O Pará, segundo Paulo Markum

Editora Códex
Leia o que diz o jornalista Paulo Markim, apresentador do programa "Roda Viva", da TV Cultura, sobre o Pará.

A cultura no Pará e a continuidade administrativa

Vale a pena conhecer ou rever Belém. Pela cidade, suas frutas, peixes, cheiros. Mais que isso, pela acolhida gentil e calorosa dos paraenses. Que nós encontramos no pessoal da Feira Pan-Amazônica do Livro, na turma da Livraria Nobel, no taxista faz-tudo Bandeira, em Anastácio Campos, que ofereceu sua casa na ilha do Marajó, como se fossemos velhos conhecidos - e hoje somos. Mas há outro motivo: ver de perto o que a persistência pode fazer por uma cidade.
Uma das maiores vantagens da democracia é a rotatividade do poder. Se um governo vai mal, a sociedade pode trocá-lo no prazo determinado. Mas como ainda estamos engatinhando nesse campo, a sucessão dde governos costuma impedir que obras e projetos sigam adiante, pois cada administração quer deixar a sua marca e para isso, interrompe o que estava sendo realizado, pouco importando se é bom ou ruim.
Uma série de governos do PT em Porto Alegre deixou marcas positivas na cidade. Um conjunto de administrações do PFL permitiu que o Pelourinho fosse restaurado e que a baía de Todos os Santos se livrasse do esgoto in natura. Em Curitiba, Jaime Lerner conseguiu implantar diversos projetos inovadores, porque teve tempo para isso.
Em Belém, vários governos do PSDB mantiveram o arquiteto Paulo Chaves Fernandes no comando da Secretaria Estadual de Cultura e isso se traduziu em obras relevantes. A Estação das Docas, o casarão das 11 janelas, o Mangal das Garças, o parque da Residência, o pólo joalheiro, a renovação do Ver-o-Peso não deixam dúvidas: há algo de bom sendo feito ali.
A cidade cujos vestígios do período de opulência da borracha estavam indo ao chão e cuja auto-estima rastejava em razão de um longo período de decadência, mudou de feição. Certamente tem ainda todos os prolemas da desigualdade e de falta de infra-estrutura, mas retoma algumas características perdidas.
Paulo Chaves conseguiu fazer com que áreas subutilizadas ou abandonadas se transformem em espaços de convívio, a partir da negociação.
Formado em arquitetura, foi para o Rio, onde estudou cinema e fez mestrado em comunicação social. Tentou ser cineasta, ganhou alguns festivais. Em 1978, voltou a Belém, passando a dar aulas de comunicação social na Universidade.
Em 1983, tornou-se assessor de urbanismo na gestão de Almir Gabriel como prefeito e desde então, atua nesse campo, com uma passagem de dois anos na superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico Nacional.
Quando Almir Gabriel assumiu o governo do Estado, colocou Paulo Chaves na Secretaria da Cultura. Ele montou um departamento de projetos e elegeu a memória como prioridade. Os projetos são feitos, licitados e implantados pela equipe própria da Secretaria, como aconteceu em Brasília com Niemeyer.
Paulo Chaves sabe que a manutenção é tão importante ou mais do que fazer uma obra nova. E por isso, vários projetos continuam funcionando de modo correto.
Ele diz que seu trabalho não tem compromisso com nenhuma escola e que sua perspectiva é eclética, como sua história de vida.
Um ecletismo saudável.

Debate na Band: A hora da verdade entre Lula e Alckmin



Legendas: Lula - Foi só um tiquinho.

Alckmin- Chega companheiro. Tá demais!

A hora da verdade tem hora marcada: 20h00. Debate entre os concorrentes ao 2º turno das eleições presidencias brasileira. Será o primeiro confronto direto entre Lula e Alckmin e oportunidade que só se repetirá no último debate, que será promovido pela Rede Globo.
O eleitor será o juiz. O país, o prêmio.

QuidNovi

A tática de cada um dos rivais para o debate de hoje na TV Bandeirantes

Por Luís Costa Pinto

Texto publicado em parceria com o Jornal do Brasil

Hoje à noite, às 20h, a TV Bandeirantes leva ao ar o primeiro dos três debates presidenciais do segundo turno. O presidente Lula, PT, candidato à reeleição, encara-o como a chance de sacramentar um ippon no adversário do PSDB. Ippon é o golpe de judô no qual um dos contendores imobiliza o adversário e vence a luta. O termo imortalizou-se no vocabulário político em 1989 quando, em um debate, Fernando Collor de Mello, então adversário do mesmo Lula, prometeu acabar a inflação lançando mão do ippon. Cumpriu a promessa, mas o preço foi o confisco de poupanças, aplicações financeiras e contas bancárias dos brasileiros.

De volta ao ringue de hoje: Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo e antagonista do presidente da República que se classificou à segunda fase da eleição presidencial depois de ter lutado quase sozinho na arena a que foi lançado por seu partido e pelo aliado PFL, preferirá lançar mão de uma estratégia muito cara aos bons boxeurs: desferir golpes diretos e precisos na face do rival e proteger a retaguarda contra diretos fatais que possam atingir-lhe o fígado.

O ippon acalentado por Lula será obtido caso o debate se torne uma discussão entre o Brasil de hoje e o país que o petista herdou do antecessor Fernando Henrique Cardoso, do mesmo PSDB de Alckmin. Todas as pesquisas qualitativas realizadas pelo PT autorizam os estrategistas das coxias presidenciais a acreditarem que o maior trunfo guardado em suas mãos é a fotografia do Brasil de hoje sobreposta à imagem do país de há quatro anos. Todos os indicadores sociais, econômicos e educacionais são melhores agora do que no momento em que se encerrou o mandarinato de oito anos de FHC. Como Alckmin jamais posou de Torquemada nos debates a que compareceu como candidato a prefeito de São Paulo em 2000, a governador em 2002 e nos ocorridos no primeiro turno desse pleito de 2006, preferiu sempre impor-se a imagem de bom gestor que a tudo conhece, Lula encerra nas mãos números e estatísticas que podem fazer calar o contendor e imobilizá-lo pelo resto da campanha estabelecendo um divisor de águas nas discussões da eficiência gerencial do país.

Transfigurar-se e abandonar a imagem de uma espécie de genro almejado pela maioria das famílias de classe média brasileira, "o gerente", e envergar o calção e as luvas de campeão dos ringues exigirá maior habilidade do candidato tucano. Ele, esta semana, incorporou um mantra que lhe foi recomendado pelos publicitários e jornalistas encarregados de treinar-lhe a tática dos embates na TV: "é a ética, é a ética, é a ética", repetia para si mesmo nos raros momentos em pôde concentrar-se e fechar os olhos para organizar as idéias que deseja expor no programa da Band. Alckmin usará todas as perguntas e todas as réplicas e tréplicas a quem terá direito para insistir, sem folga, em questões que se relacionem com a cobrança de punições para todos os escândalos estrelados por petistas nos dois últimos anos: Waldomiro Diniz, vampiros, mensalão e dossiê contra o PSDB.

Jornalistas tarimbados, um mais afeito às redações de jornais e revistas e o outro às ilhas de edição de TV, os comandantes do marketing dos dois adversários presidenciais, João Santana e Luiz Gonzáles, entendem muito bem da chave-mestre dos debates: a habilidade para sugerir aos espectadores aquilo que não se pode dizer claramente e a sutileza para reconhecer o momento em que será necessário driblar questões incômodas. Revogados sonhos de cada um dos oponentes de hoje à noite, o embate certamente não será decidido nem em razão de um ippon nem em função de uma coleção de golpes desferidos por quem consiga manter a retaguarda alerta. Será um espetáculo de esgrima e seguramente só se decidirá por pontos – e a contagem desses pontos será feita nas ruas, depois do evento. É claro que essa receita será seguida à risca até o surgimento de novidades decorrentes da evolução das investigações no caso do dossiê contra o PSDB. Está provado que o assunto é um fio desencapado capaz de incendiar o eleitorado e a mídia contra o presidente da República e transformar em cinzas a esperança de se reeleger que Lula acalenta.

Alguns números que dão a Lula a certeza do ippon:

Ø 7 milhões de vagas de emprego criadas entre 2003 e 2006 contra o saldo de apenas 700 mil ao longo dos oito anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso.

Ø Desemprego de 8% nas Regiões Metropolitanas no último ano de mandato contra uma taxa de desemprego de 11% nas Regiões Metropolitanas no último ano de mandato de FHC.

Ø Balança comercial positiva em US$ 120 bilhões contra um saldo negativo de US$ 8,5 bilhões nos governos do PSDB.

Ø A menor taxa de risco-país medido em toda a História, 204, ou prêmio de 2% pagos a papéis brasileiros no exterior; contra a taxa recorde de 2.400 atingida sob FHC, ou prêmio de 24%.

Ø Sob a gestão Lula a inflação anual média do Brasil foi de 2,8%. Sob os governos FHC essa inflação situou-se na casa dos 13%.

Ø Quitação da dívida para com o Fundo Monetário Internacional durante o governo Lula. Fernando Henrique Cardoso legou ao sucessor uma dívida de US$ 14,7 bilhões.

Ø O governo Lula já destinou R$ 4,5 bilhões em créditos para habitação popular. Em oito anos, FHC destinou apenas R$ 1,7 bilhão para tal fim.

Ø Em 2002 um salário mínimo comprava apenas 1,3 cesta básica. Em 2006 um salário mínimo consegue compra 2,2 cestas básicas.

Ø Nos três primeiros anos de mandato de Lula houve uma redução do número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza: de 26,7% da população nos anos FHC para 22,3% da população agora.

Alguns argumentos e fatos que da Alckmin a certeza do nocaute:

Ø Nunca na História política do Brasil tantos ministros com gabinetes no Palácio do Planalto foram obrigados a deixar seus postos na esteira de escândalos de corrupção.

Ø Há cinco ex-ministros indiciados em inquéritos comandados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. O PT, partido do Presidente da República, viu dois presidentes serem defenestrados no cargo sob denúncias de corrupção.

Ø Nos dois últimos anos o Congresso Nacional manteve-se catatonicamente paralisado em razão dos escândalos de corrupção que tinham por epicentro o Palácio do Planalto e cercanias.

Ø Nunca houve na História republicana brasileira uma campanha em que se comprovasse que um partido político confeccionava dossiês destinados a metralhar moralmente os adversários. Em 2006 essa prática política de porão não só foi confirmada como ficou estabelecido que elementos filiados ao partido do presidente que fizeram isso desfrutavam da intimidade presidencial.

Ø Até hoje o roteiro das contas pessoais do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, segue interrompido e não se sabe se quem caminhar por aquelas sendas terminará por encontrar as contas pessoais do presidente da República.

Ø Há 23 dias foi descoberto que um grupo de petistas havia encomendado e iria pagar um dossiê com denúncias contra adversários políticos. Alguns desses petistas tinham um total de R$ 1,7 milhão em mãos. De onde saiu esse dinheiro? Por que o presidente da República não oferece respostas a essa questão?

Ø Dos cinco ex-ministros demitidos sob denúncias um, em especial, é tratado com especial carinho por Lula: Humberto Costa, ex-ministro da Saúde, indiciado no escândalo da Máfia dos Vampiros e citado nas investigações contra a Máfia das Sanguessugas. Por que a deferência com Costa?

Ø Por que Lula não demitiu José Dirceu da Casa Civil na eclosão do escândalo do mensalão?

Ø Enfim, o presidente de fato não tomava conhecimento das costuras políticas que eram empreendidas na ante-sala da Casa Civil, no Palácio do Planalto, e sedimentadas da maneira denunciada por Roberto Jefferson?

Crédito das Fotos: ABr e Site do Candidato
Com edição e tratamento por: Val-André Mutran

Bornhausen quer expulsão de Rosenana Sarney

A conveniência política da família Sarney é desmedida. Só há uma linguagem no dicionário político do clã: O poder, sempre ao lado do governo da hora.

Do QuidNovi

Roseana Sarney no banco dos réus

Por Tales Faria, no InformeJB

O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), é chamado no Congresso de Alemão, em referência à postura dura, quase prussiana, com que trata das articulações políticas. Ultimamente, Bornhausen tem sido até mais flexível, mas agora voltou ao velho estilo. Ficou muito irritado com a declaração da senadora Roseana Sarney, candidata ao governo do Maranhão pelo PFL, de que apoiará a reeleição do presidente Lula neste segundo turno, contra o tucano Geraldo Ackmin. Procurado pela coluna, em Santa Catarina, Bornhausen declarou:

- O PFL está formalmente coligado ao PSDB na disputa presidencial. Apoiar o candidato do partido contrário, o PT, é um gesto que colide com a legislação eleitoral e o estatuto do partido.

O presidente do PFL promete não fugir da encrenca nem render-se, de imediato, à força de Roseana Sarney no partido. Disse que está convocando uma reunião da Executiva Nacional da legenda, para o dia 17, a fim de discutir o futuro de Roseana. Pela legislação, a direção partidária tem autoridade até para expulsar a senadora, o que inviabilizaria sua candidatura no Maranhão. Bornhausen não se alonga sobre o assunto, nem adianta qual deverá ser a decisão da Executiva. Mas diz qual é sua posição pessoal:

- Eu acho grave esse anúncio de que apoiará um candidato que concorre contra a nossa chapa. Na minha opinião, é caso de punição. E, como presidente do partido, me cabe convocar a Executiva, a quem cabe uma decisão final. É o que tenho a dizer, por enquanto.

Fera ferida

Pode vir encrenca aí de Hamilton Lacerda, o ex-coordenador da campanha de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo acusado de carregar a mala com R$ 1,7 milhão, que serviu para pagar o dossiê contra o tucano José Serra. Lacerda está revoltado com o PT. Disse a um amigo muito íntimo que não vai ficar com a responsabilidade da história sozinho: "Eles que não contem com meu silêncio".

A conferir

Um dos campeões de votos do país, o senador Tião Viana, reeleito pelo PT do Acre, tem uma explicação na ponta da língua para o baixo desempenho de Lula no primeiro turno em seu Estado: "Foi o escândalo do dossiê. Lula vinha ganhando bem até seis dias antes e, depois, foi uma virada assustadora". Mas jura que no segundo turno o PT no Estado dará 70% dos votos a Lula.


Efeito Dirceu

No governo, a expectativa é de que as coisas fiquem mais calmas com o afastamento do presidente do PT, Ricardo Berzoini, do comando do partido. Argumento : quando José Dirceu foi demitido, Lula subiu nas pesquisas.


Outro escândalo

Neste fim de semana, deve pegar fogo a campanha eleitoral em Santa Catarina. O Tribunal de Justiça negou habeas corpus a Aldo Hey Neto, acusado de liderar uma quadrilha que perdoava dívidas do fisco local. O acórdão aprovado pelos desembargadores diz simplesmente o seguinte: "Influência do paciente (Hey Neto) decorre da notícia de pagamento de US$ 100 mil destinados ao alto escalão do governo do Estado". Ou seja, propina. Foram apreendidos R$ 2 milhões nos cofres das mansões de Hey Neto.


Bicudas em paz

A petista Benedita da Silva e a comunista Jandira Feghali são tidas na esquerda do Rio como duas bicudas que nunca se bicaram. Ontem, encontraram-se por obra e graça da derrota e de um pedido de trégua do presidente Lula. Fumaram o cachimbo da paz.

Marajá

Humberto Souto foi líder do governo Fernando Collor. Aposentou-se como deputado e assumiu como ministro do Tribunal de Contas da União. Aposentado por limite de idade, candidatou-se e acaba de ser novamente eleito para a Câmara.

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Editoria: InformeJB
Página: 4
Data: 2006-10-07

Ex-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia pode abrir o bico

Se esse "mala" sem alça e sem rodinha abrir o bico, o governador de Rondônia cai.

Preso, derrotado nas urnas, ex-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia pode abrir o bico

QuidNovi

Preso, derrotado nas urnas, ex-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia pode abrir o bico

Ex-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, Carlão de Oliveira

Há forte expectativa na Polícia Federal e no Ministério Público Federal para um novo depoimento do ex-presidente da Assembléia Legislativa de Rondônia, Carlão de Oliveira. Preso desde 4 de agosto, quando foi desencadeada a Operação Dominó, ação destinada a punir representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário que haviam montado uma rede de troca de favorecimentos políticos e administrativos considerados ilícitos em Rondônia, Carlão tentou se reeleger deputado estadual mesmo permanecendo preso. Recebeu 20.000 votos, mas não foi o suficiente. Agora, quer falar e contar o que sabe com o objetivo de abrandar sua pena.

A Operação Dominó pôs na cadeia, além do presidente da Assembléia Legislativa local, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, o procurador-geral e o então candidato a vice-governador do agora governador reeleito Ivo Cassol (PPS). Dos 24 deputados estaduais de Rondônia, 23 foram acusados de integrar o esquema investigado no âmbito da Operação Dominó. Policiais federais envolvidos no caso crêem que, amargurado pela derrota, Carlão Oliveira será capaz de ir além do que já disse nos depoimentos e que isso pode atingir os principais escalões dos três poderes rondonienses.

Nova enquete

Vote na nova enquete do blog aí do lado.
Em quem você votará no 2º turno no Pará?

Resultado final da Enquete

Educação e Segurança Pública foram, na opinião dos leitores os setores que precisam de maior atenção do governo, empatados com 18,84% de votos na Enquete do blog que perguntou.

O novo Governo do Pará deve priorizar:


Educação
18,84%
Saúde
13,04%
Regulazição Fundiária
8,70%
Segurança Pública
18,84%
Apoiar a divisão do Pará: Tapajós e Carajás
8,70%
Investimento em Infra-Estrutura
7,25%
Projetos de apoio à criação de novos empregos e renda
5,80%
Projetos Assistencialistas
1,45%
Formação Técnica de Mão-de-Obra
10,14%
Ampliar os Incentivos Fiscais para novos investimentos
7,25%

Obrigado pela votação.

Amnésia

Михаил Александрович Бакунин
Mais atual impossível!

Mikhail Bakunin (1814-1876): "Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana."

Para descontrair no Círio

Reza a lenda que só pode falar mal do Pará quem for paraense, o resto cai na pancada se ousar o desvario.

Se você está interessado em conhecer a verdadeira história do Pará, a melhor fonte disponível é o Desciclopedia, exatamente o oposto do Wikipédia.

No Desciclopedia há um verbete inteiro dedicado ao Pará. Leia mais aqui ou abaixo.

História

Assustados pela decisão do rei da Judéia, Herodes, de sacrificar todas as crianças com até dois anos de idade, Maria que estava grávida de Jesus na ocasião, fugiu com José para Belém.

Ao chegar a cidade, José e Maria ficaram hospedados na mais confortável hospedaria da região e na mesma noite nasceu o menino Jesus.

Já que pelo mistério da santíssima trindade Jesus e Deus são a mesma pessoa, isto prova de fato que Deus é brasileiro.

Muitos viram no céu uma grande luz branca, que ficou conhecida como a Estrela de Belém. Porém esta era o rastro da nave que trazia à Terra Joelma e Chimbinha.


Cultura

A musa Joelma e o Deus da guitarra Chimbinha

A musa Joelma e o Deus da guitarra Chimbinha

A cultura paraense é baseada quase que exclusivamente em sua música. O Heavy Metal Melódico Progressivo foi criado em Belém por Joelma e Chimbinha, e tem como base o álbum Joelma Stardust and the Chimbinha from Mars.

O expoente máximo da música paraense é a banda Calypso, criada por Joelma e Chimbinha dois anos após sua chegada à Terra, que inclusive influenciou na confecção da bandeira do estado.

Grandes composisões, como "Cavalo manco" e "A lua me traiu", fizeram parte do Top 10 da Billboard inglesa durante mais de 4.000 anos consecutivos.


Economia

Uma das grandes bases na economia paraense é a extração da Castanha do Pará e do leite da seringueira, motivo de piadinhas infames. Porém esta atividade está se tornando cada vez mais difícil visto que todas as castanhas estão tingindo o cabelo para se tornarem louras, assim como a musa Joelma.

A economia cresceu rapidamente com o lançamento de um novo ámbum da banda Calypso a cada ano.

Outro grande pilar é a atividade sem-terra, baseada na invasão e ocupação de terras, e apoiada por vários partidos políticos brasileiros, inclusive do Lula.

Carajás no Pará, também conhecida como o Cú do Mundo.
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Carajás no Pará, também conhecida como o Cú do Mundo.

Outra atividade é a extração de minério de ferro das jazidas em Carajás pela Campaínha do Vale Tudo Doce. Esta atividade criou um buraco tão grande, mas tão grande, que hoje é responsável por tornar o estado do Pará conhecido como "o Cú do Mundo". As Casas Cú do Mundo vem processando o estado por violação dos copyrights da casa... (Saiba Mais: Cú do Pará)



Veja também


Pode ter sido defeito do tranponder a causa do acidente

Uma luz no escuro tunel.

No blog do jornalista Luis Nassif (aqui) publica um diálogo que pode - e muito - jogar luz na provável causa do acidente do vôo 1907, da Gol.

O problema no transponder

Até agora apareceram inúmeras versões sobre o acidente com o Legacy e o Boeing da Gol. Até agora não se falou da possibilidade de defeito no "transponder" -- a peça que permite identificar a localização dos aviões em vôo.

Recebo do jornalista brasileiro Alan Romero, radicado em Portugal, documentos que lhe foram passados pelo técnico de vôo Eurico Saraiva, com relatórios mostrando defeitos identificados na peça.

Diz o e-mail dele a Alan:

“Alan;

Gostaria de enviar este e-mail, que contém matéria muito importante sobre o equipamento transponder, para alguns media brasileiros.

Este tipo de possível causa de falha nesse equipamento, ainda não foi muito divulgado, e talvez possa ajudar na análise das possíveis causas do acidente.

Mas eu não tenho o e-mail de nenhum jornal brasileiro.

Se te fôr possível, p.f. reencaminha isto para alguns media do Brasil, para terem o assunto em consideração.

Um abraço,

Eurico”

Clique aqui para conferir a primeira parte do relatório.

E aqui para conferir a segunda.

Desencanto do povo brasileiro

Diálogo exemplar sobre a eleição
por Paulo Moreira Leite, Seção: brasil às 11:11:27.

De passagem pela avenida Ipiranga, há dois dias, acompanhei um diálogo sintomático sobre a sucessão presidencial. Um funcionário terceirizado de uma loja McDonalds e um rapaz de colete que chamava táxis para hóspedes de um hotel nas redondezas conversavam sobre Lula e Alckmin, PT e PSDB. O funcionário terceirizado tinha gravata e crachá e se dizia em dúvida sobre o que fazer em 29 de outubro. O de colete era voto nulo. Os argumentos:
VOTO NULO – Fiquei uma hora na fila do posto de saúde antes de vir Para a cidade. Uma porcaria. Até que desisti e fui embora. Esse PT não toma jeito.
INDECISO – Mas aquele posto não é do PT. É do PSDB.
VOTO NULO – Mas é ruim do mesmo jeito. O PT é bom de corrupção.
INDECISO – É bom?
VOTO NULO – É 100% corrupção. Todo mundo rouba. Não escapa ninguém.
INDECISO – O PSDB não rouba tanto.
VOTO NULO – Como você sabe? O PSDB é amigo de bandido. Fizeram acordo com todos os bandidos.
INDECISO – Mas aí é por causa dos Direitos Humanos. Não pode mais atirar para matar. Então fica ruim. Precisava dar porrada e bater duro.
VOTO NULO -- É por isso que eu já sei o que vou fazer: zero, zero.
INDECISO -- É!

"Aqui, todo mundo tem medo do Sarney"

Que país é esse!?

Eliane Scardovelli
De São Paulo

A jornalista Alcinéa Cavalcante é alvo de mais de 20 ações movidas pelo senador reeleito do Amapá, José Sarney. Por conta disso, ela foi condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral a retirar de seu blog o conteúdo considerado ofensivo pelo político e a pagar mais de R$ 500 mil reais de multas.

Alcinéa foi fundadora do Sindicato de Jornalistas do Amapá (Sinjor-AP) e hoje é presidente da Comissão de Ética do Órgão. Tem 50 anos e mora no Amapá desde que nasceu. Passou pela Gazeta Mercantil e pelos jornais paraenses O Liberal e O Estado do Amapá, já extinto. Hoje, trabalha para a Agência Estado e publica um blog na internet, que foi o estopim para os processos. Além disso, já publicou livros de poesia e está escrevendo um livro sobre política no Amapá.

Na entrevista, a jornalista relata os problemas que atingem a mídia amapaense e detalha sua briga na Justiça com o poderoso José Sarney.

Quantas são as ações movidas por Sarney contra a senhora e no que elas consistem?
São mais de 20, por volta de 23. É inacreditável como tudo começou. Em agosto, eu postei uma brincadeira no meu blog. Por estarmos na época de eleições, disse que muitos candidatos deveriam pregar um adesivo com a frase "O carro que mais combina comigo é o camburão da polícia" no vidro traseiro de seus carros. No campo dos comentários, um dos internautas disse que a frase combinava com o Sarney, e citou uma piada já antiga por aqui, a de que o senador tem uma fazenda de burros no Amapá. Desde a década de 1990 que pessoas de fora do estado dizem que somos burros porque votamos em Sarney.

Por conta do comentário, que estava devidamente assinado pelo leitor do blog, o senador entrou com uma ação contra mim. Sofro outro processo por ter publicado uma caricatura feita por um cidadão de Macapá, que contém a frase "Xô Sarney". Só eu fui alvo da ação, mas o desenho foi publicado em mais de 50 mil blogs. Outro processo foi decorrente de uma reprodução, também no meu blog, de duas capas da Veja da época em que ele era presidente. Uma era sobre a fraude na ferrovia Norte-Sul, outra fazia referência a uma matéria que o acusava de fazer festas com o dinheiro público em Paris. Fui processada por ter reproduzido um material que já circulava pela mídia.

E qual foi o resultado dos processos? A senhora foi condenada em algum deles?
Não ganhei nenhum, mas também não paguei nenhuma multa porque estou recorrendo. O pagamento das multas, que totalizam um valor de R$ 500 mil, não é imediato, como teve de ser a retirada do material considerado ofensivo do ar. Até eu recorrer para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para derrubar a liminar era meio complicado, então cumpri tudo. Além de ter sido obrigada, pelo TRE, a tirar todo o material supostamente ofensivo do ar, tive de publicar o direito de resposta. Mas para você ter uma idéia, em nenhum momento o Sarney faz referência ao conteúdo das postagens. Ele aproveita o espaço para se auto-promover, para dizer que foi presidente da República, que é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL)...

E o que o TRE alegou para retirar os textos e as imagens do ar?
A legislação eleitoral tem uma série de restrições para a publicação de conteúdos em jornais, rádios, emissoras de TV e páginas de empresa de comunicação na internet. Mas blog é uma coisa pessoal, não é uma página de uma empresa. Eu respondo como pessoa física, não como pessoa jurídica. Fato curioso é que, em um primeiro momento, o TRE julgou improcedente a ação movida pelo Sarney, alegando que o blog é uma publicação pessoal e que, portanto, seu conteúdo não podia ser julgado pela mesma lei. Estranhamente, uma semana depois, o TRE mudou seu entendimento e me condenou.

Quais são os indícios de que o TRE-AP atua a favor do Sarney?
Além de todas essas ações movidas contra mim por motivo bobo, outros jornalistas foram processados por motivos semelhantes. São eles Humberto Moreira e Domiciano Gomes, que apresentam um programa de rádio chamado Revista Matinal, e Corrêa Neto, que assina um blog. A semanal Folha do Amapá também está sendo processada. Não sei exatamente qual é o conteúdo do material veiculado por eles, mas a alegação é a mesma: propaganda desfavorável e ofensa. Nenhum outro jornalista ou veículo foi processado pelo senador fora do estado.

Isso acontece porque aqui no Amapá todo mundo tem medo do Sarney. Quem não tem medo, tem rabo preso. A mídia é governista, apóia tanto o Sarney como o Waldez [Waldez Góes (PDT), governador reeleito]. Vou te dar um exemplo: o candidato que foi derrotado por Waldez Góes (PDT), João Capiberibe (PSB), foi alvo de uma matéria desfavorável a ele pela TV Record, que foi transmitida em rede nacional. A grande maioria dos jornais daqui repercutiu a matéria contra ele. O Ministério Público Estadual divulgou que os vídeos que incriminavam Capiberibe eram falsos, mas o TRE não concedeu direito de resposta ao candidato do PSB. O órgão alegou que a imprensa local apenas reproduziu o que tinha saído na mídia nacional. Nesse mesmo dia, o TRE julgou uma ação do Sarney contra mim, em que ele pedia a retirada das capas da Veja do ar e reivindicava direito de resposta.

Pode-se dizer então que a mídia ajudou nas reeleições de Waldez e de Sarney?
Sim. A imprensa é completamente atrelada ao governo do Estado. Aqui, o empresariado é muito fraco, então os veículos de comunicação sobrevivem de verbas públicas. Nós temos três jornais diários. Os três são governistas. A maioria das emissoras de rádio também é pró-governo. Dentre as emissoras de televisão, a única que consegue manter uma certa isenção é a TV Amapá, que é afiliada da Globo. Apesar de o governo ser o maior anunciante.

A senhora foi ameaçada? Teve medo de sofrer represálias?
Eu tive medo, sim. Eu evitava sair de casa, ou pelo menos não saia com o meu carro. Eu recebi alguns avisos. Mas quando alguém fala para mim "Pára com isso, se não tu vai se dar mal", eu não dou muita confiança. Quem quiser fazer algo contra mim, não vai avisar. Não liguei muito para os recados, mas tomei certas precauções.

Ao saber que estava sendo processada, a senhora acionou a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Qual foi o procedimento que o órgão tomou?
Eu mandei um dossiê para a Fenaj, relatando o caso. Então, o órgão protocolou um ofício para o ministro Marco Aurélio Mello, pedindo que o TSE tomasse providências. Então, o TSE cobrou explicações do TRE-AP. Isso se deu nos últimos dias antes das eleições, na última semana de setembro. A partir de então, não tive conhecimento de mais nenhuma ação contra mim. Entretanto, na seção do último dia 4, o presidente do TRE, Honildo Amaral de Mello Castro, informou aos demais membros que havia recebido a notificação do TSE e que responderia dizendo que eu estava atuando como militante e não como jornalista, o que não é verdade.

Então a senhora não tem nenhuma ligação com o partido do Capiberibe?
Não tenho. Quem tem ligação com o partido é minha irmã, Alcilene Cavalcante, e o TRE sabe disso. Ela faz parte da direção do partido e esse é um fato público e notório. Eu não sou filiada a nenhum partido, a nenhum candidato. Inclusive, não costumo declarar meu voto. O pessoal do Capiberibe já encrencou comigo, achando que eu era Waldez. O pessoal do Waldez acha que eu sou Capiberibe. Aqui é assim, quando você faz uma matéria desfavorável a algum candidato, ele já acha que o jornalista é aliado ao político adversário dele. Eu me divirto! Uns acham que eu sou Capi, uns acham que eu sou Waldez, outros acham que eu sou PSTU, esse tipo de coisa.

Por que o UOL tirou o seu blog do ar?
O UOL retirou o meu blog do ar por medo, exatamente quando o Sarney começou a entrar com as ações contra mim. Minha irmã tinha um blog no UOL também. Como eu, ela publicou o "Xô Sarney", e responde a um processo por isso. O TRE determinou que ela retirasse esse conteúdo do ar, e ela tirou. Logo em seguida, o blog deixou de existir, o UOL simplesmente tirou o blog do ar no mesmo dia, dizendo que foi por recomendação de seu departamento jurídico. Cobrada de mais explicações, a empresa assumiu que o departamento considerava o Sarney um homem muito poderoso, e achou melhor acabar com a página. Pouco depois, foi a minha que eles extinguiram. Não entrei em contato pedindo explicações, pois eu já sabia o que tinha acontecido.

Além da Fenaj, que outros órgãos de comunicação se pronunciaram a respeito das ações movidas pelo Sarney?
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) disse que ia tomar providências, mas ainda não se pronunciou. A Rede de escritoras brasileiras (Rebra) mandou uma nota de solidariedade que eu publiquei no meu blog. Preferi não solicitar uma ação do Sinjor-AP, embora eu seja fundadora do órgão e presidente da Comissão de Ética, pois, como já falei, os veículos do Estado vivem de verba pública. O jornalista é obrigado a cumprir as determinações do jornal para o qual trabalha. Nenhum deles pode fazer comentários desfavoráveis ao governo, mesmo em uma mesa de bar, porque, se o patrão descobre, ele está na rua. É uma questão de sobrevivência. A empresa de comunicação não tem despesa com pessoal, só com papel, energia. Lá no sindicato, a gente não consegue fazer nada por conta disso. Assim, optei pela Fenaj, até porque ela tem mais peso.

Como a senhora avalia a atuação do Sarney como senador do Amapá?
O Sarney, em 16 anos de mandato, apresentou 23 projetos. Desses 23, apenas cinco foram para o Amapá. Quando ele foi eleito pela primeira vez, esperava que o Estado realmente crescesse, que fosse se desenvolver, afinal tínhamos como senador um ex-presidente da república, alguém que tinha poder, que tinha força. Embora não tenha votado nele, achava que o Sarney iria trazer coisas boas para o Amapá, que tinha acabado de se transformar em estado. Mas acabei tendo uma decepção. Ele não trouxe quase nada para cá. Distribuiu emissoras de rádio, mas todas tinham de ser suas aliadas. Então a sociedade acabou sendo prejudicada, pois foi privada de seu direito à informação. Em seu próximo mandato, Sarney continuará fazendo o que fez nos últimos anos: nada. Um dia ele aparece com um projeto, todo mundo faz festa, e ele some de novo. A vinda de Sarney para o estado é manchete de jornal. Se ele viesse com freqüência aqui, isso não aconteceria. O senador não tem contato com os problemas da região, não tem contato com o povo. Nós, como Associação Amapaense de Escritores, convidamos o Sarney para fazer parte de nossa associação. Ele, como imortal da ABL, daria um peso para a associação, mas ele não aceitou o convite.

Por que os amapaenses continuam votando em Sarney?
Porque eles não têm a informação. Como a imprensa é aliada dele, não passa a versão real das coisas. O que se diz é que o Sarney trouxe energia para o Amapá. Mentira. Nós tivemos aqui no Estado, por volta de 1991, um racionamento de energia. O Sarney fez um lobby para que o governo do Amapá comprasse do governo da Bahia uns motores russos, as chamadas Usinas de Camaçari, que não serviam mais para o estado do nordeste. Então, o governo se endividou comprando essas usinas e consumiu uma quantidade incrível de óleo diesel. A medida permitiu que não ficássemos 12 horas seguidas sem energia, mas foi apenas um paliativo. O custo foi muito alto, o Estado ficou endividado para pagar esses motores, que são motores velhos, que poluem demais. O Sarney fez um lobby e quebrou o galho do Antônio Carlos Magalhães, que se livrou desses motores obsoletos. Esse é apenas um dos exemplos de como um dos homens mais poderosos do país não trouxe quase nada para o desenvolvimento do nosso Estado.

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