18.000.000 de alcóolatras no Brasil
Artigo de: Renzo Sansoni
O zelador do prédio, fora de suas atribuições, e nervoso, pelo constrangedor do momento, teve que carregar, nas costas, escadas acima, uma jovem mulher desacordada, por tanto apanhar do marido, bêbado/furioso. Subindo com eles, uma criancinha de 4 anos, tomada pelo pânico, e pelo amargo, da mamãe impotente, cega de um olho e arrebentada. Fato acontecido há alguns dias e que chega, ao nosso conhecimento, para sacudir, pela enésima vez, os brios e fios do juízo. A jovem é nossa cliente, submetida à transplante de córnea; portanto, requerendo do marido toda atenção e cuidado. Foi encontrada pelo zelador num estado tal que merecia, para ampla vergonha de tais maridos e carrascos, ser mostrada, via televisão, para todo o país. Seria ótimo que aparecesse logo após aqueles eróticos e sensuais comerciais de cervejas, turbinados pelas louras e morenas siliconadas e insinuantes. O Brasil é, mesmo, o país com alergia idiossincrásica ao essencial/prioritário. Aquilo que nos atormenta, nos avilta e nos empobrece não é tratado de frente, tipo olho no olho; é empurrado para depois, num jogo sujo, merecendo todo repúdio e vaia. É o caso do alcoolismo. Seguinte exemplo: Aids e alcoolismo. Fala-se, e gasta-se, tanto com a problemática da AIDS, como se esta doença fosse a suprema vergonha da saúde pública brasileira. E, verdade apurada e depurada, sem as cores do imediatismo, não é. Nem nunca será. A Aids não passa de um grão de areia na praia gigantesca do alcoolismo. É a doença da moda, enquando a outra é a doença dos séculos. O alcoolismo é muito mais ameaçador, destruidor, catastrófico, abrangente e demolidor para a sociedade. E a midia, pífia e comprometida, motivada sabe-se lá por quais argumentos, não dá a mínima bola para os 18 milhões de alcoólatras nas sarjetas brasileiras. Vejo, na televisão americana, um estudo, e uma constatação tão alarmantes quanto desoladoras: em 60 % das desavenças familiares, incluindo assassinatos, divórcios, etc, está lá, escancarado ou oculto (tal qual piolho) a garrafa do álcool. Neste mesmo estudo: mais de 60% dos crimes estão relacionados DIRETAMENTE com o álcool, que lá se vende e se consente tanta quanto aqui; só que contam com lei mais séria e mais aplicada. Em terras brasileiras, o alcoolismo avança e devasta, com mais brutalidade do que lá, com muitas lágrimas, ranger de dentes e desespero nas famílias, e sem a mínima esporada/chicotada da lei. Não se vê, por aqui, nenhuma política voltada para o enfrentamento crucial deste que, sem nenhuma dúvida, é o maior obstáculo/embaraço nacional nos dias de hoje; é bom que se diga que, talvez, nem a corrupção, com seus rombos nas artérias nacionais , é tão sinistra quanto a doença alcoólica. Estima-se que o alcoolismo custa, aos cofres nacionais, direta e indiretamente, algo em torno de 4% do produto interno bruto, ou seja, muitos bilhões de reais. Dinheiro que vaza, sob o nariz de todos, para os ralos da insensatez e da orgia, tudo em nome da farra e do viver embalado. Definitivamente, o alcoolismo é a sinistrose encravada nos lares brasileiros. A verdade é que a turma da cerveja/cachaça está crescendo, bebendo, aprontando, como se a grande jogada da vida fosse a substituição de Deus pela deusa cevada/gelada. Quantas mulheres, e crianças, não estão sendo espancadas, violentadas e arrebentadas, enquanto você está lendo este artigo! É a família brasileira sofrendo e chorando, com o tilintar dos copos e das garrafas.
18 milhões de alcoólatras nas sarjetas brasileiras já é um bom começo para entender este drama/estigma nacional, não é mesmo? Com pancadas de marido se faz a orgia, com as loiras da cerveja!
Artigo de: Renzo Sansoni
O zelador do prédio, fora de suas atribuições, e nervoso, pelo constrangedor do momento, teve que carregar, nas costas, escadas acima, uma jovem mulher desacordada, por tanto apanhar do marido, bêbado/furioso. Subindo com eles, uma criancinha de 4 anos, tomada pelo pânico, e pelo amargo, da mamãe impotente, cega de um olho e arrebentada. Fato acontecido há alguns dias e que chega, ao nosso conhecimento, para sacudir, pela enésima vez, os brios e fios do juízo. A jovem é nossa cliente, submetida à transplante de córnea; portanto, requerendo do marido toda atenção e cuidado. Foi encontrada pelo zelador num estado tal que merecia, para ampla vergonha de tais maridos e carrascos, ser mostrada, via televisão, para todo o país. Seria ótimo que aparecesse logo após aqueles eróticos e sensuais comerciais de cervejas, turbinados pelas louras e morenas siliconadas e insinuantes. O Brasil é, mesmo, o país com alergia idiossincrásica ao essencial/prioritário. Aquilo que nos atormenta, nos avilta e nos empobrece não é tratado de frente, tipo olho no olho; é empurrado para depois, num jogo sujo, merecendo todo repúdio e vaia. É o caso do alcoolismo. Seguinte exemplo: Aids e alcoolismo. Fala-se, e gasta-se, tanto com a problemática da AIDS, como se esta doença fosse a suprema vergonha da saúde pública brasileira. E, verdade apurada e depurada, sem as cores do imediatismo, não é. Nem nunca será. A Aids não passa de um grão de areia na praia gigantesca do alcoolismo. É a doença da moda, enquando a outra é a doença dos séculos. O alcoolismo é muito mais ameaçador, destruidor, catastrófico, abrangente e demolidor para a sociedade. E a midia, pífia e comprometida, motivada sabe-se lá por quais argumentos, não dá a mínima bola para os 18 milhões de alcoólatras nas sarjetas brasileiras. Vejo, na televisão americana, um estudo, e uma constatação tão alarmantes quanto desoladoras: em 60 % das desavenças familiares, incluindo assassinatos, divórcios, etc, está lá, escancarado ou oculto (tal qual piolho) a garrafa do álcool. Neste mesmo estudo: mais de 60% dos crimes estão relacionados DIRETAMENTE com o álcool, que lá se vende e se consente tanta quanto aqui; só que contam com lei mais séria e mais aplicada. Em terras brasileiras, o alcoolismo avança e devasta, com mais brutalidade do que lá, com muitas lágrimas, ranger de dentes e desespero nas famílias, e sem a mínima esporada/chicotada da lei. Não se vê, por aqui, nenhuma política voltada para o enfrentamento crucial deste que, sem nenhuma dúvida, é o maior obstáculo/embaraço nacional nos dias de hoje; é bom que se diga que, talvez, nem a corrupção, com seus rombos nas artérias nacionais , é tão sinistra quanto a doença alcoólica. Estima-se que o alcoolismo custa, aos cofres nacionais, direta e indiretamente, algo em torno de 4% do produto interno bruto, ou seja, muitos bilhões de reais. Dinheiro que vaza, sob o nariz de todos, para os ralos da insensatez e da orgia, tudo em nome da farra e do viver embalado. Definitivamente, o alcoolismo é a sinistrose encravada nos lares brasileiros. A verdade é que a turma da cerveja/cachaça está crescendo, bebendo, aprontando, como se a grande jogada da vida fosse a substituição de Deus pela deusa cevada/gelada. Quantas mulheres, e crianças, não estão sendo espancadas, violentadas e arrebentadas, enquanto você está lendo este artigo! É a família brasileira sofrendo e chorando, com o tilintar dos copos e das garrafas.
18 milhões de alcoólatras nas sarjetas brasileiras já é um bom começo para entender este drama/estigma nacional, não é mesmo? Com pancadas de marido se faz a orgia, com as loiras da cerveja!