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Endosso o Tributo ao mestre Juvêncio

O ex-Magnífico Reitor da Universidade Federal do Pará, Alex Fiúza de Mello, presta, no texto abaixo, um tributo ao querido amigo Juvêncio de Arruda, criador e editor do blog 5.ª Emenda – referência da blogosfera nacional.
Tributo a Juvêncio Dias de Arruda Câmara

Alex Fiúza de Mello

Juvêncio partiu sem ter tido tempo de dizer adeus. Também não avisou, desta vez, de seus passos, como de costume, em seu blog. Diante da notícia imprevista de sua doença incurável, simplesmente congelou as postagens, antecipou desculpas por “problemas técnicos”, recolheu-se, em silêncio, entre os seus mais próximos, e ensaiou um último e indizível ato existencial, sem comments, vivido interiormente na dor consciente e lúcida de seu iminente ocaso.

Também em sua hora final “Juca” rasgou os scripts, surpreendeu a todos, não esperou mais tempo, negou o “normal”, o “lógico” – e manteve tudo inconcluso, polêmico, surpreendente, em plena sintonia com tudo o que fez e defendeu em vida.

Economista de formação, mas profissional da comunicação por opção e paixão – sem diploma específico, como ria e se orgulhava –, foi nesta área de atuação que deixou a sua maior e melhor contribuição à sociedade paraense. Seu blog Quinta Emenda, hoje um ícone da mídia local e regional, já havia alcançado no último mês de junho uma impressionante média de 2.000 consultas diárias e seguia um rumo consagrador que colocaria o seu mentor, muito em breve, em destaque nacional. Referência obrigatória para todos os leitores interessados em notícias de última hora e de conteúdo confiável, com comentários e análises instigantes e honestas, o Quinta inovou na linguagem e no estilo de fazer jornalismo. Pérolas que marcarão a memória da imprensa paraense – como “Nova Délhi” (Belém vista em seu subdesenvolvimento caótico), “Ivecezal” e “Folha Nariguda” (denúncia humorada à parcialidade dos dois maiores veículos da imprensa local), “Nacional”, “Tapiocouto”, “Jatemar”, “Sobrancelhudo” (referência satírica a políticos da terra) –, criaram uma forma de denúncia, com humor e sarcasmo, da mediocridade, improbidade e mandonismo ultrapassado dos donos do poder local e das elites periféricas e improdutivas. Para “Juca”, a injustiça, no Pará, era tanta e desmedida, que, inclusive, vestia toga. E não por acaso sua última postagem no blog Quinta Emenda, autorizada em cama, já doente, em favor de Lúcio Flávio Pinto, foi contra os abusos do Poder Judiciário dessa terra de impunidades, sem lei, sem ética, sem direitos, sem vergonha, que lhe faziam sentir-se um permanente estrangeiro em sua própria pátria.

Seu mal-estar em permanecer num ambiente politicamente inóspito fez com que já estivesse planejando sair de Belém e do Pará, a contra-gosto, num ato de protesto contra o status quo dominante e como um exercício de sobrevivência intelectual e moral. Não via, a curto prazo, luz no fim do túnel, a contar a ausência de perspectivas num meio político contaminado pela metástase da corrupção e do oportunismo demagógico.

Juvêncio defendeu, sim, ao longo de sua biografia uma tese (a única concluída) com distinção e louvor: a da honestidade e da coerência. Qualificou-se nesses itens, como profissional e como homem, a exemplo de poucos (incluídos os doutores de beca), condição e referência que lhe lastrearam admiração e respeito por tudo o que escrevia e informava, até de seus adversários mais ilustres – que no momento do adeus, qual num filme de Felini, lhe mandaram, despudoradamente, flores.

Hoje, depois das últimas tribulações, Juvêncio descansa em paz, ao lado de seus entes queridos. Foi-se fisicamente, sim, mas permanece entre nós, na lembrança, como modelo àqueles que lutam por cidadania plena num país sem república, pelos direitos humanos numa terra de exclusão e por prerrogativas democráticas numa nação de cultura patrimonialista e autoritária.

Obrigado, caro Juca, por teres existido; pela originalidade, oportunidade e justeza de tuas reflexões e escritos. Pela coragem e força de tuas palavras e criações. Ainda que por pouco tempo (menos do que pretendias), conseguistes incomodar os acomodados na impunidade e nos privilégios – os “grandes ladrões”, como os define o poeta Jorge de Lima. Deles, um dia, de tão miúdos e desprezíveis, não restarão que cinzas e esquecimento. Ao contrário, tu permanecerás, para além deles, pela boa e memorável influência de tua obra e exemplo de caráter. Para parafrasear Mário Quintana: eles passarão; tu, passarinho... Voa, então, para sempre, em paz!

Músicos prestam homenagem a Walter Bandeira

Da Redação
Agência Pará

A morte do cantor Walter Bandeira foi lembrada pelos artistas e pelo público, no Teatro da Paz, durante a programação do Festival de Música do Pará, realizada na noite desta terça (2). Antes do espetáculo do dia começar, a plateia fez um minuto de palmas em homenagem a um dos "maiores expoentes da cultura paraense", como divulgou em nota a Secretaria de Cultura do Estado.

Para o secretário Edilson Moura, o talento de Walter Bandeira ficará para sempre marcado na cultura e no imaginário da população do Pará. "Walter deixará uma lacuna irreparável na música e no teatro paraense", afirmou. "Sua voz e sua irreverência são inigualáveis. Era essa imagem de felicidade e amor à vida que sempre será lembrada". No velório do artista, realizado no teatro Waldemar Henrique, estiveram presentes centenas de amigos, entre eles, a governadora Ana Júlia Carepa. "O Walter já se eternizou, para o nosso povo e para a nossa cultura", disse ela.

Depois da homenagem a Walter, a terceira noite do Festival de Música do Pará foi aberta no Teatro da Paz pelo superintendente da Fundação Carlos Gomes (FCG), Daniel Araújo, que anunciou o convidado do dia: David Duarte e Banda.

As criações do cantor e compositor David Duarte passeiam por temas universais, como o amor e o mar. Ele mostrou ao público composições do seu recém-lançado CD, uma coletânea de seus dois últimos trabalhos. No espetáculo, ele também cantou, com a participação da plateia, músicas de grandes ícones da MPB e do Pop Brasil.

Com o propósito de formar platéia, promover intercâmbio, estimular talentos e divulgar a música desenvolvida no estado, o festival tem atraído cada vez mais o público paraense. "Eu achei muito bacana, achei o máximo! Queria assistir mais vezes", comentou a doméstica Josita Machado Trindade, que foi ao teatro conhecer o trabalho de David Duarte.

Atrações - Na segunda-feira, o Da paz recebeu o renomado Quinteto Brassil, formado por professores do Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba, que pesquisa música brasileira folclórica, popular e obras contemporâneas originais. Originalmente um grupo de metais, um percussionista incorporou-se aos demais componentes, formando o que eles classificam de "quinteto de seis". Convidados constantes do festival, eles dividiram o palco com o americano Charles Schullueter, trompetista convidado, e com a percussionista paraense Cláudia Oliveira.

O Festival de Música cada vez mais abre as portas para todos os gêneros musicais, mostrando em um mesmo show o erudito e o popular. "Na realidade, o festival é um evento que promove interação e integração, pois as pessoas trazem, e levam conhecimento daqui", avaliou Radegundis Feitosa, do Quinteto Brassil.

Segundo o superintendente da FCG, Daniel Araújo, a estimativa da organização é que até 15 mil pessoas participem do evento este ano, incluindo o público dos espetáculos, incluindo os espaços abertos e fechados, bem como os participantes das oficinas.
Programação - O Quinteto de Percussão da Amazônia Tacap e o Grupo de Percussão da Fundação Carlos Gomes são a atração da programação desta quarta (3), 20h30, no Teatro da Paz. O grupo de percussão da Fundação Carlos Gomes, atualmente sob a direção artística de Cláudia Oliveira, tem 20 anos de existência e objetiva o aperfeiçoamento acadêmico e artístico dos alunos de percussão do instituto Estadual Carlos Gomes.

Já o Tacap é formado por músicos brasileiros com o apoio da Fundação. Eles interpretam música contemporânea sem esquecer as suas raízes, contribuíndo na formação musical dos alunos de percussão e oferecendo oportunidade de conhecimento profissional e de realidade percussiva à músicos de diferentes classes sociais.

Serviço: O XXII Festival Internacional de Música do Pará acontece até sábado (6) no Teatro da Paz, Teatro Waldemar Henrique, Sala Ettore Bósio, Museu do Estado, Spazzio Verdi e Praça Batista Campos. A entrada é gratuita e a realização é da Secult, por meio da Fundação Carlos Gomes, com apoio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Fundação Curro Velho, Rede Cultura de Comunicação (Funtelpa), Museu da Imagem e do Som (MIS), Sistema Integrado de Museus (SIM), Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam), Spazzio Verdi e Projeto TIM Música. Informações: (91) 3201-9472.

Secom

Morre o defensor dos oprimidos da Terra sem direitos

Ainda chocado e muito triste soube da passagem de um grande amigo que não tive tempo de desfrutar de sua imensa sabedoria, admirar-lhe o espírito combativo e aprender consigo a enorme compaixão e respeito pelos excluídos de nossa sociedade amazônica, sobretudo os pequenos agricultores, ribeirinhos e povos tradicionais da Floresta.

Lindo o texto de até sempre da Adelina Baglia em sua homengem.

Vai e conte as estórias que só tú sabias contar. Fica com Deus Ronaldo Barata.

Deixas saudades em todos os cantos desse nosso gigante Pará.

És a essência da Terra de Direitos, de gente sem direitos.

Eu marejei o meu olhar no Repiquete por Macapá

A jornalista e simpatia em pessoa Alcilene Cavalcante que edita o blog Repiquete no Meio do Mundo lançou uma série batizada de: Marejando o Meu Olhar, onde abre espaço para os amantes da cidade de Macapá, capital do Amapá, exponha suas impressões, sugestões e o que mais gosta na "Capital do Sol".

Este blogger teve o privilégio de participar e remexer no Baú da memória algumas de minha mais inocentes e gratas lembraças. Confira.

Obrigado Lene!

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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