Os meios de comunicação do País têm, ultimamente, veiculado que o Estado de Roraima, além de enfrentar uma crise sobre questões relativas aos conflitos que acontecem na reserva indígena Raposa/Serra do Sol, ainda se confronta com uma “guerra política”, cujos protagonistas são os políticos de Roraima e as autoridades do Governo Federal, representadas por sua base no Congresso, bem como pelos que ocupam cargos de relevância, como ministros de Estado.
Para o deputado Urzeni Rocha (PSDB/RR), grande parte das afirmações que têm sido publicadas pela imprensa não passa de balão de ensaio, que têm por propósito disseminar confusão aos leitores e, conseqüentemente, favorecer o Governo Federal, as ONGs, a Igreja Católica, no que tange à guerra de informação, que propicia que somente o pensamento dos homens do Governo e da Igreja se transforme em uma verdade única, inabalável e inquestionável.
“Não há guerra alguma. O governador de Roraima, seus secretários, a bancada de Roraima na Câmara e no Senado consideram que existe, sim, uma luta pelos direitos do nosso Estado, que, absurdamente, não tem o controle das terras roraimenses, que são, em quase seu todo, federais ou transformadas em reservas indígenas. Desde que o território de Roraima passou a ser Estado, a partir da Constituição de 1988, a União jamais transferiu as terras” — questiona Urzeni Rocha.
O político tucano disse ainda que a demarcação das terras da reserva Raposa/Serra do Sol deveria ser descontínua e não contínua, como, por exemplo, dispõe o Relatório Final da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, de 27 de abril de 2004, de autoria do deputado Lindberg Farias, atual prefeito de Nova Iguaçu, que analisou as questões referentes à Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol. Lindberg entendeu que a modalidade de ilhas deveria ser adotada nas demarcações da reserva, como acontece em todas unidades federativas do Brasil.
Urzeni Rocha informou também que a bancada de Roraima, os empresários rurais, bem como a sociedade defendem a proposta de uma reserva com ilhas, mas que o Governo, “que é influenciado pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) e pelas ONGs, muitas estrangeiras, não abre um canal de diálogo. Conforme o deputado, dessa forma somente um lado tem voz ativa, o que prejudica àqueles que querem permanecer em suas terras, pois as ocupam há mais de século, bem como muitos agricultores trabalham naquela região há mais de três décadas.
“Agora temos que esperar a definição do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à ação impetrada pelo governador de Roraima, Anchieta Júnior, que pede a revisão do decreto de demarcação da área considerada somente indígena, quando na verdade não o é. O Ministério da Justiça, o Ministério do Meio Ambiente e a Advocacia Geral da União (AGU) querem derrubar a ação do Governo de Roraima e com isso consolidar os interesses da Funai, responsável pelos critérios adotados para a demarcação da Reserva Raposa/Serra do Sol, que tem quase 1,8 milhão de hectares, enquanto os não-índios que lá trabalham ocupam áreas de terras infinitamente menores. Algo tem de ser feito para evitarmos tanta insensatez” — conclui o deputado Urzeni Rocha.
Fonte: Assessoria de Imprensa
do Gabinete do Deputado
URZENI ROCHA/PSDB/RR
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