O INSS paga a maior folha de pagamentos da América Latina, são 26,5 milhões de benefícios. Muitos municípios brasileiros recebem mais em benefícios do INSS do que do Fundo de Participação dos Municípios. Os trabalhadores do INSS trabalham 30 horas semanais há 24 anos. Em sua grande maioria, são servidoras que recebem insalubridade e estão submetidos a todos os tipos de pressão, ameaças e mesmo sem condições de trabalho lutam contra programas inoperantes,uma legislação dífícil, ampla e constantemente mutante.
Em 2008, o governo assinou um Termo de Acordo para a reestruturação da carreira do Seguro Social com a entidade que nos representa, a Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Previdência e Assistência Social). Esse acordo previa a avaliação da produtividade dos servidores do INSS através de índices que medissem a concessão de benefícios. O governo impôs um patamar que já é alcançado em quase todas as agências do INSS. Os servidores têm sido constantemente elogiados pela agilidade e qualidade e atendido ao desafio imposto. Essa tarefa se agigantou devido ao programa de concessão dos benefícios em 30 minutos.
Porém, numa decisão autoritária e repressora, o Presidente do INSS, com aval do Ministro da Previdência, baixou a Resolução de número 65, que desenquadra os servidores do artigo terceiro do Decreto 1590/1995 e os obriga a trabalhar 8 horas. O Governo ainda rasgou novamente Termo de Acordo que definia que a carga horária seria discutida com os servidores num Grupo de Trabalho. Assim, mesmo na atual crise, mesmo com todo respeito que devemos à sociedade e a lei, seremos obrigados a deflagar a greve por tempo indeterminado a partir do dia 16 de junho. Como agentes públicos trabalhando no atendimento ao público por 12 horas, sabemos que está autorizado o trabalho de dois turnos de 6 horas. O Decreto é presidencial e a ilegalidade gritante!
Os eixos da nossa greve são:
Manutenção de carga horária sem redução salarial
Incorporação da GDASS ao vencimento básico
3 comentários:
"APOSENTADOS ENTRARÃO EM GRAVE EM TODO O BRASIL, CASO SUAS REIVINDICAÇÕES NÃO SEJAM ACEITAS";
O resultado sobre correção de aposentadorias acima de um salário mínimo,poderia ter alcançado êxitos,talvez,se o caminho sociológico tomasse o destaque necessário na cena política;
Assim é que,bem sabido e concludente,existirem grandes salários remanejados de outros setores do governo para a folha de pagamento do famigerado I.N.S.S.;Esses lautos e POLPUDOS salários,sim,deveriam voltar às suas origens de pagamento;Após cumprida essa difícil tarefa(talvez sarney tenha peito para fazer isso),os cofres previdenciários voltariam a níveis de sustentabilidade, para suportar a dita correção sobre aposentadorias defasadas,através de projeto específico,nivelando,se fosse o caso,todas as aposentadorias acima de 10 salários mínimos,em 10 salários mínimos,aplicando-se a correção a partir daí; Isso seria realmente um projeto de abrangência social e de certa naneira justo,para que não haja possivelmente uma greve dos aposentados em todo o país???...;
JOSE NOGUEIRA DA CUNHA
Trabalhei na Autarquia e, dependendo do local, cidade, gerência, realmente sofre-se bastante pressão. Mas agora incorporar GDASS ao vencimento básico parece um exagero, assim como considerar carreira de Estado.Servidores públicos em geral tem situação privilegiada em relação ao setor privado, portanto, entendo que, se houver incorporação do GDASS as aposentadorias serão significativas altas. Atualmente os aposentados estão estão exigindo recomposição das aposentadorias, como explicar que o servidor terá ganhos significativos enquanto os que contribuiram para o INSS estão sendo levados a miséria.O sol nasceu apenas para servidores e agentes políticos?? Lena
Greve
Não questionamos o direito de greve no setor privado, apesar de tais greves serem quase sempre atos de minorias, insufladas por lideranças adeptas de ideologias, onde a razão ainda não se sobrepôs ao bolor das ideias ultrapassadas. Porém, a greve nos serviços públicos, assim como praticada em nosso País, se aproxima a ato de covardia, eis que praticada contra quem não pode se defender, o contribuinte. Aqueles a quem compete a defesa desse contribuinte se escondem atrás de sua covardia política, temendo afrontar as castas de servidores e, às vezes,agentes políticos organizados e insensíveis, distanciados em sua redoma de privilégios da triste realidade nacional. Afinal, quem nesses tempos de crise não viu crise alguma? Apenas os servidores/agentes públicos. Enquanto isso, no setor privado há desemprego, insegurança, redução de renda e aposentadorias miseráveis. Schaeffer
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