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A matança continua em Rondônia



Matança impune


Após reportagem de ISTOÉ, três militantes da LCP são mortos e o governador de Rondônia pede ajuda federal para combater a guerrilha


ALAN RODRIGUES


CONFLITO AGRÁRIO


Senador quer convocar ministro da Defesa para explicar por que o Estado não combate os guerrilheiros encapuzados



Anhanga, na língua da tribo indígena uru-eu-wau-wau, que habita boa parte do Estado de Rondônia, significa inferno. Ireroa quer dizer guerra. Os dois substantivos traduzem de forma literal o clima que tomou conta dessa parte do País por causa das ações da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), uma organização de extrema-esquerda que treina homens armados em busca de uma “Revolução Agrária” e que já tem nove vezes mais combatentes que o PCdoB na Guerrilha do Araguaia. No sábado 21, mais três bárbaros assassinatos na área dominada pelos insurgentes elevou para 25 a trágica contabilidade do conflito nos últimos 12 meses.


Mas nessa última batalha, que aconteceu próxima à base da guerrilha, no distrito de Jacinópolis, a 450 quilômetros de Porto Velho, os três corpos que tombaram eram de militantes da organização clandestina: Aparecido Mendes de Oliveira (dois tiros calibre 12 na cabeça e no peito), Francisco Pereira do Nascimento (três tiros de 12, na cabeça, no rosto e no peito) e Otiniel Sampaio Souza (cinco tiros calibre 38 no corpo).


A gravidade da situação, denunciada por ISTOÉ na última semana, fez com que o governador Ivo Cassol (sem partido) solicitasse o desembarque da Força Nacional de Segurança para ajudar a combater esse grupo bandoleiro. “A reportagem de ISTOÉ serviu para mostrar ao Brasil o que nós já sabemos há muito tempo. Várias vezes pedimos providências para o governo federal e nada foi feito. Em vez de multar madeireiros, por que eles não vão combater esses criminosos? Quantas mortes inocentes ainda serão necessárias para que se tome uma atitude?”, questiona Cassol. “Cabe às Forças Armadas lidar com este tipo de conflito. Eles estão numa área federal e o governo do Estado fará o que for possível para ajudar no combate a esses guerrilheiros.”

No Congresso Nacional, deputados e senadores dos mais variados partidos foram à tribuna ou enviaram ofícios aos órgãos federais revelando a mesma indignação com o descaso. “Não entendo o porquê da conivência com esse estado de barbárie”, diz o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA). “Não podemos mais conviver com a situação de medo, pavor e a insegurança que domina nosso Estado”, emenda o deputado federal Ernandes Amorim (PTB). “Estamos vivendo a desobediência civil, uma verdadeira anarquia.”


Na Esplanada dos Ministérios, optou-se pelo silêncio.

A autoridade encarregada de acompanhar conflitos no campo, o ouvidor agrário nacional, Gersino José da Silva Filho, que desde 14 de dezembro do ano passado possui um dossiê sobre as ilegalidades da LCP, resume a inépcia oficial: “Nossos relatórios apontam que todas as classes, sem-terra e fazendeiros, estão altamente armados”, explica ele, informando que repassa aos ministérios da Justiça e da Defesa tudo que sabe sobre o conflito em Rondônia. “Não sei dizer onde estão parando os documentos.”

Seu superior, o ministro da Reforma Agrária, Guilherme Cassel, avisou pela assessoria que “não comenta sobre movimentos sociais”. Se o ministro da Reforma Agrária acha que assassinatos são coisa de “movimentos sociais”, então é o caso de saber o que pensa o ministro da Justiça, Tarso Genro. Mas ele nem sequer retornou as quatro ligações da reportagem. O responsável pela Defesa, Nélson Jobim, informou que não vai falar sobre o caso – mas haverá de chegar um dia em que ele terá de se explicar no Senado. Na quinta-feira 27 de março, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) apresentou um pedido de convocação do ministro Jobim para que ele dê explicações públicas sobre a guerrilha.


Cravada na Serra da Fortaleza, na divisa do Brasil com a Bolívia, a base de treinamento dos guerrilheiros é uma área de dificílimo acesso. Sob a bandeira da LCP, eles cantam hinos revolucionários e empunham armas orientados pela cartilha de Abimael Guzmán, o “presidente Gonzalo”, fundador e líder do grupo peruano Sendero Luminoso, capturado em 1992 e condenado à prisão perpétua. Guzmán foi o líder de uma sangrenta adaptação do maoísmo para a América Latina, em que os camponeses eram aterrorizados para depois serem arregimentados para a causa. No Peru, essa fórmula genocida causou a morte de 75 mil pessoas entre 1980 e 1992.


Na construção dessa estratégia, a LCP arregimenta para suas fileiras miseráveis sem terras, jovens de classe média do movimento estudantil, através do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR) e sindicalistas ligados à Liga Operária e Camponesa (LOC).
Internacionalmente, os guerrilheiros brasileiros são ligados à International League of Peoples Struggle (ILPS), uma organização marxista com tentáculos espalhados por vários países. Na verdade, a Liga dos Camponeses Pobres, constituída em 1999 e sem registros oficiais, é o braço armado no meio rural da LOC, um grupo rebelde que dirige os sindicatos da construção civil e dos rodoviários em Belo Horizonte.


Esse grupo é contrário às eleições democráticas, que chama de “farsa burguesa”, classifica o MST de conciliador e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é um “traidor da classe operária e vassalo do imperialismo”. Sua estratégia de tomada do poder inclui a criação de um “Partido Revolucionário do Proletariado”, segundo a cartilha copiada do Sendero: “Um Partido Comunista clandestino que desenvolva a estratégia de cercar a cidade desde o campo, através da guerra popular prolongada.” É assim, dizem os documentos da entidade obtidos por ISTOÉ, que a LCP vai “fazer a revolução”.
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Tem guerrilha no Brasil
















O título acima é a chamada da manchete da revista Isto É sobre o domínio em uma área de aproximadamente 500 mil hectares apenas no Estado de Rondônia, e bases em Minas Gerais e Pará da Liga dos Camponeses Pobres.

A Liga dos Camponeses Pobres organiza a revolução agrária: Abaixo o latifúndio























Alguns jornais, sites de notícias, revistas e blog's vem noticiando ainda que de maneira acanhada, a "onda" de invasões de terras no sul do Pará.

Passam de 60 as fazendas invadidas e outras tantas prometidas de invasão com hora marcada, dia...e avisos aos proprietários.

São propriedades rurais de todos os tamanhos, com um detalhe: todas produtivas, segundo os critérios adotados pelo Incra.

O clima é de mêdo e terror no Sul do Pará. As potenciais vítimas pedem proteção policial que lhes é negada pelo Estado.

Já se sabe que houve uma longa preparação no processo dessas invasões.

Numa jogada de marketing de fazer inveja à um Nizan Guanaes (controlador da Agência África), um dos mais caros e premiados homens de propaganda e marketing do país; a auto denominada Liga dos Camponeses Pobres (LCP) prega o sucesso de suas operações e infla-se de alegria ao revelar que recruta camponeses sem terra ou com pouca terra. É o máximo!

Sustentados na retórica de gritos de guerra como: invadir, expulsar, cortar (a terra), acampar, se houver resistência: matar; e depois plantar; a LCP vive dias de glória no Pará.

Em reportagem assinada por Mário Lúcio de Paula para um obscuro site denominado A Nova Democracia, as ligações do movimento que utiliza-se de extrema violência, técnicas de guerrilha armada, assustando a quem teve a desagradável experiência de cruzar os seus caminhos com essa gente que traja capuz e porta armas que treme qualquer organização que ousar reprimí-los. A LCP começa a aparecer com desenvoltura em toda a região. São craques na arte da Comunicação.

O sucesso da empreitada é de inegável sucesso. Aproxima-se de 60 propriedades rurais o domínio do grupo em nove municípios concentrados no sul/sudeste do Pará.

De verniz maoísta, ou seja, pregando o uso de força paramilitar para atingir seus objetivos: a derrubada do governo via guerrilha armada à partir do campo em direção às cidades e, finalmente o triunfo através de uma sociedade sem direito à propriedade sob o julgo camponês. O trabalho tem dado muito certo pois o expurgo do Estado de Direito, um bye, bye Brasil e sua tôsca democracia estão em curso no céu de brigadeiro paraense. Não há tempo ruim mais. As nuvens negras que serão "expurgadas" é o latifundio, o trabalho escravo (sic), a grilagem de terras, as queimadas, o sol que nasce toda a manhã...

Os gravíssimos acontecimentos já são do conhecimento das autoridades. Abin, Polícia Federal, Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Ouvidoria Agrária Nacional e Estadual, Ministério Público Federal, Ibama, Incra, Presidência da República, Polícia Militar e Civil do Pará e as Forças Armadas, como não poderia deixar de ser. A LCP está se lixando para o establishment, pelo contério, utiliza-se dele com invulgar capacidade de dissimulação.

Voltamos, portanto, à 1968, no comecinho da Guerrilha do Araguaia em pleno século XXI, como se isso fosse possível. Se é? Perguntem aos veículos de comunicação mercantilistas, burgueses, golpistas, ou mesmo aos blog's que se apresentam como bastiões defensores da democracia brasileira que, data vênia, insistem em levantar a tese de que tudo não passa de uma grande armação dos fazendeiros escravagistas do Pará & Cia.

Este blogger gostaria de saber quem pode prever onde isso vai acabar?

Pelo visto eles sabem (a LCP e seus financiadores), a contar do tipo de facismo manipulador que chamam de linha editorial.

Panfletos inssitam à revolta. A ordem é ocupar e passar por cima de tudo e todos.

Ih! Eu acho que já ví essa história!! Mas acredito na governadora do Pará Ana Júlia Carepa, quando ela diz que não sabe que nada disso esteja acontecendo no estado em que está governando.

Carepa afirma que nunca autorizou aos seus comandados que não protegam as propriedades rurais ameaçadas do Pará, --aí, seus proprietários e empregados sob sua responsabilidade.

É fato: muitos estão pagando muito caro para ver onde isso vai chegar.

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