Tropa de Elite ― jovens prontos para a guerra

Soldados brasileiros recebem treinamento em táticas de guerrilha e sobrevivência na selva para defender o território nacional de um possível ataque. Simulações de combate fazem parte da rotina

Marabá (PA) e Clevelândia do Norte (AP) — Mesmo diante do que classificam de “ameaças não-iminentes” de conflitos armados com os vizinhos sul-americanos, as Forças Armadas brasileiras têm apostado em treinamentos de táticas de guerrilha e na proteção da floresta amazônica para derrotar um inimigo mais forte. A maioria dos soldados que atuam na Amazônia são da região, adaptados ao clima e à selva. “São homens com uma capacidade física peculiar e mestres da arte da selva. Nós (comandantes) colaboramos com os conhecimentos táticos”, observa o comandante do 34º Batalhão de Infantaria e Selva, em Macapá (AP), tenente-coronel Henrique Batista. O efetivo do Exército na Amazônia reúne 25 mil homens, em seis estados, responsáveis por monitorar 42% do território brasileiro.

Antes da operação boina, que condecora a formatura do combatente básico, soldados voluntários para o serviço militar aprendem e ensinam como sobreviver na selva. Recebem aulas de natação e técnicas de ocultação dentro d’água, aprendem a conseguir fogo, água e alimento e a confeccionar abrigos. “Não é nada fácil”, afirma Everton Pessoa, membro do batalhão do Exército em Macapá.

Por enquanto, o inimigo é fictício. Mas as simulações de combates reproduzem situações reais e típicas de uma guerra na selva. Os militares precisam colocar em prática todas as lições aprendidas. O Correio acompanhou duas missões do Exército na Amazônia Oriental, em 7 e 10 de abril, e reproduz como foram as operações de treinamento militar em Marabá (PA) e Clevelândia do Norte (AP). (CB)

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