Uma "chuva"...de blog's

Santarém está dando show em matéria de variedades de notícias, opiniões as mais diversas e opções para os leitores.

Quem está com blog novo na praça é o jornal O Estado de Tapajós com o blog do Estado, editado por Miguel Oliveira.

Marabá perde feio nese quesito.

Blog novo na área

Tem link novo nos Corredores.

Trata-se do blog do Dudu Dourado. De uma terra mágica chamada Santarém. Conhecem?

Gostei do blog. Não conheço Santarém, mas, pelas poucas pessoas que conheço de lá: Úh - lá - lá!!!

- Vou conhecer Santarém antes de morrer. Ah! Se vou.

Um bom carnaval à todos os Santarenos do futuro Estado do Tapajós.

Urge a criação do Carajás e do Tapajós

Ao ler com atenção o inesquecível discurso abaixo, meu ser entra em transe.
Minhas convicções renovam-se num bálsamo de esperança.
Todos meus sentidos ficam ao esturpor da possibilidade, da certeza, da concretude da missão de contribuir com a criação inadiável dos Estados do Carajás e do Tapajós.
As desigualdades são insuperáveis para a busca de um mínimo de dignidade frente à atual configuração de interesses do meu querido Pará.
O jogo é bruto.
Minha terra é bruta.
Meu povo é bruto.
Esse caminho da discórdia não é bom para nenhum de nós.
Vamos a têrmo de um consenso.
É o que temos que compactuar.
Vamos sentar e negociar.
Está colocado, portanto, o desafio de uma Pará multiplicado por três.
Quem de vós têm coragem de enfrentá-lo?

Mais informação ao leitores em wwww.estadodocarajas.com.br

JK fala na inauguração de Brasília

O carnaval de Brasília é fraquinho e todos sabem disso. Mas, a cidade está lotada de turistas para conhecer esse patrimônio da humanidade. Sua arquitetura moderna. Seus prédios públicos que assombraram o mundo revelando a genialidade de Oscar Niemeyer.

A construção de Brasília deu-se em menos de cinco anos. Prova cabal de que quando um governo quer fazer uma coisa simplesmente faz.

A transferência da capital enfrentou enorme resistência, especialmente da oposição da UDN, comandada por Carlos Lacerda, mas terminou prevalecendo. O discurso abaixo foi proferido por JK na sessão solene de instalação do governo no Palácio do Planalto, no dia 21 de abril de 1960. Naquele momento, a cidade, na verdade, ainda era um acampamento, com poucos prédios construídos e quase tudo por fazer. Mas o ato, simbolicamente, marcou a transferência da capital.

O DISCURSO
“Não me é possível traduzir em palavras o que sinto e o que penso nesta hora, a mais importante de minha vida de homem público. A magnitude desta solenidade há de contrastar por certo com o tom simples de que se reveste a minha oração.

Dirigindo-me a todos os meus concidadãos, de todas as condições sociais, de todos os graus de cultura, que, dos mais longínquos rincões da Pátria, voltais os olhos para a mais nova das cidades que o Governo vos entrega, quero deixar que apenas fale o coração do Vosso Presidente.
Não vos preciso recordar, nem quero fazê-lo agora, o mundo de obstáculos que se afiguravam insuportáveis para que o meu Governo concretizasse a vontade do povo, expressa através de sucessivas constituições, de transferir a Capital para este planalto interior, centro geográfico do País, deserto ainda há poucas dezenas de meses.

Não nos voltemos para o passado, que se ofusca ante esta profusa radiação de luz que outra aurora derrama sobre a nossa Pátria.

Quando aqui chegamos, havia na grande extensão deserta apenas o silêncio e o mistério da natureza inviolada. No sertão bruto iam-se multiplicando os momentos felizes em que percebíamos tomar formas e erguer-se por fim a jovem Cidade. Vós todos, aqui presentes, a estais vendo, agora, estais pisando as suas ruas, contemplando os seus belos edifícios, respirando o seu ar, sentindo o sangue da vida em suas artérias.

Somente me abalancei a construí-la quando de mim se apoderou a convicção de sua exeqüibilidade por um povo amadurecido para ocupar e valorizar plenamente no território que a Providência Divina lhe reservara. Nosso parque industrial e nossos quadros técnicos apresentavam condições e para traduzir no betume, no cimento e no aço as concepções arrojadas da arquitetura e do planejamento urbanístico modernos.

Surgirá uma geração excepcional, capaz de conceber e executar aquela "arquitetura em escala maior, a que cria cidades e, não, edifícios", como observou um visitante ilustre. Por maior que fosse, no entanto, a tentação de oferecer oportunidade única a esse grupo magnífico, em que se destacam Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, não teria ela bastado para decidir-me a levar adiante, com determinação inflexível, obra de tamanha envergadura. Pesou, sobretudo, em meu ânimo, a certeza de que era chegado o momento de estabelecer o equilíbrio do País, promover o seu progresso harmônico, prevenir o perigo de uma excessiva desigualdade no desenvolvimento das diversas regiões brasileiras, forçando o ritmo de nossa interiorização.

No programa de metas do meu Governo, a construção da nova Capital representou o estabelecimento de um núcleo, em torno do qual se vão processar inúmeras realizações outras, que ninguém negará fecundas em conseqüências benéficas para a unidade e a prosperidade do País.

Viramos no dia de hoje uma página da História do Brasil. Prestigiado, desde o primeiro instante, pelas duas Câmaras do Congresso Nacional e amparado pela opinião pública, através de incontável número de manifestações de apoio, sinceras e autenticamente patrióticas, dos brasileiros de todas as camadas sociais que me acolhiam nos pontos mais diversos do território nacional, damos por cumprido o nosso dever mais ousado; o mais dramático dever.

Só nós que não conheciam diretamente os problemas do nosso Hinterland percebemos, a princípio, dúvida, indecisão. Mas no País inteiro sentimos raiar a grande esperança, a companheira constante em toda esta viagem que hoje concluímos; ela amparou-nos a todos, a mim e a essa esplêndida legião que vai desde Israel Pinheiro, cujo nome estará perenemente ligado a este cometimento, até ao mais obscuro, ao mais ignorado desses trabalhadores infatigáveis que tornaram possível o milagre de Brasília.

Em todos os instantes nas decepções e nos entusiasmos, levantando o nosso ânimo e multiplicando as nossas forças, mais de que qualquer outro amparo ou guia, foi a Esperança valimento nosso. Um homem, cujos olhos morreram e ressuscitaram muitas vezes na contemplação da grandeza - aludo, novamente, a André Malraux - viu em Brasília a Capital da Esperança.

Seu dom de perceber o sentido das coisas e de encontrar a expressão justa fê-lo sintetizar o que nos trouxe até aqui, o que nos deu coragem para a dura travessia, que foi a substância, a matéria-prima espiritual desta jornada. Olhai agora para a Capital da Esperança do Brasil. Ela foi fundada, esta cidade, porque sabíamos estar forjada em nós a resolução de não mais conter o Brasil civilizado numa fímbria ao longo do oceano, de não mais vivermos esquecidos da existência de todo um mundo deserto, a reclamar posse e conquista.

Esta cidade, recém-nascida, já se enraizou na alma dos brasileiros; já elevou o prestígio nacional em todos os continentes; já vem sendo apontada como demonstração pujante da nossa vontade de progresso, como índice do alto grau de nossa civilização; já a envolve a certeza de uma época de maior dinamismo, de maior dedicação ao trabalho e à Pátria, despertada, enfim, para o seu irresistível destino de criação e de força construtiva.

Deste Planalto Central, Brasília estende aos quatro ventos as estradas da definitiva integração nacional: Belém, Fortaleza, Porto Alegre, dentro em breve o Acre. E por onde passam as rodovias vão nascendo os povoados, vão ressuscitando as cidades mortas, vai circulando, vigorosa, a seiva do crescimento nacional.

Brasileiros! Daqui, do centro da Pátria, levo o meu pensamento a vossos lares e vos dirijo a minha saudação. Explicai a vossos filhos o que está sendo feito agora. É sobretudo para eles que se ergue esta cidade síntese, prenúncio de uma revolução fecunda em prosperidade. Eles é que nos hão de julgar amanhã.

Neste dia - 21 de abril - consagrado ao Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ao centésimo trigésimo oitavo ano da Independência e septuagésimo primeiro da República, declaro, sob a proteção de Deus, inaugurada a cidade de Brasília, Capital dos Estados Unidos do Brasil.”

Fotos: Val-André Mutran # Ag. Câmara # Radiobrás # Dicas de Brasília

Preconceito não. Ética, por favor

De brinde, trecho do Painel da Folha de hoje sobre a ex-mini$tra:

"Férias corporativas
Enquanto se desdobra para explicar os R$ 171 mil que gastou no cartão corporativo no ano passado, a ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) terá uma tarefa extra: justificar despesas de R$ 2.969,01 de 17 de dezembro de 2007 a 1º de janeiro. O site do ministério informa, sobre o período: "A ministra Matilde Ribeiro está de férias até 1º de janeiro de 2008".

Entretanto, o cartão de Matilde não parou de registrar gastos. Só na véspera do Natal, a ministra pagou R$ 1.876,90 para uma locadora de carros. No dia 17, o primeiro das férias, Matilde gastou R$ 600 no aluguel de veículos, R$ 303 de hotel, R$ 86,46 num restaurante e, finalmente, R$ 104 no bar Canto Madalena, notório reduto de petistas na zona oeste de São Paulo.

Vai um choppinho públicogratuitoedequalidade aí para promover a igualdade racial?

Cliente antiga. A fatura do cartão de Matilde explodiu no ano passado, mas ela começou a gastá-lo no dia 21 de julho de 2006. E, logo nos seis primeiros meses, desembolsou R$ 55,5 mil: R$ 45 mil para alugar carros, R$ 7,5 mil em hotéis, e R$ 2,5 mil em restaurantes e choperias.

Eu sozinha. A ausência de manifestações de apoio a Matilde no PT tem explicação: a ministra não esteve associada a nenhuma corrente na última eleição do partido, em dezembro. Lançou chapa própria e conseguiu apenas uma vaga no Diretório Nacional petista, que tem 81 cadeiras."

Fonte: Nova Corja

A culpa foi dos senhores de escravos

O PT emitiu nota em solidariedade à ex-ministra da Igualdade Racial Matilde Ribeiro. O texto, claro, só poderia ter sido assinado por Ricardo Berzoini. Para variar, a culpa é das Capitanias Hereditárias, não dos cerca de 13 mil funcionários que usam o cartão corporativo. Berzoini recorreu até ao típico argumento de que Matilde foi vítima de racismo. Bom, o TCU fez auditoria nos 42 cartões corporativos da Presidência da República.

Abaixo, o texto do PT:
"PT se solidariza com Matilde e destaca sua dignidade e competência à frente da Seppir

Fonte: Nova Corja

Sobre Carnaval

De cara vou logo esclarecendo que não sou uma metamorfose ambulante. Já houve época, no entanto, que gostei do Carnaval. Saía com os amigos nos blocos de sujo em Belém. Na minha querida Quem São Eles, -e, quando morei em Macapá, era um dos primeiros foliões a comprar a fantasia na Escola de Samba Piratas da Batucada.

Isso mudou.

Vou aproveitar esse carnaval para colocar minhas coisas em ordem.

Planos, planejamentos e planilhas. Farei o meu PPP no feriadão.

Vou desenhar e tentar encarar com disciplina um maior rigor nos gastos, pois, aqui no DF não tem refresco. Tudo cai sobre nossas cabeças entre janeiro e fevereiro. E tudo subiu por demais na cesta do custo de vida de uma das cidades mais caras do mundo em dólar.

IPTU teve aumento em média de 60% prefiro nem adjetivar.

Escola e trasporte escolar, subiram além da inflação. Renovação de seguro dos carros já virá com um acréscimo, fruto do aumento de impostos que Lula disse que não daria para compensar a CPMF e foi justamente o que ele fez.

Naturalmente os banqueiros passarão a conta para os pobres mortais como eu e você.

Vou encarar de frente as pastas e separar os recibos para fazer a minha declaração do imposto de renda. Sempre as fiz e tenho como prêmio o 1.0 lote da restituição.

Restituição? Nem sei se este ano terei esse privilégio.

A Receita Federal é outra que não dorme no ponto. Disponibiliza sempre o programa para download para a declaração no máximo até o final deste mês quando já estarei na pauleira do trabalho diário na Câmara dos Deputados.

Aproveitarei para organizar minha biblioteca que está uma vergonha. Não encontro mais nada.

Não posso deixar de arrumar, organizando-os como gosto os DVD's e CD's. É uma desvairada loucura como eles estão. Até capas trocadas flagrei alguns hoje.

Por falar nisso. Hoje mesmo achei coisas lacradas que ainda não havia sequer visto e ouvido.

Há pilhas medonhas de revistas e livros tecnicos, misturados com romances e poesias que nem toquei ainda soltos por todo o escritório, o que está aborrecendo demais a minha mulher.

Não se deve aborrecer a nossa mulher.

Preciso trocar uma lâmpada na área externa da casa que estou protelando há uns três meses!

Oxalá tenha tempo útil para tamanha tarefa. Ufa!!

Farei deste Carnaval o meu aliado para um bom início de ano.

Blog do Jeso Carneiro: de cara nova e campeão de acessos no Pará

Campeão de acessos em todo o Pará e na ativa desde o ano de 2005, o blog do Jeso agora é site.

Com lay out novo e mais de 300 mil acessos, o blog é referência para leitores que residem no estado, que são do estado, mas, que por qualquer motivo estão em outros estados e em outros países.

Rentabilizado pelo google AdSence, além de outros anunciantes, numa plataforma WordPress.org.

Seu editor optou, em minha opinião para uma migração acertada, com visual limpo.

Gostei.

Agradeço a gentileza do link deste espaço, o que muito nos orgulha.

Sucesso amigo Jeso e vamos ao primeiro milhão.

Para acessá-lo clique na imagem ou clique no link rolando a barra do scroll à direita.


Lula espera pedido de demissão





Tânia Monteiro e Leonêncio Nossa, BRASÍLIA

Auxiliares próximos da ministra da Igualdade Racial afirmam que ela pode anunciar saída do cargo ainda hoje


A situação da ministra da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, suspeita de uso irregular do cartão de crédito corporativo da Presidência, é insustentável, segundo dois ministros ouvidos ontem pelo Estado. Eles disseram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pretende demitir a ministra, mas aguarda seu pedido de demissão. A demora de Matilde em dar explicações sobre os gastos é considerada um agravante. A avaliação é de que, sem deixar o cargo - o que é considerado um desfecho praticamente irreversível -, ela alimenta uma crise que constrange todo o governo.


Apesar do desgaste e da pressão por sua saída, Matilde despachou durante todo o dia de ontem na secretaria. Segundo sua assessoria de imprensa, ela cumprirá agenda normal hoje, também com despachos internos. Mas auxiliares próximos afirmam que a ministra pode anunciar sua demissão até o fim do dia.
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Atualizando:
Não é mais ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Ela acaba de pedir demissão nesta sexta-feira (1o), admitiu que errou ao ter gasto R$ 171 mil em 2007 com o cartão corporativo do governo federal. Ela disse, entretanto, que foi induzida ao erro. A ministra também anunciou a saída de dois funcionários e insinuou ter sido vítima de preconceito.

O princípio da precaução e a Vale do Rio Doce

Por Alon Feuerwerker

Imaginem o imbróglio que seria algum estrangeiro comprar a cvrd e depois os tribunais brasileiros decidirem que a privatização deve ser anulada. estaria criado um gravíssimo abacaxi diplomático.

O conceito que está no título desta coluna é caro aos ambientalistas. Segundo o princípio da precaução, ou de sua interpretação mais estrita, você não deve fazer nada que possa ter sobre o meio ambiente conseqüências ainda não previsíveis, e portanto não preveníveis. Mas a tese não se aplica apenas ao ambientalismo. Ainda que informalmente, o princípio da precaução rege, por exemplo, a política das grandes potências para seus recursos naturais não renováveis.

Um caso de precaução é a atitude dos Estados Unidos em relação ao petróleo. Sempre que possível, os americanos preferem consumir o petróleo dos outros enquanto preservam o seu. Para defender essa estratégia, se preciso vão à guerra. Na pátria operacional do liberalismo e da economia de mercado, a idéia de um mundo que se auto-regula pela lei da oferta e da procura também tem os seus limites.

Mesmo com o petróleo a US$ 100 o barril, e com todas as conseqüências que o patamar de três dígitos possa ter sobre o crescimento da maior economia mundial, não se vêem os Estados Unidos inundando o mercado com o óleo proveniente de suas reservas, para tentar baixar o preço. Faz sentido. Os americanos não podem mesmo estar à mercê de outros países em questões estratégicas. Não podem admitir ficar na mão de algum governante insensível, ou maluco, que certo dia decida fechar uma torneira e com isso paralisar a única superpotência do planeta.

O exemplo de Saddam Hussein está aí para demover os incautos. Depois que ele invadiu o Kuwait, no começo dos anos 90 do século passado, tudo deu errado. Uma coisa boa nos Estados Unidos, para os americanos, é que invariavelmente os governos americanos defendem o interesse dos Estados Unidos. Mesmo quando, como é o caso do petróleo, precisam mandar às favas a ideologia. Já que o grande país no norte das Américas é um exemplo de nação que deu certo, talvez seja o caso de copiá-los nesse particular.

A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), simpaticamente reapelidada de "Vale" em sua nova paginação, realiza movimentos para adquirir a anglo-suíça Xstrata. Em teoria, trata-se de uma empresa brasileira ganhando posições no mercado mundial de mineração. Na prática, é preciso saber com alguma margem de certeza se a compra não é, na verdade, o primeiro capítulo de uma venda lá na frente.

No dia em que os felizes acionistas controladores da CVRD conseguirem passar adiante sua fatia no business, terão realizado um dos mais fantásticos negócios da história do capitalismo, já que a empresa hoje vale (sem trocadilhos) algumas dezenas de vezes o preço obtido por ela na privatização. Considerando que um dos principais donos atuais da CVRD é um banco, e que o negócio dos bancos não é mineração, mas entrar e sair de negócios ganhando um bom dinheiro, ninguém poderá condenar o acionista da CVRD se ele considerar seriamente a possibilidade de fazer tal magnífico upside.

Nessa hipótese, estaríamos diante de um típico caso em que o interesse nacional não se confunde com o interesse de uma empresa, por mais importante que seja ela. Por uma casualidade, a realidade deste começo de século 21 acabou colocando os produtores de commodities em situação privilegiada no panorama econômico mundial. Agradeçamos às centenas de milhões de chineses que não cessam de entrar no mercado de consumo. E cuidemos bem do que é nosso. Por mais entristecidos que possam ficar os acionistas da CVRD.

Até porque há outro problema no caso da CVRD. A própria venda da companhia pela União, uma década atrás, é contestada na Justiça. Imaginem o imbróglio que seria algum estrangeiro comprar a CVRD e depois os tribunais brasileiros decidirem que a privatização dela teve problemas que imponham a anulação da coisa toda. Estaria criado um gravíssimo abacaxi diplomático entre nós e um (ou mais de um) país desenvolvido. Que certamente viria para cima do Brasil, e com tudo.

O princípio da precaução recomenda que o país e o governo fiquem de olhos bem abertos diante dos movimentos dos acionistas controladores da CVRD e dos potenciais financiadores do negócio com a Xstrata. Não vai ficar bem para Luiz Inácio Lula da Silva e o PT assistirem passivamente à desnacionalização da CVRD. Mesmo que hoje ambos saboreiem a auto-suficiência característica do poder, sempre é prudente (olha aí de novo, o tal princípio) lembrar que sobre o futuro há uma única coisa certa: ele sempre chega.

O bloco da tapioca

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, bateu duro ontem e ironizou a idéia da CPI para investigar o abuso dos cartões corporativos do governo. Lembrou que uma das denúncias é sobre um gasto de R$ 8,30 feito pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva, numa tapiocaria de Brasília. “Não vejo motivo para CPI. Vão chamar um ministro para falar de tapioca. Vai virar a CPI da tapioca.”

Caso semelhante, porém, envolvendo convênio no valor de milhares de reais do contribuinte, e até hoje sob suspeita, a época em que era presidente da Assembléia Legislativa do Pará, coloca o senador Mario Couto (PSDB-PA), agora mais conhecido como senador tapioca, mais mudo do que nunca.

As vésperas do Carnaval. Está formado, portanto, o Bloco dos Tapiocas.

Vai encarar?

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