Setores da economia brasileira começam a acusar os sintomas perversos da crise financeira internacional. Afinal, com um pouco de atraso ela chegou trazendo o que de pior se apresenta para o cidadão comum: o desemprego.
Com forte atuação da autoridade financeira nacional, o Banco Central (BC) já torrou quase US$ 44 bilhões das reservas do país no contencioso. Bilhões de dólares saem do país para a Matriz das multi com problemas seríssimos de caixa.
Hoje o dólar ― valorizando-se paulatinamente em todo o planeta ― obrigou o Banco Central a realizar mais um movimento de defesa, ofertando ao mercado um leilão de swap cambial após o término do pregão, vendendo 6.320 contratos, ou 315 milhões de dólares, de uma oferta de até 10 mil. E lá se vai o dólar a R$ 2,536, o que pressionará ainda mais os setores econômicos garroteados.
O Estadão publicou em despacho no final desta tarde, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou diretamente do presidente da Vale, Roger Agnelli, o motivo das 1,3 mil demissões anunciadas ontem pela companhia. Segundo o presidente, Agnelli teria dito que as demissões foram provocadas pelas inovações tecnológicas feitas apenas nos escritórios da mineradora.
A notícia não se resume a um filigrana. Outros 5 mil colaboradores da empresa gozarão férias coletivas no alvorecer dos próximos dois meses. Se não houver sinalização de novas encomendas, outra leva maior ganhará como presente de final de ano o bilhete azul no retorno das férias forçadas.
É assim o mercado.
O governo apressa-se em comunicar o quanto antes, novas medidas para preservar empregos.
Grandes empresas brasileiras acostumadas a jogar com as fábulas de recursos advindos da especulação financeira, ―e, mesmo com ações na Bolsa, amargaram prejuízos históricos ao apostar na paralisação dos patamares anteriores do dólar.
A Sadia é exemplo clássico. Amargos prejuízos de quase R$ 1 bi nesse jogo viciado de altos lucros deixaram-na na UTI. Mesmo caminho trilhou o Grupo Votorantim.
Para o cidadão comum apenas um alerta do blog: reduza gastos, adie compras e concentre-se numa fórmula de quitar as dívidas.
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Atualizando às 22h23.
Segundo outras fontes, o BC já teria torrado não US$ 44 bi ante a crise. O número aproximado passaria de US$ 44 bilhões.
A crise já chegou
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2 comentários:
Não acredito que seja exatamente isso. Faltam dados nessa leitura.
Com a alta do dólar as empresas ficam melhor posicionadas para exportar.
O Brasil tornou-se um "global tradding", ou seja, faz comércio com todo o mundo (todos os continentes sem exceção). Hoje em dia já não somos tão dependentes da Europa e América do Norte.
O governo tem muita munição para a crise de liquidez que assola o mundo. Uma delas é a redução das taxas de juros (creio que em nenhum outro país do mundo haja tanta margem para redução, temos as maiores taxas de juros do mundo!!!).
Outra saída é a redução na carga tributária (também uma das mais altas do mundo!!!).
Outra, ainda, é a redução dos depósitos compulsórios.
O Brasil só entra em crise se houver incompetência de seus administradores governamentais, o que eu não creio.
Com todas essas possibilidades de aumento na circulação de dinheiro na economia, não há porque temer crise de liquidez, como ocorre em outros países.
O futuro nos aponta que devemos disputar mais mercados ao redor do mundo e aproveitar essa oportunidade.
D'Elly
D´Elly os dados estão aqui: http://blogdovalmutran.blogspot.com/2008/11/bolha-global-tavessia-tortuosa.html
É, portanto, uma questão de escolha e não creio, como afirmou a ministra Dilma Roussef que o país abrirá mão de rever sua política de contenção de gastos.
O presidente fala só da boca para fora sobre redução de juros.
Aguardemos a próxima reunião do Copom.
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