Mostrando postagens com marcador Crise Global. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Crise Global. Mostrar todas as postagens

Bancos oficiais são responsáveis por 46% do crédito e isso não é bom

Banco público puxa crédito; privado segura

Bancos estatais elevaram o crédito em R$ 21 bi no 1º trimestre enquanto privados reduziram carteiras em R$ 7,6 bi, diz BC. Governo usa instituições para segurar crédito na crise e comprar carteiras de bancos pequenos e médios que enfrentam dificuldades

Os bancos públicos puxaram a expansão do crédito nos últimos meses e ajudaram a garantir a oferta de financiamentos bancários no país, já que as instituições privadas passaram a adotar uma conduta mais conservadora desde o agravamento da crise.
Segundo dados do Banco Central, no primeiro trimestre deste ano os bancos públicos aumentaram em R$ 21,4 bilhões (ou 4,8%) as suas carteiras de crédito, que no mês passado somavam R$ 466 bilhões. Os bancos privados, ao contrário, reduziram seus saldos em R$ 7,6 bilhões no mesmo período, o que corresponde a uma queda de 1%.
Os números do BC mostram que, com o impulso dado pelas instituições públicas, a oferta total de crédito continuou em alta no país, mesmo com a crise. No mês passado, o saldo dos financiamentos ofertados pelo sistema financeiro correspondia a 42,5% do PIB (Produto Interno Bruto), ante 41,8% em janeiro. Foi o 14º mês consecutivo de alta no indicador.
Desde o início da crise, o governo Lula diz que usará os bancos federais -Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal- para sustentar o crédito no país. Lula, aliás, pressiona BB e Caixa a reduzirem os juros dos empréstimos de forma agressiva para estimular a economia.
Os números mostram ainda que, entre os bancos públicos, a maior expansão do crédito ocorreu nas operações com pessoas físicas, em que o crescimento registrado no trimestre chegou a 9,3%. Já entre os privados, a maior queda foi no saldo dos empréstimos ao setor de serviços, que recuou 7%.
De acordo com o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, parte desse movimento é consequência das dificuldades enfrentadas nos últimos meses pelos bancos privados, especialmente os de menor porte.
Com a crise, tanto bancos maiores como grandes investidores -como fundos de investimento e de previdência- passaram a evitar aplicações de maior risco, o que significou uma queda nos depósitos feitos em instituições financeiras pequenas e médias.
Com isso, esses bancos passaram a vender parte de suas carteiras de crédito para bancos maiores. Instituições públicas como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estiveram entre as maiores compradoras. "Os grandes bancos [privados] continuam operando normalmente. Os pequenos e médios é que se retraíram", afirma Lopes.
Já o economista Armando Castelar, pesquisador da UFRJ e analista da Gávea Investimentos, afirma que, com a crise, muitas pessoas e empresas optaram por transferir seus depósitos para bancos públicos, que, em tese, teriam menos probabilidade de quebrar por contarem com garantias do governo.
"Sabendo que existe essa garantia, as pessoas correram para o banco público, que por isso ficou com muito dinheiro em caixa e, portanto, com maior capacidade de emprestar", diz Castelar.
"Numa situação de normalidade, não há necessidade [de as instituições públicas atuarem de forma diferente de seus concorrentes privados]. Mas, dado que há uma crise, é um instrumento que está disponível, embora não seja o único", afirma, lembrando que medidas como a redução do recolhimento compulsório dos bancos também ajudam a destravar o crédito e têm efeito sobre todos as instituições.

Fonte: Estadão.

Governo poderá antecipar receitas para os estados

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, apresentou ontem as medidas que vêm sendo negociadas entre o governo federal e os estados para amenizar a queda de arrecadação tributária. Segundo ele, a ajuda financeira não seguirá os moldes da anunciada para os municípios, na qual não há reembolso previsto.

No caso dos estados, disse, a ideia é negociar financiamentos com juros diferenciados e com bons prazos para que eles possam manter seus investimentos ou até aumentar. “Além disso, estamos fazendo algumas antecipações de receita. Um exemplo é o Fundeb, que é muito concentrado no segundo semestre e poderia ser feito agora”, anunciou.

Contrapartidas - Paulo Bernardo disse ainda que outra proposta em discussão é a possibilidade de redução das contrapartidas dos estados para os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Os estados estão com dificuldades. Nós reduziríamos a sua contrapartida, de maneira que eles teriam um resultado líquido e aliviariam suas contas”, explicou.

Na última segunda-feira, após reunião do Conselho Político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a liberação de até R$ 1 bilhão em crédito suplementar para repor as perdas das prefeituras com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As medidas de ajuda aos estados podem ser divulgadas na semana que vem, em nova reunião do Conselho Político.

Crédito extra - O ministro disse ainda que o governo vai enviar ao Congresso um projeto de lei de crédito extraordinário no valor de R$ 300 milhões para atendimento às vítimas de desastres naturais. Ele citou como exemplo a seca no oeste de Santa Catarina e as enchentes em Altamira, no Pará. Desse montante, segundo o ministro, R$ 220 serão destinados para socorro e assistência e R$ 80 milhões para o restabelecimento da normalidade.

Fonte: Jornal da Câmara.

Num piscar de olhos

É certo que a cada hora que passa algum membro do governo escastelado no Ministério do Planejamento e no Banco Central se sente, apesar de não revelar publicamente, constrangido pela sucessão de declarações que vão ao inverso da dura realidade pela qual o Brasil terá que passar.

Artigo do Wall Street Journal acerta ao analisar que "numa questão de semanas, a tempestade nos mercados mundiais desfez anos de ganhos duramente conquistado pelas economias emergentes".

Do Brasil à Hungria, crise ameaça conquistas desses países, trombetea a manchete.

Ao longo do último mês, o custo de financiamento para governos de países emergentes inflou a níveis que não se viam há seis anos, e continuou a subir ontem.

Os investidores temem principalmente os países com necessidades financeiras e fundamentos econômicos enfraquecidos que podem levar a uma crise mais profunda, como alguns do Leste Europeu. Mas mesmo países com finanças relativamente sólidas estão vendo suas perspectivas escurecer, à medida que diminuem o acesso ao crédito e o crescimento econômico global.

Essa é a realidade, o resto é o sal que povão já começa a padecer.

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

  Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados A imagem peregrina da padroeira dos par...