Você acredita?
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que apresentará ao presidente Lula, até o fim do mês, sugestões de medidas destinadas a reduzir gastos públicos e tributos. A idéia é implementar um programa fiscal de longo prazo. A economia serviria para compensar a perda de arrecadação provocada pela desoneração.
O governo não tem
O Estado de São Paulo
O sucateamento da infra-estrutura do País é o principal obstáculo ao crescimento econômico tão desejado por todos, mas ainda não há pistas de como esse problema será superado, mostra a repórter Renée Pereira. Levantamento feito pelo "Estado" com especialistas do setor mostra que apenas dez megaprojetos considerados prioritários para a aceleração do crescimento exigem investimentos que giram em torno de R$ 40 bilhões. Entre os projetos que precisam sair do papel estão empreendimentos como as Hidrelétricas de Belo Monte e Rio Madeira, a Ferrovia Norte-Sul, a BR 163 e melhorias no Porto de Santos. A maioria estava na lista de promessas de campanha nas eleições de 2002, renovadas em 2006. Alguns continuam empacados por questões ambientais ou judiciais. Outros sofrem com a burocracia dos órgãos públicos e com problemas de gestão. Todos enfrentam a falta de capacidade de investimento do Estado.
Vista grossa
TCU vê desvio de 55% em verbas de ONGs
Folha de São Paulo
Organizações não-governamentais sem condições para executar convênios com a União receberam mais da metade - 54,5% - das verbas federais destinadas a complementar atividades do Estado, segundo relatório de auditoria do Tribunal de Contas da União.
O TCU analisou 28 convênios com dez ONGs, que receberam R$ 150,7 milhões do governo de 1999 a 2005 para cuidar de serviços como saúde indígena e concessão de bolsas de estudo.
Há entidades beneficiadas que não têm sede ou que receberam o dinheiro sem apresentar a documentação exigida por lei. O total de convênios é desconhecido. Os repasses são liderados pelo Ministério da Saúde.
Arrasa quarteirão
Mentiroso
- Mas não era o Alckmin que o faria?
Mais um da coleção caminha
STF acolhe denúncia contra Jader Barbalho por peculato
De acordo com a denúncia, o secretário Antônio César Pinho Brasil, secretário de assuntos fundiários do extinto Ministério da Reforma e Desenvolvimento Agrário (Mirad), desconsiderando o trabalho de técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), teria encaminhado ao então ministro da Reforma e Desenvolvimento Agrário, deputado Jader Barbalho, proposta de elevação para Cz$ 313 milhões da indenização no processo de desapropriação do imóvel rural Vila Amazônia.
Para o MP, Jader Barbalho, através de uma portaria ministerial, homologou o acordo para o pagamento da indenização no montante de Cz$ 400,4 milhões. A denúncia imputaria aos acusados o crime prescrito no artigo 312 do Código Penal (crime de peculato).
Voto- vista - Em seu voto-vista, o ministro Ricardo Lewandowski declarou haver “indícios suficientes de materialidade de autoria do crime que autoriza o início da persecução penal em juízo. A farta documentação colhida na fase inquisitorial, sobre a qual puderam manifestar-se os investigados, mostra-se consistente, apontando para a necessidade de aprofundar-se a investigação”.
Lewandowski votou pelo recebimento da denúncia com relação a Jader Barbalho e Antônio César Pinho Brasil e, assim como o relator, reconheceu a prescrição punitiva contra Antônio Cabral Abreu. Também acompanharam o relator a ministra Cármen Lúcia e os ministros Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
O julgamento de março do corrente ano foi suspenso, após o pedido de vista do ministro Ricardo
Abusado
VALE QUANTO PE$A
César Felício e André Vieira
A Companhia Vale do Rio Doce ajudou a eleger para a Câmara dos Deputados este ano uma bancada do tamanho da do Rio de Janeiro. Foram nada menos que 46 deputados, beneficiados por doações legais da Caemi, Urucum e Minerações Brasileiras Reunidas, subsidiárias da mineradora. É mais do que os 31 deputados financiados pelo Itaú, os 27 da Gerdau, os 26 da Klabin e os 25 da Camargo Corrêa. Na operação, o conglomerado gastou R$ 5,3 milhões. O levantamento não considera o financiamento aos deputados não-eleitos e nem os gastos das empresas com candidatos a cargos majoritários e a deputado estadual.
A empresa é uma personagem recente no mundo do financiamento eleitoral. Em 2002, a doação por meio das subsidiárias MBR e Docenave foi de R$ 590 mil para todos os candidatos, eleitos e não eleitos. Privatizada em 1997, sob forte oposição do mesmo bloco político que hoje apóia o governo federal, a Vale foi no ano passado o terceiro maior grupo privado nacional, segundo o anuário "Grandes Grupos", do Valor. Esta semana divulgou um lucro de R$ 4,1 bilhões no terceiro trimestre de 2006, alta de 46% em relação ao ano passado. Está distribuída em diversos Estados do país.
A empresa não quis comentar sua estratégia política ou seus interesses no Congresso. "Todas as contribuições foram feitas dentro da lei. A Vale acredita no fortalecimento do processo democrático e as contribuições existem para isso", disse o gerente de relacionamento com a imprensa, Fernando Thompson.
O portfólio de financiados da Vale favorece os governistas: são 16 deputados do PT, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, do PCdoB paulista, 6 parlamentares do PMDB, 3 do PP, 3 do PTB, 2 do PL e o deputado eleito Ciro Gomes, do PSB cearense. Pela oposição, estão 7 tucanos, 4 pefelistas, 2 do PPS e o deputado eleito Paulo Pereira da Silva, do PDT paulista. Em sua grande parte, foram inimigos declarados da venda da empresa há nove anos.
Da mineração à siderurgia, há uma divisão no espectro político dos beneficiados. Pendendo para os oposicionistas, está a Gerdau, uma tradicional financiadora de campanhas. Para os governistas, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Apesar de ser cogitado para o novo ministério, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, controlador do quinto maior grupo privado nacional, demonstrou seu antagonismo regional com a base de apoio do governo.
Financiador de 27 deputados federais por meio de coligadas, o Grupo Gerdau só ajudou a 4 petistas, ante 6 tucanos e 5 pefelistas. Apenas um dos petistas é do Rio Grande do Sul, matriz da empresa e onde a Gerdau ajudou a bancar a campanha de 10 dos 30 deputados gaúchos. Procurada por este jornal, a assessoria de imprensa da empresa disse que não localizou alguém para comentar o assunto.
Já a CSN é uma das principais fontes de financiamento do comunismo no Brasil. A empresa ajudou na eleição de Aldo Rebelo, Jô Moraes (PCdoB-MG), Edmilson Valentim (PCdoB-RJ) e Manuela Pinto (PCdoB-RS). Deu R$ 100 mil para o primeiro e R$ 50 mil para os demais. Mas o maior beneficiado pela empresa foi Ciro Gomes, que recebeu R$ 500 mil. A controladora da CSN, Vicunha, investe no Ceará desde o tempo em que Ciro Gomes governou o Estado, entre 1991 e 1994. A empresa, que doou R$ 1,7 milhão para 16 deputados eleitos, decidiu não comentar o assunto.
As listas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral na Internet não revela todas as empresas doadoras da campanha eleitoral. Há duas formas legais de doar recursos sem ser transparente. A empresa pode fazer a sua doação para o partido do candidato, orientando o repasse do valor para o seu preferido. Sob reserva, parlamentares comentaram que o Bradesco e o Santander usaram esta estratégia. Procurados pelo jornal, ambos os bancos não comentaram a manobra que teriam adotado.
A outra possibilidade é financiar uma instituição que represente o setor e faça as doações recomendadas. Na indústria do aço, um dos doadores é o Instituto Brasileiro de Siderurgia, que financiou 21 deputados eleitos, gastando com isto R$ 2,1 milhões. A entidade não quis se pronunciar. No setor de construção civil, o presidente da Associação Imobiliária Brasileira, Sérgio Ferrador, comentou a estratégia:
"A empresa manda o recurso para o caixa da AIB, que repassa este apoio. Não decidimos quem recebe mais ou menos, somos um instrumento das associadas", disse Ferrador, afirmando que, desta forma, as empresas visam "prestigiar a instituição". A AIB conta com apenas 50 associadas, da área de incorporação e construção de residências, um setor em fase de expansão no país. Foram doados recursos para 10 candidatos.
Parte é vinculada ao setor, como o ex-secretário municipal de Habitação em São Paulo, Paulo Teixeira (PT-SP), que recebeu R$ 150,1 mil, ou o ex-secretário municipal das subprefeituras de São Paulo, Walter Feldman (PSDB-SP), ganhador de R$ 400 mil. Outros, como Antonio Palocci (PT-SP) ou Michel Temer (PMDB-SP), não são diretamente vinculados ao setor. "Estes foram repasses pedidos pontuais por associados, que não queriam aparecer", disse.
A ironia de Lula sobre o lucro que o sistema financeiro teve em seu governo e a disposição do setor em apoiar a oposição é procedente. Entre os 31 parlamentares financiados pela Itausa e Banco Itaú, 9 são do PSDB e 5 do PFL. Apenas 4 petistas eleitos receberam doações, entre eles o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, com R$ 100 mil. Procurado pelo jornal, o Banco Itaú enviou uma nota: "A política do Banco Itaú de apoio a candidatos e partidos nas eleições sempre foi feita com total transparência (...) O Banco se reserva, no entanto, o direito de concentrar seu apoio a candidatos e partidos que, no seu julgamento, oferecem os programas e as idéias mais eficientes para melhoria das condições de vida da sociedade. Em linha com seu processo de governança corporativa e de transparência, o Itaú define os apoios num comitê composto por conselheiros e vários executivos", diz o texto.
Palocci também é o único novo deputado do PT entre os 12 beneficiados diretamente pelo Unibanco. Personagem do escândalo envolvendo os empréstimos do Marcos Valério para o PT, o BMG deu R$ 380 mil para 8 candidatos. Entre as empreiteiras, o PT transitou melhor, mas só em São Paulo. Na OAS, entre 23 deputados, 9 são petistas, sendo 8 paulistas. Entre os 25 deputados financiados diretamente pela Camargo Corrêa, 7 são do PT, sendo 6 de São Paulo. O levantamento não inclui todas as coligadas do grupo.
Em alguns Estados, os financiadores tiveram peso decisivo. No Espírito Santo, a Aracruz financiou a campanha de 7 dos 10 deputados eleitos. No total, a empresa financiou a eleição de 16 parlamentares, gastando R$ 1,034 milhão. Lá está a maior parte da produção de celulose da empresa. Por meio de nota, a Aracruz disse buscar "a melhoria da governança pública nos níveis federal, estadual e municipal e promoção do desenvolvimento sustentável e fortalecimento da cidadania e democracia". Em Goiás, dois frigoríficos - Bertin e Friboi, bancaram as campanhas de 9 dos 16 deputados. Somente no Estado, gastaram somados R$ 2,7 milhões. No total, o Friboi financiou 15 deputados e o Bertin, 10.
A nova legislação eleitoral paradoxalmente tornou mais cara as campanhas, ao impedir o uso de outdoors e brindes. Obrigou os candidatos a contratarem um exército de cabos eleitorais para campanhas porta a porta e gastarem mais com mala direta. Sob reserva, parlamentares comentaram que o caixa 2 permanece. Há pelo menos duas fórmulas de driblar a lei: uma é a subnotificação de custos da campanha, com a cumplicidade de fornecedores. A outra, a de depósitos em amigos do candidato ou laranjas, que realizam empréstimos pessoais a quem concorre. Pela legislação, a pessoa física pode doar 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior à eleição e a pessoa jurídica, 2% do faturamento bruto. Concessionárias de serviços públicos não podem ser doadoras.
PG grampeou a Folha
Folha de São Paulo (para assinantes)
Após pedir quebra de sigilo telefônico, Polícia Federal recua; retirada das informações dependerá de decisão da Justiça
Em nota, órgão diz que não teve intenção de investigar o jornal e que não pôde "identificar previamente a titularidade dos telefones"
ANDRÉA MICHAEL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal pedirá à Justiça Federal em Mato Grosso a retirada, do inquérito que investiga o dossiê contra políticos tucanos, de todas as informações relativas à quebra do sigilo de um número de telefone utilizado pela Folha no comitê de imprensa da Câmara dos Deputados e de um celular utilizado por uma repórter do jornal. A PF não informou quando fará o pedido.
Os dois números tiveram o sigilo quebrado, juntamente com outros 167, graças a um pedido feito pela PF à 2ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, no dia 24 de setembro.
O pedido fez parte das investigações, comandadas pelo delegado Diógenes Curado, sobre o dossiê negociado por emissários petistas com o objetivo de envolver políticos tucanos com a máfia dos sanguessugas.
Novo endereço
Não é de hoje
Contas Abertas A desordem no sistema aéreo brasileiro levantou suspeitas de como o dinheiro destinado ao programa “Proteção ao Vôo e Segurança do Tráfego Aéreo” (0623) vem sendo aplicado. Sendo assim, o Contas Abertas investigou os números referentes aos gastos e verificou que a maior parte do orçamento foi destinada às despesas correntes, como material de consumo, vigilância, passagens e diárias e não para investimentos na melhoria da proteção do espaço aéreo. Dentre as curiosidades, gastos com festividades e homenagens e até alimentos para animais. O programa 0623 desembolsou R$ 291,1 milhões até o dia 6 deste mês, correspondente a 54,7% do orçamento previsto. Deste total, R$ 118,7 milhões quitaram dívidas referentes aos “restos a pagar” do ano passado, ou seja, somente R$ 172,4 milhões foram efetivamente aplicados com o orçamento deste exercício. O orçamento autorizado para 2006 foi cotado em R$ 531,7 milhões, um número distante das aplicações até o momento. As autoridades militares afirmam que os gastos serão acelerados até o fim do ano. Do valor pago com o orçamento de 2006 (R$ 172,4 milhões), as despesas correntes totalizaram R$ 117,4 milhões. Cerca de R$ 19 milhões foram utilizados somente no pagamento de passagens e diárias. Para investimentos, restaram R$ 55 milhões. Dentre as compras, R$ 8,8 milhões foram gastos com novos aparelhos de controle aéreo. Clique aqui para ver a execução do programa 0623 por natureza da despesa. |
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