Mostrando postagens com marcador Ditadura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ditadura. Mostrar todas as postagens

O péssimo exemplo de Hugo Chávez

Jornalistas são perseguidos, uma das principais emissoras de TV, a RCTV, teve a concessão cassada de maneira autoritária, 34 rádios acabam de ser silenciadas e a outra estação de televisão que não segue a cartilha bolivariana, a Globovisión, foi atacada por um grupo armado do partido chavista UPV. Diante desta nova onda de cerceamento da liberdade de expressão, várias entidades internacionais — Sociedade Interamericana de Imprensa, SIP, Associação Internacional de Radiodifusão, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA — condenaram mais esta investida do governo autocrata de Chávez contra a democracia.

Excerto do texto do editorial de O globo de hoje que você pode ler na íntegra aqui.

O com opinião

Notícia pouco badalada, para variar, não pautou a maioria da grande mídia impressa.

A morte do ex-Deputado Marcio Moreira Alves, autor de discurso em 1968 que serviu de pretexto para o aumento da repressão na ditadura militar, foi registrada em letras pequenas.

Ex-jornalista, ele tinha 72 anos e estava internado havia quase seis meses, depois de ter sofrido um acidente vascular cerebral.

O jornalista, escritor e deputado proferiu um discurso que entrou para a história em 1968.

Considerado pelos militares uma afronta aos interesses nacionais dos poderosos de plantão; o general Costa e Silva -- então 2.0 presidente da República da era ditatorial pós-golpe. Foi utilizado como pretexto para editar o Ato Institucional nº 5, a mais drástica medida de exceção da ditadura militar.

O jornalista e deputado cassado - morreu às 18h25 de ontem no hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio, em razão de falência múltipla dos órgãos, em razão de um derrame.

Pôncio Pilatos

Comparação fulminante que a colunista Dora Kramer publica hoje em sua coluna a respeito do caso do boxeadores cubanos que desertaram da Delegação na última semana do Pan 2007.

Leia mais aqui>>

Após cubanos. Venezuelanos fogem para Miami





Novos exilados de Miami são venezuelanos


Jornal do Brasil
31/7/2007

Gisela Parra começou a tremer atrás do volante e quase bateu em outro carro quando ouviu o noticiário no rádio: ela foi acusada de tentar derrubar o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Sentindo que terminaria atrás das grades no que chama de "acusações inventadas", Gisela pegou em um iate particular no meio da noite e fugiu para a ilha caribenha holandesa de Curaçao - sua saída para os Estados Unidos e para o asilo político.

Fiquei em choque porque nunca imaginei que algo como isto pudesse acontecer - disse Gisela, que hoje mora na Baía de Palmetto, na Flórida, onde é apenas mais uma na comunidade de venezuelanos que procuram asilo no Estado de Miami. - Foi neste momento que entendi os cubanos que escapam em balsas.

Parra está entre os 3.700 venezuelanos que pedem asilo aos EUA desde 1999 alegando perseguição política. O governo americano, inimigo de Chávez, aceita amigavelmente muitos deles, mas muitos outros estão no país ilegalmente e podem enfrentar a deportação.

Chávez nega veementemente a perseguição de opositores, alegando que muitos feriram a lei ao tentar derrubá-lo.

Ninguém é perseguido aqui - insistiu Chávez em uma recente entrevista. - Dezenas de refugiados procurados por crimes na Venezuela estão vivendo nos EUA, muitos deles vestindo a máscara e dizendo: "Estou sendo perseguido politicamente".

O presidente acusou os EUA de garantir a segurança de conceder um porto seguro para linhas-duras que invocam publicamente seu assassinato.

Cinco congressistas republicanos - Jerry Weller de Illinois e Lincoln Diaz-Balart, Ileana Ros-Lehtinen, Mario Diaz-Balart e Connie Mack da Flórida - pediram ao presidente americano, George Bush, para garantir status legal temporário para os venezuelanos vivendo ilegalmente nos EUA.

Não há dúvidas de que algumas pessoas da Venezuela possam ter fortes reivindicações por asilo - disse Ira Kurzban, uma especialista em imigração de Miami. - Mas muitas reclamações estão baseadas no fato de que Chávez está orientando o país rumo ao o socialismo, o que, por si só, não serve como base legal para pedir asilo.

Em 1998, o ano em que Chávez foi eleito pela primeira vez, os EUA ofereceram asilo político para apenas 14 venezuelanos, de acordo com dados do Escritório Nacional de Estatísticas de Imigração. Ano passado, o número chegou a 1.085, comparado aos 2.431 do Haiti e 1.508 da China.

Gisela era chefe do Conselho Judiciário da Venezuela - uma entidade governamental que supervisiona o controle administrativo das Cortes - até que aliados de Chávez a tiraram do cargo em 1999.

Durante a tentativa de golpe de 2002, ela e mais 20 outros funcionários assistiram ao juramento do líder empresarial proeminente que substituiria Chávez no poder, mas militares leais ao presidente frustraram o complô e restauraram o governo.

Em março de 2004, Gisela Parra foi acusada de envolvimento na rebelião e decidiu fugir.

Eu era um bom exemplo, usada para dizer aos outros "olha o que aconteceu a ela" - disse a exilada, que pediu asilo político em novembro de 2006.

Jarbas Passarinho diz que não se arrepende de ter assinado o AI-5

"Faria tudo de novo"

O ex-ministro diz que não se arrepende de ter assinado o AI-5 e que há cinco desaparecidos do Araguaia que estão vivos

Por HUGO STUDART E RUDOLFO LAGO

Isto É

Sua casa, erguida num canto discreto e bucólico do bairro do Lago Norte, em Brasília, vem sendo há décadas cenário de conspirações, articulações políticas e debate de idéias. Afinal, Jarbas Passarinho é personagem proeminente do período republicano que começou com o regime militar de 64, passou pela redemocratização e prossegue pela atual fase de globalização. Coronel de artilharia, administrador cartesiano, acabou quatro vezes ministro - do Trabalho (Costa e Silva), da Educação (Médici), da Previdência (Figueiredo) e da Justiça (Collor). Leitor compulsivo, orador refinado, articulador paciente, destacou-se também como um dos grandes políticos da restauração democrática. Foi eleito senador três vezes, foi governador do Pará e chegou a presidente do Congresso. Aos 87 anos, seis livros publicados, dedica seu tempo entre dar consultoria e escrever artigos para jornais. Dias atrás, escarafunchando a memória, Passarinho se lembrou que em fins de 1973, quando terminava a guerrilha do Araguaia, o general Antônio Bandeira o procurou em segredo para pedir que abrigasse cinco presos políticos. Ele ajudou. As organizações de direitos humanos suspeitam que cinco dos guerrilheiros do Araguaia teriam recebido nova identidade e depois entrado para a lista de desaparecidos. Passarinho pode ser a chave para desnudar esse episódio ainda não resolvido da história.

Mais aqui>>

Um revolucionário


Da caserna à guerrilha

Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense

14/6/2007

O capitão do Exército Carlos Lamarca iniciou sua carreira na Escola Preparatória de Cadetes de Porto Alegre, em 1955. Serviu no Batalhão Suez, na faixa de Gaza, na Palestina, onde permaneceu durante 18 meses. Quando houve o golpe militar de 1964, integrava a Polícia do Exército, em Porto Alegre. Foi promovido a capitão em 1967, quando servia no 4º Batalhão de Infantaria, em Osasco. Foi nessa época que fez seus primeiros contatos com as organizações que defendiam a luta armada, dentre elas a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), à qual aderiu ao abandonar o quartel, em 1969, com um caminhão carregado de armamentos.

A operação foi organizada por Lamarca e o sargento Darcy Rodrigues, que o recrutou para a VPR quando também servia no quartel de Quitaúna, em Osasco. Lamarca tornou-se um dos principais líderes da luta armada no Brasil, ao lado do líder comunista Carlos Marighella, da Ação Nacional Libertadora. Participou de diversas ações guerrilheiras, dentre as quais um assalto a banco no qual morreu o guarda civil Orlando Pinto Silva. Em 1970, instalou um foco guerrilheiro no vale da Ribeira, no interior paulista, que foi localizado e desarticulado pelo Exército. Lamarca, porém, conseguiu fugir espetacularmente da região. Na ação, foi morto a coronhadas o tenente da Polícia Militar Alberto Mendes Junior, que havia localizado os guerrilheiros. No mesmo ano, Lamarca comandou o seqüestro do embaixador suíço Giovani Enrico Bucher.

Nessa época, Lamarca deixou a VPR para ingressar no Movimento Revolucionário 8 de Outubro(MR-8), deslocando-se para a Bahia com o objetivo de organizar um foco guerrilheiro no sertão nordestino. Cercado pelo Exército, vagou em fuga pelo agreste baiano, mas foi localizado doente e faminto na região de Brotas do Macaúba, em companhia do metalúrgico José Campos Barreto. Lamarca foi fuzilado pelo destacamento do Exército que o prendeu.

Uma fila interminável

Até agora, o pagamento de anistia por perseguição durante o regime militar já custou aos cofres públicos R$ 2,3 bilhões. Foram julgados 29 mil casos e há outros 28,5 mil na fila, que ainda pode aumentar. "Temos uma média de 3 mil novos pedidos por ano", diz o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.

Nem todos os pedidos são atendidos. A média de atendimento foi de 55% até agora. Nos casos de indenização em parcela única, o teto é de R$ 100 mil por pessoa. Os valores podem subir muito em outra situação, na qual as pessoas reclamam ter perdido cargos públicos ou empregos na iniciativa privada por perseguição política. Nesse caso, elas pedem o pagamento dos salários a que teriam direito caso tivessem mantido o emprego durante todos esses anos.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, quer fechar o processo de reparações da anistia até 2010. "Um processo de anistia não pode estender-se indefinidamente no tempo, sob ameaça de perder seu sentido", diz. "Isso desqualifica o conceito de anistia."

Para fechar a conta até o final do governo Lula, o ministro terá de resolver o caso de alguns colegas de governo. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um processo no qual pede aumento dos R$ 4 mil que recebe como compensação por ter perdido o emprego de metalúrgico após comandar uma greve da categoria. A ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, também entrou com processo pedindo salários atrasados desde a sua cassação e perda dos direitos políticos. Os dois pediram que seus processos permanecessem na gaveta, para evitar suspeitas de privilégio.

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

  Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...