O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, ordenou a retirada emergencial de moradores num raio de 10 Km em torno das instalações.
O governo japonês declarou emergência atômica e decretou um primeiro raio de isolamento, de três quilômetros, em torno de Fukushima.
A usina, localizada numa região que fica ao leste do Japão, teve seu sistema de resfriamento danificado pelo terremoto de magnitude 8,9 e pelo subsequente tsunami.
A medição do nível de radiação que escapa da usina, feita pela Agência de Segurança Industrial e Nuclear do governo japonês, subordinada ao Ministério da Indústria, sugere que o vazamento tenha proporções maiores do que as previstas anteriormente pelo ministro da Indústria, Banri Kaieda.
A agência de segurança nuclear disse que o elemento radioativo no vapor a ser liberado não vai afetar o ambiente e nem oferece risco à saúde - 45 mil pessoas que vivem na área serão deslocadas.
Uma segunda usina nuclear japonesa, Fukushima 2, localizada a 12 Km da central Fukushima 1, também apresentou problemas de refrigeração. O controle de um reator registrou um nível de radioatividade mil vezes superior ao normal, segundo a agência japonesa de notícias Kyodo, que citou uma comissão de segurança.
As duas centrais encontram-se a cerca de 250 Km ao norte de Tóquio, na região afetada pelo violento terremoto.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Força Aérea dos Estados Unidos entregou um resfriador ao Japão para reverter o aumento da temperatura do combustível.
Os reatores fechados devido ao terremoto são responsáveis por 18% da capacidade de geração de energia nuclear do Japão. A energia nuclear produz cerca de 30% da eletricidade consumida no país. A Tokyo Eletric Power Company disse que três dos seis reatores da central nuclear estavam ativas no momento do terremoto. As outras três, fechadas para manutenção, não correm risco de vazamento.
O chefe do gabinete de governo do Japão, Yukio Edano, assegurou que as medidas de segurança adotadas são suficientes para garantir a segurança dos moradores da região.
Veja o vídeo com os estragos do terremoto de 8,9 graus seguido por um tsunami com ondas de 10 metros.
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