogos, café da manhã no quarto, entre outras coisas. As diárias podem ser divididas: 235 com pensão completa, sendo 200 em apartamento para uma pessoa, 30 em duplos e cinco em triplos. E mais 50 diárias apenas com café da manhã. O contrato com a empresa vencedora será de um ano, podendo prorrogá-lo por mais cinco.
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Atualizada às 14h36, 07/04/2006.
Em nota ao blog, a assessoria de Denise Abreu solicita a seguinte retificação:
A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu não viajou à custa do Senado quando esteve na Casa a convite da Comissão de Infraestrutura, em junho de 2008, diferentemente do que informou o Correio em reportagem publicada no dia 9 de abril. Segundo a assessoria de imprensa de Denise, ela pagou as passagens de ida e volta de São Paulo a Brasília e também a diária no Hotel Blue Tree, hoje denominado Hotel Brasília Alvorada. A única assistência que Denise recebeu do Senado foi o transporte dos documentos que ela trouxe a Brasília para sustentar seu depoimento sobre a operação de venda da Varig, e posteriormente da VarigLog. Servidores da Comissão de Infraestrutura foram até o Aeroporto Internacional de Brasília para receber a papelada. Mas Denise Abreu usou transporte próprio para ir do hotel até o Congresso. As comissões permanentes não têm orçamento para custear despesas de convidados, apenas as comissões parlamentares de inquérito.
Marli Gonçalves, assessoria de imprensa de Denise Abreu.

Fonte: Correio Braziliense.

2 comentários:

Marli Gonçalves disse...

Caro Val,nINGUÉM PAGOU NADA PARA A DENISE ABREU NÃO!

Por favor, gostaríamos de solicitar a correção da informação publicada em seu blog. Essa correção que envio abaixo já foi publicada esta semana pelo próprio Correio Braziliense e talvez você não tenha visto.
Abração, Marli Gonçalves, assessoria de imprensa de Denise Abreu

ANAC
Depoimento de Denise Abreu
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A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu não viajou à custa do Senado quando esteve na Casa a convite da Comissão de Infraestrutura, em junho de 2008, diferentemente do que informou o Correio em reportagem publicada no dia 9 de abril. Segundo a assessoria de imprensa de Denise, ela pagou as passagens de ida e volta de São Paulo a Brasília e também a diária no Hotel Blue Tree, hoje denominado Hotel Brasília Alvorada. A única assistência que Denise recebeu do Senado foi o transporte dos documentos que ela trouxe a Brasília para sustentar seu depoimento sobre a operação de venda da Varig, e posteriormente da VarigLog. Servidores da Comissão de Infraestrutura foram até o Aeroporto Internacional de Brasília para receber a papelada. Mas Denise Abreu usou transporte próprio para ir do hotel até o Congresso. As comissões permanentes não têm orçamento para custear despesas de convidados, apenas as comissões parlamentares de inquérito.

Cleia Carvalho disse...

Cleia Carvalho
Isso é um absurdo, cada vez mais o povo brasileiro aceita tudo calado. São otários.
Eu não entendo por que ainda não aconteceu uma revolução neste país! As Forças Armadas do nosso país e que deveria começar a agir, mas são uns coitados, é até uma covardia chamá-los de covardes.

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