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Juros baixos ainda são para poucos

Levantamento da PROTESTE (Associação de Consumidores) constatou que quase nada mudou após anúncio da Caixa e Banco do Brasil sobre a queda das taxas de juros. A realidade é bem diferente nas agências

A PROTESTE (Associação de Consumidores) foi conferir em agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em São Paulo, se o consumidor de fato consegue se beneficiar da redução das taxas de juros das principais linhas de crédito anunciadas pelos bancos. O que constatamos nas visitas feitas, na última quinta-feira (12), foi que em várias das linhas anunciadas a diferença ainda não pode ser verificada pelo consumidor e é difícil encontrar informação a respeito.

Em nossa visita às agências simulamos o financiamento de um carro zero quilômetro, com entrada de 40%. A simulação na Caixa mostrou que a taxa que o cliente encontra nas agências está bem longe das mínimas anunciadas. Na agência visitada em São Paulo foi informado que a taxa de juros para o financiamento em 24 vezes é de 1,92% ao mês. No Rio de Janeiro o mesmo financiamento teria a taxa de 1,70% ao mês. Nas agências das duas cidades foi informado, ainda, que a taxa de 0,98% só está disponível para quem der 50% do valor do carro de entrada e fizer o financiamento em 12 meses. Ou seja, não é para todos!

Assim como na Caixa, a simulação do financiamento no Banco do Brasil mostrou que o consumidor não terá muita facilidade em encontrar taxas de juros tão baixas quanto as mínimas divulgadas. Na Agência do Rio de Janeiro a taxa para o financiamento em 24 vezes é de 1,46% ao mês. Em São Paulo a taxa encontrada foi de 1,02% ao mês. Mas a contratação depende de uma série de fatores como o relacionamento com banco e ampla análise de crédito. Além disso, o financiamento na Caixa, com juros mínimos, só é possível após três meses da abertura da conta.

Quem deseja fazer empréstimo pessoal também precisa ficar atento. A Caixa divulgou que a taxa para está linha de crédito será de 2,39% ao mês. Se, por exemplo, o consumidor utilizar o crédito pessoal com da Caixa para um empréstimo de R$ 10 mil com pagamento em 12 meses no final do contrato terá pagado R$ 11.349,43, enquanto se utilizarmos uma média das taxas de mercado o valor final desembolsado será de R$ 13.898,99. Uma diferença de R$ 2.549,56. Mas para ter acesso a essa taxa é preciso ter conta-salário no banco e a aprovação está sujeita análise de crédito.

No Banco do Brasil, na agência visitada no Rio, a taxa para empréstimo pessoal fornecida varia de 5,10% a 6,79% ao mês, para clientes regulares. Tanto no Rio quanto em São Paulo os gerentes não tinham a informação exata de qual seria taxa para os que possuem conta-salário, informando apenas que a taxa irá depender da análise de crédito do cliente.

Com relação às taxas do rotativo do cartão de crédito a PROTESTE recomenda atenção, na Caixa a nova taxa de juros de 2,85% ao mês é válida somente para o novo cartão, chamado “cartão Azul Caixa”. Nos outros cartões da instituição as taxas são bem mais elevadas.

Por isso recomendamos que o consumidor não se deixe levar pelo que está sendo divulgado, pois a realidade ainda não é de juros baixos.

Lupi defende aprovação das 40 horas de jornada sem diminuição de salário

Foto: Brizza Cavalcante
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, apresentou aos deputados as metas de sua pasta para este ano.

O ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, afirmou nesta quarta-feira que o debate sobre a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas (PEC 231/95) não tem sido tratado com sinceridade por parte do empresariado. De acordo com o ministro, boa parte dos argumentos dos empresários não são corretos, entre eles o de que a redução da jornada levaria as empresas à falência.

"A quase totalidade dos países do mundo desenvolvido, grupo no qual o Brasil pretende estar, utiliza carga horária de trabalho de 36, 37 horas. Então, quando dizem que em nenhum lugar do mundo se aplica esse tipo de escala, não faz sentido. Quanto ao argumento de que empresas vão quebrar por causa disso, sabemos que esse também não é verdade”, disse Lupi durante audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público para discutir as metas e programas do ministério para 2010.

Lupi lembrou que os empregados gastam entre uma a duas horas para ir ao local de trabalho e outro tanto para voltar para casa. “Por que o Brasil não pode evoluir?", questionou o ministro.

Juros altos
As declarações foram aplaudidas pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) que também pediu ao ministro que utilize sua voz no governo para tentar impedir uma nova escalada no valor dos juros no País. O deputado criticou a política de juros adotada pelo Banco Central. “O Henrique Meirelles [presidente do BC] vai aumentar outra vez os juros para beneficiar banqueiros e, logo em seguida, vai sair para ser candidato. Não podemos concordar com isso, ministro”, disse o deputado.

Carlos Lupi respondeu que não pode criticar outro setor do governo como ministro, mas disse que não vê realmente sentido em ampliar outra vez a taxa de juros. “A minha opinião de cidadão é de que os juros altos prejudicam o Brasil. Podem gerar dinheiro para a especulação, podem ampliar os lucros dos bancos, mas não geram nenhum emprego”, afirmou. Ele ressaltou que é preciso valorizar a indústria nacional, que emprega, ao invés dos especuladores.

Licença-maternidade
Na audiência, a deputada Emilia Fernandes (PT-RS) afirmou que o ministério precisa priorizar políticas para as mulheres. A parlamentar pediu maior empenho do ministério na aprovação da licença-maternidade de 180 dias (PEC 30/07) para as trabalhadoras do setor privado.

“Estamos pedindo o mínimo. Na Suécia, por exemplo, o período é de um ano e, além disso, eles não falam licença-maternidade, pois ela pode ser repartida entre a mãe e o pai. O importante é que haja sempre um dos pais com a criança durante esse período-chave que é o primeiro ano na vida", disse.

O ministro afirmou que a ampliação da licença é uma das prioridades do ministério, junto com a diminuição da carga horária de trabalho. “Temos nos esforçado muito para diminuir o hiato entre a renda dos homens e das mulheres em nosso País”, afirmou.

ProJovem
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse que precisa da ajuda de deputados e de senadores para assegurar as verbas do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem). Destinado aos jovens desempregados de 18 a 29 anos, o ProJovem Trabalhador tem como objetivo a preparação para o mercado de trabalho e em ocupações alternativas geradoras de renda. O jovem participante desta modalidade poderá receber um máximo de seis auxílios financeiros de R$ 100.

Lupi lembrou que o Orçamento de 2009 previa R$ 1 bilhão para a qualificação profissional, mas apenas R$ 400 milhões foram liberados em virtude de cortes e contingenciamentos. Ele ressaltou que o ProJovem tem grande relevância na área social, pois 90% dos jovens que frequentam os cursos do programa são de famílias que ganham menos de um salário mínimo.

As declarações foram em resposta aos deputados Manato (PDT-ES) e Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), que pediram prioridade aos programas de qualificação como o ProJovem. "No meu estado, mais de 8 mil estudantes foram qualificados com o ProJovem. Todos os municípios do Espírito Santo com mais de 20 mil habitantes tiveram esse benefício, qualificando, estimulando e mudando a mentalidade deles para permitir o crescimento pessoal e do País também", disse Manato.

Royalties do petróleo
O ministro criticou a aprovação, pela Câmara, dos novos critérios de distribuição dos royalties para exploração de petróleo (substitutivo ao PL 5938/09, do Executivo). Segundo Lupi, essa discussão não ocorre da maneira correta, pois essa não é uma luta entre a Federação e o estado do Rio de Janeiro. "Não sou candidato a nada, mas não posso ficar contra o estado que me acolheu, assim como acolheu também 1 milhão de mineiros e 2 milhões de nordestinos", disse.

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Atualizada às 20h26

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve nesta quarta-feira a taxa básica de juro em 8,75 por cento ao ano pela quinta reunião seguida, mas sem unanimidade. "Avaliando a conjuntura macroeconômica e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu manter a taxa Selic... por cinco votos a favor e três votos pela elevação da taxa Selic em 0,5 ponto percentual", informou o Copom em nota.

Desgaste e desconfiança: Governo vai mexer na poupança

BOLHA GLOBAL

Presidente Lula afirma que o cálculo do rendimento da caderneta será modificado. Entre as propostas em estudo, estão a limitação de depósitos em R$ 5 mil e a tributação de valores acima de R$ 100 mil

Luiz Inácio Lula da Silva, em solenidade no Buriti, disse que as mudanças serão discutidas com carinho para não prejudicar poupadores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o cálculo do rendimento da poupança precisa e vai mudar, mas ponderou que o assunto será discutido “com carinho” para que os poupadores que têm seu dinheiro aplicado na modalidade não saiam prejudicados. “Vou ter uma conversa com o ministro Guido (da Fazenda) e vamos discutir sobre isso com carinho.

Precisamos proteger os poupadores, mas não podemos permitir que pessoas que tenham muito dinheiro apliquem tudo na poupança”, disse o presidente durante solenidade de apresentação dos novos oficiais generais, no Palácio do Buriti.

O presidente disse, ainda, que a poupança existe para salvaguardar os interesses da maioria da população que não tem muito dinheiro. “Para que eles não tenham prejuízo, vamos fazer isso (mudança) com muito cuidado porque queremos preservar o que temos de mais sagrado, que são os poupadores”, completou.

O governo estuda mudanças na poupança porque, com a queda dos juros, hoje em 11,25% ao ano, a rentabilidade tende a ficar muito maior que a dos fundos. Com a queda nas taxas de juro, o presidente defendeu que haja equilíbrio, “porque senão não é mais poupança, passa a ser investimento”. O governo quer mexer na poupança para evitar a migração do dinheiro hoje depositado nos fundos de investimentos. No início deste mês, em Londres, durante o encontro do G-20, grupo dos países mais ricos e emergentes, Lula acenou com a possibilidade de mudança.

Por enquanto, a poupança ainda não lidera o ranking de investimentos no país, mas isso pode mudar nos próximos meses com a queda na taxa básica de juros. Em março, a liderança foi da Bovespa (7,18%), seguida pelo fundos DI e de Renda Fixa, com retornos de 0,87% e 0,91%, respectivamente. Logo após, a caderneta de poupança permitiu um retorno de 0,64%.

Limitações
Na expectativa de novas tesouradas na taxa básica de juros (Selic) — em níveis que podem variar entre 2 e 2,5 pontos porcentuais até junho —, a equipe econômica estuda agora a possibilidade de limitar as aplicações na mais popular aplicação do país até o patamar de R$ 5 mil. Segundo levantamento da equipe econômica, 92% dos depósitos da poupança não ultrapassam a faixa de R$ 5 mil.

Outra proposta em estudo é a da tributação dos rendimentos da poupança para grandes aplicadores. Assim, diluiria a Taxa Referencial (TR) para reduzir os ganhos da caderneta. O limite estudado para iniciar a tributação é de R$ 100 mil, mas o valor sofre oposição dentro do próprio governo e poderá ser elevado. A mudança deve sair por meio de medida provisória nos próximos dias.

O governo, no entanto, teme que ela seja barrada no Congresso, como aconteceu com a CPMF. Se for confirmada, será a primeira intervenção na caderneta desde o confisco da poupança promovido pelo Plano Collor, em março de 1990.

Cuidado com a armadilha do juro zero

A ilusão do juro zero

Foi só o ritmo frenético de vendas de veículos arrefecer um tiquinho para as campanhas de financiamento a juro zero - ou a quase nada - invadirem os classificados dos jornais e os comerciais da TV. Em tempos de aumento da taxa básica da economia, a propaganda tem um poder de atração inquestionável para quem vê no pagamento facilitado um atalho para comprar o carro dos sonhos sem ter de corroer a poupança pessoal. O que o consumidor não enxerga a olhos nus, entretanto, é que a magia por trás dos anúncios tem o seu preço sim. Uma simulação feita pelo Valor, com base em dados fornecidos por concessionárias em São Paulo, mostra que o tal do juro zero pode custar até 16% num intervalo de três anos.

Nesta temporada, são principalmente os carros mais caros, com valor acima de R$ 50 mil, e a categoria luxo, a partir de R$ 70 mil, os alvos das ofertas. As campanhas são direcionadas a um público que, em tese, tem o dinheiro para fazer a compra à vista e que pode ver no apelo do custo camarada uma forma aparente de poupança, diz o consultor Hugo Azevedo, autor do livro "500 perguntas (e respostas) básicas de finanças". "A primeira pergunta que o consumidor tem de fazer é se ele consegue um desconto à vista e compará-lo aos juros que vai ganhar com a aplicação a cada mês."

Para um financiamento de 36 meses, por exemplo, ele calcula que o desconto mínimo, sem considerar a tarifa de cadastro (TC) e o imposto sobre operações financeiras (IOF), tenha de ser de 6,6% para valer a compra à vista. Se for menor do que isso e o comprador tiver os recursos aplicados num Certificado de Depósito Bancário (CDB) que proporcione 1% líquido ao mês, daí o crédito pode compensar. "Mas nesse caso o consumidor precisa ter disciplina para não dar outro destino para o dinheiro."

O menor custo que se pode admitir como realista numa operação de financiamento no Brasil de hoje, com uma Selic em 13,75% ao ano - e com perspectivas de novas altas -, é de 1,08% ao mês ou, na melhor das hipóteses, de taxa referencial (TR) mais 0,5% ao mês numa operação de crédito imobiliário, diz o matemático e professor José Dutra Sobrinho. O truque por trás da venda a prazo sem juros, bem velho aliás, é que os anúncios trazem o preço da tabela cheio. "Se o valor à vista for igual ao financiando, um dos lados está fazendo um mau negócio", afirma. Por isso, recomenda, é quem tem o dinheiro para pagar o veículo no ato que tem de exigir, sim, um belo desconto, de 10% pelo menos.

Não é difícil. Na pesquisa junto às concessionárias, a reportagem do Valor chegou a obter um abatimento de mais de 13% na cotação de um Tucson 2.0, da fabricante Hyundai. Na pesquisa de um Sportage, da KIA, o preço anunciado, já promocional, caiu rapidamente de R$ 84,4 mil para R$ 78 mil. "É por causa do rebate no financiamento", admitiu o vendedor. "Nele, alguém paga pelos juros, a loja paga", emendou.

Pela ótica da indústria, vale mais a pena vender o veículo com desconto, subsidiando os juros, do que enfrentar uma redução maior de demanda, assinala o professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) Alexandre Assaf Neto. "Há todo o custo de oportunidade da capacidade instalada e mesmo que a retração seja pequena em termos percentuais, ela pode ser significativa em valores absolutos." Do lado da distribuição, ele lembra que a atividade da concessionária é mais rentável no pós-venda, com serviços de manutenção, comercialização de auto-peças e acessórios, do que, efetivamente, com a venda do automóvel. Os serviços financeiros, como o seguro e o financiamento, se transformaram em mais uma perna desse negócio.

Nesse esforço de agregar valor à atividade do lojista, é mais difícil para o consumidor depurar o que são os juros e o que é o preço do carro, afirma Maurício Gentil, superintendente da Meta Asset Management e especialista em finanças pessoais. "O crédito passou a ser entendido como um instrumento de marketing." Conforme explica, o comércio em geral aprendeu a lidar muito bem com a sistemática das vendas parceladas e, muitas vezes, evita fornecer qualquer desconto para a compra à vista, vide a Casas Bahia. "É mais vantajoso vender financiando não só pelo efeito retenção do cliente, como também pelo lado operacional, já que o ganho com a aplicação do caixa rendendo CDI é menor do que a empresa obtém no fluxo de contas a receber quando dá prazo", diz o executivo.

Gentil argumenta que sempre é mais recomendável acumular uma poupança e adquirir o bem à vista, o que, invariavelmente, aumenta o poder de barganha do comprador. Ele sugere que o indivíduo bem empregado tenha uma reserva equivalente a pelo menos seis meses do seu padrão mínimo de vida antes de se render ao apelo do consumo fácil.

Juro zero só mesmo para quem acredita que bebês nascem em repolho, brinca o diretor-executivo de finanças pessoais da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Louis Frankenberg. "O problema é que o brasileiro se deixa levar pela emoção e quando quer adquirir determinada marca de carro tem de ser naquele dia, não faz pesquisa e paga o que o vendedor diz que é o custo." Herança dos tempos de hiperinflação, época em que ter um automóvel era considerado investimento.

Ele vê na pujante oferta de crédito uma conta que pode ser cobrada mais adiante. Pelos últimos dados do Banco Central (BC), do estoque de R$ 266,3 bilhões em linhas destinadas à pessoa física em julho, mais de um terço, o equivalente a R$ 84,0 bilhões, referia-se a financiamento de veículos. Mesmo para um carro popular como um Gol Flex é possível encontrar financiamentos com taxas anunciadas de 0,20% ao mês - custo que sobe a 1,87% quando se inclui a TC. "Quem comprou um carro e vai pagar R$ 500,00 por 36,48 ou 60 meses não pode esquecer que vai ter o dobro de custos com o veículo nesse período, com despesas de combustível, IPVA, seguro e estacionamento."

Fonte: Valor.

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