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Católicos celebram Círio de Nazaré 2024, em Brasília

Brasília  -  A comunidade católica de Brasília, integrada por grande número de paraenses que residem na capital do país, recebeu em júbilo e orações, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, que chegou em voo direto de Belém do Pará, por volta das 19h30, nesta terça-feira (26), para a realização do Círio de Nazaré 2024. Serão dois dias de programação. Programação do Círio de Nazaré em Brasília 2024 Do aeroporto JK, o símbolo da fé dos paraenses, foi conduzida ao Santuário Nossa Senhora da Saúde, na SGAN 702, na Asa Norte, onde foi acolhida por grande número de devotos, que aguardavam a imagem milagrosa para a realização do Santo Terço, conduzido pela irmã Denise Cristina e pelo irmão Keller Jenny do Espírito Santo (Frei Gil). Às 8h00, desta quarta-feira (27), a imagem da padroeira dos paraenses foi conduzida à Cúria Metropolitana de Brasília, e às 8h30, foi recebida na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. O Grupo de Oração Beata Elena Guerra, homenageou a imagem da

Belo Monte é uma grande oportunidade

Quando estiver concluída, a usina de Belo Monte, no Rio Xingu, será a maior hidrelétrica inteiramente brasileira, com 11.233 megawatts de capacidade instalada. Itaipu gera hoje muito mais (cerca de 14 mil megawatts), porém metade pertence ao Paraguai e é importada pelo Brasil. Como aproveitamento hidráulico Belo Monte não tem nada comparável no Brasil, pois a relação entre área inundada e megawatt produzido é de 0,05 quilômetro quadrado, apenas 10% da média nacional (ou metade da relação verificada em Itaipu, ou, ainda, 20% da que foi necessária em Tucuruí, hoje a maior hidrelétrica brasileira).

As águas que serão represadas pelas barragens e diques que formarão o aproveitamento hidráulico atingirão a mesma área ocupada pelo Rio Xingu durante o período de cheia. Anualmente, várias famílias que habitam casas precárias, sobre palafitas, são removidas muitas vezes para abrigos provisórios. Devido a Belo Monte, essas comunidades serão reassentadas em lugares mais seguros e servidos de infraestrutura urbana (saneamento, luz, acessos). Trata-se de uma obrigação contratual assumida pelos empreendedores, embora isso já fizesse parte de um plano da própria municipalidade.

Portanto, Belo Monte não se resume a uma nova e grande hidrelétrica. É uma oportunidade para a melhoria socioambiental de toda uma região onde são poucas as possibilidade de emprego e de renda. Onde a colonização se desvirtuou e deu margem para desmatamentos em larga escala. Onde os indicadores sociais e econômicos estão entre os mais baixos do país.

Belo Monte será um grande desafio empresarial, mais do ponto de vista da logística do que pela obra de engenharia em si. Por isso, as estradas locais serão alargadas, reforçadas e pavimentadas, de modo a permitir a passagem de equipamentos, caminhões pesados e o transporte de pessoas (serão 22 mil trabalhadores no pico da obra). A barragem da casa de força principal será relativamente pequena em extensão, e a complementar terá uma altura máxima de 11,5 metros. Os canais adutores que conduzirão as águas represadas da barragem complementar para a casa de força principal serão construídos a seco.

Nenhuma frente de trabalho ficará próxima de aldeias indígenas na chamada Volta Grande do Xingu. Mesmo assim, também existe o compromisso de assisti-las com serviços de saúde, educação, etc.

Para suprir a demanda de energia elétrica nos próximos anos o Brasil terá de construir meia Belo Monte por ano. Tanto melhor se essa necessidade for suprida por empreendimentos hidrelétricos com as características econômicas e socioambientais de Belo Monte.

As opções são bem mais caras - o que inviabilizaria a expansão da economia e o atendimento à população - ou mais agressivas para o meio ambiente, pela queima de combustíveis, em grande parte não renováveis. Belo Monte tem tudo para ser bom exemplo de projeto econômica e ambientalmente sustentável.

Fonte: O Globo.

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