— O Minc já falou em uma semana o que a Marina (demissionária) falou em seis anos!
O presidente está mais que correto. O novo ministro do Meio Ambiente é um falastrão contumaz.
A última de seu repertório é aOperação Boi Pirata, que pretende apreender gado em área desmatada ilegalmente na Amazônia.
Na avaliação dos ambientalistas e representantes do agronegócio a medida é um despropósito. “São 80 milhões de cabeça de gado. Não tem ministro que consiga laçar o que é pirata dentro desse total”, estima o engenheiro agrônomo Adalberto Veríssimo, pesquisador do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Mestre em Ciências Florestais pela Universidade de Yale (EUA), o engenheiro florestal Paulo Barreto, do Imazon, também lembra que, além de a pecuária ser o principal destino das áreas desmatadas na região, o gado circula livremente pelas unidades de conservação amazonenses.
Para o Instituto SocioAmbiental (ISA), a intenção do governo é boa, mas faltam condições para colocá-la em prática. “Os órgãos de fiscalização não têm estrutura para apreender gado. Os fiscais embargam madeira, mas depois não conseguem tirar do local da apreensão”, observa a coordenadora da iniciativa amazônica do ISA, Adriana Ramos.
Impraticável
A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também considera a medida impraticável. “Tende ao fracasso. O ministro começa mal ao continuar a política repressiva aos produtores”, avalia Assuero Veronez, presidente da comissão de meio ambiente da CNA. Segundo ele, mais de um terço do rebanho nacional é fundamental para o consumo de carne da população. Veronez lembra que o governo brasileiro já tentou antes laçar o boi no pasto, durante o Plano Cruzado, posto em prática em 1986. À época, a política econômica do governo de congelamento de preços para conter a inflação fez com que a carne bovina desaparecesse das prateleiras dos supermercados. “A tentativa de confiscar acabou desmoralizando o governo”, afirma.
Com informações do Correio Braziliense
2 comentários:
Ei Mutran tu não estavas ontem por aí não, hein ou teu blog não serve para discutir as garfes dos parlamentares paraenses?
Olá Diógenes.
Se você se refere ao caso do deputado Asdrubal, sei da história e quando a gafe ocorreu estava acompanhando os trabalhos de outra Comissão: a de Agricultura.
O blog, infelizmente se ressente de um repórter para cobrir a ampla pauta diária do Congresso Nacional.
Portanto, tento me adequar às limitações.
Os Corredores é um blog de um homem só, quem sabe isso um dia não muda?
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