A Vale de Hitler

Alguém consegue ver uma semelhança!?

Jornalismo no Pará, a crise da profissão: o glamour e o lado sombrio. Com Paulo Sílber e Jorge Reis.

Um programa sobre pecados e virtudes do jornalismo, as atrações e tentações da profissão, o glamour e o lado sombrio  do jornalista. Jornalismo e empresa - e a liberdade de imprensa, no meio disso. 

A comunicação deixou de ser um território dominado por especialistas e corporações e se transformou em um ambiente frequentado pela sociedade, em que o protagonismo é das pessoas, não dos profissionais. O que o jornalista deve fazer para recuperar a relevância nesse ambiente?

Esses e outros assuntos estão na pauta desta noite, ao vivo, das 20 às 21 horas, no programa "Linha de Tiro", o penúltimo de 2018. O convidado é um dos melhores talentos da imprensa nortista, o jornalista Paulo Sílber, que já foi correspondente da revista "Veja" no Pará e tem larga experiência de atuação no comando das redações de jornais de Belém. 

O outro convidado do programa é o consultor de comunicação JorgeReis, que já dirigiu em Belém o Sistema Liberal de Rádio, e em Recife (PE), atuou na Globo FM. Atualmente, ele presta consultoria a várias empresas de comunicação, dentre elas à Rádio CBN FM, de Belém. 

Na mediação, o jornalista Carlos Mendes. O público pode participar com comentários e perguntas aos entrevistados. Os links para ver e participar do programa são os seguintes:




https://www.youtube.com/channel/UC-54N_aJhLmeQq2vtalmi2Q

Publicitário Orly Bezerra é o entrevistado do "Linha de Tiro", nesta quinta-feira à noite, ao vivo, com transmissão simultânea por este blog

Há mais de 30 anos atuando no mercado publicitário e no marketing eleitoral - onde, aliás, elegeu governadores e prefeitos no Pará e em outros estados, Orly Bezerra é o entrevistado desta noite, de 8 às 9, ao vivo, do programa "Linha de Tiro". O entrevistador é o jornalista Carlos Mendes, editor do Ver-o-Fato


Orly vai falar sobre a carreira profissional e contar "causos" de campanhas eleitorais de personagens da política paraense, além de opinar sobre a influência das mídias digitais nos métodos tradicionais de eleição de políticos.


O público vai poder participar, fazendo comentários e perguntas ao entrevistado. Como tem acontecido nas últimas edições do "Linha de Tiro", uma rede de sites e blogs espalhados pelo Pará estará retransmitindo o programa.


Os links para assistir o programa e dele participar são os seguintes:

Facebook.

Ver-o-Fato.

Instagram.

YouTube.

E neste Blog.

Coluna Direto de Brasília - Ed. 01, junho de 2018

Coluna Direto de Brasília – Por Val-André Mutran

Uma coletânea do que os parlamentares paraenses produziram durante a semana em Brasília
Esta coluna é semanal e escrita especialmente para o Blog do Ze Dudu.
Corte Regional
Alertado por empresários do Oeste do Estado, na manhã da última terça-feira, 19, apreensivos com a notícia do fechamento das agências da Receita Federal de Itaituba, Novo Progresso e Oriximiná, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) já oficiou o Secretário-Geral da Receita Federal, Jorge Antonio Deher Rachid, para uma audiência onde vai trabalhar para reverter a decisão.
Corte Nacional
A Coluna ouviu a opinião de pelo menos quatro deputados federais e um senador paraense. Todos foram unânimes: é um grande erro do governo federal. A decisão do Ministério da Fazenda determinou à Receita Federal um plano de redução de custos que engloba o fechamento de 58 agências da Classe “D” em todo o Brasil. A estrutura da Receita mantém unidades que variam de classes que vão de “A” a “D”, conforme seu potencial de demanda. A classificação mais alta implica em estrutura organizacional mais reforçada. O corte foi de “baixo para cima”.
Corte de Cima para Baixo 
Entretanto, a decisão unilateral do Governo Federal que irritou os parlamentares paraenses, que sequer foram comunicados, foi considerada uma atitude equivocada. O senador Flexa Ribeiro foi taxativo: “As grandes distâncias entre os municípios do Pará e as condições precárias das estradas federais que ligam a região são fatores que dificultam o deslocamento para acessar outras unidades da Receita Federal na mesma região.”
Sensação de impunidade no “ar”
A ausência de fiscalização federal em Itaituba – que produz uma tonelada de ouro por mês – vai facilitar o contrabando e descaminho do metal mais precioso da Terra, alertou Flexa Ribeiro. “Os sonegadores terão uma menor sensação de risco, podendo resultar numa arrecadação mais baixa de tributos, gerando um impacto negativo aos municípios, que passarão a contar com repasses menores”, explicou o contador Antônio Chagas, que tem um escritório de contabilidade em Itaituba.
Prestígio inabalado
Já está decidido, o vice-Governador do Pará, Zequinha Marinho, líder do PSC, recebeu as bençãos do pastores e do Presidente da Convenção Estadual da Assembléia de Deus no Estado do Pará (COMIEADEP), pastor Gilberto Marques, para a pré-candidatura ao Senado. Da mesma forma, após avaliação do partido e da mais poderosa denominação evangélica do Pará, a deputada federal Julia Marinho e o deputado Dr. Jaques Neves foram os ungidos.
Mantendo a palavra
No entanto, o apoio da COMIEADEP à sucessão do governador Simão Jatene será para o deputado estadual e pré-candidato Marcio Miranda (DEM-PA), mantendo o acordo firmado anteriormente com o chefe do executivo estadual. A parceria entre o governo Simão Jatene e a COMIEADEP no âmbito do convênio que viabiliza o apoio ao imprescindível trabalho do Hospital Galileu, destaque entre as centenas de obras sociais da Assembléia de Deus, falou mais alto. “É uma grande obra em favor dos menos favorecidos”, destacou Edilson Brandão, secretário-geral do PSC, cuja legenda já fechou questão e apoiará Helder Barbalho (MDB) como futuro inquilino do Palácio dos Despachos.
Um paraense com lugar garantido na Galeria de notáveis do Parlamento 
Presidente da única Comissão Permanente do Parlamento brasileiro considerada de Estado e não de Governo. As impressionantes credenciais acadêmicas do deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA) são festejadas no andar de cima do Itamaraty, da chancelaria brasileira e da diplomacia internacional. Tudo por obra e graça da competência e brilhantismo, há décadas não vista, desde Fernando Henrique Cardoso, na condução dos trabalhos estratégicos da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN), sob o comando do parlamentar paraense.
Medida contra decisão de Trump
O presidente da CREDN nem precisou enviar a manifestação dos membros da Comissão ao governo americano, somando-se aos protestos da comunidade internacional que aumentaria os níveis da pressão contra o presidente estadunidense Donal Trump, na polêmica decisão de separar pais de filhos de levas imigrantes tentando ingressar ilegalmente nos Estados Unidos através da fronteira do México. Cinco famílias brasileiras foram presas pelas autoridades americanas nessa condição, mas o presidente americano revogou a medida.
Peça chave na água
O trabalho de altíssimo nível do deputado Nilson Pinto é, para quem não sabe, estratégico à frente da CREDN. Ao lado do Itamaraty, da Defesa Nacional e como um dos representantes do Legislativo Federal, Nilson Pinto tem, dentre suas atribuições, contribuir para a finalização da construção do 1º Submarino Nuclear brasileiro.
No ar…
Também cabe a Nilson Pinto ser um dos protagonistas do esforço nacional para tornar o cargueiro bijato KC-390, da Embraer, o substituto tecnológico mais adequado no mercado internacional do lendário Lockheed C-130 Hercules, que apesar da vida longa na categoria de avião de carga de médio porte, longe de gigantes como o Boeing C-17 ou o Airbus A400M Atlas, não atende mais as novas exigências do mundo moderno. Recém-lançado, o cargueiro bijato KC-390 da Embraer é muito mais moderno e o principal concorrente do Hércules – ainda que este esteja novamente se reinventado, com o modelo C-130J Super Hércules.
Asdrúbal convocado novamente
Recentemente desincompatibilizado da direção da maior Superintendência Nacional do Incra, a SR-27, o ex-deputado federal Asdrúbal Bentes foi novamente convocado pela direção do MDB paraense para concorrer ao cargo de Deputado Estadual. O advogado, ex-presidente do Paysandu, ex-prefeito de Salinópolis, e cinco vezes deputado federal, entregou, quando estava à frente da SR-27, nada menos que 1.500 títulos definitivos de terras que há 20 anos não eram concedidos no Pará. Asdrúbal disse à coluna que está pronto para o novo desafio.
MP 823
O deputado federal José Priante (MDB-PA) entregou ontem (21) relatório favorável à Medida Provisória 823, que visa destinar 190 milhões de Reais para prestar assistência humanitária aos 25 mil refugiados da Venezuela em Boa Vista (RR). Os venezuelanos já representam 7,5% dos moradores da capital de Roraima.
Beto Salame
Preocupado com a educação superior no Pará, o deputado federal Beto Salame (PP-PA) destinou, em emendas de bancada, R$2.843.000,00 para as Universidades no Estado do Pará localizadas em Cametá, Santarém e Paragominas, entre outros. Dentro desse pacote, no sul e sudeste paraense, Salame destinou R$400 mil para o Campus da UFRA em Parauapebas; R$400 para a Unifesspa em Marabá; e R$250 mil para a Unifesspa de Santana do Araguaia. As emendas são carimbadas para custeio e/ou aquisição de equipamentos.
Por Val-André Mutran – correspondente do Blog em Brasília

Imunização cognitiva

Republico essa jóia rara em forma de texto, redigido pelo meu amigo e brilhante médico Dr. Faure.
IMUNIZAÇÃO COGNITIVA
Entenda cientificamente como a neurociência explica isso!
Os estudiosos explicam com a imunização cognitiva.
Cognitiva vem de cognição, que é o processo de aquisição do conhecimento, incluindo o pensar, a reflexão, a imaginação, a atenção, raciocínio, memória, juízo, o discurso, a percepção visual e auditiva, a aprendizagem, a consciência, as emoções. Envolve os processos mentais que influenciam o comportamento de cada indivíduo.
A imunização cognitiva é um escudo que permite que as pessoas se agarrem a valores e credos, mesmo que fatos objetivos demonstrem que eles não correspondem à verdade. A pessoa cognitivamente imunizada está no terreno da fé, que dispensa o raciocínio lógico. Para ela, argumentos lógicos não têm relevância.
E então assistimos gente com estudo, inteligente, articulada, que sabemos que não está tirando nenhum proveito material, defendendo em público o indefensável. Como é que essas pessoas chegam a esse ponto?
Bem, existem ao menos cinco fases no processo de imunização cognitiva.
Primeira fase: isolamento de quem tem opiniões contrárias, protegendo suas ideias. A pessoa vai eliminando de seu convívio ou mesmo de sua atenção, quem pensa diferente.
Segunda fase: redução da exposição às ideias contrárias. Passa a ler e ouvir apenas as opiniões em linha com seus credos. Nos estados totalitários, é quando a liberdade de expressão passa a ser ameaçada, quando a imprensa perde a liberdade, quando vozes dissidentes são caladas. É quando os processos educacionais adotam opiniões selecionadas, com autores e textos cuidadosamente escolhidos para seguir apenas uma visão de mundo.
Terceira fase: conexão dos credos a emoções poderosas. Se você não seguir aquelas ideias, algo de ruim vai acontecer. Lembra do "se você pecar, vai para o inferno"? Se você não votar naquele candidato, sua vida, suas economias, seus benefícios estarão em perigo...
Quarta fase: associação a grupos que trabalham para combater as ideias dos grupos contrários. Isso acontece não só em política, mas até mesmo na ciência, quando métodos de investigação científica focam nas fraquezas das teorias adversárias, ignorando os pontos fortes.
Quinta fase: a repetição. Repetição, repetição, repetição. Cria-se um tema, um slogan que materializa um determinado credo ou visão, que passa a ser repetido como um mantra, numa técnica de aprendizado. O grito "não vai ter golpe", por exemplo, não é uma criação espontânea, obra do acaso. É pensado, calculado. Sua repetição imuniza cognitivamente as pessoas contra os argumentos a favor do impeachment.
Os especialistas em psicologia das massas sabem que nossas mentes evoluíram muito mais para proteger nossos credos que para avaliar o que é verdade e o que é mentira. E os especialistas em comunicação constroem retóricas fantásticas, com intenção de desviar o tema principal e, especialmente, imunizar cognitivamente os soldados da causa.
E aí, meu caro, minha cara, não adianta mostrar o vídeo, o recibo, o cheque, o testemunho do caseiro, a ordem da transportadora, o grampo telefônico... O imunizado cognitivo está vacinado contra fatos objetivos.
Naturalmente esse "torpor cognitivo" não se restringe ao campo politico, social, econômico ou religioso. Ele perpassa todas as áreas da vida humana e faz, por exemplo, que uma pessoa acredite, mesmo contra a razão, que o Brasil é o melhor lugar do mundo, que o capitalismo é o responsável por todos os males do mundo, que chá de boldo cura o câncer e por aí vai.

Eles sempre se entendem ou o conto da raposa


Eles sempre se entendem ou o conto da raposa
por *Val-André Mutran Pereira

Em tempos de radicalizações e rompimentos políticos, muitos neófitos que agora começam a experimentar as fortes emoções do mundo político, tem dificuldades para entender que nessa arte mais se esconde do que se mostra.

Uma das principais qualidades dos políticos que há décadas sustentam-se no poder é repetir o mantra: “Política não se faz com o fígado.”

Qual a imagem tradicional que temos do político?
O sujeito astuto, esperto, loquaz, que dá nó em pingo de água, diz uma coisa e faz outra.

Quando alguém o "aperta de jeito, garante que não mentiu. Apenas omitiu.

Qual animal associamos ao político? A raposa. 
Vemos o político como alguém sinuoso, escorregadio, que negaceia, negocia, escapole, se safa. Quase todos os partidos brasileiros se parecem e contam com raposas nos seus quadros. Alguns, contudo, se destacam mais que os outros e isso é diretamente proporcional a “qualidade” de seus quadros.

Os políticos que se perpetuam no poder é raposa velha, matreira, escolada, pelo liso e fofo.

Nunca fazem inimigos, eventualmente tem adversários.

Como uma raposa neutraliza um adversário?

––Acuando sua vítima. Quer seja com o oferecimento de vantagens, dinheiro, de preferência ou cargos, se for possível.

Muitos tolos afoitos, defendem o seu político predileto como a um Deus. “Quebra o pau”  quando alguém fala mal; “põem a mão no fogo” por sua lisura e honestidade. É deste tipo de tolice e ingenuidade que mais agrada a raposa.

O Raposão, malandro, nunca espanta ninguém, afinal a concorrência é dura para sobreviver nessa selva de profissionais. Enquanto os militantes adversários “matam-se”, a felpuda raposa se acerta “por debaixo dos panos” com seus opositores. Se não diretamente, através de “pombos correios”. Há um grande número de pombos correios próximos as raposas.

Governos
Há governos em nome de raposas mais ou menos peludas. Há novas e talentosas raposas despontando na área, outras, descendo a ladeira.
Há raposas de todos os tipos no Brasil: honestas, desonestas, ardilosas, sofisticadas, rústicas… A estratégia de uma raposa para chegar ao poder é pura "raposice". Esconde-se o programa de governo durante toda a campanha. Questionada a raposa, respondem com seu mantra: “Vamos dialogar”. 

O programa, porém, pode existir ou não. Na maioria das vezes, contrata-se alguém para escrevê-lo e o candidato passa os olhos por cima.

Raposas calejadas, dependendo da situação, tem um apetite especial para: privatizar, esquartejar o Estado, lipoaspirar o mamute, dentre outros planos obscuros. Se eleito, é posto a cabo a segunda parte da raposice": se receber o Estado em crise, culpa o governo anterior. Se a situação for péssima, deixa a crise se ampliar, hiperdimensionando-a, e em seguida, prepara o espírito da mídia e de boa parte da população para a necessidade do remédio amargo, caso contrário, o paciente morre. Depois, é só dar o bote. Transparência zero. E você, militante, pode ser a próxima vítima.

*Val-André Mutran Pereira - é jornalista, analista de sistemas e engenheiro de software. 

Música: Al Jarreau e magistral interpretação de "Your Song"


Jamais direi, para mim mesmo, que viver não vale a pena.
Entendo que viver é ser um filho de Deus, sobre todas as coisas.
Ter a chance de apaixonar-se, certamente é garantia de dias melhores na Terra. O Céu, sua existência, talvez seja algo demais. 
––E como ficamos, se o Céu não passa de uma mentira?
Basta, para mim, a oportunidade de viver e me sentir apaixonado.
––Isso realmente me torna um filho de Deus.
––Amo essa música, sua letra e quem está a interpretá-la.
Só, os filhos de Deus, podem fazer esse tipo de escolha, de modo a ouvir Al Jarreau, confirmando que amar é sobretudo: viver, ao interpretar "Your Song".

https://www.facebook.com/valandremutran/videos/10155890734674775/

RELATÓRIO FINAL DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO FUNAI-INCRA

Vejam aqui o Relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito Funai-Incra, criada por meio do Requerimento de Instituição de CPI nº 026/2016 – destinada a “INVESTIGAR FATOS RELATIVOS À FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI) E AO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA (INCRA) NOS TERMOS QUE ESPECIFICA” – (CPI FUNAI-INCRA 2).

Entrevista: A violência e seu reflexo nas eleição de 2018 no Pará


Delegado com formação acadêmica e considerado linha de frente. Remanescente “era de ouro” da crônica policial paraense. Delegado João Moraes é apresentado sem censura nessa entrevista ao jornalista Val-André Mutran, em Brasília.

Redator: Val-André Mutran

Entrevistado: Delegado João Moraes
  • Repórter –– Conte-nos um pouco de sua história, origem e o que lhe motivou, sendo um Bacharel em Direito, seguir carreira na área policial? Foi vocação ou há precedentes na família? 
  • Delegado João Moraes – Meu nome é João Nazareno Nascimento Moraes, também conhecido como Delegado Moraes. Sou um Humanista, criado em família tradicional, cuja maior herança foi a cultura adquirida de respeito à base familiar e de amor a pátria.
    Meus pais foram contra, no início, com a minha decisão inicial de deixar a minha estável carreira como advogado, rapidamente estabilizada no mercado, e fazer a ruptura para me preparar para ser um Delegado de Polícia.
    Doutorando, Mestre em Direito nas Relações Sociais pela Universidade da Amazônia - UNAMA. Tenho Pós-Graduação com especialização em Polícia Judiciária pela Universidade do Estado do Pará - UEPA, Pós-Graduado em Direito Penal e Processo Penal pela Universidade Estácio de Sá/RJ. Possuo Graduação em Direito pela Universidade da Amazônia - UNAMA (1991) com especialização em Direito Previdenciário e Direito Penal. Fui estudante do Curso de Economia da Unama. Sou servidor público estadual Delegado de Polícia aposentado, ex-Secretário Interino de Segurança Pública do Estado do Pará, ex-Delegado Geral da Polícia Civil do Estado do Pará. Sou professor da ACADEPOL/PA, do IESP, ex-Professor convidado da Escola de Sargentos das Armas (ESA), ex-professor da Faculdade de Pará de Minas (FAPAM), professor convidado da empresa de segurança Puma. Autor dos Livros:
    Polícia Cidadã, Invalidez: Acesso ao mercado de trabalho para Policiais Cadeirantes; Alternativas à prisão e Aposentadoria por Opção. Também sou autor de vários artigos publicados pelos jornais O Liberal, Diário do Pará e Correio do Tocantins. Assim como, um dos compositores do hino da Polícia Civil do Pará.
    Tive a honra de ser Presidente de vários centros comunitários que fundei. Sou ex-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Pará e atual Presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Pará (ADEPOL/PA). Ministro palestras nas áreas de minhas especializações e na área dos Direitos Humanos. Advogado com carteira recolhida a pedido, ex-membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/PA. Professor convidado de banca examinadora de TCC da UNAMA. Canto na noite profissionalmente, sou também compositor e Poeta nas horas vagas.
  • Repórter –– Com 142 anos de existência da Polícia Civil no Pará, o senhor é um dos remanescentes de uma era de policiais civis que fizeram história, no interior e na Capital. O que mudou na Polícia?
  • Delegado João Moraes – A Polícia historicamente sempre foi o patinho feio dos poderosos. Hoje, enfrenta luta desigual contra os usurpadores de suas prerrogativas, ou seja, mesmo com as garantias constitucionais é desrespeitada por quem deveria lhe fortalecer, entretanto, está resistindo aos ataques de usurpação com argumentos constitucionais contundentes de suas garantias.
  • Repórter –– Mesmo sem os avanços tecnológicos hoje disponível para o aparato policial, especialmente à disposição da polícia judiciária. Na sua avaliação, quais seriam os fundamentos que sempre existiram na atividade policial e que hoje parecem não serem suficientes no combate ao crime?
  • Delegado João Moraes – A linha empírica hoje, por incrível que possa parecer, faz muita falta para os ideais das investigações tecnológicas, que abraçadas de forma voraz, muitas vezes, possivelmente ultrapassam os limites constitucional. Por isso, tenho tanta saudade das ações empíricas de sufocamento do crime e do criminoso no limite da lei passo a passo, na dedicação de cada policial da antiga.  
  • Repórter –– Como o senhor avalia a grade curricular da formação de um Delegado de Polícia Civil, Investigador, Escrivão e a da Polícia Científica?
  • Delegado João Moraes – A grade curricular para Delegado de polícia é equivocada dada a exigência de sua formação, se exigir, o que é incompreensível, ou seja, que se tenha que repetir as mesmas disciplinas do curso de Bacharelado em Direito na Academia de Polícia, que deveria dedicar-se, as delegacias modelos em práticas processuais e investigativas das atividades de um delegado de polícia. Equívoco que também prevalece para a formação dos seus agentes. 
  • Repórter –– O senhor esteve diante de inúmeras dificuldades operacionais quando serviu em municípios do interior do Pará, muitos deles, que apresentavam os maiores índices de violência e criminalidade do Estado, como por exemplo Marabá.
    Diante desse quadro adverso, quais foram as suas prioridades para alcançar e superar as metas de trabalho que o senhor executou?
  • Delegado João Moraes – Hierarquia e disciplina, dedicação 24 horas, apoio constante à prevenção, investigação de tudo e de todos, atendimento educado e eficaz, participação direta nas diligências, controle no administrativo, relacionamento social digno, fortalecimento da equipe com amparo pessoal, e prisões técnicas, assim como revide na forma da lei. 
  • Repórter –– O senhor é considerado por muitos, o melhor Delegado-Geral que o Pará contou nos últimos 30 anos. O que houve, afinal, para todos esses índices virassem o jogo em favor da bandidagem?
  • Delegado João Moraes – A quebra significativa da hierarquia e da disciplina pelos comandos esfacelados pelas indicações políticas. Outro ponto é o avanço ilegal de usurpadores da atividade policial civil. Assim como, a utilização muitas vezes indevida da fiscalização e da repressão interna. Outro motivo do avanço é a quebra no padrão de sobrevivência pessoal de cada policial e a aniquilação das instituições superiores de Estado, diga-se de passagem, os três poderes, que por essa também enfraqueceu em demasias as unidades federativas de segurança pública. 
  • Repórter –– Conte-nos a sua vivência no meio político. Quais as motivações que o levaram a ser um dos idealizadores da Federação Nacional dos Delegados de Polícia. Sua atuação à frente do órgão, assim como, a frente da ADEPOL?
  • Delegado João Moraes – Tudo aquilo que não consegui realizar a frente da Chefia de Polícia ou como Secretaria de Segurança do meu Estado interinamente, no que diz respeito a melhores condições de remuneração para minha categoria e a de nossos agentes, foi o que levou-me a procurar o mundo sindical para corrigir as impossibilidades a mim impostas pelo governo de minha época como Chefe de Polícia. Quanto a Federação, a idéia foi de um colega de São Paulo, Delegado Melão, também à época Presidente do Sindicato dos Delegados de São Paulo, idéia esta que abracei de pronto dada a fragilidade da categoria em todo território nacional. E é graças a Federação, hoje dirigida pelo Dr. Rodolfo Laterza (indicação nossa), e graças a ADEPOL Brasil, dirigida pelo brilhante colega Dudu, Delegado de São Paulo, que ainda sobrevivemos diante das investidas vorazes de parte do Ministério Público, que almeja a extinção da categoria Delegado de Polícia, mesmo não tendo esta, caixa preta lacrada por sete chaves, como outros detêm.
  • Repórter –– Chegamos agora ao nosso tema principal. Como o senhor avalia o impacto da Segurança Públicas nas Eleições 2018 no Pará?
  • Delegado João Moraes – Nos mesmos patamares de outras ocorridas, já que o povo brasileiro adormece em período eleitoral e só reencontra o equilíbrio de sua consciência política partidária com a constatação das mesmas atitudes por parte dos eleitos.
  • Repórter –– O quê precisa ser feito para a consolidação de uma efetiva política de segurança pública no Pará, para o viés dessa guerra ser vencida pelos mocinhos?
  • Delegado João Moraes – Reequilibrar o poder nos patamares idealizados pelo próprio sistema em que, legislativo seja verdadeiramente legislativo, judiciário seja verdadeiramente judiciário, executivo seja verdadeiramente executivo, e que os outros órgãos não desejem seus lugares. Ou seja, que juiz não queira ser legislador, que legislador não queira ser juiz, que executivo não queira ser o dono dos outros dois, que promotores não queiram as prerrogativas de outros, que delegados não queiram ser juízes, que nossos agentes não queiram ultrapassar o limite das suas competências e que o povo em sua maior parte crie a capacidade de entender a importância do voto. 
  • Repórter –– Existem Milícias, Esquadrões da Morte, Sindicatos de Pistoleiros no Pará, delegado?  
  • Delegado João Moraes – As ações policiais da Policia Civil do nosso Estado em investigações já aprofundadas, algumas certamente já detectaram, e em alguns casos, até já finalizaram os inquéritos. Então, considero como afirmativa, porém, as instituições estão atentas e esperando ordem que lhes garantam a certeza de agir com o rigor da Lei, pois todo policial sabe que nos possíveis excessos que possam acontecer, ele responde. O que os pseudos defensores dos direitos humanos nunca observam.
  • Repórter –– Muitos críticos, notadamente ativistas dos movimentos em defesa dos direitos humanos, garantem que a polícia paraense sempre foi muito violenta e que mata demais. E polícia que mata muito, morre muito também. Como o senhor avalia esse cenário de inversão de papéis em que as supostas milícias colocam a prêmio a cabeça de policiais, fardados ou não, oferecendo vantagens e promoções nas organizações criminosas? 
  • Delegado João Moraes – Primeiramente, os papéis não estão investido, os bandidos ainda são bandidos, e polícia ainda é polícia. A necessária força de Estado é que se perdeu ao bel prazer do Poder pelo Poder, fulminando, em parte, de morte a necessária presença policial nas ruas por tudo que possa ser necessário, como concurso público anual, salários dignos e comando consolidado por seus auxiliares ou colaboradores. 
  • Repórter –– Como o senhor recebeu o plano emergencial de combate à criminalidade anunciado há 20 dias pelo governador Simão Jatene? O senhor pode comentar os pontos do plano? 
  • Delegado João Moraes - Com a mesma visão que recebi os outros, fraco, inodor e mais do mesmo, ainda que tenham brilhantes colegas no comando que, engessados muito pouco podem fazer.
  • Repórter –– Muitos policiais egressos das forças de segurança pública estão oferecendo os seus nomes para cargos nessas eleições. Qual a dimensão desse fenômeno?
  • Delegado João Moraes – De busca do poder que ofereça melhores condições de vida, diante da insatisfação nacional das categorias que envolvem o sistema de segurança pública para com suas prerrogativas abandonadas, pisoteadas e enterradas nos porões dos ditadores modernos.
  • Repórter –– O senhor acha imprescindível a participação de policiais na vida política?
  • Delegado João Moraes – Atualmente sim, entretanto, se o Estado retomar sua essência de forma que garanta os nossos direitos como constitucionalmente precificados, certamente retornaremos à base das nossas instituições, certos de que parte de nossos representantes tanto do judiciário, como no executivo e no legislativo, não mais nos tratarão como escravos modernos.
  • Repórter –– Como um Delegado ou um Coronel pode agir politicamente para garantir melhorias para as famílias dos policiais?
  • Delegado João Moraes – Elaborando normas que possam consolidar pelas suas experiências melhores dias às instituições de segurança.
  • Repórter –– O senhor concorda com a decisão do governador Simão Jatene em não aceitar ajuda federal para o combate ao crime no Pará?
  • Delegado João Moraes – Concordo, em parte, haja vista, que a Força Nacional não tem essência de Força Nacional, é apenas a somatória de vários colegas de outras instituições dos Estados-membros da Federação e que na sua grande maioria não conhece a realidade das nossas necessidades e estratégias. A Força Nacional deveria ser o segmento fardado da Polícia Federal nos Estados em apoio às polícias estaduais quando necessário. Acredito que nossos soldados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, ao darem baixa nas suas regiões de origem deveriam automaticamente, para que muitos não sirvam de coabitação do crime e do criminoso, serem efetivados nas Polícias Militares, Civil, Guardas Municipais, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal. São homens e mulheres treinados abalizados para adentrarem nessas Instituições com critérios pré-estabelecidos em editais normativos e constitucionais. Esse entendimento da Carta Magna, em muito resolveria, em percentual elevado, parte dos nossos problemas.
  • Repórter –– Na sua opinião, onde o governo errou no combate ao crime e acabou resultando nesse processo de escalada desenfreada da criminalidade?
  • Delegado João Moraes – Todos os poderes contribuíram nessa briga desenfreada de poder pelo poder, em que o Legislativo quer ser mais que o Executivo, o Executivo quer ser mais que o Judiciário, e o Judiciário quer ser mais que os dois.
  • Repórter –– O senhor se sente seguro andando nas ruas de Belém?
  • Delegado João Moraes – Não, se o meu próximo não se sente, por que eu iria me sentir? Pelo menos levo uma vantagem sobre eles, por ter um olhar policial. Porém não dá pra ficar com os olhos em alerta 24 horas. 
  • Repórter –– Quais as orientações o senhor daria para o cidadão melhor se proteger dessa violência desenfreada?
  • Delegado João Moraes – Orar para Deus, pensar em quem votou, pesquisar sobre meios de proteção, perder o medo de ter medo, evitar lugares de eventos sem a presença das autoridades policiais rondantes, evitar lugares ermos, evitar andar sozinho, denunciar no anonimato oferecido pelas autoridades, etc. 
  • Repórter –– Suas consideração finais.
  • Delegado João Moraes – Gostaria de agradecer a oportunidade, deixar as portas abertas, orar para que meus pensamentos externados estejam certos. E esperar que um dia possa voltar à atividade policial, haja vista, que já apelei várias vezes sem êxito para tanto, e me colocar à disposição das autoridades, naquilo que de melhor sei fazer, que é defender o cidadão do meu estado.

MDB confirma Meirelles como pré-candidato à Presidência


Ex-ministro da Fazenda de Temer e Lula, o economista tentará usar o discurso de que melhorou a economia do país para cativar os eleitores

O senador Romero Jucá confirmou na manhã desta terça-feira (22/5) que o candidato à Presidência da República pelo MDB será o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O anúncio oficial deve ocorrer às 11h, na presença de Michel Temer. Na ocasião, o chefe do Executivo lançará o programa Encontro para o Futuro.

Michel Temer já dava sinais de que desistiria de tentar manter-se no comando do Palácio do Planalto no pleito de outubro, impressão confirmada pelo presidente da sigla.

Meirelles assumiu o Ministério da Fazenda em maio de 2016, quando Michel Temer ainda era presidente em exercício e o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff ainda estava em curso. A estratégia do MDB é tentar de tirar o foco negativo de Temer, pôr a sigla na disputa com um nome não citado na Operação Lava Jato e testar o potencial de crescimento do ex-comandante da economia.

Na prática, a decisão de transformar Meirelles em candidato tem objetivos bem pragmáticos. Ele diz ter condições de financiar a própria campanha, discurso que agrada às bancadas, de olho no Fundo Partidário. Não é só: o MDB precisa de um nome para chamar de seu em uma quadra na qual disputa com DEM e PSDB o apoio de aliados e quer liderar as negociações. Animado, Meirelles contratou o marqueteiro Chico Mendez para fazer a pré-campanha e investir nas redes sociais. Foi criado o bordão “Chama o Meirelles”, para mostrar que só ele seria capaz de “apagar incêndios” no Brasil.

Perfil 
O economista comandou o Banco Central nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2010. Em 2002, Meirelles foi eleito deputado federal pelo PSDB, mas desistiu da cadeira para assumir o BC. Antes, ele fez carreira no mercado financeiro, tendo sido presidente mundial do BankBoston.

Fonte: Metrópoles

MPF começa a agir contra universidades federais que instituiram curso sobre o "Golpe de 2016"

O Ministério Público Federal (MPF) em Goiás ajuizou, nessa quinta-feira (19), ação civil pública, com pedido de tutela provisória de urgência, para que a Universidade Federal de Goiás (UFG) suspenda, imediatamente, as atividades do curso de extensão “O golpe de 2016 e a universidade pública brasileira”. A petição foi distribuída à 3ª Vara da Justiça Federal em Goiás.
Mais aqui.

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