A bancada ruralista fez ontem sua primeira aposta para manter pressão sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e dar fôlego às investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito criada para apurar desvios nos repasses de verbas federais a cooperativas ligadas ao movimento.
A Comissão de Agricultura da Câmara tirou da gaveta, e aprovou em "votação-relâmpago", o relatório final da Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) criada em 1999 para investigar o cumprimento da legislação fundiária pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A PFC funciona como uma espécie de "mini-CPI", mas com poderes de investigação mais restritos.
O relatório de 85 páginas, assinado pelo deputado ruralista Luis Carlos Heinze (PP-RS), faz um minucioso pente-fino no andamento da reforma agrária no país e recomenda a suspensão dos assentamentos do Incra até que seja realizado um amplo cadastro das 3.509 localidades identificadas como beneficiárias da política fundiária. O relatório solicita, ainda, a seleção e a eliminação de assentados titulares de mais de um lote ou cuja atividade principal não seja a agropecuária. E acusa o MST, os servidores do Incra e os assentados de graves irregularidades em negócios nebulosos.
Mesmo tendo enfrentado a oposição da bancada do PT, o relator aprovou a recomendação para um pedido de reavaliação dos locais de assentamento de sem terra como forma de verificar as condições de capacidade de uso do solo pelos assentados.
A estratégia dos ruralistas para não deixar morrer a CPI do MST inclui o envio do relatório a todos os órgãos de controle e fiscalização de aplicação de recursos. "Vamos mandar isso para o TCU, Ministério Público, Polícia Federal, Procuradoria de República e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário", diz o deputado Heinze. Em defesa do MST, o deputado Assis do Couto (PT-PR), afirma que o relatório "cheira a mofo" e prepara o revide. "É algo que tem dez anos. Mas se querem apurar, vamos chamar o Jungmann para se explicar", diz, em referência ao atual deputado Raul Jungmann (PPS-PE), então ministro da Reforma Agrária quando a PFC da Câmara foi criada.
A bancada ruralista aposta que o relatório da PFC pode garantir o primeiro combustível à CPI do MST. "Mostramos, de forma exaustiva, os métodos equivocados e as falhas no processo de reforma agrária no país", afirma Heinze. O documento lista casos e exemplos de superfaturamento no Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, irregularidades administrativas, maus tratos, cárcere privado, cobrança de propinas, comissões e pedágios pelo MST, além da venda e arrendamento irregulares de lotes e a destruição de reservas ecológicas. Há um capítulo especial sobre a participação de servidores do Incra em atividades irregulares. O relatório enumera problemas em duas cooperativas que seriam ligadas ao MST: Coocamp, de Teodoro Sampaio (SP), e Coagri, de Laranjeiras do Sul (PR). (O Globo).
Comentários
O ESQUEMA LÁ É PESADO. EM TUCURUI NA UNIDADE AVANÇADA É IMPRESSIONANTE O SR GILVAN QUE ESTÁ A FRENTE DESTA UA.
EU TENHO PENA É DO RAIMUNDO DA SR 27 QUE PEGOU O INCRA PARA TAPAR BURACO DEIXADO PELO ROMBO DA BERNADETE.
AQUELA OPERAÇÃO EM ITUPIRANGA NÃO MENCIONOU A VERDADEIRA EMPRESA NEM O POSTO DE COMBUSTIVEL QUE DETEM O NOME DESTA EMPRESA A QUE BERNADETE ESTA LIGADA: AUTOPOSTO KAUAN, CONSTRUTORA KAUAN, LOJAS DE MATERIAS DE CONSTRUÇÃO KAUAN, CERAMICA KAUAN E POR AÍ VAI TODAS INSTALADAS NO MUNICIPIO DE MARABÁ COM EXCESSÃO DO POSTO DE COMBUSTIVEL.
TAH MUITO NA CARA E PARECE SER MUITO FACIL.
O GRANDE ESQUEMA É AS MADEIRAS. AS MADEREIRAS ESTÃOA TODO VAPOR EM TUCURUI E REGIÃO.