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Vídeo inédito mostra força do tsunami do dia 11/03 no Japão


Imagens inéditas de um cinegrafista amador divulgadas nesta quinta-feira mostram o momento em que o tsunami começa a invadir a cidade de Miyako, no Japão.

Acredita-se que o vídeo tenha sido filmado no dia 11 de março.

Ele mostra como a pequena cidade portuária na região de Iwate ficou arrasada pela violenta e repentina entrada do mar.

O tsunami do dia 11 foi provocado pelo terremoto de magnitude 9 que abalou o Japão.

O vídeo mostra como o mar praticamente cobre um prédio

O número de mortos na tragédia já ultrapassa 5 mil pessoas e mais de 8 mil continuam desaparecidas.

Além da destruição provocada pelo tremor e pelo tsunami, os japoneses agoram temem uma nuvem radioativa.

A usina de Fukushima foi gravemente danificada, e autoridades encontram muita dificuldade em controlar incêndios perto dos reatores.

É dramática a luta de técnicos japoneses para resfriar reatores danificados no Japão
















Equipe médica usa contador Geiger para medir possível radiação em uma mulher em um centro de saúde pública em Hitachi, no Japão. 16/03/2011.

REUTERS/Asahi Shimbun

TÓQUIO (Reuters) - A crise nuclear do Japão parece ter escapado definitivamente do controle das autoridades nesta quarta-feira, quando os técnicos abandonaram a usina de Fukushima por causa do aumento nos níveis de radiação, e um helicóptero fracassou na tarefa de jogar água no reator mais problemático.

Em um sinal de desespero, a polícia vai usar jatos d'água, normalmente empregados contra motins e manifestações, para tentar resfriar o combustível nuclear em um dos reatores.

Logo no início do dia, outro incêndio atingiu a usina de Fukushima, danificada pelo terremoto de sexta-feira, e que nas últimas horas emitiu níveis baixos de radiação para Tóquio, causando medo na capital e alerta na comunidade internacional.

O governo do Japão disse que os níveis de radiação fora do terreno da usina permanecem estáveis, mas, em um sinal de estar sobrecarregado, apelou às empresas privadas para ajudarem a entregar suprimentos às dezenas de milhares de pessoas que foram retiradas do entorno do complexo.

"As pessoas não estariam em perigo imediato se saíssem de casa com esses níveis. Quero que as pessoas entendam isso", disse a jornalistas o chefe de gabinete do governo, Yukio Edano, referindo-se à população que vive além da zona de exclusão de 30 quilômetros em torno da usina. No interior desse raio, cerca de 140 mil moradores foram orientados a ficarem em casa.

Os trabalhadores estão tentando retirar destroços e construir uma estrada para que os carros de bombeiros possam chegar ao reator número 4 do complexo de Daiichi, em Fukushima, 240 quilômetros ao norte de Tóquio. As chamas já não eram visíveis no prédio do reator.

Os altos níveis de radiação impediram um helicóptero de voar para o local a fim de jogar água no reator número 3 -- cujo teto foi danificado por uma explosão anterior, e onde no começo do dia era possível ver uma nuvem de vapor.

A empresa responsável pela usina disse que o reator número 3 é a "prioridade". Nenhuma outra informação está disponível, mas sabe-se que o 3 é o único reator da usina que usa plutônio como combustível.

PREJUÍZO DE US$200 bilhões

Segundo pesquisas do governo norte-americano, o plutônio é muito tóxico para os seres humanos, e uma vez absorvido na corrente sanguínea pode permanecer por anos na medula óssea ou no fígado, e pode causar câncer.

A situação no reator número 4, onde o incêndio começou, não era "tão boa," segundo a operada da usina, e há água sendo lançada nos reatores 5 e 6, indicando que todos os seis reatores da usina estão agora sob risco de superaquecimento.

Especialistas nucleares disseram que as soluções propostas para conter os vazamentos de radiação no complexo foram medidas desesperadas para conter essa que já é uma das piore catástrofes industriais da história.

"Isto é um pesadelo em câmera lenta", disse o físico Thomas Neff, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

O imperador Akihito, num raro pronunciamento em vídeo ao povo japonês, se disse profundamente preocupado com a crise nuclear do país, "numa escala sem precedentes".

"Espero do fundo do meu coração que as pessoas, de mãos dadas, se tratem com compaixão e superem esses momentos difíceis", disse o imperador.

O pânico causado pelo impacto econômico decorrente do acidente nuclear e do terremoto e do tsunami de sexta-feira passada retiraram 620 bilhões de dólares do mercado acionário do Japão nos primeiros dois dias desta semana, mas o índice Nikkei recuperou-se na quarta-feira, fechando em alta de 5,68 por cento.

No entanto, as estimativas de prejuízos envolvendo prédios destruídos, perda de produção e redução do consumo variam de 125 a 200 bilhões de dólares, o que significa até 50 por cento a mais do que os prejuízos decorrentes do terremoto de 1995 em Kobe.

(Reportagem adicional de Nathan Layne, Linda Sieg, Risa Maeda, Isabel Reynolds, Sloan Dan e Leika Kihara em Tóquio; Chris Meyers e Kim Kyung-Hoon em Sendai; Uranaka Taiga e Joon Kwon Ki em Fukushima; Noel Randewich em San Francisco; e Miyoung Kim em Seul)

Técnicos lutam contra uma catástrofe nuclear no Japão


O Japão luta contra uma catástrofe nuclear. Esta segunda-feira ocorreu uma nova explosão na central nuclear de Fukushima 1, no reactor 3 e, na sequência desta explosão, um terceiro reator ficou com problemas de refrigeração. A agravar a situação, as barras de combustível do reator que foi alvo da explosão estão expostas, o que pode provocar um agravamento da situação caso derretam.

As barras de combustível do reator, cada uma das quais é de 4 metros de comprimento, explica a agência nipônica Jiji Press, ficou totalmente exposta ao ar por causa de uma quebra substancial na quantidade de água para refrigerar o reator, segundo a empresa informações da Tokyo Electric Power – que informou também que o sistema de refrigeração do reactor n º 2 parou de funcionar na tarde de segunda-feira. O nível de água de refrigeração, que foi de cerca de 3,9 metros acima do topo das barras de combustível foi decrescendo ao longo do dia. A Tokyo Electric Power ainda tentou reforço com uma bomba de água do mar para dentro do reator, mas as bombas pararam porque ficaram sem combustível.

O Japão pediu ajuda adicional de equipamento aos Estados Unidos para fazer face às dificuldades crescentes nos sistemas de refrigeração dos reatores nucleares da central de Fukishima, segundo disse à agência Reuters o responsável pela Comissão de Regulação Nuclear dos Estados Unidos, Greg Jaczko.

Há registo de, pelo menos, 11 pessoas feridas em consequência da explosão desta manhã.

O primeiro-ministro Naoto Kan, disse que a situação na central de energia nuclear continua a ser preocupante, cita a Reuters. O chefe de gabinete do PM, Yukio Edano, diz que o recipiente do núcleo do reator está intacto e que é improvável que a explosão tenha produzido uma grande fuga de radioatividade.

Antes da explosão, fontes oficiais admitiram que 22 pessoas sofreram contaminação radioactiva e 190 podem ter sido expostas.

Recorde-se que sábado uma primeira explosão já tinha acontecido nesta central no reator 1, a mais afetada após o sismo, seguido de tsunami, que abalou o Japão na passada sexta-feira.

A empresa responsável pela central confirmou ainda que o sistema de refrigeração do reator 2 está inoperacional.

Especialistas prosseguem esforços para arrefecer três reatores da central de Fukushima Daiichi. Especialistas dizem que o uso da água do mar nesta operação não tem precedentes. Dois reatores na vizinha Fukushima Daini foram arrefecidos em segurança, informou a imprensa local.

Navios de guerra e aviões norte-americanos que estão na costa do Japão para ajudar nas operações de socorro afastaram-se da costa do Pacífico do Japão temporariamente. Em causa está o fato de terem sido detectados índices de radiação a cerca de 160 quilômetros da costa.

A CNN avança que foi detectada radiação em pelo menos 17 membros da tripulação norte-americana.

Presidente Dilma está solidária ao Japão e oferece ajuda

Presidenta Dilma coloca o Brasil à disposição do governo japonês após terremoto

A presidenta Dilma Rousseff manifestou “profunda consternação” em função do terremoto e subsequente tsunami que atingiram o Japão nesta sexta-feira (11/3), informou o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, em briefing no Palácio do Planalto.

Em nota ao primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, a presidenta informou que o governo e o povo brasileiros estão tomados por sentimentos de pesar e solidariedade e colocou o Brasil à disposição do governo do Japão, com vistas a contribuir ao apoio internacional.

Atualmente cerca de 260 mil brasileiros vivem no Japão, mas de acordo com o Itamaraty até o momento não se têm notícia de mortos ou feridos brasileiros.

Leia abaixo a íntegra da nota da presidenta Dilma Rousseff:

Senhor Primeiro-Ministro,

Foi com profunda consternação que recebi as notícias das perdas humanas e da destruição causadas pelo forte terremoto e subsequente tsunami que atingiram o Japão, no dia 11 de março corrente.

O Governo e o Povo brasileiros são tomados hoje pelos mais sinceros sentimentos de pesar e solidariedade diante desta calamidade que atingiu o Japão, onde vivem cerca de 260 mil nacionais brasileiros.

Estou certa de que a mobilização, competência e empenho com que a nação japonesa responderá a esse desastre natural permitirão a seu país uma rápida recuperação. Ainda assim, o Brasil se coloca à disposição do Governo japonês com vistas a contribuir ao apoio internacional ao Japão.

Mais alta consideração,

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil


Fonte: Blog do Planalto.

O dificil resgate dos japoneses após terremoto










































As fotos publicadas nas agências internacionais retratam o desolador clima, 48 horas após a tragédia natural que abalou a população japonesa.

Autoridades japonesas de agência nuclear admitem vazamento de césio em usina

Reportagem que acaba de ser publicada na página eletrônica do jornal americano The New York Times relata que autoridades japonesas da agência de segurança nuclear daquele país, admitem que quantidades ainda não totalmente medidas de gases tóxicos foram expelidos por uma das duas usinas nucleares avariadas após o terremoto da última sexta-feira, 11, que sacudiu o nordeste do Japão.

Naoto Sekimura professor da Universidade de Tóquio, disse à emissora de televisão pública japonesa NHK, que "apenas uma pequena parte do combustível foi derretido. Mas a planta já está lacrada e sendo resfriada. A maior parte do combustível está contido no caso das plantas, assim eu gostaria de pedir às pessoas para se acalmar. "

Cerca de 45.000 pessoas foram afetadas pela ordem de evacuação da fábrica Daiichi, onde aqueles que vivem num raio de seis quilômetros foram convidados a sair. A evacuação da segunda fábrica foi para um raio de um quilômetro e meio, porque "não há nenhum sinal de que a radiação foi emitida para fora", disse um funcionário.

Prejuízos do terremoto são globais

Fotos: NYT/Reuters



















































Não é possível medir as consequencias dos prejuízos causados pela catástrofe natural que abalou o Japão na madrugada de sexta-feira, 11, (horário de Brasília) para a economia do próprio país e a global.

Os estragos poderiam ser ainda maiores caso o epicentro do terremoto tivesse ocorrido em Tókio ou mais ao sul, onde está concentrado a zona mais industrializada do país.

A zona do euro passa por ajustes que obriga vários países membros a capitalizarem suas economias com empréstimos em organimos internacionais com juros bem acima da média normalmente praticada.

Os Estados Unidos luta contra um crescente déficit corrente após a crise global oriunda do estouro especulativo imobiliário que levou à bancarrota instituições financeiras que maquiavam, há tempos, seus balanços.

A forte recessão internacional reflete na economia dos chamados países emergentes, que vivem um momento de desendustrialização de suas economias, apontam as autoridades econômicas, fruto de uma crescente inflação, alta do petróleo e carestia fora do comun de comodities.

Parece que os presságios alertados pela civilização Inca que isso é só o começo, requer atenção da comunidade internacional para dias muito difícies que se aproximam, inclusive e com força sobre o Brasil.

Ameaça de vazamento nuclear no Japão após terremoto devastador

O governo japonês confirmou o vazamento na usina nuclear Fukushima Daiichi Nº 1, e indicou que a concentração de material radioativo escapando das instalações já está oito vezes maior do que o normal. O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, ordenou a retirada emergencial de moradores num raio de 10 Km em torno das instalações.

O governo japonês declarou emergência atômica e decretou um primeiro raio de isolamento, de três quilômetros, em torno de Fukushima.

A usina, localizada numa região que fica ao leste do Japão, teve seu sistema de resfriamento danificado pelo terremoto de magnitude 8,9 e pelo subsequente tsunami.

A medição do nível de radiação que escapa da usina, feita pela Agência de Segurança Industrial e Nuclear do governo japonês, subordinada ao Ministério da Indústria, sugere que o vazamento tenha proporções maiores do que as previstas anteriormente pelo ministro da Indústria, Banri Kaieda.

A agência de segurança nuclear disse que o elemento radioativo no vapor a ser liberado não vai afetar o ambiente e nem oferece risco à saúde - 45 mil pessoas que vivem na área serão deslocadas.

Uma segunda usina nuclear japonesa, Fukushima 2, localizada a 12 Km da central Fukushima 1, também apresentou problemas de refrigeração. O controle de um reator registrou um nível de radioatividade mil vezes superior ao normal, segundo a agência japonesa de notícias Kyodo, que citou uma comissão de segurança.

As duas centrais encontram-se a cerca de 250 Km ao norte de Tóquio, na região afetada pelo violento terremoto.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Força Aérea dos Estados Unidos entregou um resfriador ao Japão para reverter o aumento da temperatura do combustível.

Os reatores fechados devido ao terremoto são responsáveis por 18% da capacidade de geração de energia nuclear do Japão. A energia nuclear produz cerca de 30% da eletricidade consumida no país. A Tokyo Eletric Power Company disse que três dos seis reatores da central nuclear estavam ativas no momento do terremoto. As outras três, fechadas para manutenção, não correm risco de vazamento.

O chefe do gabinete de governo do Japão, Yukio Edano, assegurou que as medidas de segurança adotadas são suficientes para garantir a segurança dos moradores da região.

Veja o vídeo com os estragos do terremoto de 8,9 graus seguido por um tsunami com ondas de 10 metros.

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