Polícia Militar inicia "Operação Tocantins" no sul e sudeste do Pará Às 6h da manhã desta quarta-feira (27), o comandante de Missões Especiais da Polícia Militar do Estado, coronel Walci Luiz Travassos de Queiroz, conduziu a tropa, composta por 115 homens da PM, para a Fazenda "Landi", situada no município de São João do Araguaia, a 12 quilômetros de Marabá, para dar início ao cumprimento do primeiro mandado de reintegração de posse da "Operação Tocantins". Com cerca de 360 alqueires, a propriedade pertence a José Macena de Miranda e foi invadida pela primeira vez no ano de 1997 por famílias ligadas Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Desde então, o poder Judiciário já cumpriu seis mandados de reintegração de posse na área, com o apoio da Polícia Militar do Estado.
Nesta manhã, a PM chegou ao local em companhia dos oficiais de Justiça da Vara Agrária de Marabá, Roberto Souza e Elizeu de Oliveira. Eles informaram aos invasores que a ação expedida pelo juiz Líbio Araújo Moura "é uma decisão que já foi tramitada em julgado, portanto, trata-se de uma sentença definitiva".
"Todos os prazos para as famílias recorrerem da decisão do juiz da Vara Agrária já foram esgotados. Esta é uma decisão definitiva, não cabe mais nenhum tipo de recurso por parte dos invasores, por isso pedimos a todos que recolham os seus pertences e se retirem da propriedade rural", disse Elizeu de Oliveira.
A "Landi" estava ocupada por cerca de 150 pessoas, a maioria mulheres e crianças, ligadas à Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri). A operação de desocupação foi pacífica, sem nenhum tipo de manifestação ou resistência por parte dos invasores e acompanhada de perto pelo coordenador da Fetagri, na região sudeste do Pará, Francisco de Assis da Costa.
A tropa do CME, que integra homens do efetivo do Batalhão de Polícia de Choque, Companhia de Operações Especiais, Regimento de Polícia Montada e Grupamento Aéreo, contou com o apoiou da Delegacia de Conflitos Agrários da Polícia Civil. (Agência Pará)
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Os manifestantes são de vários movimentos, entre eles Via Campesina, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). De acordo com a coordenação do MAB, 600 pessoas participam da ocupação.
Os movimentos reivindicam a implementação de projetos de desenvolvimento para atingidos por barragens, educação de qualidade no campo, melhor atendimento de saúde pública, construção de poços artesianos, instalação de telefones públicos em zonas rurais e mudanças na política econômica do governo. Há também reivindicações relacionadas à energia elétrica, como redução dos preços e instalação de rede elétrica para populações que vivem as margens das barragens.
Para discutir a desocupação, os manifestantes querem a presença de um grupo formado por órgãos do governo federal, como Ministério de Minas e Energia e Casa Civil. "Eles viabilizando tudo isso vamos desocupar, enquanto não fizerem permanecemos aqui", diz a coordenadora nacional do MAB, Elvanice de Jesus.
A Eletronorte afirma que, apesar de ter sido ocupada uma sala de comando da usina, as operações de fornecimento de energia não estão interrompidas e até o momento não há risco de desabastecimento. Na avaliação da empresa, entre 200 e 250 pessoas ocupam Tucuruí.
Além de atender os Estados do Pará, Maranhão e Tocantins, a hidrelétrica de Tucuruí exporta energia para os sistemas Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A usina é parte essencial do Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN).
Portal Terra com agências
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