Atuação da imprensa nas eleições pode virar tema de audiência pública na Câmara

Comunique-se promove curso de redação em Belém
Belém recebe curso de Redação do Comunique-se, de São Paulo
A nota mínima atribuída por uma turma foi 9,3. É com esse histórico que o curso "Redação e Estilo para Jornais e Revistas" do Comunique-se acontece em Belém, pela primeira vez.
Ministradas pela jornalista Mariana Duccini, as aulas têm caráter prático e foco na produção de texto não apenas diferenciados, mas principalmente corretos do ponto de vista gramatical.
Para aprimorar o texto, os participantes fazem uma bateria de exercícios tomando como base casos de erros e acertos em grandes jornais e revistas brasileiros.
É a primeira vez que o curso acontece na Região Norte, e possivelmente a única neste ano. Inscrições e informações podem ser feitas pelo Comunique-se, através do site de cursos do Portal (veja links abaixo).
Serviço::
Curso: Redação e Estilo para Jornais e Revistas::
Ministrante: Mariana Duccini (ver perfil)::
Período: 18 e 19/11::
Horários: sábado (9h a 18h) e domingo (9h a 13h)::
Local: FAP (Belém/PA)::
Valor: 6 x R$ 47,00 ::
Visite a página deste curso::
Informações: (11) 3897-0860::
E-mail: cursos@comunique-se.com.br::
Inscrições: clique aqui

CEF investigada por uso indevido do FGTS
Agora seria a Caixa Econômica Federal que é suspeita de uso irregular do FGTS, de acordo com a Folha de São Paulo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga suspeita de uso irregular de dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pela Caixa Econômica Federal, administradora do fundo.
Leia mais aqui.

Aquecimento Global

Odorico Paraguassú convida para inauguração de semáforo
Dizem que os melhores cômicos são os políticos desesperados. Eles fazem de tudo um pouco para aparecerem. Como este, que num surto do melhor politiquês tupiniquim, revive o imortal personagem criado pelo dramaturgo Dias Gomes, em impagável sacada do jornalista Jota Parente, de Itaituba (PA). Divirtam-se:
Sucupira é aqui
Blog do Jota Parente
INAUGURAÇÃO DE SINAL DE TRÂNSITO
Lembram do seriado Asa Branca, que a Rede Globo apresentava no final dos anos 1970 e começo da década seguinte? Nele, o prefeito de Sucupira, Odorico Paraguassú, interpretado brilhantemente por Paulo Gracindo, fazia coisas que até Deus duvidava.
Pois não é que Itatiuba resolveu imitar Sucupira. A Prefeitura distribuiu fartos convites para a inaguração do semáforo da Trav. 13 deMaio, com a Av. Fernando Guilhon (4ª Rua), ontem quarta-feira, a partir de 18 horas . Nosso Odorico só não inaugurou porque choveu. Mas, amanhã vai acontecer. Só se S. Pedro não permitir outra vez.
Um vereador da situação, dos mais esclarecidos, cochichou ontem no meu ouvido: "Isso é coisa que só aconteceria em Sucupira. Assim não dá".
É o caso em que em a vida imita a arte.

Liberdade, liberdade!?
Aqui no Congresso Nacional, a denúncia dos repórteres da revista Veja de que teriam sido constrangidos gerou polêmica de um lado e doutro do Balcão.
A denúncia de que três de seus repórteres teriam sofrido constrangimentos na Polícia Federal em São Paulo - onde foram depor sobre matéria relativa ao caso do dossiê - causou polêmica no Plenário. O PPS e o PV divulgaram nota na qual expressam preocupação com a liberdade de imprensa e expressão no Brasil. “Entendemos que os órgãos de imprensa são livres para expressar suas posições, e lembramos que essa defesa nós a fizemos também no período da ditadura militar. Queremos enfatizar o nosso repúdio e dizer que esses fatos precisam ser amplamente e terminantemente esclarecidos em nome da liberdade de expressão e de informação do povo brasileiro”, diz a nota, que foi lida pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
O deputado afirmou que o PPS encaminhou requerimento à Comissão de Direitos Humanos solicitando a realização de audiência pública “para analisar as tentativas de restrição à liberdade de imprensa e informação no País”.
Liberdade de imprensa - Fernando Ferro (PT-PE) sustentou que os jornalistas não passaram por constrangimento físico e disse que vai requerer à Comissão de Ciência e Tecnologia a realização de debate sobre o papel da mídia nas eleições de 2006.
“Quero uma imprensa que preste serviço à democracia, não uma imprensa dedicada aos coronéis desse setor”, ressaltou. Nilson Mourão (PT-AC) defendeu a investigação da PF, observando que os jornalistas prestaram depoimento na presença de uma procuradora federal, “em total normalidade”. Na opinião do parlamentar, os jornalistas devem ser investigados e punidos, se cometerem erros. “A liberdade de imprensa implica responsabilidade com a verdade. E quem não publica a verdade, quem não trata dela, quem não investiga de modo verdadeiro deve ser investigado”, disse.
Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) manifestou perplexidade com o caso. O parlamentar ressaltou que a revista é um dos principais veículos de comunicação do País e não se pode pretender acusá-la de fazer política. “O PT não sabe que o exercício do poder de polícia, por intermédio da Polícia Federal, implica responsabilidade, limites e espírito público, o que às vezes falta aos governantes deste País”, disse.
Garantia da honra - Fernando Gabeira (PV-RJ) observou que a liberdade de expressão deve existir independentemente do governo, se de direita ou de esquerda. “Temos a experiência histórica de pós-vitória de as pessoas e os governos se preocuparem com as esperanças que suscitaram, com os projetos que vão desenvolver, não se preocuparem com retaliações e perseguições a jornalistas ou a órgãos que não os apoiam”, disse. Para Walter Feldman (PSDB-SP), o papel da imprensa brasileira, especificamente da Veja, é importante na identificação dos “problemas éticos que tomaram conta do País nos últimos dois anos”.
Já Eduardo Valverde (PT-RO) ressaltou que a mesma Constituição que assegura a liberdade de imprensa também estabelece garantia da imagem e da honra das pessoas. “Não podemos denegrir a honra de terceiros sob os auspícios da liberdade de imprensa. E foi isso exatamente que Veja, em conluio com um delegado da Polícia Federal, quis impingir à candidatura do presidente Lula”, afirmou.
Blindagem do presidente - Para Alberto Fraga (PFL-DF), o governo teve a seu lado “uma mídia obediente que blindou totalmente o presidente Lula, com exceção da revista Veja.” Segundo o parlamentar, como não houve meio de prejudicar a revista, a Polícia Federal fez o “papelão” de constranger e de intimidar os repórteres. “O PT voltou a seu velho estilo. Se outros são acusados, as acusações são verdadeiras, mas qualquer acusação feita ao PT são calúnias ou difamações”, disse.
Para Vicentinho (PT-SP), a Polícia Federal agiu corretamente. “Como um caso tratado como segredo de justiça é publicado? Como um delegado diz que quer ferrar o PT, os jornalistas sabem e nada dizem publicamente?”, indagou, sustentando que a Veja se transformou, durante a campanha eleitoral, em panfleto contrário à candidatura de Lula.
Na opinião do jornalista Alon Feuerwerker (leia) que pede para "tirarmos (quem?) o cavalinho da chuva. Enquanto a imprensa (ou parte dela) estiver sob ataque do poder, não contem comigo para fazer ataques à imprensa. Você sabe que eu defendo a absoluta liberdade de cada veículo veicular o que quiser. Quem estiver insatisfeito, que deixe de ler (ou de assistir). Quem se sentir ofendido, que entre na Justiça pelos seus direitos. Quem quiser mais pluralidade, que abra seu jornal ou blog. Sabem por que eu resisto a descer a lenha em jornais, revistas e tevês, ainda que muitas vezes eles mereçam? Porque duvido, sinceramente, de que as coisas andariam melhor caso alguns dos atuais críticos da mídia assumissem o controle absoluto da informação no Brasil. Talvez viéssemos a ter uma ditadura de sinal trocado. Então o mais adequado, acho eu, é defender quem está sob ataque. Prefiro sempre trabalhar pelo equilíbrio." Leia mais aqui.
Alon acertadamente, em outro trecho de seu blog comenta que emails sobre o post Inaceitável que o fizeram voltar ao assunto. Leia:
"Vou detalhar a minha posição. Jornalistas não têm qualquer obrigação de testemunhar sobre reportagens que escreveram. Por princípio. Se a autoridade policial deseja informações sobre o conteúdo de uma certa reportagem, que a leia. Se quer saber as fontes eventualmente não reveladas na reportagem, que procure investigar por meios próprios. A Constituição garante ao jornalista o direito de não revelar a identidade da fonte quando isso convier ao profissional. Se a autoridade policial acha que o jornalista cometeu um crime previsto na Lei de Imprensa, que o processe. Mas é uma violência, é um atentado ao Estado de Direito obrigar jornalistas a depor na polícia para dar mais detalhes do que escreveram ou disseram. Da minha parte, já adianto: numa situação dessas, eu entrarei na Justiça para não ter que depor. A lei me dá esse direito. Essas minhas convicções independem do que ache ou deixe de achar da Veja, da sua linha editorial ou das reportagens que publica. Como disse, é uma questão de princípio. E sobre princípios não se transige. Nunca aceitei que se cassassem deputados contra os quais não havia provas. Nunca aceitei a execução política de pessoas apenas por terem sido acusadas e por isso convir, num certo momento, a determinados propósitos. Não existe meia defesa do Estado de Direito. Tem gente que defende os próprios direitos de um modo muito competente, mas infelizmente não mostra a mesma firmeza quando estão em situação de risco os direitos dos adversários."
Este blog pensa que há um certo exagero nisso tudo e patrulhamento sem desfarçatez por setores do governo e de alguns partidos políticos.

Sol e água de côco sem atrasos
Lula curte feriadão na praia
Depois de um vôo tranqüilo e sem atrasos no Aerolula, presidente aproveitou o dia para descansar com a família no litoral baiano. Discussão sobre política e reforma ministerial só a partir da próxima semana
Em seu primeiro dia de descanso no litoral baiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia aproveitaram o sol na manhã de ontem para tomar banho na praia de Inema, área privativa da Marinha, a 40km do centro de Salvador. Ao chegar à cidade, na quarta-feira, Lula disse ao aliado e governador eleito da Bahia, Jacques Wagner (PT), que precisava “sumir” até domingo. O presidente só pretende discutir política na próxima semana, quanto voltar a Brasília.
Mas a preferência de Lula pelo estado, como local de descanso pós-eleição, não foi digerida pelo grupo do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), derrotado por Wagner na disputa estadual. ACM considera Lula um dos principais responsáveis pela derrota do “carlismo” baiano.
O jornal Correio da Bahia, da família de ACM, publicou ontem reportagem ironizando a permanência de Lula em Salvador durante o que chamou de “feriadão da preguiça” e do “ócio”. A reportagem destacou que o avião presidencial, o Aerolula, chegou sem atraso à Base Aérea de Salvador na noite de quarta-feira, enquanto “centenas de passageiros” esperaram “horas” para embarcar no aeroporto da cidade por causa da crise dos controladores de vôo.
Por volta de 10 horas da manhã de ontem, quando começou a chover, Lula, Marisa e um grupo de parentes e amigos chegaram à praia de Inema, se abrigando debaixo de um sombreiro na areia. Assim que o tempo abriu, o presidente e a mulher entraram no mar duas vezes. Lula ainda fez alongamento na areia, brincou de futebol com Marisa e jogou vôlei com uma criança da comitiva dele. Lula usava sunga azul-marinho e Marisa, um maiô.
Construída pela Marinha Americana durante a 2ª Guerra, a Base Naval de Aratu virou refúgio de reeleitos. Em outubro 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso também escolheu a área para descansar após derrotar Lula em primeiro turno nas eleições presidenciais daquele ano.
Roseana pode integrar governo
A senadora Roseana Sarney (MA) saiu do PFL e, contrariando as expectativas do Palácio do Planalto e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não se filiará agora ao PMDB de seu pai, senador José Sarney (AP). Cotada para participar do novo ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela decidiu aguardar, sem legenda, o desenrolar das articulações presidenciais para compor sua equipe. “Roseana fez o gesto de boa vontade para com o governo, se desfiliando do PFL que faz oposição a Lula, e agora pode esperar baixar a poeira”, explica um parlamentar do grupo Sarney, destacando que, ao menos por enquanto, ela não avançará além disso. Segundo ele, a senadora preferiu ganhar tempo, viajando de férias para os Estados Unidos, e só na volta, dentro de uns 10 dias, deverá definir seu destino.
Em uma demonstração de que todo o grupo Sarney está em compasso de espera, ficou acertado que o senador Edson Lobão (MA), continuará filiado ao PFL e na “trincheira da oposição”, ao menos até que o cenário político fique mais claro. Foi esse o acordo fechado na reunião do próprio Sarney com Renan e Lobão na noite de quarta-feira. O correligionário de Roseana conta que, até agora, Sarney não foi procurado pelo presidente e diz que ninguém sabe o que Lula pretende oferecer ao grupo e ao PMDB. Ele observa que, no caso de Roseana, a cautela é mais do que recomendável. Afinal, lembra o parlamentar, ela já chegou a ser sondada para assumir o ministério das Cidades e só colheu desgaste político do episódio porque, depois de meses “na chuva”, nada se confirmou. Renan contava com o rápido ingresso de Roseana no PMDB, para que o partido consolidasse o status de maior bancada do Senado e o direito de indicar o presidente da Casa.

O voto ficou mais caro
Doações ultrapassam R$ 1bilhão
Lúcio Vaz
O tucano José Serra foi campeão de arrecadação entre os candidatos a governador. Na maioria dos estados, quem mais recebeu apoio financeiro saiu vitorioso, de acordo com levantamento parcial do TSE
Dados oficiais divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral registram doações eleitorais num valor total de R$ 1 bilhão, considerando as contribuições para candidatos a governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais. O estado que mais arrecadou foi São Paulo, com R$ 230 milhões para todas as candidaturas, seguido por Minas Gerais, com R$ 110 milhões. Só as doações para os candidatos aos governos estaduais em todo o país somaram R$ 184 milhões. A campanha mais cara declarada foi a do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, com R$ 25,9 milhões — o equivalente a R$ 2 por voto recebido. Não foram registradas ainda as doações para governadores nos estados onde houve o segundo turno. Nesses casos, o prazo final para a prestação de contas é 28 de novembro.
Em segundo lugar aparece o governador eleito de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), com R$ 19,4 milhões. O custo de cada voto ficou um pouco maior: R$ 2,59. O segundo colocado na disputa pelo governo mineiro, Nilmário Miranda (PT), arrecadou R$ 1,7 milhão. Cada voto do candidato petista custou R$ 0,80. Em São Paulo, o segundo colocado na disputa pelo governo estadual, o senador Aloizio Mercadante (PT), recebeu R$ 11,6 milhões em contribuições. O custo de cada voto (R$ 1,70) foi semelhante ao do candidato vencedor.
Na maioria dos estados onde os candidatos já prestaram contas, saiu vencedor aquele que arrecadou mais. No Ceará, por exemplo, o candidato eleito, Cid Gomes (PSB), irmão do ex-ministro Ciro Gomes, conseguiu mais do que o dobro do segundo colocado, o governador Lúcio Alcântara (PSDB). Foram R$ 11 milhões contra R$ 5,5 milhões. Diferença ainda maior foi registrada no Mato Grosso. O governador reeleito Blairo Maggi (PPS) arrecadou R$ 9,4 milhões, contra R$ 610 mil do senador Antero Paes de Barros (PSDB).
Reeleição
A diferença também foi expressiva no Amazonas, onde as doações do governador reeleito Eduardo Braga (PMDB) somaram R$ 8,8 milhões, contra apenas R$ 1,49 milhão do ex-governador Amazonino Mendes (PFL). No Espírito Santo, o governador reeleito Paulo Hartung (PMDB) arrecadou R$ 6,3 milhões, enquanto o segundo colocado, Sérgio Vidigal (PDT), juntou apenas R$ 1 milhão. Os dados parciais do TSE mostram também que a maioria dos governadores que tentaram a reeleição acabaram arrecadando mais do que seus adversários.
Mas há também casos de candidatos que enfrentaram o poder local e venceram a eleição, mesmo arrecadando menos. Na Bahia, o petista Jaques Wagner enfrentou o governador Paulo Souto (PFL) com uma campanha bem mais modesta. Conseguiu contribuições no valor de R$ 4,2 milhões, contra R$ 9,2 milhões do pefelista. Cada voto do petista custou R$ 1,29, enquanto cada voto dado para o governador ficou em R$ 3,40.
Em Sergipe, o ex-prefeito da capital Marcelo Déda (PT) arrecadou bem menos do que o governador João Alves (PFL), que tentava a reeleição. Foram R$ 2,2 milhões do petista contra R$ 3,8 milhões do pefelista. No Distrito Federal, mesmo enfrentando a governadora Maria Abadia (PSDB), que tinha o apoio do ex-governador Joaquim Roriz, o deputado José Roberto Arruda (PFL) conseguiu contribuições expressivas, no valor de R$ 8 milhões. Foi um dos votos mais caros do país: R$
O número
Dos 8 candidatos que disputaram a eleição presidencial, 2 — Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin — têm prazo até 28 de novembro para entregar a prestação de contas final, porque concorreram no segundo turno

Vergonha: Apagão aéreo
UMA LUZ NO APAGÃO Eduardo Militão
3/11/2006
Governo acerta o fim da operação-padrão dos controladores com a promessa de criar carreira
O risco de estender por tempo indeterminado o apagão aéreo — a crise nos aeroportos brasileiros provocada pela operação-tartaruga dos controladores de vôo — acordou o governo em pleno feriado do Dia de Finados. A madrugada caótica nas principais capitais brasileiras levou ministros de Estado a se mobilizarem ontem para evitar um desgaste ainda maior para o governo. Sete dias depois do início do procedimento-padrão, os ministros da Defesa, Waldir Pires, e do Trabalho, Luiz Marinho, negociaram o fim da greve branca dos operadores de tráfego aéreo.
No final da noite, após reunião em teleconferência, a promessa foi de que a crise no sistema aéreo acaba no domingo, quando deve cessar o efeito dominó provocado pelos controladores. A garantia é do próprio ministro Waldir Pires. Com uma carta na manga — a criação da carreira civil para os operadores — os ministros arrancaram de representantes do sindicato da categoria a garantia de que a operação acabou. O que resulta em um paradoxo: cada operador volta a monitorar 20 aeronaves, simultaneamente, o que traria riscos para o sistema de segurança do espaço aéreo brasileiro, como anunciaram os próprios controladores ao iniciar o movimento.
Além dos dois ministros, que acertaram o fim da operação-padrão com o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo, Jorge Botelho, participou da teleconferência o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. Ontem, em pleno feriado, os pousos e decolagens atrasaram praticamente todos os vôos nos aeroportos brasileiros. Cerca de 600 aeronaves permaneceram em solo pelo menos durante três horas. Em alguns casos, os atrasos chegaram a ser de 15 horas. “Esperamos amanhã (hoje) um dia tranqüilo e normalizado. E um retorno no domingo, que possa ser em paz para toda população brasileira. Estamos contando com a participação dos controladores todos para a normalidade do tráfego aéreo”, afirmou Waldir Pires. “O Estado brasileiro não pode ser refém de um setor da sociedade.”
Segundo o ministro, o acordo com os controladores tem três pontos: criação de uma carreira, reajuste salarial e contratação de pessoal. Em meados da semana que vem um grupo de trabalho vai estudar a forma jurídica de criar uma carreira específica para os controladores de vôo. Os detalhes não foram fechados, mas o ministro comentou que o governo deve ser “absolutamente sensível” ao pedido de desmilitarização do setor — hoje, cerca de 80% dos profissionais pertencem às Forças Armadas.
Um reajuste, cujo valor não foi revelado, está em discussão. Ele poderia ser feito sob a forma de gratificação porque assim só os sargentos da Aeronáutica que são trabalham como controladores de vôo receberiam o aumento salarial. “A gratificação de imediato a mim me parece justa”, comentou Pires. O ministro lembrou que hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva edita medida provisória para contratar 60 controladores, inclusive pessoas aposentadas, em caráter emergencial. Esses servidores poderiam assumir os postos depois de um breve treinamento de dois a quatro dias.
Desconforto
Pires evitou comentar as declarações do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, que durante a manhã disse desconhecer a situação laboral do controladores. “Não analiso a medida dele. É uma medida de natureza da sua própria função de comando militar. Não vou julgar.” O ministro garantiu que ele fica no cargo. “Ele merece a confiança do presidente da República. Merece a nossa confiança. É um grande comandante.”
A Aeronáutica tentou resolver sem negociação a operação-padrão com a aplicação da doutrina militar, dando ordens aos subordinados. Às 8h da manhã os 149 controladores de tráfego que trabalham em Brasília foram convocados para uma reunião no Cindacta 1, onde foram redistribuídas as escalas durante todo o feriado. Na segunda-feira chegarão reforços de outros estados.
“Às 3h detectamos que o tráfego aéreo estava paralisado, e até quatro ou cinco vôos já tinham sido cancelados. Percebemos que haveria um acúmulo muito grande na manhã de quinta-feira se não fossem liberados os aviões”, explicou o comandante.
Segundo o brigadeiro, a medida foi necessária porque os controladores não atenderam ao apelo do ministro Waldir Pires para superarem as dificuldades e voltarem ao trabalho apesar de suas licenças do trabalho. Pelo menos 19 controladores apresentaram atestados médicos depois do afastamento de oito colegas durante a investigação do acidente com o avião da Gol, em 29 de setembro.
Efeito
No início da noite de ontem, as filas nos check-in das principais companhias aéreas já tinham diminuído. O tumulto do aeroporto de Brasília também tinha acalmado. Em parte porque muitos passageiros de vôos sem horário previsto para decolagem, ou que previam muitas horas de espera, foram encaminhados para hotéis da cidade. Os que chegavam para viajar no final do dia tiveram mais sorte do que quem enfrentou a confusão para chegar ao destino durante o dia. Aos poucos conseguiam embarcar.
Apesar da aparente calmaria, por volta das 18h30, todos os vôos previstos para chegar, ou sair, da capital estavam atrasados. Até esse horário, vôos como o 1898 da Gol, que deveria ter saído às 12h35 com destino a Fortaleza, não tinha decolado. Os passageiros do vôo 3709 da Tam para São Paulo também aguardavam a partida desde às 14h30. Uma hora depois, outros três vôos apareciam no painel de informações da Infraero como cancelados.

Lula refém da incompetência
A Aeronáutica provou ao ancião ministro da Defesa que a três anos alerta sobre o risco do apagão aéreo pela compulsiva falta de investimentos no setor.
O fato é que a Infraero se apossa do fundo recolhido nos bilhetes pagos pelo usuários e só o cão sabe pra onde vai o dinheiro.
São mais de 600 vôos atrasados somente hoje.
O aerolula decolou cedo pra festinha pós-vitória rumo a Bahia de todos os Wagners.
Perguntem ao Lulu se o aerolula atrasou.
País de mucambos!

Caos no JK, de novo!
Viva Lula!!

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados
Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...

-
Segundo texto publicado pela Cooperativa dos Garimpeiros invadida por adversários da atual diretoria no último domingo, 17. No mês de Abril ...
-
Vereadora quer proibir adesivo “Filhos de Marabá” Por: Célio Sabino A imagem de dois revólveres com a inscrição “Filhos ...