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Conheça a língua que está fora do acordo ortográfico

É falada no Baixo Tocantins, no Estado do Pará.
Para os curiosos leitores, direto de Marabá, via blog do Hiroshi Bogéa. O que pensa o caboclo do beiradão desse rio-mar, mar-rio de risos, riquezas e estórias.

De Baião a Abaeté, passando por Mocajuba

Meu amigo Gerson Nogueira, diretor de Redação do Diário do Pará, envia essa preciosidade que só quem conhece o dialeto de beiradão morre de dar gaitadas:

Os grandes sucessos do cinema, ao serem exibidos em Abaetetuba (podia ser Baião...), não davam público. O cinema da cidade estava quase indo à falência. Para salvar os negócios, o proprietário resolveu adaptar seus títulos ao dialeto local.
Literalmente, Bamburrou!!
Aqui vão alguns exemplos:

- Velocidade Máxima = Rápido pra Purra!
- Duro de Matar = Escruto de Murrer.
- Esqueceram de Mim = Me deixaro suzinho, mano.
- Coração Valente = Curação presepeiro.
- Free Willy = Tambaqui Porrudo.
- Tubarão = Mapará que mata.
- Tubarão II = Mapará que mata... De nuvo!
- Titanic = Naufrágio do Fé em Deus IV.
- Epidemia = Mina de Curuba.
- Máquina Mortífera = Jegue Matador.
- Fantasma = A Visage.
- Querida, Encolhi as Crianças = Mulhé, as crianças tão gitiiiinha.
- Corra Que a Polícia Vem Aí = Te abicora que os homem tão na Ilharga.
- Priscila, a Rainha do Deserto = Bando de bicó alegre.
- As Margens da Loucura = Na ilharga da duidera.
- Tomates Verdes Fritos = Mandioca escruta e rançosa.
- Rio Babilônia = Igarapé pervertido.
- Amor Selvagem = Trepada no Maracapucu.
- Poço das Vaidades = Olho d'água cheio de pavulage.
- Splash, uma Sereia em Minha Vida = Spraxi, minha mulhé é um Curimatá.
- A Gaiola das Loucas = Arapuca de fresco.
- 9 1/2 Semanas de Amor = Um monte de trepadas!

Hífen é novo vilão da reforma ortográfica

Acordo ortográfico tem pontos obscuros e indefinições no texto.
Proposta é que ABL faça um vocabulário parcial com palavras afetadas.
clipped from g1.globo.com

Após a aprovação do acordo ortográfico em Portugal, nesta
sexta-feira (16), um novo "vilão" surge como obstáculo
para a implantação das novas regras de escrita do português: é o
hífen. Muitos de seus usos ainda são obscuros na reforma da escrita.

Leia mais.


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A hora e a vez do "enrolês"

Falar o "enrolês" está na moda no Brasil. Do alto andar à novela das sete e das oito, certos personagem da vida real e da ficção exercitam-se, freneticamente, nos neologismos e invencionices de palavras que simplesmente não existem. O novo idioma assassina, diariamente, o português e enrola o ouvinte desavisado e provido de parcos conhecimentos. Algo como seguidores fanáticos de Odorico Paraguassú, imortal personagem do novelista Dias Gomes e protagonista da novela global O Bem Amado.
Artigo publicado em Veja do último final de semana define magistralmente a presepada, confira.


Falando difícil

J.R. Guzzo

"A escritora Doris Lessing diz que,
quando se corrompe a linguagem, logo
se corrompe o pensamento"

Quando começam a ser ouvidas quase todo dia palavras que ninguém ouvia antes, é bom prestar atenção – estão criando confusão na língua portuguesa e raramente isso resulta em alguma coisa boa. No mundo dos três poderes e da política em geral, por exemplo, fala-se cada vez mais um idioma que tem cada vez menos semelhança com a linguagem de utilização corrente pelo público. As preferências, aí, variam de acordo com quem está falando. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, colocou no mapa a palavra "escandalização", à qual acrescentou um "do nada", para descrever o noticiário sobre o dossiê (ou banco de dados, como ela prefere) feito na Casa Civil com informações incômodas para o governo anterior. Mais recentemente, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, contribuiu com o seu "espetacularização"; foi a palavra, vinda de uma língua desconhecida, que selecionou para manifestar seu desagrado quanto à colocação de algemas no banqueiro Daniel Dantas, durante as operações da Polícia Federal que lhe valeram o desconforto de algumas horas na prisão. "Obstaculização", "fulanização" ou "desconstitucionalização" são outras das preferidas do momento – sendo certo que existe, por algum motivo, uma atração especial por palavras que acabam em "zação".

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Retificado acordo ortográfico com países de língua portuguesa

Passados 16 anos desde a assinatura, Portugal aprovou nesta sexta-feira o acordo ortográfico, que unifica a forma como é escrito o português nos países lusófonos.

O blog havia adiantado os termos do acordo aqui confira.

PORTUGAL

Intelectuais temem que texto polêmico represente submissão à língua brasileira. Mudanças começam a valer nos livros escolares em 2010

* Carlos Pinto Coelho

“Uma gordura viscosa que vai se meter à força num churrasco que era, até agora, requintado e gostoso.” Carlos Pinto Coelho, um dos jornalistas e escritores mais famosos de Portugal, adotou essa metáfora para justificar sua oposição ao Segundo Protocolo do Acordo Ortográfico, aprovado ontem por maioria no Parlamento, em Lisboa. De acordo com os críticos, o documento representa uma submissão à língua portuguesa difundida no Brasil, por padronizar algumas grafias (veja quadro). Eles também sustentam que a supressão da consoante muda em palavras como “óptimo” e “acção” e da letra “h” em palavras como “húmido” indicam uma inclinação ao brasileirismo. Coelho e 153 personalidades dos meios acadêmico, cultural e artístico de Portugal tentaram, em vão, impedir a suposta agressão à cultura lusa ao liderarem um abaixo-assinado com 33 mil nomes de cidadãos contrários ao documento. O Partido Socialista, Partido Social-Democrata, o Bloco de Esquerda e sete deputados do Centro Democrático Social (CDS) votaram a favor do texto. As mudanças valerão a partir de 2010.

Para portugueses como a professora aposentada Fátima Quintiliano, moradora de Lisboa, o Acordo Ortográfico ameaça a cultura de Portugal e impõe dificuldades à população. “Já estou cansada para aprender português novamente e sei que para os idosos será ainda mais complicado”, afirma a mulher de 63 anos. “Por que os brasileiros não aprendem então a falar o nosso português?”, questiona. Fátima lembra que seu país e o Brasil têm seus próprios encantos. “Adoro o Brasil e suas falas, mas acho que as culturas não devem ser misturadas”, opina.

Morador do Funchal (Ilha da Madeira), o mestrando de engenharia biomédica Eduardo Freitas se confessa “magoado” com a aprovação do acordo. “Trata-se de uma colonização por parte do Brasil, acerca da própria língua portugesa”, ataca. Ele lembra que muitas palavras têm significados diferentes no Brasil e em Portugal. “O termo ‘time’, por exemplo, não existe na nossa língua. Já ‘rapariga’ tem sentido pejorativo no Brasil, mas não em meu país”, exemplifica.

Debates sobre submissão da cultura portuguesa à parte, o jornalista Carlos Coelho se ressente do fato de os parlamentares não terem levado em conta as “firmes vozes de alguns dos nossos mais ilustres técnicos e pensadores da língua”. Segundo ele, intelectuais foram pessoalmente ao Parlamento explicar os riscos da adesão ao Acordo. “Os nossos legisladores não lhes deram atenção”, lamenta-se. “Não vingou a grande política da língua e da cultura, nem sequer tiveram o bom senso de mandar arquivar a questão no baú das velharias inúteis”, acrescenta.

O Acordo Ortográfico tem o objetivo de unificar a grafia do português e foi obtido em 1990. O documento deveria ter entrado em vigor em 1994, mas somente Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe aprovaram o texto. O Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa contra o Acordo Ortográfico, assinado pelos lingüistas de Portugal, considera que o documento pretende “impor uma reforma da maneira de escrever mal concebida, desconchavada, sem critério de rigor”. Ainda de acordo com o manifesto, “a reforma não só é desnecessária, mas perniciosa e de custos financeiros não calculados”.

Não vingou a grande política da língua e da cultura, nem sequer tiveram o bom senso de mandar arquivar a questão no baú das velharias inúteis

* jornalista português

Modificações no idioma

Principais alterações na grafia da língua portugesa em Portugal

Desaparecem o “c” e o “p” mudos, como “acção”, “acto”, “adopção” e “óptimo”, que passam a ser escrito como no modo brasileiro

A letra “h” de palavras como “húmido” deixa de existir — a grafia adotada também será a mesma já usada no Brasil

O trema será abolido, a não ser em nomes próprios e seus derivados

O acento agudo não será mais usado em ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia” e “jibóia”

Não haverá mais acento agudo nas palavras paroxítonas, com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “feiúra” e “baiúca” passam a ser grafadas “feiura” e “baiuca”

O acento também deixará de existir nas formas verbais que possuam o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Exemplos: “averigúe” e “argúe”

Não se usará mais acento para diferenciar “pára” (verbo parar) de “para” (preposição); péla (verbo pelar) de “pela” (preposição + artigo); “pélo” (verbo pelar), “pêlo” (substantivo) e “pelo” (preposição + artigo); “pêra” (substantivo), “péra” (substantivo arcaico que significa pedra) e “pera” (preposição arcaica)

O alfabeto passará a ter 26 letras, com a inclusão das letras “k”, “w” e “y”

O acento circunflexo será suprimido nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus derivados. A grafia correta passará a ser “creem”, “deem”, “leem” e “veem”

Ao contrário da norma usada no Brasil, o circunflexo também será abolido em palavras terminadas em hiato “oo”, como “enjôo” (“enjoo”) e “vôo” (“voo”)

As novas regras ortográficas do português em questão

Alguns jornais estamparam nas páginas internas uma notícia que merece chamada de capa: a reforma da língua portuguesa.

Aqui no Brasil uma Comissão do Ministério da Educação e Cultura começa a discutir a implantação do acordo que introduz novas regras ortográficas a partir de 2008. Mudanças simplificam o idioma, mas lingüistas avisam: a adaptação será complicada.

"Micro-ondas", "enjoo", "contrarregra", "assembleia". Grafias hoje consideradas erradas e que rendem pontos a menos nas provas de gramática serão incorporadas, oficialmente, ao português. Embora ainda não tenha sido introduzido na prática, entrou em vigor este ano o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, firmado em 1990 entre os oito países que falam o idioma. As mudanças, que visam unificar as regras da ortografia, deverão começar a valer, no Brasil, a partir do ano que vem. Hoje, a Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), da Secretaria de Educação Superior (SESU-MEC), vai se reunir para discutir a implantação do acordo.

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