“A decisão de construir a Alpa é uma decisão firme, irreversível e
definitiva”. A afirmação, em tom enfático para afastar dúvidas e
desconfianças em relação ao projeto, foi feita no Rio de Janeiro, pelo
diretor global de Siderurgia da Vale, Aristides Corbellini. Em
conferência exclusiva a jornalistas paraenses, o diretor da Vale disse
ainda que a siderúrgica Aços Laminados do Pará, a ser construída em
Marabá, é um empreendimento estratégico para a empresa e vai significar o
marco inicial da industrialização do Estado. “Em termos de indução ao
desenvolvimento econômico, a implantação da siderúrgica terá para o
Estado do Pará uma importância incomparavelmente maior do que teria, por
exemplo, a construção de uma refinaria de petróleo”, destacou Aristides
Corbellini.
A declaração coloca em relevo a capacidade indutora
do empreendimento, e quase infinita oportunidade para a atração de novos
negócios, a partir do polo metal mecânico já projetado para a região
sudeste do Pará. Aristides Corbellini e o diretor presidente da Alpa,
José Carlos Gomes Soares, garantiram também que o início das obras de
construção da siderúrgica só depende da implantação da hidrovia do
Tocantins, que torna indispensável o derrocamento do rio num trecho de
43 km entre Marabá e Tucuruí.
Essa obra foi projetada para
assegurar a plena navegabilidade do Tocantins durante o ano inteiro.
Complementar ao sistema de transposição do reservatório de Tucuruí,
deverá criar um eixo hidroviário ligando a cidade de Marabá ao porto de
Vila do Conde, em Barcarena.
Para Aristides Corbellini, não deve
ser nem mesmo considerada hipótese de desistência do governo em relação à
hidrovia do Tocantins, quando se sabe que a obra é vital para dar
efetividade às eclusas de Tucuruí, em cuja construção a União Federal
investiu cerca de R$ 1,6 bilhão. Da parte da Vale, ele garantiu também
que não há sequer cogitação pela busca de alternativas que possam
excluir a hidrovia, e descarta qualquer hipótese que não considere o
modal hidroviário como meio de transporte de insumos para suprimento do
complexo siderúrgico e de escoamento da produção. O diretor enfatizou
que a Vale tem um compromisso com o Pará, de dar partida ao processo de
industrialização das riquezas minerais. “E a usina siderúrgica faz parte
disso”. A Alpa vai mobilizar investimentos superiores a US$ 5 bilhões e
terá capacidade de produção para 2,5 milhões de toneladas de placas de
aço em sua primeira etapa. Só no complexo siderúrgico, a empresa projeta
a geração de 12 mil empregos diretos, durante a implantação, e 3 mil na
operação, conforme o gerente geral de projetos siderúrgicos, Dimas
Bahiense.
HIDROVIA
A Vale deverá entregar ao governo
federal, em dezembro, o projeto executivo do derrocamento do Pedral do
Lourenço, para que seja feita a licitação e execução da obra. O assunto
já foi tratado pela direção da empresa com o ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em Brasília, e entregue a
ele minuta de um documento que atualiza os compromissos firmados em
2008 entre a Vale, governo federal, Estado e Prefeitura de Marabá. Se a
agenda tivesse sido cumprida, a Alpa estaria em fase final de
implantação e começaria a operar já no ano que vem. A Vale já investiu
quase US$ 300 milhões no projeto. Mas agora depende de ações fora da sua
competência. O governo federal continua devendo as obras de
derrocamento do Pedral do Lourenço, a construção do segundo terminal no
porto de Vila do Conde e a realocação da BR-230. Já o Governo do Estado
continua tentando, na esfera judicial, a desapropriação da gleba 11, que
deve completar a área física da Alpa. Aristides Corbellini reafirma o
compromisso de colocar a siderúrgica em operação no prazo de 48 meses,
sem risco de retrocesso em decorrência da crise do mercado
internacional. Já foram concluídas as obras de engenharia de
infraestrutura, de processos siderúrgicos, do terminal fluvial e do
ramal ferroviário com cerca de 13 km de extensão que vai ligar o
complexo industrial da Alpa à Estrada de Ferro Carajás. a Vale garante
desde já fazer da Alpa, em termos tecnológicos e operacionais, a usina
siderúrgica mais moderna do mundo.
Fonte:Diário do Pará
Criação da Alpa depende de hidrovia
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Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
AI 5 digital tucano é depenado
O projeto do AI 5 digital, de autoria do ex-senador e atualmente deputado federal tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG), foi drásticamente reduzido há pouco menos de quatro artigos da proposta original em tramitação na Câmara sobre crimes cibernéticos.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, foi aprovada nesta quarta-feira (23) , mas sem a maior parte do seu conteúdo original. O relator, deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), defensor do substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 84/99, mudou de posição e defendeu a rejeição de 17 artigos da proposta reduzindo-o a 4 artigos.
O relator afirmou que a mudança foi necessária para viabilizar a aprovação da proposta. “A parte retirada precisa de aperfeiçoamentos, tanto para garantir que a liberdade na internet continue sendo ampla, quanto para ampliar os níveis de segurança dos cidadãos em uma norma que seja duradora e não fique obsoleta no curto prazo”, sustentou.
De acordo com Azeredo, os dispositivos retirados poderão ser incluídos, com nova redação, em outra proposta: o PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que foi aprovado na Câmara semana passada e agora será analisado pelo Senado. O projeto foi aprovado sob críticas de Azeredo, que acusou o governo de casuísmo.
A mudança feita pelo relator no substitutivo do Senado ao PL 84/99 vem depois de anos de intensas discussões na Câmara. A versão original do texto chegou a motivar um abaixo-assinado de 350 mil nomes repudiando a proposta. Segundo organizações sociais, a proposta seria uma grave ameaça aos direitos e liberdades na internet.
Alguns dos crimes previstos na versão anterior, e retirados por Azeredo, são: a obtenção, transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação; e divulgação, utilização, comercialização e disponibilização de dados e de informações pessoais contidas em sistema informatizado com finalidade distinta da que motivou seu registro.
Outro ponto polêmico retirado se refere à guarda dos dados de logs (dados de conexão) dos usuários pelos provedores.
Versão aprovada
O texto aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia tipifica no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) e no Código Penal Militar (Decreto-Lei 1001/69) condutas criminosas praticadas por usuários de internet.
Uma delas é a utilização de dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. A proposta equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa.
A proposta inclui ainda no Código Penal Militar punição para a divulgação de dado eletrônico em tempo de guerra que favoreça o inimigo, prejudique operações militares ou comprometa a eficiência militar do País. A punição para o crime varia de 20 anos de reclusão, em grau mínimo, à pena de morte, em grau máximo.
Racismo
“Foi introduzida também uma nova previsão na lei de combate ao racismo (7.716/89) para obrigar que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, seja radiofônico, televisivo ou impresso”, explicou Azeredo.
No caso do racismo a legislação já prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa, quando o crime é cometido por intermédio dos meios de comunicação, incluindo os digitais.
Delegacias especializadas
O texto aprovado também estabelece que os órgãos da polícia judiciária deverão criar delegacias especializadas no combate a crimes praticados por meio da internet ou por sistema informatizado.
Para Azeredo, a proposta confere mais segurança a quem faz uso da internet com qualquer fim, seja ele pessoal, acadêmico ou profissional. “Esses pontos que aprovamos, do ponto de vista da tramitação parlamentar, estão mais avançados, uma vez que dependem apenas da aprovação do Plenário da Câmara para ir à sanção”, defendeu.
Matéria atualizada às 17h22.
O relator afirmou que a mudança foi necessária para viabilizar a aprovação da proposta. “A parte retirada precisa de aperfeiçoamentos, tanto para garantir que a liberdade na internet continue sendo ampla, quanto para ampliar os níveis de segurança dos cidadãos em uma norma que seja duradora e não fique obsoleta no curto prazo”, sustentou.
De acordo com Azeredo, os dispositivos retirados poderão ser incluídos, com nova redação, em outra proposta: o PL 2793/11, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que foi aprovado na Câmara semana passada e agora será analisado pelo Senado. O projeto foi aprovado sob críticas de Azeredo, que acusou o governo de casuísmo.
A mudança feita pelo relator no substitutivo do Senado ao PL 84/99 vem depois de anos de intensas discussões na Câmara. A versão original do texto chegou a motivar um abaixo-assinado de 350 mil nomes repudiando a proposta. Segundo organizações sociais, a proposta seria uma grave ameaça aos direitos e liberdades na internet.
Alguns dos crimes previstos na versão anterior, e retirados por Azeredo, são: a obtenção, transferência ou fornecimento não autorizado de dado ou informação; e divulgação, utilização, comercialização e disponibilização de dados e de informações pessoais contidas em sistema informatizado com finalidade distinta da que motivou seu registro.
Outro ponto polêmico retirado se refere à guarda dos dados de logs (dados de conexão) dos usuários pelos provedores.
Versão aprovada
O texto aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia tipifica no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) e no Código Penal Militar (Decreto-Lei 1001/69) condutas criminosas praticadas por usuários de internet.
Uma delas é a utilização de dados de cartões de crédito ou débito obtidos de forma indevida ou sem autorização. A proposta equipara essa prática ao crime de falsificação de documento particular, sujeito à reclusão de um a cinco anos e multa.
A proposta inclui ainda no Código Penal Militar punição para a divulgação de dado eletrônico em tempo de guerra que favoreça o inimigo, prejudique operações militares ou comprometa a eficiência militar do País. A punição para o crime varia de 20 anos de reclusão, em grau mínimo, à pena de morte, em grau máximo.
Racismo
“Foi introduzida também uma nova previsão na lei de combate ao racismo (7.716/89) para obrigar que mensagens com conteúdo racista sejam retiradas do ar imediatamente, como já ocorre atualmente em outros meios de comunicação, seja radiofônico, televisivo ou impresso”, explicou Azeredo.
No caso do racismo a legislação já prevê pena de reclusão de dois a cinco anos e multa, quando o crime é cometido por intermédio dos meios de comunicação, incluindo os digitais.
Delegacias especializadas
O texto aprovado também estabelece que os órgãos da polícia judiciária deverão criar delegacias especializadas no combate a crimes praticados por meio da internet ou por sistema informatizado.
Para Azeredo, a proposta confere mais segurança a quem faz uso da internet com qualquer fim, seja ele pessoal, acadêmico ou profissional. “Esses pontos que aprovamos, do ponto de vista da tramitação parlamentar, estão mais avançados, uma vez que dependem apenas da aprovação do Plenário da Câmara para ir à sanção”, defendeu.
Matéria atualizada às 17h22.
Íntegra da proposta:
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Crimes na Internet
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PEC do Trabalho Escravo passa na Câmara, mas volta para o Senado
O Plenário da Câmara acaba de aprovar, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01,
do Senado, que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a
fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo, e os destina à
reforma agrária e a programas de habitação popular. A proposta é oriunda
do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para exame dos
senadores.
A votação da PEC do Trabalho Escravo só foi possível depois de um
acordo dos líderes, em reunião na tarde desta terça-feira, na sala da
Presidência da Câmara. A proposta passou com 360 votos a favor, 29
contra e 25 abstenções. O texto precisava de 308 votos para ser
aprovado.
Durante a discussão, diversos deputados afirmaram que o Congresso precisa agora aprovar uma lei que regulamente o assunto, definindo o que é condição análoga a trabalho escravo e os trâmites legais da expropriação.
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que as duas Casas do Congresso vão formar um grupo de trabalho para redigir o projeto de lei de regulamentação. A criação da comissão é fruto de um acordo fechado há duas semanas entre Maia e a presidente interina do Senado, Marta Suplicy, que garantiu a votação da PEC.
Com a aprovação, Maia, encerrou a Ordem do Dia.
Contexto
A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada em primeiro turno pela Câmara em agosto de 2004, como uma resposta ao assassinato de três auditores do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí (MG), em 28 de janeiro daquele ano. Os quatro foram mortos depois de fazerem uma fiscalização de rotina em fazendas da região, onde haviam aplicado multas trabalhistas. O processo criminal ainda corre na Justiça, e nove pessoas foram indicadas pelos homicídios, incluindo fazendeiros.
O crime, que ficou conhecido como a chacina da Unaí, também motivou o Congresso a aprovar um projeto que transformou a data de 28 de janeiro em “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”. A proposta foi sancionada e virou a Lei 12.064/09. Fonte: Agência Câmara.
Confira como votou cada deputado |
Durante a discussão, diversos deputados afirmaram que o Congresso precisa agora aprovar uma lei que regulamente o assunto, definindo o que é condição análoga a trabalho escravo e os trâmites legais da expropriação.
O presidente da Câmara, Marco Maia, disse que as duas Casas do Congresso vão formar um grupo de trabalho para redigir o projeto de lei de regulamentação. A criação da comissão é fruto de um acordo fechado há duas semanas entre Maia e a presidente interina do Senado, Marta Suplicy, que garantiu a votação da PEC.
Com a aprovação, Maia, encerrou a Ordem do Dia.
Contexto
A PEC do Trabalho Escravo foi aprovada em primeiro turno pela Câmara em agosto de 2004, como uma resposta ao assassinato de três auditores do Trabalho e de um motorista do Ministério do Trabalho, em Unaí (MG), em 28 de janeiro daquele ano. Os quatro foram mortos depois de fazerem uma fiscalização de rotina em fazendas da região, onde haviam aplicado multas trabalhistas. O processo criminal ainda corre na Justiça, e nove pessoas foram indicadas pelos homicídios, incluindo fazendeiros.
O crime, que ficou conhecido como a chacina da Unaí, também motivou o Congresso a aprovar um projeto que transformou a data de 28 de janeiro em “Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo”. A proposta foi sancionada e virou a Lei 12.064/09. Fonte: Agência Câmara.
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Trabalho escravo
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