Valor
Na lista de investimentos da Vale, que devem sair do papel em 2010, está a nova siderúrgica a ser erguida no município de Marabá (PA), a 485 quilômetros de Belém. O empreendimento, avaliado em R$ 5,2 bilhões, é uma resposta da mineradora à reivindicação política da governadora paraense, Ana Júlia Canepa (PT), com apoio do presidente Lula, para Roger Agnelli, presidente executivo da companhia, construir uma usina de aço no Estado. O projeto denominado Aços Laminados do Pará (ALPA) está sendo desenvolvido integralmente pela Vale, mas ainda não tem a aprovação de seu conselho de administração.
Ontem, a mineradora comunicou que deu o primeiro passo para tocar o projeto. A Vale entregou ao governo estadual, em cerimônia no Palácio dos Despachos, o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) da ALPA, à serem encaminhados à Secretaria de Meio Ambiente do Pará. O EIA-RIMA, elaborado com base em estudos de engenharia conceitual da TKS Consulting, é a primeira providência para a obtenção da licença prévia para a instalação do projeto no Distrito Industrial de Marabá.
A ALPA terá capacidade para 2 milhões de toneladas de aço semiacabado (placas) e 500 mil toneladas de aços laminados (bobinas e chapas grossas). A expectativa da Vale é iniciar a terraplanagem em junho. As demais etapas serão tocadas a partir de outubro do próximo ano. A entrada em operação da siderúrgica, já com alto forno, aciaria e laminação, está prevista para novembro de 2013. As obras deverão durar três anos, a partir da licença de instalação. A Vale estima a criação de 18 mil empregos no período de implantação da unidade e três mil empregos diretos e 12 mil indiretos na fase de operação.
A logística do projeto prevê a construção de um acesso rodoviário da Estrada de Ferro Carajás (EFC), operada pela Vale, para viabilizar o transporte do minério de Carajás até a usina. Os governos estadual e federal estão compromissados em construir uma hidrovia no rio Tocantins, por onde devem escoar os produtos siderúrgicos da ALPA, seguindo até o Terminal Portuário de Vila do Conde, em Barcarena.
Além da ALPA, a Vale está envolvida com mais três projetos de aço. A CSU (Companhia Siderúrgica de UBU); a ThyssenKrupp CSA, em Santa Cruz, no Rio, e a Companhia Siderúrgica de Pecém, no Ceará, em parceria com a DongKuk.
4 comentários:
Fez bem o governo em trabalhar nesse sentido, afinal estamos exportando minério a preço preço de banana e importando aço a preço de ouro... o que eu vi em Corumbá é um roubo as nossas riquezas. Para as mineradoras é claro que é mais fácil passar uma máquina de terraplanagem, carregar o minério e mandar pra China ou Europa, mas isso não tem valor agregado nenhum... está certíssimo o governo LULA...
Se não for aprovado, o BLOG é tendencioso...
Hahahaha! Anônimo das 7:30.
os representantes da Vale anteciparam à governadora Ana Júlia que desejam aprovar o EIA RIMA até maio de 2010 ! fácil, extremamente fácil, você não achas? para dizer o contrário, especialmente diante do caos institucional no estado do Pará na atual administração, nas áreas de educação, saúde, segurança pública, infraestrutura, etc., e até da justa greve dos funcionários SEMA/PA, SEFA/PA, etc; e do grande volume e diversidade de questões a serem discutidas e das soluções concretas alternativas viáveis a serem apresentadas para os problemas em torno do projeto. Estou 'de olho', mas parece que não tem jeito mesmo!... Temos que 'tapar com cimento', cortiça não é suficiente...
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