Não "a mordaça e o garrote", pede Virgílio

Respondendo ao presidente do Senado, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse que Garibaldi rompeu com o discurso de posse ao permitir que fosse votado o requerimento apresentado pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e que interrompia a discussão da medida provisória a ser votada. Virgílio disse que Garibaldi poderia contra com ele e com seu partido para a realização de sessões para examinar os vetos presidenciais ou para restabelecer prerrogativas do Legislativo que foram retiradas por sucessivos governos.

- Mas, tem algo que pode fazer agora e que já muda, de uma vez por todas, a minha indisposição à ida física ao seu gabinete e a interlocução com V.Exª. É dizer de maneira aberta que jamais tolerará outra vez o garrote, a mordaça, uma votação melancólica 'a la Paraguai' de Alfredo Stroesner, sem oposição - sugeriu.

O senador lembrou que, ao tomar posse na Presidência do Senado, Garibaldi havia assumido o compromisso de dividir as relatorias de acordo com a força das bancadas, assinalando que o bloco PSDB-DEM é a maior bancada no Senado. Ele lembrou que ontem haviam três matérias a ser votadas e todas tinham relatores da bancada governista.

- O que importa é termos um Congresso de pé e não um Congresso agachado. V.Exª tem tudo para recuperar a cadeira de Nilo Coelho e cumprir na prática o que diz nas palavras bonitas; ser o Nilo Coelho da sua geração, aquele que não é presidente do interesse de quem quer que seja, mas é presidente do interesse supremo e soberano do Senado - concluiu.
Ag. Senado

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