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Lula cobra e não quer ser cobrado?

Val-André Mutran (Brasília) - Mais da metade da população brasileira foi às urnas em 2006 e reelegeu de maneira democrática, endossando mais um mandato de quatro anos ao ex-operário e ex-sindicalista pernambucano, radicado em São Paulo, Luis Inácio da Silva, que incorporou no cartório Lula, ao seu nome.
Em 2002. Lula finalmente foi eleito derrotando o que seria o sucessor do reinado de oito anos do tucano de FHC.
Todos sabem e isso tem que ser repetido que o reinado foi imposto à pêso de compra de parlamentares para a aprovação do repugante dispositivo que permite a reeleição.
Desde o fim da ditadura e um pouco depois do processo de redemocratização brasileiro. Os operários reunidos em sindicatos eram um dos componentes do que hoje está generalizado chamar de "movimentos sociais".
O fenômeno sociológico foi coonestado com o advento da criação de Organizações Não Governamentais que, sem qualquer controle do governo, multiplicara-se como praga à título de complementar ações governamentais e estimular a participação popular na execução do conjunto de pol~iticas públicas onde o Estado é necessário mas não tem como executá-las.
O preâmbulo da introdução ao assunto principal é necessário, haja visto que no primeiro programa do então candidato Lula, a Amazônia seria, finalmente, não apenas olhada e cheirada; mas, valorizada e incorporada num plano nacional de desenvolvimento.
As intenções do que foi batizado de Programa Amazônia Sustentável (PAS), após a confirmação da primeira eleição de Lula teve como primeira ação a criação da Comissão de Coordenação Interinstitucional do programa.
A contar pela composição tranversal da comissão, o conjunto da sociedade organizada, exceto os setores notadamente oligarcar e monopolistas, aplaudiram a possibilidade de se estabelecer no país, uma equipe responsável e de alto nível para a elaboração do documento inicial do PAS.
A equipe é formada pelo:
  • Ministério da Integração Nacional
  • Ministério do Meio Ambiente
  • Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
  • Casa Civil da Presidência da República (coordenadora-geral do programa)
  • Ministério do meio ambiente
  • Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional
  • Secretaria de Programa de Desenvolvimento Regional
  • Agência de Desenvolvimento da Amazônia (atualmente extinta e substituída pela fênix Sudam)
  • Secretaria de Coordenação da Amazônia
  • Secretaria de Politicas de Desenvolvimento Sustentável
  • Secretaria de Recursos Hídricos
  • Secretaria de Biodiversidade e Florestas
  • Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégicos
  • Sub-Chefia de Articulação Federativa
  • E pelos colaboradores Eliana Zacca e Fernando Rezende

Ao cabo da semana anterior, uma declaração do general-de-exército Augusto Heleno Pereira, Comandante Militar da Amazônia foi tratada como escândalo e enquadrada pelo seu superior, o presidente, como uma afronta.

Acredito que o presidente Lula, em mais uma de suas declarações intempestivas, já deve ter tido tempo de refletir o que Pereira reafirmou diante de si, nada havendo de opinião pessoal e despida de qualquer conteúdo ideológico. Evidente que esse encontro não vazará para deleite dos golpistas de plantão à serviço do interesses internacionais sobre o território brasileiro.

Fico imaginando que o diálogo não foi dos melhores.

O dissabôr das declarações compreendidas pelo presidente é, na acepção de seu conteúdo, um alerta longe do alarmismo sensacionalismo que levanta a tese de golpe.

Quando um homem de campo, um militar no topo da carreira, treinado com recursos do próprio Estado e não pelo governo do presidente Lula ou quem quer que seja, diz que "a atual política indigenista de 'lamentável' e 'caótica', por impedir não-índios de entrar em reservas e por abandonar as comunidades indígenas à miséria depois da demarcação", a socidade brasileira temtem que dar o devido crédito à um técnico treinado ao soldo dos contribuintes, de tal maneira que essa política é e deve ser tratada como ela é por definição: uma questão de segurança nacional.

Um nacionalista como o general-de-exército Augusto Heleno Pereira está no mesmo nível do presidente Luis Inácio Lula da Silva em relação à preocupações intitucionais inerentes aos cargos que ocupam.

O primeiro realacionado aos interesses da nação, o outro focado na segurança nacional.

Lula deve refletir que é muito bom e fácil cobrar. Mas e cumprir promessas de campanha?

Cadê a execução do PAS presidente.

O senhor prometeu e não cumpriu e vou cobrar até o último segundo de seu mandato, a promessa de abertura do debate de uma discussão nacional sobre a Amazônia e seu componente mais importante: a geopolítica, visto que é no território conflagrado que ocorrem os problemas que o senhor se irrita ao ser criticado.

O ôvo ou a galinha? Eis a questão

Irados estudantes de matérias na Universidade algumas privadas, a maioria pública, tais como: Engenharia Florestal, Engenharia de Materiais, Biotecnologia, Engenharia de Alimentos, Engenharia Ambiental, Sociologia, Antropologia, Ciências Sociais (os mais brabos), Jornalismo (que belêza) e Licenciatura em Pedagogia. Questionaram que este blogger é um insensível em relação:
  1. à importância da agricultura familiar em detrimento do agronegócio';
  2. minha indisfarçável antipatia aos autênticos movimentos sociais e citaram nominalmente o MST;
  3. um viés autoritário contra a (textual) ministra Marina Silva, do Meio Ambiente;
  4. que lendo o blog souberam que sou "um separatista sem vergonha" que se não for muito bem pago por políticos safados, estou à serviço de latifundiários escravagistas, não podendo negar até pelo sobrenome Mutran.

Há nos emails enviados a possibilidade de retorno das mensagens, apesar de desconfiar que vários dos endereços eletrônicos serem falsos.

— Isso mesmo caros (as) leitores (as). Há gente que morre de mêdo de aparecer! Mas, nesses dois anos de blog, tratando com a diversidade da blogosfera, acredito que a tolerância é uma das mais sofisticadas formas de elevação pessoal e profissional. Faço questão de deixar registrado essa impressão particular.

Mas, voltando ao que interessa, limitei-me à responder aos pólos de opinião com outra pergunta. Até pela qualidade dos questionamentos, ficou claro que a maioria dos internautas é da região Amazônica.

A resposta-pergunta:

Se a ministra Marina Silva disse que o modêlo de produção na Amazônia é uma ameaça global decorrente do desbaste da Floresta.

Se os produtores da região, sejam de que tamanho for não criarem boi, não platarem e não reflorestarem o que derrubam, o que afinal é um modelo sustentável de produção?

Os senhores (as) investiriam a sua herança na compra de uma propriedade rural de 1.000 (hum mil) hectares titulada, pagando 100% os mil hectares e só poderem explorar 20% da área?

Para ser bem claro: você compraria um carro popular pelo valor cobrado pela Consecionária e circularia com esse carro com uma roda apenas? e a outras três ficariam na Garagem?

O quê, afinal, para você é um modêlo sustentável de produção.

Conversando com o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) ele topou e lancóu o seguinte desafio ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e ao Governo de maneira geral. O seguinte:

Queiroz cederá em regime de comodato para o MMA um módulo rural , de uma área já reflorestada, para uma família a ser sorteada nesses cadastros que só aumentam e que o próprio ministério do Desenvlvimento Agrário nem sabe direito quantos são. Na beira da Pa-150, com asfalto na porta sob a condição de acompanhar a aplicação do Pronaf a que esta família terá direito. Giovanni Queiroz paga para ver se essa família terá sucesso!

Se o desafio é a sustentabilidade, vamos lá, buscá-la.

Qual é o modelo sustentável para os habitantes da Floresta?

A exportação de matéria-prima bruta via extrativismo para empresas nacionais e internacionais?

Está feito o desafio.

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