Está nos arquivosdo blog e eis que a estréia da Sinfônica em projeto proposto pelo You Tube foi plena de êxito em sua primeira audição na sala de espetáculos Carnegie Hall, em Nova York.
Na última quarta-feira um grupo atípico: 96 músicos de 33 países que se conheceram pessoalmente no último domingo foram os responsáveis pelo concerto histórico. Eles foram selecionados entre cerca de 3.000 pessoas para participar da Orquestra. A seleção foi feita através de testes on-line no próprio site de vídeos.
O Brasil terá duas representantes entre os músicos. Larissa Ferreira, de Minas Gerais, e Irina Kodin, búlgara radicada no Brasil e integrante da Orquestra Sinfônica de São Paulo (OSESP). Assim como o restante dos participantes, cada uma delas teve que postar dois vídeos em que tocassem um instrumento. Um dos vídeos de Larissa, que tem 20 anos, pode ser conferidoaqui.
Instrumentistas anônimos de todo o mundo, alegrai-vos: a chance de integrar uma orquestra sinfônica e se apresentar no maior de todos os palcos pode estar ao seu alcance. Pegue o violino – harpa, triângulo, oboé ou qualquer outro dos 22 instrumentos listados no projeto Sinfônica YouTube – e submeta o seu talento musical ao concurso para fazer parte daquela que já é chamada de primeira orquestra on-line do universo.
Assim começa o artigo publicado na revista Piaui desse mês sobre o revolucionário e inovador projeto musical.
Isso é Bach. Das Wohltemperierte Klavier BWV846 Prelude
O magistral compositor, exigia concentração total aos que ousassem executar suas músicas e estudos. Note a dificuldade da mão direita, dêdos tesos e retos, e a esquerda, com extrema dificuldade de acompanhar uma melodia que remete-nos à emoção, olhos marejados, tosses disfarçadas, seguindo, talvez, o caminho do Nirvana. Dado o apaixonante tema.
A pertubadora frase resume a mensagem de meu filme predileto.
Tony Scott é irmão do também diretor Ridley Scott (Blade Runner, lembram?), -- aposto minhas fichas como melhor filme (Gangster) para o Oscar desse ano.
Tony dirigiu The Hunger, aqui, no cartaz: Fome de Viver.
Susan Sarandon interpreta Sarah, uma mortal que se envolve em um triângulo amoroso com um casal de vampiros vividos por David Bowie e Catherine Deneuve. Os dois vivem a frenética e desesperada rotina de suas condições, sempre a procura de sangue novo para sobreviver.
O filme conta com um visual aterrorizante e uma trilha sonora que mistura Iggy Pop com Bach e Schubert.
Leitura videoclipesca do vampirismo, uma bela história de amor com fotografia primorosa e cenografia estilizada.
A cena de sexo entre Susan Sarandon e Catherine Deneuve é capaz de despertar zumbis e outros tipos de mortos-vivos. Dizem! Veja o filme e comprove.
E aqui temos Bach, novamente.
Nesta cena, lá pela metade do filme, o espectador já está totalmente perturbado e hipnotizado pelo enrêdo.
Tony dá uma trégua e relaxa o público, colocando Bowie para executar Bach.
O disfarce do vampiro é o de um professor de Cello. Amante de Deneuve -- uma deusa-vampira-egípcia imortal, o filme prosegue em edição de videoclipe -- sensacional.
O filme tem início com frames cortados sem pudor e leva o espectador à uma boate onde o Bauhaus executa Bela Lugosi's Dead
É apenas o início da caça pelo sangue da vida. O casal mira na ruiva que será a fonte da fome de viver do casal.
--Cena alucinante.
Tenho a versão completa de Bela Lugosi's Deaddo Bauhaus comprado no Soho, em New York.
Interessados mandem mensagem para valmutran@gmail.com
Gosto não se discute e o meu está consolidado. Johann Sebastian Bach é o maior de todos os tempos.
O conjunto da obra monumental de Bach (pronuncia-se Bár) é mais conhecido pelas composições para órgão, sentença que não passa de um grande engano de definição de seus detratores.
Músicos avançados prestam-lhe homenagens seguidas à medida que defrontam-se com a maestria por ele proposto na maneira de compor.
Bach virou, literalmente, de ponto à cabeça a lógica de composição de sua época ao estabelecer um sem número de caminhos e possibilidades para uma das mais intrincadas artes técnicas de execução musical: a fuga.
Ao dominar a fuga, demonstrando que o até então arremedo de improvisação podia e deveria ter uma lógica sonora, como depois ficou comprovado, Bach sobrepou-se aos contemporâneos postando-se anos-luz à frente. É moderno até hoje. Arrisco-me que o visionário sempre o será.
Se o leitor gosta de samba e reconhece na Bateria da Escola de Samba Padre Miguel a melhor de todas ao assombrar o mundo há sete anos atrás introduzindo uma virada rítmica caindo para o funk; não fique assustado, isso não é nada além do talento de mestre de Bateria que bebeu em Bach.
O genial contrapontista inspirado. Monstro sagrado que revolucionou o canto coral e desconstruiu o dogma que imperava no início dos anos 1700, em pleno início do século 18, reconstruindo os pilares da forma e método de compor, felizmente tem sua obra praticamente toda gravada.
Aqui os amigos (as) poderão ouvir uma aula de fuga (Suite No 3, BWV 1009 in C maior - VI Gigue, para Cello). Ouçam.
Mas o que comove nesse homem que perdeu a mãe aos 9 anos e o pai um ano depois, é a inarredável decisão pela música, que revelou-nos um espírito inspirado e transgressor da ordem de então.
O blog recomenda a audição, digamos, de um tira-gosto nesse sabadão: o (Prelúdio da Suite No 1, BWV 1007 in G maior, para Cello). Uma aula de contraponto.
Aos interessados, basta enviar um e-mail para valmutran@gmail.com que disponibilizarei aos amigos o divino CD "Bach J.S. - 3 suites for cello solo BWV 1007-1009", obra completa, de modo à iniciarmos um resgate à obra do gênio, simplesmente outrora e eternamente conhecido como: Bach.