Leia este post do Alon Feuerwerker sobre algumas impressões erradas porque jogadas debaixo do tapete para atender a quem de direito.
Pressões legítimas, pressões ilegítimas (05/09)
A Câmara dos Deputados limpou ontem a sua pauta e deixou o caminho aberto para votar a proposta de emenda constitucional que institui obrigatoriamente o voto aberto em plenário. Foi rápido. Uma única reunião de líderes e um tempinho de sessão bastaram. Havia, é claro, acordo político. É isso que, infelizmente, na maioria das vezes deixa de ser dito ao (e)leitor. Quando a Câmara dos Deputados ou o Senado não funcionam, quando não votam, quando os parlamentares não conseguem sair de seus impasses, a razão é sempre a mesma: não houve acordo político.É sempre mais confortável acusar os deputados ou os senadores de vagabundos, gazeteiros, boas-vidas e outras coisas mais. O acusador estufa o peito e se apresenta à sociedade como o guardião da ética, da produtividade legislativa, como o defensor do contribuinte que paga os seus impostos e -escândalo!- não consegue ver os parlamentares votando assuntos de interesse do país.
Farsesco. É mais fácil desenhar caricaturas do que explicar que os regimentos da Câmara, do Senado e do Congresso são democráticos até o limite da (ir)racionalidade. Quantos brasileiros sabem que uma minoria insistente e determinada pode, se quiser, paralisar os trabalhos legislativos por tempo indeterminado? Quantos sabem que se não houver acordo prévio entre os líderes é rigorosamente inútil chamar os deputados e senadores a plenário?
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