Foto: Diógenis Santos
Após o Banco Central, agora é a Empresa Brasileira de Infra-estrutura* Aeroportuária (INFRAERO) que prepara-se para extinguir a superintendência de suas operações no Estado do Pará.
A denúncia foi feita hoje na Câmara dos Deputados pelo deputado federal Zequinha Marinho (PMDB-PA).
O parlamentar disse que tomou conhecimento, recentemente, de que a Superintendência da INFRAERO, no Estado do Pará, está sendo extinta esta semana. Parte das atividades da Superintendência viriam para Brasília e a outra parte iria para a cidade de Manaus, ficando Belém do Pará, com toda aquela estrutura, com todo o tráfego aéreo, praticamente vazia de uma gestão que é necessária, importante, e não dá para sair.
O deputado fez o seguinte relatao da tribuna:
Gostaria que o bom senso do comandante Presidenteda INFRAERO, entrasse em campo neste momento, porque não se pode proceder dessa forma. É o nosso apelo.
Lamentamos que isso esteja acontecendo de maneira muito sorrateira. Ninguém está tomando conhecimento, a coisa está andando muito sutilmente, mas os efeitos vão aparecer, a partir desse instante.
Apelamos também a Governadora do Estado Ana Júlia Carepa para que possa entrar em campo e se articular, para que não tenhamos mais uma perda.
É importante lembrar que o Banco Central do Brasil mantinha uma delegacia regional do Pará e atendia muito bem. De uma hora para outra, no Governo FHC, ainda houve uma reestruturação do Banco do Brasil, e o Estado do Pará começou a ser atendido por Recife, em Pernambuco.
Qual a relação de Belém, no Pará, com Pernambuco, em Recife? A distância é tremenda.
Parece que a INFRAERO está entrando pelo mesmo caminho do Banco Central.
Viemos aqui ponderar, solicitar ao senhor comandante Presidente da INFRAERO que evite trazer ao nosso Estado uma tragédia dessas. As autoridades, as lideranças, o Governo certamente não foram comunicados, não foram informados, e a coisa está acontecendo de forma inconveniente. É ruim para o Pará, é ruim para a região. É muito distante de Brasília e muito distante de Manaus. Não temos como trabalhar dessa forma.
O Governo Federal está agindo, através da INFRAERO, contra o meu Estado. E nós estamos deixando aqui, Sr. Presidente, um apelo no sentido de que seja revista essa posição para que não se perca mais uma estrutura importante que dá condição de a navegação aérea ser trabalhada de forma segura. Os espaços daquela região são muito grandes. Se diminuirmos a estrutura, a capacidade de atendimento, vamos trazer, com certeza, consequências indesejáveis para o tráfego, para a questão da gestão da instituição no Pará, e um prejuízo para todos os paraenses.
Então, deixo aqui o nosso apelo no sentido de que se evite fazer o que está já em ação, a retirada da Superintendência da INFRAERO no Estado do Pará.
*Em que pese a entrada em vigor em janeiro de 2009 do novo Acordo Ortográfico firmado pelo Brasil, por se tratar de nome próprio devidamente registrado, a palavra "infra-estrutura" contida na designação da INFRAERO permanece grafada obrigatoriamente com hífen
INFRAERO prepara-se para bater asas e voar do Pará
Acompanho fatos relevantes a partir de abordagem jornalística, isenta e independente
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