Quem tem medo da Amazônia?
DECISÃO 1 - Os governadores do Pará e do Amazonas deixam de morar em países estranhos e marcam uma reunião de trabalho de uma manhã, por enquanto, sozinhos, em Belém ou em Manaus.
DECISÃO 2 – Nesta reunião, tomam a decisão histórica de re-dividir os seus ingovernáveis territórios em mais seis novos Estados (Carajás, Tapajós e Marajó pelo Pará e Solimões, Juruá e Rio Negro pelo Amazonas), transformando, já no decorrer de 2007, dois Estados em oito, conforme aspiração secular de metade da população das duas estagnadas unidades federativas brasileiras.
Com essas duas singelas decisões, os dois heróis regionais dariam à região seis novos governadores, 18 novos senadores e 48 novos deputados federais, 144 novos deputados estaduais e cerca de 100 novas secretarias especializadas para promover o desenvolvimento econômico, o bem estar social da população e a finalmente, a implantação da República nesses territórios desorganizados.
A Constituição Federal é cristalina quanto a essa decisão que cabe exclusivamente ao povo e aos poderes legislativos locais, através de plebiscito, com o reforço e os incentivos dos executivos dos Estados divididos e sem ter que bater biela para o Rio e S.Paulo, ou Brasília.
Tomadas essas duas únicas decisões, os seis novos governadores eleitos a partir de 2008 se reuniriam com os seis governantes já existentes e convidariam investidores do Brasil e do mundo para produzir petróleo sintético, a partir do gás synthol (carvão de madeira + vapor d’água em reatores Fischer-Tropsch, igual ao que a Shell e a Sasol já produzem na África do Sul e na Malásia) e etanol da celulose da madeira (que os países nórdicos já produzem a partir de suas florestas). A preferência seria dada à Petrobrás, aos usineiros nacionais e aos empresários locais.
Segundo dados fornecidos pelo cientista Antonio Manzi do LBA/INPA, a reserva de energia solar renovável já armazenada na floresta amazônica através do processo de fotossíntese monta a 100 bilhões de toneladas de carbono.
Através de cálculos comezinhos essa energia acumulada poderia produzir cerca de 120 trilhões de litros ou 750 bilhões de barris de petróleo sintético tipo Brent venezuelano com eficiência de 60%, o que equivalem a cerca de 1.000.000 (um milhão de dias) de toda a produção brasileira de petróleo que é de aproximadamente 900.000 barris de petróleo diários ou 143,1 milhões de litros/dia durante cerca de 23 séculos. Essa reserva total correspondente a 750 bilhões de barris do mais valioso petróleo tem um valor estimado de US$ 45 trilhões ou R$ 90 trilhões, ou ainda, todo o PIB atual brasileiro de 45 anos, o atual PIB paulista de 225 anos ou PIB de hoje da região norte por 10 séculos.
Apenas para se ter uma idéia desses números de maneira mais sucinta, segundo dados da OPEP a produção mundial das 41 maiores Nações produtoras de petróleo somadas, no pico de produção, seria de 31 bilhões de barris/ano, o que daria à reserva amazônica estática, sem se plantar uma única árvore, toda a produção mundial de petróleo anual por 24 anos consecutivos, aproximadamente, no pico.
Com usinas de produção de combustíveis limpos e renováveis em sistema de manejo florestal científico, apenas para enfatizar, sem sequer arranhar a floresta amazônica, em pontos estratégicos de onze Estados, a região passaria a produzir petróleo Brent sintético e etanol para abastecer todo o mundo, além dos seus subprodutos, o que daria ao ateador de queimadas o atestado de maluco juramentado com direito a passar o resto da vida em manicômios judiciários construídos na região, especialmente para eles.
Apenas para brincar com a riqueza amazônica, esses 11 governadores poderiam se dar ao luxo de instalar estações de tratamento de água de alta eficiência em terras contíguas a foz do Rio Amazonas e em vez de permitir o desperdício de jogar 100% de toda a água doce nas águas salgadas do Oceano Atlântico, aproveitaria 5% dessa reserva mundial para abastecer o Brasil e o mundo com água mineral, cujo preço no mercado mundial é de U$S 100 o barril, US$ 40 a mais que o petróleo, dobrando o PIB petrolífero.
Ah! Não esquecer! Construir doze noves estádios iguais ao Mangueirão e dar de presente aos 14 maiores clubes da região, com os dois estádios já existentes, e colocar todos esses clubes na série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, apenas para diversão de sua população.
A previsão pessimista é que, tomadas as decisões básicas, estaríamos inaugurando, até o final dos mandatos dos governadores – atuais e novos - o asfaltamento das vias expressas Cuiabá-Santarém, da Transamazônica completa, da nova Macapá-Manaus, da Macapá-Marabá via Gurupá, da Manaus-Porto Velho e de outras estradas ligando os novos Estados, com mãos duplas de 08 vias cada, todas dotadas de jardins iluminados nos canteiros centrais.
Quanto à geração de emprego e renda e o melhoramento das condições republicanas da população local em todos os indicadores sociais e econômicos, seriam uma conseqüência do desenvolvimento econômico e da arrecadação de impostos multiplicados por dez ou vinte.
Trata-se de uma escolha econômica e ecológica elementar. Escolher entre produzir 3 toneladas de soja por hectare a US$ 250,00/ton num montante total de US$ 750,00 jogando toneladas de carbono na atmosfera ou receber o mesmo valor pela floresta em pé sem mover uma palha, o que proporcionaria à usina uma produção de 7500 litros de etanol de celulose no valor de US$ 2.500,00 ou 45 barris de petróleo Brent por US$ 2.820,00, contra a produção de 2500 litros de etanol ou biodiesel das culturas rasteiras do tipo fotossintético C3 (Cana-de-açúcar, mamona, girasol, etc.) por hectare, por apenas US$ 500,00.
Daí, a decisão da Usaid de arrecadar dólares entre os gringos para comprar cada palmo de chão amazônico e engessar a região para sempre.
Enquanto os nossos governadores não tomarem essas decisões básicas do que desejam para a Região Norte e os seus povos, os patriotas do Ibama com os seus aliados Lobbys-Ongs alienígenas e inocentes úteis tupiniquins de todos os quilates, irão fazendo as suas partes.
Ou será que existe alguma força descomunal para deter a tendência mundial à urbanização que se reproduz em todas cidades grandes e médias de toda a região amazônica.
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