Marco Aurélio assume TSE com chibata na mão

ASCOM: TSE







Leia aqui a íntegra do discurso do ministro Marco Aurélio na solenidade de posse como presidente do TSE. Segue trecho do discurso:
"Agradeço (...)

Infelizmente, vivenciamos tempos muito estranhos, em que se tornou lugar-comum falar dos descalabros que, envolvendo a vida pública, infiltraram na população brasileira - composta, na maior parte, de gente ordeira e honesta - um misto de revolta, desprezo e até mesmo repugnância. São tantas e tão deslavadas as mentiras, tão grosseiras as justificativas, tão grande a falta de escrúpulos que já não se pode cogitar somente de uma crise de valores, senão de um fosso moral e ético que parece dividir o País em dois segmentos estanques - o da corrupção, seduzido pelo projeto de alcançar o poder de uma forma ilimitada e duradoura, e o da grande massa comandada que, apesar do mau exemplo, esforça-se para sobreviver e progredir.
Não há, nessas afirmações - que lamento ter de lançar -, exagero algum de retórica. Não passa dia sem depararmos com manchete de escândalos. Tornou-se quase banal a notícia de indiciamento de autoridades dos diversos escalões não só por um crime, mas por vários, incluindo o de formação de quadrilha, como por último consignado em denúncia do Procurador-Geral da República, Doutor Antônio Fernando Barros e Silva de Souza. A rotina de desfaçatez e indignidade parece não ter limites, levando os já conformados cidadãos brasileiros a uma apatia cada vez mais surpreendente, como se tudo fosse muito natural e devesse ser assim mesmo; como se todos os homens públicos, nas mais diferentes épocas, fossem e tivessem sido igualmente desonestos, numa mistura indistinta de escárnio e afronta, e o erro passado justificasse os erros presentes.
A repulsa dos que sabem o valor do trabalho árduo se transformou em indiferença e desdém, como acontece quando, por vergonha, alguém desiste de torcer pelo time do coração e resolve ignorar essa parte do cotidiano. É a tática do avestruz: enterrar a cabeça para deixar o vendaval passar. E seguimos como se nada estivesse acontecendo. Perplexos, percebemos, na simples comparação entre o discurso oficial e as notícias jornalísticas, que o Brasil se tornou um país do faz-de-conta. Faz de conta que não se produziu o maior dos escândalos nacionais, que os culpados nada sabiam - o que lhes daria uma carta de alforria prévia para continuar agindo como se nada de mal houvessem feito. Faz de conta que não foram usadas as mais descaradas falcatruas para desviar milhões de reais, num prejuízo irreversível em país de tantos miseráveis. Faz de conta que tais tipos de abusos não continuam se reproduzindo à plena luz, num desafio cínico à supremacia da lei, cuja observação é tão necessária em momentos conturbados.
Se, por um lado, tal conduta preocupa, porquanto é de analfabetos políticos que se alimentam os autoritarismos, de outro surge insofismável a solidez das instituições nacionais. O Brasil, de forma definitiva e consistente, decidiu pelo Estado Democrático de Direito. Não paira dúvida sobre a permanência do regime democrático. Inexiste, em horizonte próximo ou remoto, a possibilidade de retrocesso ou desordem institucional. De maneira adulta, confrontamo-nos com uma crise ética sem precedentes e dela haveremos de sair melhores e mais fortes. Em Medicina, "crise" traduz o momento que define a evolução da doença para a cura ou para a morte. Que saiamos dessa com invencíveis anticorpos contra a corrupção, principalmente a dos valores morais, sem a qual nenhuma outra subsiste.
Nesse processo de convalescença e cicatrização, é inescusável apontar o papel do Judiciário, que não pode se furtar de assumir a parcela de responsabilidade nessa avalancha de delitos que sacode o País. Quem ousará discordar que a crença na impunidade é que fermenta o ímpeto transgressor, a ostensiva arrogância na hora de burlar todos os ordenamentos, inclusive os legais? Quem negará que a já lendária morosidade processual acentua a ganância daqueles que consideram não ter a lei braços para alcançar os autoproclamados donos do poder? Quem sobriamente apostará na punição exemplar dos responsáveis pela sordidez que enlameou gabinetes privados e administrativos, transformando-os em balcões de tenebrosas negociações?

Essa pecha de lentidão - que se transmuda em ineficiência - recai sobre o Judiciário injustamente, já que não lhe cabe outro procedimento senão fazer cumprir a lei, essa mesma lei que por vezes o engessa e desmoraliza, recusando-lhe os meios de proclamar a Justiça com efetividade, com o poder de persuasão devido. Pois bem, se aqueles que deveriam buscar o aperfeiçoamento dos mecanismos preferem ocultar-se por trás de negociatas, que o façam sem a falsa proteção do mandato. A República não suporta mais tanto desvio de conduta.Eis o poder revolucionário do voto, com o qual, eleição após eleição, estamos os brasileiros a nos afeiçoar de tal forma que, muito em breve, os candidatos aprenderão a respeitá-lo, se não puderem honrá-lo de espontânea vontade.Que a importância do voto sirva de argumento àqueles que pregam, como vindita por tanta infâmia, a anulação do escrutínio. Ao reverso do abatimento e da inércia, é de conclamar o povo, principalmente os mais jovens, a se manifestar pela cura, não pela doença, não pela podridão do vale-tudo, que corrói, com a acidez do cinismo, a perspectiva de um futuro embasado em valores como retidão, dignidade, grandeza de caráter, amor à causa pública, firmeza de propósitos no empenho incondicional ao progresso efetivo, e não meramente marqueteiro, do País. Ao usar a voz da urna, o povo brasileiro certamente ouvirá o eco vitorioso da cidadania, da verdade - que, sendo o maior dos argumentos, mais dia, menos dia, aparecerá -, alfim, da indispensável liberdade, viciados que estamos todos na autodeterminação viabilizada, sem retorno, pela democracia.Àqueles que continuam zombando diante de tão simples obviedades, é bom lembrar que não são poucos os homens públicos brasileiros sérios, cuja honra não se afasta com o tilintar de moedas, com promessas de poder ou mesmo com retaliações, e que a imensa maioria dos servidores públicos abomina a falta de princípios dos inescrupulosos que pretendem vergar o Estado ao peso de ideologias espúrias, de mirabolantes projetos de poder. Aos que laboram em tamanhas tolices, nunca é demais frisar que se a ordem jurídica não aceita o desconhecimento da lei como escusa até do mais humilde dos cidadãos, muito menos há de admitir a desinformação dos fatos pelos agentes públicos, a brandirem a ignorância dos acontecimentos como tábua de salvação.
(...)

Polícia para quem precisa de Polícia

Em Editorial em sua última edição, o Jornal Opinião (leia aqui), editado pelo jornalista João Salame em Marabá, em respeito a seus leitores e anunciantes, coloca com muita propriedade, as razões pela qual levou o trisemanário publicar matéria denunciando suspeita de ocorrência de corrupção nos quadros da Polícia Civil naquele município que há décadas tenta, no conjunto de sua sociedade, livrar-se da pecha de 'Terra sem Lei", "Paraíso da Pistolagem", ou o que mais dói em seus filho natos, naturalizados ou adotados: "MARA BALA".
Apenas uma correção, o escândalo envolvendo um delegado e 10 investigadores pegos com a mão-na-botija, não teria sido revelado sem o trabalho desassombrado da Imprensa, com destaque ao próprio jornal em tela.
Não foi salvo engano do poster, o mais deprimente caso de corrupção do município, foi do ESTADO, que não consegue avançar contra, esse sim, desavergonhado avanço da violência que assola aquela promissora região do Pará; tendo à reboque a corrupção policial a corroer-lhe as entranhas com policiais mal pagos, desaparelhados e desmotivados: fórmula ideal para a queda em tentação do dinheiro fácil do crime em todas as suas instâncias.
Avante Opinião!
Do Editor do Blog

EDITORIAL
A polícia que queremos

Matéria publicada na última edição deste Opinião, sobre suspeita de corrupção envolvendo policiais lotados na Delegacia Municipal de Marabá, causou reação exacerbada das autoridades que respondem, respectivamente, pela Corregedoria e pela Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará.
Causou espécie o espírito de corpo explicitado pelas autoridades policiais em questão, que, ao invés de demonstrar preocupação com a possibilidade de atos ilícitos estarem sendo cometidos dentro da instituição que dirigem, optaram por acusar o jornal e o autor da matéria de ‘má-fé e sensacionalismo’, parecendo incapazes de compreender a gravidade do fato noticiado.
É senso comum na sociedade a existência de casos de corrupção policial, não somente no Pará, mas em todo o País. Não são poucas as denúncias que indicam nesta direção e as discussões sobre o assunto são permanentes e acontecem nos quatro cantos da cidade.
Agora mesmo, a Corregedoria de Marabá está apurando o envolvimento de dois investigadores em atos desabonadores para as funções que exercem e, num passado não muito distante, dez investigadores e um delegado foram presos, aqui mesmo em Marabá, no mais escandaloso caso de corrupção policial já registrado no município.
Mais recentemente, um delegado e um investigador de Belém foram presos por tentativa de extorsão contra um comerciante marabaense, em outro caso lamentável de corrupção policial.
A bem da verdade, sabemos que a maioria dos policiais é honesta. Mas é preciso se purificar o corpo policial daqueles que insistem em manchar a imagem da instituição.
Ao tomar conhecimento do bilhete encontrado dentro da Delegacia Municipal, sugerindo atos de corrupção de uma delegada e de outras duas pessoas, não caberia outra atitude ao repórter senão a de levantar a discussão. De forma responsável, o repórter procurou ouvir o superintendente de Polícia antes de publicar a matéria em questão, apesar das negativas inexplicáveis daquela autoridade policial. Uma simples quebra de sigilo telefônico poderá comprovar a ligação feita pelo repórter para ouvir a maior autoridade da Polícia Civil em Marabá.
Quanto ao jornal, seguindo os seus princípios de informar à sociedade e defendê-la daqueles que tentam prejudicá-la, a decisão de publicar a matéria parece-nos a mais acertada.
Entendemos que é preciso jogar luz sobre essas situações nebulosas e investigar a fundo toda e qualquer denúncia ou indícios de corrupção, para expelir a banda podre da força policial. Só assim a verdadeira polícia ganhará o respeito pleno da sociedade, podendo exercer sua sublime missão de garantir segurança à população.
Ao nosso leitor e à sociedade de Marabá, reafirmamos o compromisso de continuar a defender e exercer a liberdade de imprensa. A pluralidade de pensamentos e a liberdade de publicar aquilo que é do interesse coletivo sempre foi a marca do Opinião, nesses quase onze anos em circulação. E continuará a ser, garantindo, inclusive, o direito de resposta daqueles que se sintam ofendidos por quaisquer matérias publicadas em nossas páginas.
JORNAL OPINIÃO

Hidrovia Araguaia-Tocantins: não tem verba

Foto: Ahitar













Ministro do TCU critica falta de recursos para hidrovias
Da Agência Câmara
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes afirmou que o governo federal trata o transporte aquaviário com descaso, o que pode ser demonstrado pelo volume de investimentos realizados na área em 2005. Nardes lembrou que, enquanto os investimentos em rodovias somaram R$ 2,5 bilhões no ano passado, o programa de manutenção de transporte hidroviário recebeu apenas R$ 28 milhões.
Nardes avaliou que a opção estratégica do País pelo transporte rodoviário é equivocada, encarece os preços de produtos e serviços e prejudica a competitividade do Brasil no comércio internacional.
O ministro participou há pouco de reunião do grupo de trabalho da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio que estuda soluções para os problemas do transporte aquaviário. No evento, Nardes ressaltou que a auditoria feita pelo TCU no programa de manutenção de hidrovias, gerenciado pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), concluiu que os investimentos e as ações do governo no setor são insuficientes. O ministro foi relator do processo de auditoria, realizado no ano passado.
Custo inferior
O deputado Lupércio Ramos (PMDB-AM) lembrou que o transporte de grãos por meio do rio Madeira desde o porto de Itacoatiara (AM) até Porto Velho (RO) tem custo muito inferior ao do transporte rodoviário no mesmo trecho. O deputado lamentou, entretanto, que o projeto não tenha recebido nenhum investimento do governo federal e só tornou-se realidade devido a investimentos privados. "Se o Estado é ineficiente, então faça a concessão (de hidrodovias) ao setor privado", sugeriu Augusto Nardes.
Aplicação da Cide
O ministro do TCU, que também é relator da auditoria que o tribunal realiza na Operação Tapa-Buracos, anunciou que vai apresentar o seu parecer sobre o caso na próxima quarta-feira (10). Nardes não quis adiantar seu voto, mas afirmou que é inadmissível que o governo federal desvie 41% dos recursos da Cide, que deveriam ser aplicados integralmente no setor de transportes.

Ministro descarta asfaltamento da Santarém-Cuiabá este ano

Por: Paulo Leandro Leal
O governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) vai terminar no dia 31 de dezembro deste ano sem que ele tenha cumprido a promessa de asfaltar a rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá). A informação de que a obra não vai ser iniciada mais neste ano foi dada na quarta-feira, 3, pelo ministro da Integração Nacional, Pedro Brito do Nascimento, em Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso. Ele informou ao governador Blairo Maggi (PPS) que "o governo federal não tem condições de pavimentar a BR-163 neste ano, conforme havia prometido". Lula é o segundo presidente que faz a promessa de pavimentar a Santarém-Cuiabá e não cumpre, já que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também prometeu aos paraenses que iria executar a obra considerada fundamental para a integração do país e para o escoamento da produção do Centro Oeste brasileiro. No Mato Grosso e no Pará, era grande a expectativa de que o governo federal iniciasse a obra este ano, mas as declarações do ministro Pedro Brito do Nascimento acabam com a esperança dos que defendem o asfaltamento.A informação também repercutiu muito mal em Santarém, no oeste do Pará, onde está localizado o porto cobiçado pelos produtores de grãos do Mato Grosso, que teriam uma redução significativa se embarcassem a produção no Pará. Em seminário realizado no ano passado, o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Luís Dulci, prometeu que o asfaltamento começaria ainda no primeiro semestre deste ano. Os empresários esperavam que o começo das obras aquecesse a economia local. Para justificar o descumprimento da promessa, o ministro Pedro Brito informou ao governo do Mato Grosso que a pavimentação será possível a partir do primeiro semestre de 2007, através de Parceria Público-Privada (PPP), cujo lançamento foi prometido para julho deste ano. O ministro ainda confirmou que será feita a cobrança de pedágio na rodovia depois que a obra estiver concluída. Depois o ministro disse que já está garantido no Plano Plurianual (PPA) do próximo governo R$ 1 bilhão para a obra.
Comentário do blog: E alguém ainda duvidava desta marmelada?

César Maia baixa o pau!

Do Ex-Blog do César Maia (para assinantes)

TRÊS RÁPIDOS COMENTÁRIOS !


1. Evo Morales caiu no colo de Chávez. Nenhum país/empresa -durante algum tempo- vai investir na Bolívia. Com exceção de um, que tem dinheiro para isso: Venezuela.

2. A greve de fome do Garotinho -como um gesto desesperado- o desqualificou definitivamente para concorrer à presidência. Um estresse desses sob pressão, mostrou uma faceta que agora todos conhecem: o desequilíbrio.

3. Chávez jogou Lula para fora do tabuleiro sul-americano, usando a Bolívia para isso. Lula sequer foi "chamado para o almoço" em Havana quando se decidia com a Bolívia sobre o Brasil.
EXTRA !
1. Muita gente achava estranhos os atentados que o Dr. Sergio Luiz Cortes da Silveira -diretor do Instituto Nacional de Tráumato-Ortopedia - teria sofrido. Ele sempre surgia na imprensa como vitima. Delegados que acompanharam o caso diziam que isso só acontecia quando havia -palavras deles- "briga de quadrilha". Portanto a suspeita que tinham é que não havia inocente naqueles casos e muito menos vítima.

2. Agora um destes delegados, investiga um fato aberto e que ajuda a reforçar a tese que ele tinha. No diário oficial do município do dia 7 de março de 2006- o Dr. Sergio Luiz Cortes da Silveira, aquele diretor do INTO -hospital de traumatologia federal, compra um imóvel na Avenida Borges de Medeiros 02475 -apto 1103 -duplex, (transcrição). E paga de ITBI R$ 71.035,46, correspondente a um imóvel cujo valor efetivo é de no mínimo R$ 3.551.773,00, (ITBI 2% do valor da planta de valores atualizada).

3. Independente do que tenha lançado para fins de imposto de renda em combinação ou não com quem vendeu, o valor foi pago naturalmente ...

4. A atuação do delegado agregou às investigações um parecer do Tribunal de Contas da União (TC 012.030/2003-7) que identificou irregularidades em contrato gerido pelo Dr. Sérgio Cortes, e sugeriu que ele fosse multado por " grave infração à norma legal ou regulamentar".

5. Muitos funcionários dos hospitais federais acham que a manutenção do decreto federal de março de 2005 que ainda permite compras sem licitação, está agregando mais distorções nesse processo de compras e contratação de serviços e obras, sem licitação. E que -uma vez configurada e demonstrada a situação de que o Dr. Cortes não tem renda nem patrimônio anterior que justifique tal compra- outros casos poderão surgir em breve. Os documentos estão sendo recolhidos pelos próprios servidores em unidades federais.
ERRO ?
Lula diz que foi um erro concentrar o fornecimento de gás num só país. Lula está tomando a palavra PAÍS pelo tipo de política externa que ele , o "sargento Marco Aurélio" GARCIA,e seus amigos Chávez,etc...., fazem, onde contratos realizados entre estados soberanos nada valem. Outro dia a Rússia disse que iria reduzir o fornecimento de gás para a Ucrânia porque isso e aquilo. Não durou 24 horas. A comunidade européia se levantou e exigiu o cumprimento do contrato. O problema não é a concentração,mas a política de....bananas.

Vista do Lago Sul ao entardecer




Foto: Val-André Mutran Posted by Picasa

Candidatos à vereador exultantes

Comissão aprova PEC que aumenta vereadores e reduz despesa
Da Agência Câmara
Comissão especial da Câmara aprovou, no último dia 12, substitutivo do deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) que possibilitará o aumento do número de vereadores em todo o País a partir do exercício seguinte ao ano da aprovação da medida pelo Congresso e reduzirá o limite de despesas das câmaras municipais.
O texto incorpora, com modificações, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 333/04, do deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), que basicamente revoga os efeitos da Resolução 21702 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2004, a resolução extinguiu 8.528 assentos nas câmaras dos 5.562 municípios do Brasil. A proposta em tramitação também reduz os percentuais das receitas municipais que podem ser gastos pelas câmaras.
Greenhalgh disse que o substitutivo apresentado "configura uma situação intermediária, isto é, aumenta o número de vereadores em relação à resolução, sem no entanto retornar ao quantitativo existente nas eleições de 2000".
Legislação
O artigo 29 da Constituição em vigor - que serviu de fundamento para a resolução do TSE - fixou apenas três grandes faixas populacionais para determinação do número de vereadores em cada município. Os municípios com até um milhão de habitantes poderiam, pelo texto, ter entre 9 e 21 vereadores; os municípios com mais de um milhão e menos de cinco milhões de habitantes teriam direito a ter entre 33 e 41 vereadores; e os municípios com mais de cinco milhões de habitantes poderiam eleger entre 42 e 55 vereadores.
Menos autonomia
Diante dessa aparente flexibilidade, as próprias câmaras vinham fixando o número de seus integrantes, tendendo a adotar o limite máximo em cada faixa. De acordo com o TSE, os parâmetros fixados na Constituição não dão margem para as próprias casas legislativas determinarem o número de seus integrantes, já que este seria decorrente de uma simples operação aritmética partindo das três faixas indicadas pelos constituintes. A fim de facilitar a aplicação da norma, a corte definiu, na resolução, 36 faixas populacionais derivadas das três originais presentes na Constituição. Pela resolução, por exemplo, municípios na menor faixa, com até 47.619 habitantes, têm 9 vereadores. Os municípios na maior faixa, com população acima de 6.547.612, têm 55 vereadores. Por meio dessa metodologia, para verificar o número de vereadores em cada município basta apurar seu número de habitantes.
Os críticos desse critério afirmam que ele atinge a autonomia municipal, já que o número de vereadores em cada município só pode ser aumentado ou diminuído se houver crescimento ou diminuição de sua população suficiente para que seja enquadrado na faixa superior ou inferior. A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que confirmou a validade da resolução.
Em vez de fixar um número definido por faixa, o substitutivo do deputado Greenhalgh estabelece o número máximo de vereadores por faixa de população. Além desse critério, o texto prevê que o teto será maior em quase todas as faixas. Greenhalgh acredita que o substitutivo, "sem desrespeitar o princípio da autonomia municipal, estabelece faixas mais precisas para o número de vereadores tomando como base o número de habitantes dos municípios".
Perdas e ganhos
De acordo com o substitutivo, municípios de até 15 mil habitantes, a menor de 24 faixas, poderão ter no máximo nove vereadores. Já os municípios na maior faixa, com população superior a oito milhões de habitantes, poderão ter até 55 vereadores. Percebe-se que municípios com população superior a 6.547.612 habitantes, mas igual ou inferior a oito milhões, perderão vereadores se confirmado o texto do substitutivo pelo Congresso Nacional.
Na proposta original apresentada por Pompeo de Mattos, municípios muito pequenos, com população abaixo de cinco mil habitantes, perderiam vereadores - o número seria reduzido de nove para sete. Na maioria dos casos, porém as câmaras municipais ganhariam vagas. Um município com população entre de 250 mil habitantes hoje tem 14 vereadores. Pela proposta, esse número sobe para 21.
Menos despesas
Um dos objetivos da resolução do TSE foi reduzir os gastos das câmaras de vereadores. Esse tema também aparece na PEC 333/04. A proposta reduz de 8% para 7,5% o percentual máximo das receitas municipais a ser gasto com o legislativo local de municípios com até 100 mil habitantes. Em vez das atuais quatro faixas populacionais, a PEC fixa percentuais para seis diferentes faixas. O valor mínimo, que valerá para municípios acima de três milhões de habitantes, é reduzido de 5% para 4%.
O substitutivo aprovado na comissão remete à lei complementar a fixação desses percentuais, mas estabelece percentuais provisórios, que valerão até a edição da referida lei. O relator optou por manter apenas quatro faixas, mas reduz em meio ponto percentual os limites em vigor.
A proposta agora será votada pelo Plenário.
Propostas relacionadas:
- PEC-333/2004

Senador Flexa Ribeiro rebate críticas ao Governo do Estado

Foto: Abr



















Conforme o blog adiantou, o senador Fernando Flexa Ribeiro (PSDB-PA) foi à Tribuna do Senado para rebater as críticas feitas pela senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA) sobre pronunciamento abordando a suspensão da Lei de Incentivos Fiscais do Estado do Pará, considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.
Ribeiro, conforme adiantado pelo espaço estava ausente do plenário, e o Líder Arthur Virgílio, em virtude de um telefonema seu, disse à Senadora que eu responderia ao pronunciamento dela, cumprindo a promessa.
Flexa Ribeiro começou esclarecendo dois pontos da questão, segundo seu ponto de vista.
Disse que “lamentavelmente a Senadora Ana Júlia teve que viajar para Belém, para o Pará, e não pode estar aqui (Tribuna), mas, de qualquer maneira, farei os comentários a respeito do pronunciamento de S. Exª que, com muita ênfase, acusou o Governo do Estado do Pará que teria sido incompetente e agido de má fé ou de forma irresponsável ao propor à Assembléia Legislativa do Estado uma lei inconstitucional.”
O senador prosseguiu lamentando a falta de conhecimento da Senadora nesse aspecto, mesmo porque não é da sua atividade permanente a geração de emprego. A Senadora não deve ter gerado, ainda, nas suas atividades nenhum emprego e não sabe que a lei encaminhada à Assembléia Legislativa não é inconstitucional; ela se torna ou se tornou inconstitucional e como tal foi considerada pelo Supremo Tribunal Federal por não ter sido referendada pelo Confaz, que é o secretário de fazenda de todos os Estados brasileiro.
Segundo o senador, essas leis que incentivam a atração de investimento para qualquer Estado brasileiro, não é só para o Pará, e que não é exclusividade do Pará, tornam-se constitucionais quando referendadas pelo Confaz. A aprovação, tem de ser por unanimidade. Por causa da lamentável guerra fiscal, não há consenso no Confaz para suas aprovações. Então, todas as leis em vigor, não só as do Estado do Pará, são inconstitucionais. O que é lastimável - e aí, sim, é irresponsabilidade, é má-fé - não é dizer que quer se colocar nas parlamentares do Pará, a Vereadora Suely Morgado e a deputada Araceli Lemos, que entraram com a Adin, para tornar a lei inconstitucional, que elas têm de responder pela ação que fizeram, colocando em risco a produção de centenas de empresas que foram incentivadas pela lei. Mas disse ainda a Senadora aqui que o Governo do Estado estava perdendo receita em função da lei, que era incompetência do Governo. Não é não, Senadora Ana Júlia! Disse o senador.
O Governo do Estado tem sido competente e rigoroso na aplicação da lei, tanto é que já atraiu, ao longo da sua existência, mais de R$ 6 bilhões de investimentos para o Pará, incentivando 167 empresas e gerando mais de 150 mil empregos.
Flexa disse que a isenção dada é sobre receita futura, são impostos que não existem no Estado, que passarão a existir no futuro, e que o Governo do Estado abre mão, a sociedade paraense abre mão, para que possa, no futuro, ter aumento de arrecadação. Mesmo assim, com todos esses incentivos dados, a arrecadação própria do Pará tem crescido ao longo desses dez anos, passando de R$ 40 milhões, quando o Governador Almir Gabriel assumiu o Estado, em 1995, para a margem de R$ 300 milhões por mês, em 2005.
Portanto, houve um aumento de mais de doze vezes, ou seja, houve um incremento da receita do Estado de 1.200%, desde a assunção do governo do PSDB até hoje.
A Senadora Ana Júlia Carepa, continuou o senador Flexa Ribeiro, sabe que o Estado do Pará, ao longo do mandato do PSDB, ao longo desses 11 anos, triplicou o seu PIB, passando de R$ 10 bilhões para R$ 30 bilhões.
Em aparte, o senador Leonel Pavan (PSDB - SC) disse que ontem, a Senadora Júlia Carepa estava equivocada. Ela sentiu isso, porque um Senador ou um Deputado deve defender o seu Estado, a sua gente, a criação de empregos, a geração de renda. O discurso de S. Exª foi totalmente equivocada. V. Exª deu uma demonstração de amor ao Pará, até porque Almir Gabriel e Simon Jatene foram dois grandes Senadores - e o Governador Jatene continua sendo. V. Exª, que aqui defende o Pará, o Brasil, a geração de empregos e quer fazer com que o Pará continue crescendo, mostra, com transparência, o que deseja para o seu Estado, inclusive convidou a Senadora para o debate. Porém, S. Exª sentiu que cometeu um erro, que houve um equívoco em seu pronunciamento. Certamente, S. Exª voltará à tribuna para concordar com o que V. Exª está abordando. V. Exª dá uma demonstração de amor ao Pará, pois realmente quer que as empresas produzam mais emprego e renda para aquele importante Estado.
Ao retomar a palavra, Flexa Ribeiro lembrou que a população do Pará sabe, de forma clara e transparente, da verdade a respeito da Lei de Incentivos Fiscais.
A situação é lamentável. Ontem, houve uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado do Pará para discutir a Lei dos Incentivos Fiscais, mas a autora da Adin, a Deputada Araceli, e também o PT, o PCdoB e o P-SOL não compareceram à audiência pública para debater com a sociedade organizada do Estado e com a Assembléia Legislativa a questão que aflige o Pará.
– Repito: a própria autora da Adin, que deveria ter ido à Assembléia para discutir a questão, não compareceu ao debate.
O senador Flexa Ribeiro encerrou agradecendo ao povo do Pará, que realmente reconhece o trabalho do Governador Simão Jatene para colocar o Estado no caminho do desenvolvimento, gerando emprego e renda. A própria Senadora Ana Júlia reconheceu isso ontem, quando disse que o Governador Simão Jatene está fazendo investimentos importantes na área da saúde, nos hospitais regionais, dando por encerrado a réplica à Ana Júlia. Posted by Picasa

Parlamentares começam a demitir assessores presos

Assessores de senadores e deputados conhecidíssimos aqui no Congresso Nacional começam a ser exonerados por seus patrões.
O escândalo das Ambulâncias é outro vexame que expõem a contaminação da máquina pública.
Leia aqui matéria da AE Online com o nome dos picaretas:
O deputado João Mendes e o senador Ney Suassuna exoneraram seus assessores, que foram presos pela PF
Denise Madueño
BRASÍLIA -
A prisão de 46 pessoas, inclusive assessores de parlamentares, pela Polícia Federal na operação Sanguessuga causou demissões em gabinetes do Congresso. Entre os presos está o filho da deputada Edna Macedo (PTB-SP), Otávio José Bezerra Sampaio Fernandes, de 31 anos.
Otávio Fernandes, marido da deputada e pai de Otávio José, disse que o advogado da família já está entrando com um pedido de habeas-corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e que não foram informados sobre o teor da acusação contra o filho. "Não temos informação nenhuma. Só sabemos que a Polícia Federal cumpriu determinação da Justiça de Mato Grosso", afirmou ele.
Segundo o pai, Otávio José prestou depoimento na presença dos advogados, fez exame no Instituto Médico Legal e está preso. "A gente confia na Justiça", afirmou Fernandes. Ele negou que o filho trabalhe no gabinete da deputada. Segundo o pai, Otávio José está desempregado, fazendo concurso público e executando alguns serviços na área de informática.
O deputado João Mendes (PL-RJ) exonerou nesta quinta-feira o assessor parlamentar Régis Moraes Galheno, preso na operação "Sanguessuga". O parlamentar vai divulgar uma nota ainda nesta tarde sobre a questão. O líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PMDB-PB), também exonerou o seu assessor parlamentar, Marcelo Carvalho, preso na operação da PF.
A assessoria do deputado Vieira Reis (PRB-RJ), cujo assessor Cristiano de Souza Bernardo também foi preso pela PF, informou que o deputado está procurando mais informações para saber o que aconteceu. Cristiano, segundo informações da assessoria, já trabalhava na Câmara antes de Vieira Reis assumir o mandato em 2003.
A assessoria do deputado Maurício Rabelo (PL-TO) informou que Luiz Carlos Moreira Martins, outro preso, não tem vínculo com seu gabinete. Segundo a assessoria de Rabelo, Martins é consultor autônomo que atua na Câmara prestando serviços para diversos gabinetes e já prestou serviços ao parlamentar.
A assessoria do deputado Nilton Capixaba (PTB-RO) informou que o parlamentar está próximo à fronteira com a Bolívia, em local de difícil comunicação, e ainda não foi informado sobre a prisão de seu assessor Francisco Machado Filho.
O deputado Benedito Dias (PP-AP) afirmou que Erik Janson Sobrinho de Lucena, inicialmente citado como seu assessor parlamentar e também preso, não trabalha mais com ele "há mais de três anos". Segundo a PF, Lucena seria empresário.
O deputado Pastor Pedro Ribeiro (PMDB-CE) disse que Adarildes Costa, presa na operação da PF, trabalha com ele há quase sete meses. "Estou convicto que qualquer coisa que ela tenha feito, que eu não sei o que foi, não teve nada de escuso com o gabinete", disse Pedro Ribeiro.
A deputada Elaine Costa (PTB-RJ), cujos assessores Marco Antonio Lopes e Nívea Martins de Oliveira também foram presos na operação da PF, está de licença médica. No gabinete do deputado Eduardo Seabra (PTB-AP), a informação era que ele tinha viajado para o Estado e que tentariam um contato com ele amanhã.

Fraude das Ambulância: esquema começou na era FHC

Segundo a Folha Online. As investigações da fraude das ambulâncias teria começado na era FHC.
"A PF iniciou as investigações em 2004 e com o auxílio da Receita Federal, identificou 22 empresas fantasmas montadas para dar aparência de veracidade para as concorrências para venda das ambulâncias.Foram quebrados, com a autorização da Justiça, os sigilos bancário e telefônico de 60 pessoas. Com base nessas informações, os envolvidos foram identificados. A PF ainda não teria identificado os responsáveis por operar o esquema na estrutura do governo durante a gestão Fernando Henrique Cardoso".

Como era o esquema das ambulâncias

Da Folha Online

Brasília - A quadrilha desmontada hoje pela Polícia Federal, que fraudava a venda de ambulâncias para prefeituras de diversos Estados do país, era chefiada pela família Trevisan Vedoin, no Mato Grosso.A empresa da família era chefiada por Darci José Vedoin e tinha membros infiltrados na Câmara dos Deputados, no Ministério da Saúde e na Associação de Municípios do Mato-Grosso.O primeiro passo da ação da quadrilha era o contato com os prefeitos interessados. O responsável pelo contato seria Noriaque José de Magalhães. Nessa conversa com os prefeitos, ele dizia que poderia entregar uma ambulância completa antes do prefeito consegui-la pelos trâmites normais. Com isso, o prefeito ficaria livre de toda a burocracia e não teria de fazer nenhum esforço.Com a concordância do prefeito, a quadrilha acionava assessores de parlamentares que preparavam emendas a serem apresentadas por deputados e senadores. O texto era aprovado no Congresso Nacional e a assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, teria a incumbência de aprovar o convênio e facilitar a liberação do recurso. Leia mais aqui

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