O ensaio desmoralizado

No Blog do Hiroshi Bogea

Respondendo à "Veja"

Comentário ao post As razões são várias, assinado pelo jornalista Edmilson Sanchez, de Imperatriz, é um artigo abordando razões históricas, econômicas e sociais para a criação do estado do Maranhão do Sul, em resposta às críticas do jornalista da revista “Veja”, Roberto Pompeu de Toledo. Edmilson é consultor e pesquisador, autor de livros nas áreas de Administração, Comunicação e Desenvolvimento. A seguir.

Quando o assunto é redivisão territorial do Brasil, as pessoas que são contra sacam logo do bolso dois únicos argumentos: 1) vai aumentar a roubalheira, a corrupção; e 2) o País não tem dinheiro para pagar a sua parte da conta (construção, instalações, equipamentos e manutenção de órgãos governamentais e remuneração de servidores).

Sou defensor da redivisão, mas não é isso o que me leva a concluir o quanto esses argumentos são frágeis, ou, no mínimo, apressados. Em relação à corrupção e roubalheira em novos estados, vale lembrar que elas têm a idade do ser humano -- que sempre quer mais, mesmo quando se encontra no Paraíso. Se o volume de roubalheira e corrupção, calculado em reais ou em dólares, fosse vinculado à redução das endodivisões (redivisão dos Estados), São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília sequer existiriam, ou tornariam ao estado de natureza. Neste país se rouba do povo desde sua descoberta -- basta citar os quase R$ 700 bilhões em corrupção e desperdício levantados em reportagens do jornal “O Dia” (RJ) em 2002.

Quanto à inexistência de recursos para implantação dos novos estados, diga-se que grande parte do dinheiro que a União investiria (é isso mesmo: investimento, não gasto) retornaria aos cofres do Tesouro Nacional. São altos os impostos incidentes sobre os materiais de construção (perto de 40% no cimento, na tinta e no vaso sanitário e 37% no tijolo). E mais impostos sobre os móveis, as instalações e até o material de expediente e, em especial, sobre a folha de pagamento dos funcionários. Em uma casa popular de R$ 45 mil os impostos “comem” R$ 22.275,00. Some-se a isso o custo do consumo, os tributos embutidos nos preços dos bens, produtos e serviços pagos com a massa salarial e outros ganhos -- impostos que vão de 18% na carne e no feijão, 40,5% no açúcar, a até 56% na cerveja e 83% no litro de cachaça.

Portanto, vale repetir, se o Governo Federal investir R$ 1,9 bilhão em cada novo estado, ele teria esse valor de volta logo logo, e com “juros”, pois a nova dinâmica econômica que se desenvolveria na nova unidade federativa aumentaria o bolo dos impostos para os cofres públicos, sem falar nos ganhos indiretos, que viriam com a redução de gastos em assistência social, saúde, bolsas-issos e vales-aquilo, já que grande parte da população ficaria ao abrigo de atividades produtivas (assalariados, autônomos, empresários e empreendedores, além de parte no Serviço Público).

Economistas, sociólogos e outros pesquisadores e estudiosos têm um campo desafiador nesse assunto: o quanto retorna, para a União, do dinheiro investido na instalação de um novo Estado. O economista Roberto Limeira (raro caso de razão e paixão na pesquisa e estudos sobre o tema) mostra por A + B, ou melhor, com todos os números: menos de dois e meio por cento (R$ 12 bilhões) do meio trilhão de reais do Programa de Aceleração do Crescimento (o PAC, do Governo Federal), aplicados na criação de seis estados (Araguaia, Carajás, Gurguéia, Maranhão do Sul, São Francisco e Tapajós), gerariam nessa área (incluindo-se o estado do Tocantins) um milhão de empregos e riqueza (PIB) de R$ 60 bilhões (atualmente, já são gerados R$ 40 bilhões). Somente com os impostos e divisas de exportação, em apenas dois anos a União teria o retorno de todo o investimento feito, sem falar nos ganhos sociais, políticos, de auto-estima, de consolidação do território nacional e a repercussão econômica e social nos demais estados, sobretudo os do Sul-Sudeste, que venderiam mais para os novos “irmãos” e “desinchariam” parte de sua população, com a volta de muitos brasileiros para suas origens nortistas e nordestinas.

Geopoliticamente, dividir não é fragmentar, mas consolidar. Se a sede de dinheiro e poder, se os sem-moral e os sem-vergonha da política se aproveitam do sonho da redivisão territorial para cometer seus crimes, onde está a culpa: no sonho ou no vagabundo político que sordidamente se assenhoreia dele? Ora!... Contra a corrupção (e outros crimes) devem agir Justiça, Polícia, Ministério Público... e a cidadania vigilante. Se essas estruturas não são eficazes a ponto de prender esses políticos bandidos, reaver o dinheiro e conter a sangria desatada que vitima o povo, então é bom diagnosticar as razões da ineficácia, receitar o remédio e controlar sua administração (sem trocadilho).

Dividir mais para administrar melhor tem sido tendência e realidade no mundo inteiro. Só os que não se dedicam um pouco mais ao estudo, acompanhamento e análise podem se assentar em bases tão pouco sólidas quanto as alegações de falta de dinheiro e excesso de corrupção como fatores inibidores da redivisão territorial.

Nem o nosso planeta agüentou ser uma terra só. Saiu da condição de Pangéia, dividiu-se em dois supercontinentes e, no momento, são seis continentes. Até o começo do século 20 existiam pouco mais de 70 países. Agora, são quase duzentos. O que a Geologia começou, a Geografia confirmou: dividir faz bem - e a Religião e a Filosofia ratificam. Divisão não é o mesmo que apropriação, corrupção. A redivisão territorial é a mais rápida e mais segura forma de promoção do desenvolvimento, de inclusão social. Com roubos e tudo.

A França, país quase do tamanho da Bahia, tem hoje 96 estados (départements), mais quatro além-mar e mais de 36 mil municípios (comunas). Quase 16 vezes maior do que o território francês, o Brasil existe com seus 26 estados e um distrito federal e menos de 5.700 municípios. Os Estados Unidos, com apenas 9% a mais de área que o Brasil, têm 51 unidades federativas e cerca de 30 mil cidades. A Alemanha, com 356 mil km2 (apenas 7% a mais que o Maranhão), tem 16 estados e mais de 12 mil cidades. A Espanha, com 505 mil km2 (bem menor que Minas Gerais), tem 50 estados (províncias) e oito mil cidades, total este semelhante ao da Itália, país com 301 mil km2, bem menor do que o Goiás.

Do “A” do Afeganistão ao “Z” do Zimbábue, a correlação entre área territorial e quantidade de estados (ou similares) encontra no Brasil o país de mais injusto desequilíbrio, especialmente quando a isso se juntam as desigualdades socioeconômicas.

A revista "Veja", que trouxe em 15/08/2007 um texto do paulista e paulistano Roberto Pompeu de Toledo (“O Maranhão do Sul na Wikipédia”), talvez não abrigue réplicas em igual espaço -- é a força da “ditadura” e do monólogo dos veículos de comunicação bem sucedidos, que impõem, quase sem reserva, o poder de sua mensagem para o resto do país e para leitores nos quatro cantos do mundo, ouvindo quase nada a população, mesmo quando o assunto tem importância vital sobre o presente e futuro dela.

O articulista Toledo talvez não saiba que a luta pela redivisão do lado sul do Maranhão tem mais de 180 anos. Que nossas riquezas naturais e culturais, a capacidade desbravadora e empreendedora de brasileiros de todo o país e de estrangeiros de todos os continentes fizeram progredir esta região e ainda vão transformá-la em referência de desenvolvimento. É o “estado de espírito” enriquecido com o “espírito de estado”.

Além de estarem incorretas as referências do artigo do sr. Toledo, elas pecam ao afirmar que o Estado do Maranhão do Sul, quando criado, “irá para a rabeira [sic]”. Não irá. Como também não foram o Tocantins e o Mato Grosso do Sul. Pois saiba que a parte sul do Maranhão tem riquezas naturais, geografia estratégica e outras vantagens comparativas e competitivas. O que falta - e disso o Brasil é cheio - é decisão política para promover o desenvolvimento regional com envolvimento do capital humano intelectual e social aqui formado ou que para aqui se transferiu.

Falar de pólos agrograneleiros e agroenergéticos, recursos minerais e florestais, pecuária e indústria, comércio e agricultura, infra-estruturas etc. é necessário, mas, aqui, seria cansativo. Talvez em outra oportunidade.

Quem é contra a redivisão talvez deseje que o Brasil volte a ser um conjunto de capitanias. Talvez a paulista e paulistana “Veja” e o paulista e paulistano Toledo não se opusessem ao retorno de São Paulo ao território do Rio de Janeiro, a cujo governo “ficou sujeito, tanto administrativamente como no Judiciário”, como anotou Ildefonso Escobar. Ou, alternativamente, São Paulo reintegre-se ao território da Bahia, de cujo governo “ficou dependente” também. Talvez os paranaenses não se importem se seu estado voltar a pertencer a São Paulo. Talvez os paulistas não se incomodem (afinal, tudo é Brasil) de devolver ou buscar consideráveis glebas dos territórios de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Talvez a capital Curitiba e o estado de Santa Catarina voltem correndo para se reincorporar ao estado paulista. Talvez o Rio de Janeiro queira de volta a São Paulo que por algumas vezes lhe tiraram, em um puxa-encolhe que, como sanfona, resfolegou, veio e voltou do século 16 ao século 18.

O Maranhão do Sul será uma realidade - não por força de “jogadas” de enfraquecimento político que nunca existiram. O Maranhão do Sul, mais dias menos dias, virá - não por birra inútil ou vontade fútil. Não. Ele acontecerá como parte do debate nacional e da tendência e prática internacional de dividir mais (o território) para dividir melhor (seus recursos entre os cidadãos). Nestes momentos -- e também nos demais --, a corrupção não deve ser entendida como regra, mas como anomalia. Ela é um desvio do caráter humano, não uma característica da gestão da coisa pública, da Ciência Administrativa.

Em sonho, em lutas, em riquezas materiais, em potencialidades de toda ordem, o Maranhão do Sul é grande. É maior do que a ignorância daqueles que, por falta de interesse ou oportunidade, ainda não sabem do que estão falando.
Ou escrevendo.

E no sétimo dia...

Blog Brasil Novo

Nasce o embrião da Assembléia Legislativa do Estado de Carajás.

Outro exemplo de criatividade das Câmaras Municipais de Carajás para os movimentos de criação de novos Estados em todo o País.´

Publicado no Blog do Waldyr Silva em 21/08/2007


Vereadores presidentes dos 38 municípios das regiões sul e sudeste do Pará se reúnem no próximo dia 30 do corrente, no horário das 8 às 18 horas, na sala de videoconferência do Centro Universitário de Parauapebas (Ceup), para discutir, entre outros temas, sobre a criação do Estado de Carajás.À frente do encontro, os vereadores Agnaldo Ávila de Brito e Miguel Gomes Filho (Miguelito), respectivamente presidentes das câmaras municipais de Parauapebas e Marabá.

É com alegria redobrada que o Blog Brasil Novo publica essa notícia sensacional que anuncia novos tempos para a Amazônia e para o Brasil.

Espera-se muitas deliberações para o futuro do novo Estado.

Congratulações aos Presidentes das Câmaras de Vereadores dos 38 municípios de Carajás.

Nasce o poder legislativo do novo Estado de Carajás.

Nota do blog: E la nave vá.

Com lenço e documentos

A célebre frase acima, imortalizada pela música de Caetano Veloso, é a associação de imagem mais bem acabada que me ocorre para referendar o nível de alienação e despreparo em que se encontra a oposição de meia dúzia de Deputados Estaduais que começam a acusar o que chamam de "golpe" dos "esquartejadores" do doce far niente de suas vidas repletas de regalias e mordomias à nossas custas. Às custas do povo que só lhes interessa na hora em que lhes é conveniente votos que lhes garantem mais um mandato, uma barganha, um cargo para os apaniguados: poder.


Sugiro que reúnam os seus lenços para chorar e os documentos para o debate. Vem aí plebiscito senhores. E não adianta cantarolar pelos cantos a outra parte da música como consolo:

Eu vou...Porque não! Porque não!!

Divisão do Estado cria polêmica na Assembléia

O Liberal (jornal porta-voz dos exploradores)

A possibilidade de dividir o Pará repercutiu ontem na Assembléia Legislativa do Estado. Os deputados argumentaram sobre os prós e os contras que o movimento separatista pode trazer não só para o Pará, mas também para os futuros estados do Tapajós e Carajás, caso o Estado-Mãe venha a ser desmembrado.

A polêmica veio para o plenário, assim que o deputado Joaquim Passarinho (PTB) subiu à tribuna para justificar às recentes declarações, publicadas na edição de domingo de OLiberal, de que os 'líderes do movimento separatista não são paraenses, não torcem por Remo e Paysandu e nem são devotos de Nossa Senhora de Nazaré'. O deputado justificou que ao falar isso, não quis desmerecer nenhuma crença ou preferência futebolística, mas que a associação foi feita apenas à título de força de expressão. Ele também ressaltou que o mais importante nesta discussão toda é que se faça um amplo debate sobre o assunto, ouvindo e fazendo estudos técnicos sobre a viabilidade das propostas, não apenas para dividir o Estado, mas também sobre a importância de mantê-lo unido.

'Não que isso nunca vá acontecer lá na frente, mas é preciso fazer com o que Estado-Mãe, que é o Pará, não seja penalizado com a divisão. Todos estes mapas que estão sendo feitos até agora, foram planejados pelos separatistas. Por que não redesenhar este mapa?', questionou.

Passarinho recebeu críticas do deputado Martinho Carmona, representante da bancada evangélica e também de outros parlamentares das regiões sul e oeste do Pará. Mas, o mais incisivo foi o deputado João Salame (PPS). Ele classificou o discurso de Passarinho como deselegante e infeliz. Segundo ele, a argumentação de que o movimento separatista é liderado somente por pessoas que não são genuinamente paraenses, 'reproduz a ótica da elite mais parasita e conservadora de Belém, daquelas que não tiram o traseiro da cadeira sequer para ganhar dinheiro no sul do Pará. Isso é coisa de quem observa o Estado a partir da ótica de Belém', disse.

Salame afirmou também que se fosse feito realmente uma consulta pública à população, o resultado apontaria para a divisão do Estado. 'O Japão não tem minério, não tem terras agricultáveis, não tem riquezas naturais, enfim, e é um dos países mais rico do mundo. Para o Pará se desenvolver, precisa apostar em tecnologia', argumentou.

Gabriel Guerreiro também entrou no debate e defendeu o aprofundamento dos estudos de viabilidade técnica, econômica e social sobre a questão. Ao propor isso, o parlamentar relembrou que desde o século XIX, os argumentos favoráveis e contrários se repetem ao longo da história, e que as divisões nunca foram realmente embasadas em estudos consolidados.

Vale implode setor guseiro em Marabá

Pressionada por contratos de gestão responsável e por clientes que exigem origem limpa de seus produtos, sub-produtos e os que são gerados pelo cluster da cadeia de produção. A Companhia Vale do Rio Doce informou às siderurgicas do Pólo Carajás, que estão suspensos o fornecimento de minério usado na producão de ferro gusa.

É grande a fila de produtores à porta do Escritório da Companhia em Belém e já há empresários se dirigindo a sede da empresa no Rio de Janeiro para tentar reverter o "pepino".

A decisão tem o efeito de uma "bomba" na economia do Carajás.

Desenha-se no "ar" uma interminável batalha jurídica de grandes proporções. Aguardem!

Democratas puxam o tapete e Zenaldo Coutinho não é mais líder


DEM manobra e derruba tucano de liderança
Ilimar Franco e Isabel Braga

Destituição de Zenaldo Coutinho surpreende PSDB

Foto: Wilson Dias/ABr
















BRASÍLIA. O líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), destituiu do cargo de líder da Minoria o tucano Zenaldo Coutinho (PA), autor de uma emenda que criou um dos vagões do "trem da alegria", que esteve para ser votado na Câmara, e colocou um correligionário na função: André de Paula (DEM-PE). A atitude pegou de surpresa os tucanos. O líder Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP) demonstrou o desconforto na reunião dos líderes partidários com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP):

- Estou sendo informado dessa decisão agora.

O líder do Democratas não deu atenção à reclamação do aliado de oposição e justificou a nomeação do novo líder: disse que o regimento da Câmara prevê que o líder da Minoria será do partido de oposição que tiver a maior bancada. Como o DEM tem 60 deputados e o PSDB, 57, Onyx solicitou a nomeação de um novo líder e foi atendido por Chinaglia.

- Fiz de acordo com o regimento. A vida é como um bumerangue: tudo o que vem, volta - rebateu Onyx.

O cargo vinha sendo ocupado desde o início da legislatura pelo deputado Julio Redecker (PSDB-RS), morto no acidente do avião da TAM em Congonhas. O mal-estar é mais um reflexo do estremecimento das relações entre os dois partidos, evidente na votação da reforma política, na qual o PSDB foi contra o texto e o DEM se uniu ao PT a favor do voto em lista e do financiamento público, teses derrotadas com ajuda tucana. Na CPMF, o PSDB apóia a prorrogação, enquanto o DEM quer a extinção do imposto.

Nota do Blog: A vida é um bumerangue, inclusive, viu Deputado.

O PAC e o Carajás

É uma agressão substimar a inteligência da população do Sul e Sudeste do Pará creditando aos recursos destinados ao PAC a desaceleração do sentimento que move a criação do Estado do Carajás.

Vejamos:

1- Não há tempo hábil sequer para o presidente Lula ou a governadora Ana Júlia Carepa verem em seus mandatos a conclusão das Eclusas de Tucuruí;
2- Não há um indício sequer que os recursos para as obras da BR-163 saiam dos escaninhos das boas intenções;
3- As obras da BR-230 (Transamazônica) são uma ilusão de ótica;
4- A conclusão das obras da PA-279 só serão realidade se a CVRD abrir a carteira;
5- A PA-150, PA-222 e a BR-168 continuarão sendo maquiadas para uma película de horror e morte;
6- Os Hospitais Regionais de Marabá e Redenção continuarão contribuindo para valorizar o atendimento em Araguaína, no Tocantins;
7- A regularização Fundiária é o maior atestado de incompetência, descaso e irresponsabilidade desse Governo;
8- A situação de completo desprezo e retórica tornará a relação dos Governos Municipais do Carajás com o Governo de total descrédito;
9- A Segurança Pública na região é uma vergonha;
10- Centenas de quilômetros de vicinais abandanodas à própria sorte. Pontes arruinadas no inverno e nunca recuperadas;
11- Projetos de Assentamento que nunca serão auto-suficientes;
12- O tempo de maturação para algumas ds políticas de mudança que o Governo propala é tudo conversa para se ganhar tempo, de modo que o boi possa dormir;
13- O anunciado Distrito Florestal Sustentável do Carajás não avança.

Resumo: Não há dinheiro, não se busca alternativa real e imediata para enfrentar a situação que beira o desespero de quem lá reside e, ainda assim, há intermináveis plenárias, consultas, reuniões de cúpula, viagens à Brasília e planos cada vez mais mirabolantes de gente que vive em outro mundo: Belém, que também vive momentos de decadência como nunca se viu em sua história.

Senhores e senhoras, façam-me o favor e comecem a mostrar serviço: trabalhem. Chega de papo-furado que ninguém agüenta mais.

Debate

Nota do Repórter 70, O Liberal

Debate

O Conselho Regional de Desenvolvimento prepara um amplo debate sobre a proposta de divisão territorial do Estado.

Nota do Blog: É só marcar a data.

Zé Geraldo é contra a criação do Carajás






Petista rejeita debate sobre separatismo

Na ACP
Deputado Zé Geraldo diz que não há clima para se falar em divisão do Pará

Em palestra na sede da Associação Comercial do Pará (ACP), ontem à noite, o deputado federal Zé Geraldo (PT) afirmou a um grupo de empresários que não é o momento para estabelecer ou acirrar o debate e nem consolidar qualquer discurso sobre a divisão terrritorial do Pará. 'Não é estratégico, não há clima para consolidar a divisão territorial do Estado como está proposto. Ainda não há compreensão suficiente sobre o assunto e nem consenso tanto pelos que defendem a divisão e pelos que são contra', declarou.

Em sua análise sobre a conjuntura política e econômia que o Brasil vive, especialmente o Pará, contemplado com a segunda maior soma de recursos para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o deputado disse que não há nada que o faça pensar na possibilidade de retalhar o Estado. 'As grandes obras de integração, como os portos, a pavimentação das estradas, as eclusas, a política de integração regional do governo do Pará, com presença nos 143 municípios, a decisão política de integrar definitivamente a Amazônia ao restante do Brasil tornam muito difícil essa pretensão, que até poderá ocorrer, mas em um futuro distante ', afirmou.

AÇÕES

As ponderações de Zé Geraldo deixaram satisfeitos os integrantes da ACP, que sempre se manifestaram contra a divisão territorial do Pará. O empresário Lutfala Bitar, que também compõe o Conselho Regional de Desenvolvimento, ressaltou a presença do primeiro parlamentar ligado aos governos estadual e federal para falar e defender a mesma posição da Associação Comercial do Pará. Ele também acredita que as obras do PAC beneficiaram o Estado de forma extraordinária e irão ajudar a manter o Pará unido. 'Mas é fundamental também que o governo do Estado realize e mantenha ações e gestão nos municípios do interior para desestimular ainda mais o desejo separatista', disse o empresário. Como exmplos, ele citou a integração que está sendo feita pela Secretaria de Cultura, levando para o interior políticas e projetos que só aconteciam em Belém, como a Feira Pan-Amazônica do Livro e o Festival de Ópera. 'A grande questão são as reclamações por um certo abandono dos municípios. Por isso, a ACP está cobrando do governo uma aceleração para contemplar mais rapidamente o interior', destacou. Ele lembrou que a ACP respeita posição contrária de outras associações, mas espera que elas mudem suas decisões.

Para o presidente da ACP, Altair Vieira, defensor da manutenção territorial do Pará, os argumentos do deputado Zé Geraldo serviram para somar conhecimentos e esclarecer ainda mais sobre a posição da ACP. 'Todos os argumentos reforçam o entendimento de que estamos certos, e com os recursos do PAC o Estado vai desenvolver regiões carentes que precisam de investimentos', destacou.

Comentário do Blog: Esperamos até hoje o posicionamento do Deputado Zé Geraldo. Agora o temos. Obrigado deputado! Tem uma pequena fila de seus eleitores esperando-o para cumprimentá-lo em seu breve retorno ao Carajás. De onde o senhor teve quantos votos mesmo?

– Só faltou o senhor esclarecer uma coisa Deputado: Que é contra o Plebiscito!

Divulgando o Site do Carajás

Foi ao "ar" hoje no programa Canal 7 Notícias da TV Eldorado - SBT, a entrevista que concedí ao apresentador Markus Mutran sobre os detalhes do plano de Comunicação do Comitê Pró-Criação do Estado do Carajás.

O poster agradece as manifestações do Fred Silveira e dos vereadores Ferreirinha e Maurino Magalhães, entre outros, que, ligaram elogiando o programa.

















Para conhecer o Site acesse: www.estadodocarajas.com.br



Odair Corrêa quebra o silêncio

Calado desde que foi duramente criticado pela turma que é contra a criação do Estado do Tapajós ao participar de uma Sessão Extraordinária na Assembléia Legislativa de outro Estado. O Vice-Governador do Pará, Odair Corrêa quebrou o silêncio e concedeu entrevista ao jornal O Impacto, de Santarém.

O blog enviou insistentemente um pedido de entrevista ao político, porém, sua competente assessoria sequer respondeu a solicitação. São quatro perguntas que não estão na pauta do jornal O Impacto, daí o poster desconfiar que o vice-governador do Pará não deve ter gostado do tom dos questionamentos. Porém, o blog vai continuar insistindo na entrevista. Enquanto isso. Leiam abaixo o que Corrêa tem a dizer.

Odair Corrêa: "Os amazonenses são mais articulados"

Pela Assessoria da Vice-Governadoria

Odair Corrêa, nosso vice-governador, coordenou por 22 anos o comitê Pró-Estado do Tapajós. Na condição de segunda autoridade estadual, participou como convidado de uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Amazonas, na sexta-feira, 10, proposta pelo deputado Sinésio Campos (PT) para debater o projeto do novo Estado. Odair defendeu o plebiscito, proposto pelo deputado *Zé Lima (PA) e já aprovado no Senado em novembro de 2000. O projeto agora está na cabeça da fila na Câmara.

Repórter: Sua participação na audiência pública no Amazonas é uma traição ao seu juramento de defender a Constituição do Pará?

Odair Corrêa: Absolutamente não. A governadora Ana Júlia e eu fomos eleitos para fazer a diferença, pela manifestação livre e soberana da população paraense. Então, agora, não podemos obstar que esse mesmo eleitorado se manifeste, conforme prevê a Constituição Federal em seu artigo 18, sobre a criação de novos entes federativos.

Repórter: Mas o senhor não é vice-Governador do Pará?

Odair Corrêa: Por outro lado, a minha história fala por mim e não posso renegá-la. Durante 22 anos estive à frente do Comitê Pró-Estado do Tapajós. Agora, na condição de vice-Governador, é claro, não posso sair por aí pregando a divisão do Estado do Pará. Mas posso defender, como tenho defendido e defenderei sempre, o direito da população se manifestar plebiscitariamente acerca deste assunto.

Repórter: Por que o movimento é tão forte?

Odair Corrêa: As populações das regiões que pleiteiam a emancipação foram historicamente desconsideradas pelos sucessivos governos do Estado. Eis porque elas desenvolveram esse sentimento separatista. A Governadora prometeu descentralizar o governo que estamos apenas iniciando. Se fizermos isso, acredito que diminuirá o ímpeto emancipacionista. Do contrário, esse sentimento se acirrará mais ainda.

Repórter: Afinal, por que foi realizada essa audiência pública no Amazonas para debater um assunto do Pará?

Odair Corrêa: Nos últimos anos, mais de meio milhão de paraenses da região Oeste e Baixo Amazonas migraram para o Amazonas. Isso aumenta o desemprego e a pressão sobre os serviços públicos do Amazonas. Então, é justo que eles tenham interesse na questão.

Repórter: O assunto tem boa acolhida lá?

Odair Corrêa: Os amazonenses têm se mostrado mais articulados politicamente que nós, paraenses. Eles estão percebendo que a criação de um Estado vai fortalecer politicamente a região. Vamos ter mais um Governador, mais três senadores, mais 10 ou 12 deputados, além de 90 mil empregos. Nosso poder de pressão será maior.

Repórter: Plebiscito em todo o Pará ou só nas regiões diretamente interessadas?

Odair Corrêa: Quais são as regiões diretamente interessadas? O Estado-mãe e a área emancipada? Só um ou só outro? E o entorno, não pode ter interesse? Acho que essa questão deve ser dirimida pelas autoridades competentes. A praxe é que sejam ouvidas as populações tanto da área emancipada quanto a remanescente do território anterior. Seja como for, o que não se pode é impedir que essas populações se manifestem acerca da questão.

Repórter: O senhor é candidato à Prefeitura de Santarém em 2008?

Odair Corrêa: Em hipótese alguma. Não sou candidato a nenhum cargo até 2010. Mas é claro que, como político forjado no município de Santarém, tentarei influenciar o máximo possível no pleito. Vou aguardar o momento apropriado para anunciar de quem será o meu apoio. Por certo, será do candidato que a base aliada da governadora Ana Júlia vier a apoiar.

Repórter: O senhor gostaria de ser Governador do Estado do Tapajós?

Odair Corrêa: Não é este o maior objetivo da minha vida pública. No momento, sou vice-Governador do Pará. Como presidente do Programa Banco do Cidadão, tenho liberado microcréditos em mais 60 municípios, muitos dos quais governados por prefeitos que foram nossos adversários eleitorais. O povo não pode ser penalizado pelo fato de o Prefeito não ser do mesmo grupo político do Governador. Então, quero dizer que se o Estado do Tapajós vier a ser criado, o futuro decidirá.

* Correção do Blog: O projeto é de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)

O mestre da malandragem novamente em ação

Collor pede licença e primo assume sua vaga

Maria Lima
O Globo
21/8/2007

Senador sai em plena crise com o presidente da Casa; Euclides Mello, seu suplente, disputará as eleições de 2008

O senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL), que em 1992 perdeu o mandato de presidente da República em votação secreta do Senado, não pretende participar da votação que pode cassar, desta vez, o mandato do conterrâneo Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele vai se licenciar a partir do dia 29, dando lugar ao suplente Euclides Mello, seu primo. Ao assumir o mandato, Euclides - o 14º suplente no Senado - tentará ganhar visibilidade política para disputar as eleições municipais no ano que vem.

Oficialmente, Collor diz que se afasta porque a pauta de seu interesse - a proposta de emenda constitucional de sua autoria que institui o parlamentarismo e as sessões da Comissão do Meio Ambiente - está paralisada devido aos problemas com o presidente do Senado e da crise aérea. Com o afastamento, será mais um suplente a decidir o futuro de Renan.

Euclides Mello dá a entender que vota com Renan

Nos quatro meses de afastamento, Collor afirma que dará prioridade a viagens pelos estados para dar palestras sobre propostas de preservação ambiental e defender a emenda do parlamentarismo. Nos bastidores, no entanto, a licença do ex-presidente da República é vista como uma forma de não se envolver no processo de cassação de Renan Calheiros - que já foi um aliado, como líder de seu governo na Câmara. Por outro lado, estaria ajudando a carreira política do primo, que é candidato a prefeito do município alagoano de Marechal Deodoro, em 2008.

Collor está reestruturando o PTB de Alagoas e trabalha pela eleição de Euclides Mello, ex-deputado federal e seu braço direito. Ontem, o próprio Euclides Mello deu a entender que, assumindo o mandato, não vai votar pela cassação de Renan. Segundo ele, Renan é muito importante para Alagoas. Euclides chegou a comparar a situação de Renan com a de Collor quando era presidente.

- O Renan, como presidente do Senado, ajuda muito Alagoas. Seria muito ruim para o estado perdê-lo. Pelo noticiário, a situação dele é muito ruim, mas na época do Collor era a pior possível e, quando foi ver, não era nada daquilo que se noticiava - afirmou.

Nove suplentes herdaram mandato definitivamente

Nos quatro meses de mandato, Euclides disse que vai ajudar a defender os interesses de Alagoas e do município de Marechal Deodoro, lembrando que será o primeiro senador da cidade. Se Collor tirasse licença por um período inferior a 120 dias, o suplente não assumiria a vaga.

Nesta legislatura, já são 13 - serão 14 com Euclides Mello - os suplentes de senadores, que assumem os cargos com os mesmos benefícios dos titulares. Dos 13, apenas quatro estão temporariamente no cargo, pois os titulares poderão voltar a qualquer momento, uma vez que ocupam funções de confiança no governo federal (ministros) ou em governos estaduais. Nove dos atuais suplentes herdaram definitivamente o mandato, pois o titular renunciou para assumir outro cargo eletivo, caso dos governadores Teotônio Vilela (Alagoas), ou Ana Júlia Carepa (Pará). Antonio Carlos Magalhães Junior assumiu a vaga deixada pelo pai, morto em julho.

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