Quando estiver concluída, a usina de Belo Monte, no Rio Xingu, será a maior hidrelétrica inteiramente brasileira, com 11.233 megawatts de capacidade instalada. Itaipu gera hoje muito mais (cerca de 14 mil megawatts), porém metade pertence ao Paraguai e é importada pelo Brasil. Como aproveitamento hidráulico Belo Monte não tem nada comparável no Brasil, pois a relação entre área inundada e megawatt produzido é de 0,05 quilômetro quadrado, apenas 10% da média nacional (ou metade da relação verificada em Itaipu, ou, ainda, 20% da que foi necessária em Tucuruí, hoje a maior hidrelétrica brasileira).
As águas que serão represadas pelas barragens e diques que formarão o aproveitamento hidráulico atingirão a mesma área ocupada pelo Rio Xingu durante o período de cheia. Anualmente, várias famílias que habitam casas precárias, sobre palafitas, são removidas muitas vezes para abrigos provisórios. Devido a Belo Monte, essas comunidades serão reassentadas em lugares mais seguros e servidos de infraestrutura urbana (saneamento, luz, acessos). Trata-se de uma obrigação contratual assumida pelos empreendedores, embora isso já fizesse parte de um plano da própria municipalidade.
Portanto, Belo Monte não se resume a uma nova e grande hidrelétrica. É uma oportunidade para a melhoria socioambiental de toda uma região onde são poucas as possibilidade de emprego e de renda. Onde a colonização se desvirtuou e deu margem para desmatamentos em larga escala. Onde os indicadores sociais e econômicos estão entre os mais baixos do país.
Belo Monte será um grande desafio empresarial, mais do ponto de vista da logística do que pela obra de engenharia em si. Por isso, as estradas locais serão alargadas, reforçadas e pavimentadas, de modo a permitir a passagem de equipamentos, caminhões pesados e o transporte de pessoas (serão 22 mil trabalhadores no pico da obra). A barragem da casa de força principal será relativamente pequena em extensão, e a complementar terá uma altura máxima de 11,5 metros. Os canais adutores que conduzirão as águas represadas da barragem complementar para a casa de força principal serão construídos a seco.
Nenhuma frente de trabalho ficará próxima de aldeias indígenas na chamada Volta Grande do Xingu. Mesmo assim, também existe o compromisso de assisti-las com serviços de saúde, educação, etc.
Para suprir a demanda de energia elétrica nos próximos anos o Brasil terá de construir meia Belo Monte por ano. Tanto melhor se essa necessidade for suprida por empreendimentos hidrelétricos com as características econômicas e socioambientais de Belo Monte.
As opções são bem mais caras - o que inviabilizaria a expansão da economia e o atendimento à população - ou mais agressivas para o meio ambiente, pela queima de combustíveis, em grande parte não renováveis. Belo Monte tem tudo para ser bom exemplo de projeto econômica e ambientalmente sustentável.
Fonte: O Globo.
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Belo Monte é uma grande oportunidade
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Belo Monte: Quem são as empresas do consórcio?
O Blog do Planalto responde:
Com a proposta de oferta de energia a R$ 77,97 por megawatt-hora, o consórcio Norte Energia arrematou a licença para a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, Pará, em leilão realizado nesta terça-feira (20/4). O resultado foi divulgado esta tarde pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner. Segundo ele, houve deságio de 6,02% em relação ao preço de R$ 83 fixado no edital.
A assessoria da Aneel informou que o consórcio vencedor é formado por nove empresas: Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), com 49,98%; Construtora Queiroz Galvão S/A (10,02%); Galvão Engenharia S/A (3,75%); Mendes Júnior Trading Engenharia S/A (3,75%); Serveng-Civilsan S/A (3,75%); J Malucelli Construtora de Obras S/A (9,98%); Contern Construções e Comércio Ltda (3,75%); Cetenco Engenharia S/A (5%); e Gaia Energia e Participações(10,02%).
Com a proposta de oferta de energia a R$ 77,97 por megawatt-hora, o consórcio Norte Energia arrematou a licença para a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu, Pará, em leilão realizado nesta terça-feira (20/4). O resultado foi divulgado esta tarde pelo diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner. Segundo ele, houve deságio de 6,02% em relação ao preço de R$ 83 fixado no edital.
A assessoria da Aneel informou que o consórcio vencedor é formado por nove empresas: Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), com 49,98%; Construtora Queiroz Galvão S/A (10,02%); Galvão Engenharia S/A (3,75%); Mendes Júnior Trading Engenharia S/A (3,75%); Serveng-Civilsan S/A (3,75%); J Malucelli Construtora de Obras S/A (9,98%); Contern Construções e Comércio Ltda (3,75%); Cetenco Engenharia S/A (5%); e Gaia Energia e Participações(10,02%).
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Chesf e Queiroz Galvão para Belo Monte. Vocês acreditam nisso?
Boa noite aos poucos jornalistas investigativos do Brasil.
Que tal a pauta abaixo:
1- O Consórcio construirá a hidrelétrica de Belo Monste?
2- Quem pagou os estudos vai ficar chupando dêdo?
Há dezenas de outras perguntas que eu, você e a população adorariam serem respondidas.
Independente disso, levanto outra questão. É o sequinte:
-- Políticamente, acredito que o governo Lula precipitou-se nessa questão de Belo Monte.
Não é adequado para um governo em fim de mandato apostar tão alto com dinheiro que não lhe pertence. O Governo Federal, expõem-se sem necessidades. Seria muito mais palatável e sensato, colocar na mesa outras alternativas; como por exemplo, a hidrelétrica de Marabá.
Acredito que houve um erro de avaliação grave nessa decisão impertinente de Belo Monte que, certamente, será muito questionado pela oposição.
O tempo dirá e se levar-mos em consideração a UH de Tucuruí, sem as eclusas que viraram obras de Catedral, o custo final deste projeto pode chegar ao custo inacreditável de R$ 40 bilhões.
Depois não me venham com chorumelas.
Que tal a pauta abaixo:
1- O Consórcio construirá a hidrelétrica de Belo Monste?
2- Quem pagou os estudos vai ficar chupando dêdo?
Há dezenas de outras perguntas que eu, você e a população adorariam serem respondidas.
Independente disso, levanto outra questão. É o sequinte:
-- Políticamente, acredito que o governo Lula precipitou-se nessa questão de Belo Monte.
Não é adequado para um governo em fim de mandato apostar tão alto com dinheiro que não lhe pertence. O Governo Federal, expõem-se sem necessidades. Seria muito mais palatável e sensato, colocar na mesa outras alternativas; como por exemplo, a hidrelétrica de Marabá.
Acredito que houve um erro de avaliação grave nessa decisão impertinente de Belo Monte que, certamente, será muito questionado pela oposição.
O tempo dirá e se levar-mos em consideração a UH de Tucuruí, sem as eclusas que viraram obras de Catedral, o custo final deste projeto pode chegar ao custo inacreditável de R$ 40 bilhões.
Depois não me venham com chorumelas.
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5% na tarifa define vencedora do leilão da UH de Belo Monte
O consórcio Norte Energia, liderado pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) e pela construtora Queiroz Galvão, ofereceu tarifa de 78,03 reais por megawatt-hora no leilão da usina de Belo Monte, vencendo a disputa contra o consórcio Belo Monte Energia, liderado pela Andrade Gutierrez.
O valor significa um deságio de 5,98 por cento em relação à tarifa-teto de 83 reais por megawatt-hora, estipulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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Liberado leilão de Belo Monte
O TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região cassou novamente uma liminar que impedia o leilão da usina de Belo Monte, no Pará. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) ainda não se posicionou, mas poderá realizar o leilão da hidrelétrica ainda hoje, data inicialmente agendada para a disputa.
Ontem, minutos depois de ser informado de nova liminar suspendendo o leilão, o governo entrou com recurso para cassar a decisão. A liminar de ontem foi concedida pelo juiz Antonio Carlos Almeida Campelo, de Altamira (PA), que atendeu um pedido do Ministério Público Federal. Essa é a segunda tentativa do MPF de brecar o leilão da usina, orçada em cerca de R$ 19 bilhões e um dos maiores projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Ontem, minutos depois de ser informado de nova liminar suspendendo o leilão, o governo entrou com recurso para cassar a decisão. A liminar de ontem foi concedida pelo juiz Antonio Carlos Almeida Campelo, de Altamira (PA), que atendeu um pedido do Ministério Público Federal. Essa é a segunda tentativa do MPF de brecar o leilão da usina, orçada em cerca de R$ 19 bilhões e um dos maiores projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
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TRF da 1ª Região não julgará recurso da AGU sobre Belo Monte hoje
Continuará suspenso o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os pedidos de suspensão da Advocacia-Geral da União (Aneel) (SLAT 0022487-47.2010.4.01.0000) e do IBAMA (SLAT 0022486-62.2010.4.01.0000) contra decisão prolatada na Subseção Judiciária de Altamira, no Pará, que suspendeu o leilão pela segunda vez, não serão apreciados hoje pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, informa a Assessoria de Comunicação Social do órgão.
Quanto ao pedido de reconsideração da decisão em liminar que havia autorizado a realização do leilão da usina a ser construída no Rio Xingú, objeto do agravo regimental interposto pelo Ministério Púbico Federal (SLAT 0021954-88.2010.4.010000), este será submetido à Corte Especial do Tribunal oportunamente.
Quanto ao pedido de reconsideração da decisão em liminar que havia autorizado a realização do leilão da usina a ser construída no Rio Xingú, objeto do agravo regimental interposto pelo Ministério Púbico Federal (SLAT 0021954-88.2010.4.010000), este será submetido à Corte Especial do Tribunal oportunamente.
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