O nepotista senador Mário - bicho - Couto
Correio Braziliense, 25 de outubro de 2008.
Na súmula do STF, está proibido o chamado nepotismo cruzado.
Finalmente um bom exemplo?
Parentes fora da Câmara
- Duvido. Seria muito educativo a presença da dupla de jornalistas por volta do ponto quando a sessão supera as 19:00. Num dos andares da carruagem, flagarão moiçolas e gajos com roupa de ginástica à assinar o rega-bofe de parlamentares pilantras até a última célula da medula que permite-lhes andar, por enquanto, com duas patas.
Arlindo Chinaglia enviará dados “secretos” dos funcionários comissionados ao Ministério Público, que prepara uma varredura na Casa
Sérgio Penna avisa: “Se houver alguma omissão por dolo haverá um processo administrativo”
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), mandou avisar que a Casa está livre do nepotismo entre os cerca de 10 mil funcionários comissionados lotados nos gabinetes dos deputados. Mas desde a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu a contratação de parentes no serviço público, a Câmara se recusa a divulgar, pelo menos, o número de familiares demitidos.
Chinaglia também prometeu colaborar com as investigações do Ministério Público Federal oferecendo um banco de dados com as fichas dos funcionários comissionados. Ele tem 10 dias para fornecer os dados ao MP. O petista disse que a varredura do MP dará “tranqüilidade à sociedade e à Câmara”. Segundo ele, a Casa faz uma revisão do quadro funcional quase todos os dias e não encontrou mais nenhum caso de nepotismo.
A Câmara está na berlinda depois de o Senado tomar a dianteira na solução da crise gerada com a decisão do STF. Chinaglia transferiu a responsabilidade das demissões para os colegas deputados, determinou à direção-geral que acompanhe o desdobramento dos casos, mas negou-se a fazer varreduras ou centralizar as exonerações, como foi feito no Senado, a pedido do presidente Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Os casos de parentes demitidos na Câmara acabaram sendo pontuais.
O Senado deu como encerradas as exonerações de parentes e também se declarou livre do nepotismo. Mas ontem enquanto a Casa comemorava o resultado das 86 demissões, a funcionária Taciana Pradines Coelho entrou no Supremo para evitar a exoneração. Ela é irmã da chefe de gabinete do senador Mário Couto (PSDB-PA) e trabalha para Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Filtros
Enquanto a batalha jurídica começa, o Senado deu início a uma nova etapa para incrementar filtros antinepotismo. Os novos funcionários comissionados terão de declarar que não têm parentes trabalhando na Casa, uma medida já adotada na Câmara. A iniciativa foi proposta pela comissão criada por Garibaldi para analisar e exonerar parentes.
A decisão foi anunciada ontem por Sérgio Penna, chefe de gabinete da Presidência e responsável pelo andamento da comissão. De acordo com Penna, o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, concordou com a regra. Não foi estabelecida ainda a data para a norma entrar em vigor.
Apesar do esforço do Senado, a Casa não está livre do nepotismo. A comissão trabalhou apenas em cima dos nomes apresentados pelos gabinetes e não realizou uma varredura independente. “O trabalho está encerrado. Se houver alguma omissão por dolo haverá um processo administrativo”, disse Penna. Na prática, os atos das duas Casas se equivalem. Ambas se debruçaram sobre os casos mais aparentes. A diferença é que Garibaldi abraçou o desgaste político ao admitir que o nepotismo fazia parte da rotina do Senado e Chinaglia preferiu esquivar-se.
O insuperável nepotismo de Hugo Chávez
No estilo de Chávez, família de líder concentra poder em Barinas
Em meio a denúncias, pai, irmãos e até a mãe do presidente ocupam os mais importantes espaços políticos no Estado
Reinando soberano no Palácio Miraflores, em Caracas, lançando mão de instrumentos que lhe permitem governar por decreto, com 100% de controle do Legislativo e um Judiciário totalmente dócil, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, vem trabalhando também para ampliar a influência política de sua família. O clã Chávez vem consolidando seu domínio principalmente em Barinas, Estado do sudoeste do país - em meio a insistentes denúncias, por parte de opositores, de corrupção e abuso de poder.
Nepotismo com os dias contados
Quem descumprir a regra sofrerá ação por improbidade administrativa, além da anulação do ato que nomeou o familiar. O projeto, uma emenda constitucional, agora seguirá para o plenário do Senado. Depois, vai para a Câmara. A aprovação em cada Casa dependerá dos votos de três quintos de cada plenário.
É o começo do fim da maladragem de contratar parentes. Vossas excelências terão agora que confiar em outras pessoas que não seus parentes.
A mudança do Pê Tê do Pará
Brasil
Governadora muito família
Contrastando com uma safra de bons
governadores, Ana Júlia Carepa só
quer saber de dar felicidade a seus
parentes e amigos
Victor De Martino
VEJA TAMBÉM
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A política brasileira é tão machista que, quando uma mulher chega ao poder, se espalha que é seu marido quem manda no governo. Dizia-se, por exemplo, que Jorge Murad administrava o Maranhão para Roseana Sarney e que Anthony Garotinho geria o Rio de Janeiro para Rosinha Matheus. Quando a ministra do Turismo, Marta Suplicy, era prefeita de São Paulo, insinuava-se que o comando estava com seu marido, Luis Favre. A governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, 49 anos bem vividos, é a nova vítima desse tipo de comentário. A oposição diz que a eminência parda de seu governo é um de seus ex-maridos, Marcílio Monteiro, atual secretário de Projetos Estratégicos do Pará. Foi pelas mãos de Monteiro que Ana Júlia ingressou na política sindical e no PT. Nem mesmo a separação, ocorrida há mais de dez anos, impediu que ele continuasse a dedicar sua vida à carreira da ex-mulher. Mas os adversários, desalmados, não entendem que as relações afetivas possam sobreviver às intempéries. Não compreendem, enfim, que a governadora é muito família, só isso. Ela não tem medo de ser feliz, gente.
Eleita senadora em 2002, Ana Júlia retribuiu o empenho de Monteiro. Emplacou-o na chefia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no Pará. No cargo, ele articulou a candidatura da ex-mulher à prefeitura de Belém. Ana Júlia acabou derrotada e Monteiro, suspeito de improbidade administrativa. Na CPI da Biopirataria, ele chegou a ser acusado de autorizar a exploração ilegal de madeira em troca de dinheiro para as campanhas do PT. Um empresário declarou que a propina ia para a conta de Joana Pessôa, caixa de campanha de Ana Júlia. Por causa dessas denúncias, o PT a preteriu no momento de escolher seu candidato a governador. Ana Júlia só participou da disputa porque o deputado Jader Barbalho, do PMDB, convenceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que era possível elegê-la. Uma vez instalada no palácio, Ana Júlia recompensou a todos. Empregou sete parentes, Joana Pessôa – e deu a Jader onze cargos, que, juntos, controlam 33% do orçamento estadual. Jader, puxa, é como se fosse da sua família, né?
Nos anos 80, o incorrigível Jader empregou o pai de Ana Júlia, Arthur Carepa, na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Carepa estava afastado dos postos oficiais desde 1964. Naquele ano, o regime militar o demitiu da Secretaria de Obras de Belém depois que uma comissão de investigação concluiu que ele "exerceu o poder corruptor e cometeu desonestidade: sonegou; enriqueceu ilicitamente". As acusações não redundaram em processo criminal, mas Carepa teve seus direitos políticos cassados até 1979, quando foi anistiado. Longe da vida pública, sobreviveu com a receita de sua academia de natação, que, naquele tempo, era a preferida dos ricos de Belém. Por causa da escola, seus sete filhos conviveram com a juventude dourada local. Ana Júlia só teve de enfrentar a reputação do pai quando passou a fazer política, na faculdade de arquitetura. Nesse tempo, apaixonou-se por Rômulo Paes de Sousa, um líder estudantil que se tornou seu primeiro marido e pai de seu filho, Júlio. Influenciada por ele, militou no PCdoB. Ao passar num concurso do Banco do Brasil, em 1983, ela mudou de partido e de companheiro, mas, como é muito família, não se esqueceu de Sousa, indicando-o para a Secretaria de Avaliação do Ministério do Desenvolvimento Social do governo Lula. Seu novo marido, Marcílio Monteiro, levou-a para o PT. Ao fim dessa relação, Ana Júlia tinha uma filha, Juliana, e o grupo político que hoje a acompanha.
Marcio Ferreira/Imapress |
Ana Júlia: com o dinheiro público, emprega o namorado, paga aluguel, férias... |
A governadora costuma relacionar o fim do segundo casamento com sua emancipação pessoal. Uma vez separada, ela caiu na night. Ao som de forró e brega (no Pará isso não é adjetivo, mas gênero musical), Ana Júlia passou a exibir em bares e boates seu talento de dançarina. Muitos caíram apaixonados. Um deles fisgou o coração da então senadora, deixando de ser "ficante" para tornar-se namorado oficial – o piloto de avião Mário Fernando Costa. E bota oficial nisso: a governadora muito família empregou-o como administrador do hangar do estado. A desenvoltura de Ana Júlia na noite de Belém acabou sendo alvo de ataques durante a campanha para governador. Até hoje, Ana Júlia se ressente de adesivos com a frase "Xô, galinha", distribuídos na capital paraense. Depois de vencer nas urnas, para evitar a condenável associação com a ave, ela trocou a residência oficial, a Granja do Icuí, por uma casa alugada pelo governo paraense. Dos imóveis disponíveis para o governador, ela só usa a casa de praia de Salinas. Na Semana Santa, levou para lá seu namorado e 22 assessores – pagando a todos diárias de "trabalho". No início do governo, o séquito oficial incluía até uma dermatologista e uma cabeleireira, que zelavam pelos atrativos que se vêem na foto acima. Ambas foram demitidas por pressão da opinião pública. Mas a governadora ainda se dá ao direito de um luxinho ou outro. Em fevereiro, usou o jato fretado pelo governo para ir a Belo Horizonte assistir à formatura de seu filho. Ana Júlia é mesmo muito, muito família.
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The change of Pê Tê do Pará
Beauty and charm to change the Estado.
Brazil
Governor much family
Contrasting with a crop of good
Governors, Ana Júlia Carepa only
It wants to know about give yours happiness
Relatives and friends
Victor De Martino
SEE AS WELL
In this report
• The government is the house of her
The Brazilian politics is so macho that, when a woman arrives to the power, spreads that it is your husband who authority in the government. It told, for example, that Jorge Murad managed Maranhão for Roseana Sarney and that Anthony Little boy managed Rio de Janeiro for Little rose Matheus. When it administers her of the Tourism, Marta Suplicy, was São Paulo's Mayoress, it insinuated that the command was with your husband, Luis Favre. The governor of Pará, Ana Júlia Carepa, 49 very lived years, is the new victim of this kind of comment. The opposition tells that your government's drab prominence belongs one of his former-husbands, Marcílio Monteiro, current secretary of Strategic Projects of Pará. It was by the Monteiro's Hands that Ana Júlia entered in the union politics and in the PT. Not even the separation, occurred more than ten years ago, prevented that he continued to dedicate its life to the career of the former-woman. But the opponents, heartless, do not understand that the affective relations can survive to the bad times. They do not comprehend, finally, that the governor is much family, only that. She is not afraid of be happy, people.
Elect senator in 2002, Ana Júlia rewarded Monteiro's Determination. It supplied with a plate him in the Environment Brazilian institute leadership (Ibama) in Pará. In the position, he articulated the candidacy of the former-woman to Belém's Prefecture. Ana Júlia finished defeated and Monteiro, suspect of administrative improbity. In CPI da Biopirataria, he ended up to being accused of authorizing the wooden illegal exploration in money change for the PT campaigns. A business man declared that the fee went to the account of Joana Pessôa, box of campaign of Ana Júlia. For cause of these accusations, the PT deferred her at the moment of choosing your candidate for governor. Ana Júlia only took part in the dispute because deputy Jader Barbalho, of PMDB, convinced president Luiz Inácio Lula da Silva that I was possible to chooses her. Once installed in the palace, Ana Júlia rewarded to everybody. It employed seven relatives, Joana Pessôa – and gave to Jader eleven positions, that, close, control 33% of the state budget. Jader, gee, is as if it belonged to its family, né?
In the, the incorrigible Jader employed the father of Ana Júlia, Arthur Carepa, in the Development Superintendency of Amazônia. Carepa was remote of the official positions since 1964. In that year, the military regime dismissed it of the Works Secretariat of Belém after an investigation commission concluded that he "exercised the corrupter power and committed dishonesty: It defrauded; It enriched illicitly". The accusations were not redundant in criminal process, but Carepa had his political rights cancelled up to 1979, when it was amnestied. Far from the public life, it survived with the revenue of its swimming academy, that, in that time, was to preferred of the rich of Belém. Because of school, their seven sons cohabited with the local golden youth. Ana Júlia only had to face father's reputation when it became to do political, in the architecture faculty. In this time, it fell in love for Rômulo Paes de Sousa, a student leader that was become your first husband and father of his son, Júlio. Influenced by him, militou in the PCdoB. When passing in a Bank contest of Brazil, in 1983, she changed of party and of companion, but, as it is much family, did not forget about Sousa, indicating him for the Secretariat of government Social Development Department Evaluation Lula. Your new husband, Marcílio Monteiro, carried her to the PT. To the end of this relation, Ana Júlia had a daughter, Juliana, and the political group that today accompanies her.
Marcio Ferreira/Imapress
Ana Júlia: With the public money, it employs the boyfriend, paid rent, vacation...
The governor is used to relate second marriage end with her personal emancipation. Once separated, she fell into night. To the nigger ball sound and naff (in Pará that is not adjective, but musical gender), Ana Júlia proceeded exhibiting in bars and your night-clubs dancer's talent. Many fell lovers. One of them fished the heart of then senator, letting of being "ficante" to become official boyfriend – the pilot by plane Mário Fernando Costa. And it throws officer in this: The governor much family employed him as state hangar manager. The agility of Ana Júlia in Belém's Night finished being target of attacks during the campaign for governor. By today, Ana Júlia resents of stickers with the sentence "Xô, chicken", distributed in the capital paraense. After win in the urns, to avoid the condemnable association with the bird, she changed the official residence, Icuí's Farm, for a house rented by the government paraense. Of the available buildings for the governor, she only uses the beach house of Salinas. In Holy week, it carried to there your boyfriend and 22 advisory – paying to all daily of "work". At the beginning of the government, séquito official included until a dermatologist and a hair- dresser, that looked after the attractivenesses that in the photo are seen above. They were both dismissed by public opinion pressure. But the governor still gives to the right of a little luxury or another. In February, it used the jet freighted by the government to go to Belo Horizonte watch to his son's graduation. Ana Júlia is same too much, much family.
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