PDT vai de Aldo

O PT continua cometendo erros políticos elementares. O de maior visibilidade recente, dado a relevância da disputa é o salto alto em que Arlindo Chinaglia subiu no oba-oba do já ganhei.
Quando já falava como quase novo presidente da Câmara dos Deputados, o petista paulista viu-se diante da candidatura da Terceira Via, que inicialmente tentou-se com Raul Jugman (detonado em rede nacional como conivente em atos de corrupção à frente do MDA de FHC) e que acabou no colo do competente deputado tucano Gustavo Fruet (PR), gabinete vizinho ao que trabalhei nos últimos dois anos na Casa.
Em política e em futebol não existe jogo ganho, eleição certa já no primeiro turno ou tempo.
Para complicar-lhe ainda mais a vida o PDT decidiu aderir ao bloco formado pelo PSB e PC do B: vão de Aldo e ponto.
Segundo o colunista de Veja Reinaldo Azevedo "o desempenho de Chinaglia no debate de onteontem, na Câmara, foi considerado muito ruim. A avaliação unânime é que as críticas de Gustavo Fruet (PSDB-PR), da Terceira Via, acabaram prejudicando mais o petista e que Aldo se saiu muito melhor no confronto direto. Afinal, ele próprio era o exemplo do que o PT costuma fazer com aliados fiéis".
Ainda segundo Azevedo, "o pior de tudo foi uma certa suspeita de retaliação caso o partido não logre seu intento."
Outra má notícia é de que o presidente Lula já mandou emissário para avisar o PT que na divisão dos ministérios com os aliados só caberá o estritamente factível para garantir a busca da sonhada coalizão de que Lula precisa para ter algum sossego na aprovação do catatau de proposições necessárias para que o PAC não morra no nascedouro. Caso contrário, o segundo governo Lula estréia com o pé inchado, pronto para a amputação e à mercê de interminável dor de cabeça.
Tudo o que Lula não quer.

Exploração internacional das florestas

Começa este ano a prova de fogo do modelo aprovado no ano passado para a exploração das Florestas em todo o Brasil. Claro que o foco de tudo isso é a Amazônia brasileira. O Jornal do Brasil levanta algumas dúvidas quanto ao modelo, em especial a efetiva internacionalização da exploração daqueles recursos. Leiam a matéria abaixo e confiram:

GOVERNO VAI ALUGAR A SELVA AMAZÔNICA
Daniel Pereira
Jornal do Brasil
31/1/2007

(Brasília) Incapaz de controlar a ocupação, de fiscalizar as atividades legais e de combater as ações ilegais dos estrangeiros na Amazônia, o governo pretende recorrer neste ano a uma iniciativa que ameaça ainda mais a soberania na região: quer assinar os primeiros contratos de concessão à iniciativa privada da gestão e exploração econômica de florestas. Segundo o diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Tasso Azevedo, 11 florestas podem ser repassadas a empresários ou ao uso de comunidades locais ainda este ano, de acordo com as regras da Lei de Gestão de Florestas Públicas, sancionada no ano passado.
As florestas ficam no Pará (10) e em Rondônia. Despertam o interesse da iniciativa privada. Azevedo diz que representantes dos setores de construção civil e de cosméticos já informaram ao Ministério do Meio Ambiente a disposição de disputar as licitações para as concessões. Os dois segmentos cobiçam, respectivamente, madeiras e óleos. Além disso, bancos privados querem participar - diretamente ou via concessão de empréstimos - de projetos de "desenvolvimento sustentável". A possibilidade de negócios enfrenta resistências no meio acadêmico e no Congresso. O geógrafo Aziz Ab´Saber e os senadores Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) dizem que o governo contribuirá para a desnacionalização da Amazônia ao conceder à iniciativa privada a gestão de florestas. Os ganhos financeiros obtidos pelos empresários em contratos de até 40 anos, reforçam os críticos, ultrapassarão as fronteiras nacionais. - É o aluguel das florestas. É o primeiro passo para internacionalizar a Amazônia, de maneira legal - critica Cavalcanti. Líder do PTB no Senado, Cavalcanti declara que o governo não tem estrutura para fiscalizar o que será feito nas áreas sob gestão da iniciativa privada nem saber quais são os verdadeiros beneficiários da exploração econômica. - Um brasileiro pode ser testa-de-ferro de um estrangeiro que vem à Amazônia fazer pesquisas sobre biodiversidade e produtos farmacêuticos. Para Mesquita Júnior, o governo corre o risco de contribuir para a internacionalização da Amazônia porque caiu na "esparrela da pseudo-vocação da região para ser fornecedora de matéria-prima bruta". Eleito na mesma chapa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o senador peemedebista afirma que o governo deveria investir mais no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Transformá-lo em uma espécie de Embrapa do desenvolvimento sustentável. Com pesquisadores e cientistas, o INPA teria condições de explorar a biodiversidade e municiar uma grande indústria farmacêutica nacional.
- O desenvolvimento sustentável será a atividade das populações locais, como trabalhadores escravos, sustentando as grandes corporações - acusa Mesquita Júnior. Azevedo alega que a lei impede a privatização das florestas nacionais, ao deixar claro que não podem ser vendidas. Ou seja, fecha, e não abre, brechas para a posse do território por estrangeiros. - A lei resguarda o patrimônio brasileiro e cria regras claras sobre como usá-lo.
Maioria das florestas fica no Pará
Brasília. Das onze florestas que podem ser concedidas à iniciativa privada, quatro despontam como favoritas para estrear a modalidade, porque já têm planos de manejo aprovados. São elas: Carajás, Saracá-Taquera, Tapirapé-Aquiri e Jamari. As três primeiras estão localizadas no Pará e a outra, em Rondônia. Juntas, têm 1.257.900 hectares. Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Tasso Azevedo, ainda não foi decidido se as áreas serão destinadas à iniciativa privada ou ao uso das comunidades locais. Há ainda a possibilidade de adoção, ao mesmo tempo, das duas medidas. Na semana passada, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, debateu com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, a criação de duas linhas de crédito para financiar atividades nos distritos florestais sustentáveis e concessões de manejo florestal. Nenhuma decisão foi tomada no encontro, no qual foi discutida, por exemplo, a situação de Carajás. O Ibama elabora o plano de manejo de outras três florestas. Localizadas no Pará, Altamira, Itaituba I e Itaituba II têm 1.372.500 hectares. Amanhã, termina o prazo para inscrição na disputa pelo direito de elaborar planos de manejo de mais quatro florestas situadas no Pará: Trairão, Jamanxin, Crepori e Amaná, cuja área somada é de 2.837.000 hectares. O governo espera que, em 10 anos, a área máxima sob gestão da iniciativa privada seja de 13 milhões de hectares (cerca de 3% da Amazônia). Além disso, estima que as concessões gerem receita anual de R$ 187 milhões com a cobrança de taxas pelo uso do recurso florestal e arrecadação de R$ 1,9 bilhão ao ano em tributos. A preferência pelo Pará tem justificativa. O projeto de Lei de Gestão de Florestas Públicas foi apresentado em resposta ao assassinato da missionária americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, na cidade paraense de Anapu. (D.P.)

Mantega e o pedido dos governadores

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem em Londres que o pedido dos governadores para que 30% das receitas da CPMF, o imposto do cheque, sejam destinadas a Estados e municípios mostra que eles "não entenderam" o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)."Acho que é uma interpretação equivocada, o que eles estão propondo não é exeqüível. Se querem uma fatia da CPMF, então vamos acabar com os investimentos [do PAC], não fazemos nada e dividimos [a receita]".

Em sua lista de reivindicações, divulgada anteontem, os governadores pedem participação em receitas que custariam no mínimo R$ 13 bilhões ao governo federal, em troca do apoio para aprovar medidas do PAC e a prorrogação da CPMF e da DRU (que permite ao governo gastar livremente 20% do Orçamento).Mantega, que já havia acusado o governador José Serra (SP) de não entender o PAC após suas críticas ao programa, disse ontem "assumir a culpa" pela incompreensão. "Talvez não estejamos explicando corretamente o PAC, que é sobretudo um amplo programa de investimento nos Estados, com todos contemplados."

Perpetuação

Prestem bastante atenção no que o senador José Sarney (PMDB-AP) está propondo em entrevista à Agência Câmara. Será a perpetuação do poder disfarçado por eleições de cartas marcadas?







Sarney defende implantação progressiva do Parlamentarismo
Uma reforma política urgente e capaz de implantar progressivamente o Parlamentarismo.
A iniciativa foi defendida em entrevista para a Agência Senado pelo senador José Sarney (PMDB-AP), que presidiu a Casa de 2003 a 2005, os dois primeiros anos da legislatura que se encerra. Sarney fez um balanço dos últimos quatro anos e disse que o Brasil tem perdido um tempo enorme tentando corrigir as dificuldades que a Constituição de 1988 trouxe para a governabilidade. Segue a entrevista aqui.

Lula x Governadores: Negociação aberta pelo presidente

O presidente LULA aceitou negociar o PAC no Congresso, informa matéria de Kennedy Alencar e Valdo Cruz para a Folha (assinantes, leiam aqui). Mas o presidente não vai atender ao pedido para destinar até 30% da arrecadação da CPMF para Estados e Municípios.

Ao menos 4 dos 12 pedidos dos governadores devem ser atendidos; medidas deverão aumentar verbas estaduais para obras.

O governo está disposto a negociar e atender ao menos 4 das 12 reivindicações apresentadas anteontem pelos governadores para apoiar no Congresso o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a prorrogação da CPMF (o "imposto do cheque") e da DRU (Desvinculação de Recursos da União).

Ontem, em reunião do Conselho Político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou rediscutir alguns pontos do PAC para incluir contribuições dos Estados, do Congresso e reunificar a base aliada. No entanto, Lula sinalizou que nem toda as reivindicações dos governadores serão atendidas.

"Ficou claríssimo que o plano está aí para ser discutido. Ficou claro que o PAC não é um projeto acabado, está aberto a discussões", disse o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que falou em nome dos integrantes do conselho após o encontro.

Com relação aos pedidos dos governadores, a Folha apurou que os quatro pontos "negociáveis" são: alteração nas regras de divisão dos recursos do Fundeb (fundo de educação básica); desoneração do PIS/Pasep para as empresas de saneamento; ampliação do repasse de recursos da Cide aos Estados; e a criação da DRE, uma DRU para os Estados.

Em conversas reservadas com Lula, ministros ouviram que "um pedágio" estaria dentro das regras do "jogo político" e que seria necessário ceder parcialmente aos Estados para aprovar assuntos de interesse do governo no Congresso.

Governadores aliados conversaram com Lula nos últimos dias e o alertaram para o risco de a equipe econômica adotar posição de negar negociação, como vem fazendo.

De acordo com eles, se isso acontecer, Lula veria aumentar a resistência no Congresso Nacional às aprovações de medidas "impopulares" do PAC -como a que trava ao aumento dos salários do funcionalismo e nova prorrogação de mecanismos que nasceram para ser temporários e que se perenizaram, a CPMF e a DRU (mecanismo que libera 20% das receitas vinculadas a determinadas áreas, como saúde).

Os governadores têm influência sobre as bancadas estaduais e avaliam que estão numa boa posição para arrancar contrapartidas financeiras do governo porque a CPMF e a DRU atuais expiram em dezembro. Os dois mecanismos são fundamentais para o governo fechar as contas públicas. A idéia é prorrogá-los por mais dez anos nos moldes atuais.Reunidos em Brasília anteontem, 12 dos 27 governadores apresentaram ao ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, a lista de 12 pedidos. A pauta será entregue oficialmente a Lula em março.

Rasgando o pacto federativo

A dama de ferro ou superministra, como queiram, Dilma Roussef (Casa Civil) disse ontem à jornalistas que a União não possue capacidade fiscal para dividir o bolo de arrecadação com os Estados e Municípios na maneira como está sendo proposto pelos governadores (leia matéria da Folha sobre o assunto aqui).
No blog do Alon o mesmo tema é abordado.
Ora, alguns Estados e Municípios vão se ferrar com os critérios adotados pelo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).
Só para se ter uma idéia da discrepância. Serão investidos algo como R$ 190 bilhões no sudeste e apenas R$ 23 bilhões no Centro-Oeste. O débito com a regiões mais pobres jamais será resgatado com planos dessa natureza.
O excesso de vinculações no Orçamento Geral da União cresceu nos últimos anos, o que levou a União a se endividar no mercado para pagamento de despesas obrigatórias quando dispunha de recursos sobrando em outros itens. Recentemente foi aprovada mais uma vinculação de gastos com uma emenda à Constituição destinando um percentual da arrecadação para a saúde.
Essas vinculações, somadas a gastos em boa medida incomprimíveis - pagamento de pessoal, benefícios previdenciários, contrapartidas de empréstimos externos - dificultam a capacidade do governo federal de alocar recursos de acordo com suas prioridades sem trazer endividamento adicional para a União.
E os Estados e os Municípios? E o Norte? Darão com os burros n'água, prá variar, em razão de sua desiquilibrada representação política.
As bancadas do Sul, Sudeste e Nordeste se comem nas questões partidárias, mas, quando o assunto é dinheiro, as ações dos líderes de bancada são articuladas em bloco, o que os torna imbatíveis.
Será que é justo apenas o governo federal ter garantido a sua capacidade de investimentos?
E os estados e municípios que fazem oposição ao governo Lula da Silva. Vão padecer?
Posso estar enganado, mas, sinto o ruído de papel rasgado: O equilíbrio do pacto federativo e isso é gravíssimo.

Uma esperança para o Marajó

Está previsto para o mês de março a conclusão do Plano de Desenvolvimento do Marajó. Segundo a Agência Pará as contribuições das consultas públicas sobre o Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Marajó, que se iniciam nesta terça-feira (30), em Salvaterra, deverão ser consolidadas até o final de março e prontas para implementação a partir de abril próximo.

O Plano do Marajó é resultado de um diagnóstico realizado pelo Grupo Executivo Interministerial no arquipélago, que identificou três grandes problemas no local: o desordenamento territorial, a precariedade de infra-estrutura, e problemas relacionadas à saúde, com ênfase às ocorrências de malária.

Tramita na Câmara dos Deputados projeto para a criação de um Território Federal na área que seria desmembrada do Pará, tal a inoperância com que o governo estadual trata os municípios que a compõem. Lá está a maior criação de búfalos do Brasil e a região detém um dos maiores potenciais turísticos de toda a Amazônia.

A disputa na Eletronorte

Leiam aqui na Coluna do jornalista Claudio Humberto a disputa na porrinha para quem presidirá a Eletronorte.
Em tempo, o blog aposta em José Priante ou na indicação de Dilma Roussef. No entanto, indicados e padrinhos são os homens mais poderosos do Brasil hoje, quando se fala de política.
Quem levará?

Sudam e o retrocesso

A contumaz desinformação cultural, histórica e jornalística que acomete alguns membros da chamada grande imprensa não é novidade para os habitantes da Amazônia. O dublê de comentarista e escritor Arnaldo Jabour já falou muita besteira sobre a região, mas, acha que: "Vamos andar para trás com a recriação da Sudam". Acerta na mosca quando fala de Jader Barbalho, José Osmar Borges e Arthur Tourinho entre outras grandes figuras carimbadas.
O ex-cineasta recomenda muito mais que fé aos paraenses. Ouçam clicando na frase grifada:
Ouça o comentário de Arnaldo Jabor

As vésperas da posse. Maluf resolve processar jornalista

Mesmo sem ter sequer assumido seu mandato como deputado federal. Paulo Salim Maluf já ensaia como será seu comportamento.
Segundo o Portal Comunique-se. O assessor de imprensa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), Adilson Laranjeira, anunciou que o político vai processar o jornalista da Folha de S. Paulo Daniel Bergamasco e o promotor de justiça Silvio Marques. Na terça-feira (23/01), o jornalista noticiou na coluna de Mônica Bergamo que Marques está entrando com uma ação civil pública para reaver R$ 170 milhões que teriam sido desviados dos cofres da prefeitura de São Paulo para a empresa de Maluf, Eucatex.

Comentário do blog: Velhas práticas estão de volta.

Sugestão de pauta permanente para a bancada de Carajás

Recebí a correspondência do publicitário e marketeiro mineiro Eduardo Sobreira que considero um irmão. Edú como o chamo, coloca com muita clareza alguns pontos fundamentais das desafiadora pauta que os novos parlamentares eleitos pela região sul/sudeste do Pará, onde se quer criar o Estado de Carajá através da realização de um plesbiscito a ser autorizado inicialmente pela Câmara dos Deputados terão pela frente.
Edú é um apaixonado pelo Pará e um defensor incondicional do povo que ali faz a sua vida.
Publico abaixo suas considerações e ressalto a lucidez de sugestão de uma agenda permanente que deveria pautar os nossos parlamentares eleitos em outubro último. Leiam e comentem:

Bom dia Val André!

Em primeiro lugar, gostaria de dar as boas vindas ao irmão pela sua volta de suas merecidas férias (que na verdade nunca são, acabamos trabalhando de um jeito ou de outro), no maravilhoso e sedutor Pará, voltando na sua cor original de “beduíno” que és cor “marrom oriental”, com o seu querido filho Valzinho à tira colo, para fazê-lo viver o seu sonho profissional, “músico”, num ano que promete muitas alegrias, a começar a sua mudança de gabinete na Câmara dos Deputados, com um ganho de qualidade indiscutível, e com a sua grande realização que espero, criação do tão sonhado “ESTADO DO CARAJÁS”.
Com o Dr. Giovanni Queiroz capitaneando de novo, os deputados Asdrúbal Bentes (muito eloqüente, participativo e produtivo), Bel Mesquita (em quem colocamos muita fé, mulher de garra e experiente, prevejo um belíssimo mandato), Wandenkolk Gonçalves (muita bagagem e experiência em se movimentar nestes cenários, visto os cargos que ocupou e missões que participou, mesmo sendo em outra esfera da política e da administração pública, pode surpreender com uma boa atuação), com as paixões e ideologias deixadas para o âmbito da disputa interna por espaços (local e regional), a união em prol do nosso maior sonho, o Novo Estado.
Do outro lado, o crescimento político na região do membro do PT Ademir Martins, se firmando como coordenador e líder da governadora Ana Júlia na região, com sua humildade, paciência e sabedoria, que lhe é peculiar, o fato de ser este o último mandato do Presidente Lula, a inteligência conjunta dos atores (todos) deste processo em alerta e ação, tendo na manga para negociação em bloco (mínimo de cinco votos que hoje valem milhão) no dia ou véspera da eleição do presidente da Câmara dos Deputados dando o apoio ao candidato que tiver firmado compromisso com a nossa causa: “Tudo pelo CARAJÁS!”
Bom querido irmão, este início do nosso papo é muito bonito, nos faz sonhar com um estado melhor e mais justo, governantes e políticos com reconhecimento e respeitabilidade, como os são neste momento (estou me referindo aos nossos cinco deputados), mas quando acordei hoje, cedo como de costume e você sabe, lendo os jornais e blogs dos jornalistas da nossa região, me deparei com uma nota que me despertou e ao mesmo tempo me entristeceu muito. No blog do jornalista Hiroshi Bogea, um comentário sobre o encontro da governadora Ana Júlia com o ministro do Trabalho Luiz Marinho, do dia 24/01.
Como conhecedor do problema, e você sabe o trabalho e a interação que tive com este tema, pois fui pioneiro na região em promover o esclarecimento e a mudança de comportamento e atitude (que na sua maioria eu não considero escravagista), e também as lutas aqui em Brasília (nas Comissões) para bloquear as iniciativas de oportunista e de interesse alheio às pessoas da nossa região, a riqueza e às propriedades produtivas e de grande valor social, (graças a Deus, é a grande e esmagadora maioria na nossa Região), pois se não fossem estas propriedades (mesmo que ocupadas e construídas em terras públicas, pois quando na sua maioria foram ocupadas, foi atendendo um chamado do governo da época, um chamado da nação brasileira, com o mote: “Integrar para não Entregar”. Hoje temos uma região fértil, de alta produtividade na sua vocação (extrativismo e pecuária), com alto nível de tecnologia implantada, mas com um resultado das outras áreas de produção, que por acaso dependiam de políticas públicas para desenvolverem e dar resposta social; não conseguiu, pois o estado e a política sempre lhes foram ausentes, como o caso dos segmentos da Pesca, Agricultura Familiar, Escola e Cultura, fora ainda às obrigações do Estado que é a proteção do cidadão com Saúde e Segurança.
Que meleca não meu caro irmão? Trabalho Escravo!!!
Encontramos sim o Trabalho Escravo tão absurdo e humilhante que deveria ser punido o Estado e condenado o praticante, pois o segundo tem a prática calçada na prevaricação do agente do estado. Mas temos que pára se posicionar sobre este assunto, conhecê-lo um pouco melhor e enxergar suas injustiças e suas reais intenções.
Desde quando isto começou, e você se lembra bem, estávamos ainda embrionários na relação com o tema, era uma previsão e promessas de ação do estado para a tão sonhada erradicação desta prática.
Quando este processo entrou em curso juntamente com outro tramitando na nossa mais alta Casa de Leis (pelo menos deveria ser...rss) contemplando o movimento dos favoráveis à reforma agrária a qualquer preço, que era a lei proposta pelo então senador Ademir Andrade (aquele do caso dos Portos do Pará, sua façanha mais recente) pedindo a expropriação das áreas onde forem executadas ações da brigada, que era o paladino da lei no momento e constatarem por suas próprias análises que ali, devido a algumas ou muitas irregularidades trabalhistas, já previstas com punições muitas vezes duras nas leis trabalhistas, existia Trabalho Escravo, e melhor definiram para serem mais abrangentes e poderem estender suas autuações na denominação de “trabalho análogo ao trabalho escravo” (triste), promovemos várias tentativas de esclarecer o real interesse do Estado nesta atitude.
Temos que entender uma coisa somos e defendemos a nossa região ou não?
Falar de um tema que só notícia e só é fiscalizado na nossa região por quê?
Não estranha a nossa população e principalmente aos nossos jornalistas e pessoas de expressão pública que este mal só está no nosso seio?
Não tiveram ainda a curiosidade de olhar um processo destes inúmeros hoje existentes, que na minha ótica, foram encontrados casos graves, mas na sua grande maioria, foram punidos pela sociedade, promovidas pelo governo, condenando pela prática que nem a justiça lhes condenou, pois pelo que sei a grande maioria dos processos até então não têm sentença, muitos em prateleiras que nem o judiciário quer mexer, pois não há legislação específica sobre a questão, falha da nossa “Casa de Leis”, o nosso deputado Giovanni é que bem expressa esta indignação ao termo análogo ao trabalho escravo (foi vítima de fiscalização ferrenha no período da eleição 2002) mais inteligente, perspicaz e velhaco como é, deu um tapa de luva na Brigada, acompanhando a fiscalização na sua propriedade e mostrando que ali não teria espaço para suas pretensões e não encontrando nenhuma irregularidade saíram de rabo entre as pernas.
Bom, Val sou defensor do respeito e da dignidade humana, da competência e da honra, da fraternidade e da ajuda humanitária, do cumprimento dos acordos e da justiça social...
Mas além de tudo sou defensor do “ESTADO DO CARAJÁS”, e infelizmente estes temas de alta complexidade com é este do Trabalho Escravo, de alto índice de excessos
praticados pela gana política (visto que os mentores e mandatários dessa devassa vergonhosa nas nossas propriedades, para dar satisfação ao movimento sem terra, às pressões sociais são nada mais nada menos pessoas radicais no trato com seus interesses representando uma renovação truculenta e demagógica, que nomeia Delegado Regional do Trabalho, Superintendente do Incra, e etc. Que apoiados por orçamentos generosos e também praticando o nepotismo e a usurpação do poder e do dinheiro público para se promover e elegerem, caso que pode ser analisado olhando nossas vicinais, a aplicação dos recursos de manutenção das mesmas, seus estado atuais de abandono e desleixo, votos expressivos dados por pessoas que no momento concede por estar pressionado, mas que no próximo pleito será dado ao novo gestor do órgão, pois ele é que terá pretensões e explorará o assentado o máximo que ele puder dando o escasso dinheiro público às mesmas pessoas (veja quem ganhou a licitação para a execução das obras de infra estrutura da ZR27 do Incra, e veja a quem esta empresa está ligada). Com certeza acharemos o fio da meada.

Quer fazer justiça? Que se faça com todos e a todos.
Não posso achar que a Letícia Sabatella pode ter uma escrava secretaria e não ser punida, mas acima de tudo subir em tribuna para defender punição para nossos irmãos do Estado do Carajás que, como ela, infringiu as leis trabalhistas.
Bem-vindo Giovanni, Asdrúbal, Bel, Zequinha e Wandenkolk!
Juntos tenho certeza que, com a assessoria de gente competente como nosso irmão jornalista Val-André Mutran, irão fazer respeitar as leis e defenderão todos os nossos irmãos do Carajás, do mais pobre ao mais rico, de injustiças e de iniciativas de extorsão política e social, que promoveriam benefícios somente para os alienígenas das ONG´s biopiratas mal intencionadas.
Vamos erradicar esta prática de trabalho escravo, punindo os desumanos que torturam e escravisam, mas vamos também defender nossa sociedade dos excessos praticados por políticos e administradores públicos.
Abraços, amigo.

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