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Manchetes dos principais jornais desta terça-feira,14/12

Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
Bingo estimula a ação do crime, diz texto do governo

Agora S.Paulo
Quem ganha até R$ 1.874 terá IR de volta na declaração de 2011

O Estado de S.Paulo
Crack já se alastra por quase 4 mil cidades

Jornal do Brasil
Criminoso poderá ficar 50 anos preso

O Globo
Empresas já voltam para áreas liberadas do tráfico

Valor Econômico
Alimentos afastam de novo a inflação do alvo de 4,5%

Correio Braziliense
Bandarra é afastado por unanimidade

Estado de Minas
O que vai mudar no Imposto de Renda

Diário do Nordeste
Presas por roubo de carro

Zero Hora
10,8 mil motoristas gaúchos precisam entregar carteira

*

Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Juiz anula elemento chave da reforma de saúde de Obama

The Guardian (Reino Unido)
Caminho para combater islâmicos fez "pequeno progresso"

Le Monde (França)
Governo dividido pela condenação de policiais em Bobigny

El País (Espanha)
Espanha apoiou uma solução pró-Marrocos para o Saara Ocidental

Clarín (Argentina)
Interrompido o diálogo político e retomada as invasões e a violência

Manchetes dos principais jornais

Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
Exército terá poder de polícia em favela do RJ

Agora S.Paulo
Veja o valor da aposentadoria conforme sua idade e seu salário

O Estado de S.Paulo
Lula propõe pré-sal com novo rateio de royalties

Jornal do Brasil
Tomada do Alemão já anima o comércio

O Globo
Exército quer ficar menos no Alemão por temer corrupção

Valor Econômico
Tesouro cortará os subsídios de juros ao BNDES

Correio Braziliense
Caos na saúde leva Agnelo a pedir ajuda

Estado de Minas
O Haiti é aqui

Diário do Nordeste
Operação prende delegado e três policiais em Juazeiro

Zero Hora
Descoberta nova forma de vida

*

Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Obama busca ajuda para desempregados em qualquer acordo para redução de impostos

The Guardian (Reino Unido)
Tropas britânicas falharam em Helmand, dizem líderes afegãos aos EUA

Le Figaro (França)
Zona do Euro: Trichet tranquiliza os mercados

China Daily (China)
Japão e EUA iniciam a maior operação militar conjunta

El País (Espanha)
Aznar: "Se eu ver a Espanha desesperada, talvez tenha que voltar à política"

Clarín (Argentina)
Fonte confirma que houve um pedido por movimentos financeiros de Kirchner

Hoje é Dia do Jornalista






















Uma profissão cada vez mais dificil.

Jornalista revela o motivo da renúncia de Jânio Quadros e critica burocratas da imprensa
























Presidente Jânio Quadros renuncia à presidência da República, deixando população surpresa

VOCÊ CONHECE UMA DOENÇA CHAMADA “SÍNDROME DA FRIGIDEZ EDITORIAL”? EIS UM EXEMPLO ESCANDALOSO: JÂNIO QUADROS FINALMENTE REVELOU O MOTIVO DA RENÚNCIA. MAS A IMPRENSA NÃO PUBLICOU NADA,NADA,NADA

Por Geneton Moraes Neto, jornalista

Se fosse feito um ranking dos gestos mais surpreendentes já cometidos por um presidente da República no Palácio do Planalto, a renúncia de Jânio Quadros seria forte candidata a ocupar o primeiro posto. Sob todo e qualquer critério, a renúncia é, até hoje, tema de interesse histórico e jornalístico. Mas…nossa querida imprensa é capaz de barbeiragens monumentais.

(Quando digo que o maior inimigo do Jornalismo é o jornalista, não estou cometendo frase de efeito. Estou constatando uma verdade límpida, cristalina, indiscutível – e facilmente demonstrável. Não nasci ontem. Ao longo de anos, anos & anos, fui testemunha ocular e auditiva de uma coleção de absurdos indefensáveis. Por falta de vocação para exercer tarefas realmente importantes na vida, como a medicina ou o futebol, comecei a trabalhar em redação aos 16 anos de idade. Tenho 53. Façam as contas. Ao longo dessas quase quatro décadas, perdi a conta das vezes em que vi notícias e histórias interessantes serem sistematicamente jogadas no lixo nas redações por burocratas travestidos de jornalistas. Especialistas fizeram um exercício de leitura labial para tentar descobrir o que Jaqueline Kennedy disse no exato momento em que o balaço disparado por Lee Harvey Oswald explodiu a cabeça do presidente Kennedy naquela praça em Dallas. Disse o seguinte: “Oh,no!”. Se pudessem se manifestar, as multidões de leitores, ouvintes e telespectadores que deixam de tomar conhecimento das histórias jogadas no lixo pelos burocratas do jornalismo certamente diriam em coro : “Oh,no! Oh,no! Oh,no!” ).

Vasculho meus arquivos implacáveis. Eis um registro que fiz sobre uma cochilada monumental dos nossos bravos jornalões e revistonas (o problema,neste caso, não é Jânio.É a imprensa. Os motivos que ele confessou para explicar a renúncia apenas confirmam o que já se suspeitava: o homem cometeu o gesto teatral porque queria voltar ao poder nos braços do povo.Não voltou. O indefensável é a absoluta indiferença da imprensa sobre a confissão de Jânio. O caso mereceria manchete: Jânio dá no leito de morte a explicação final sobre a renúncia. Duvido que um leitor minimamente interessado deixasse de ler. Cito o caso porque ele envolve um ex-presidente da República. É escandaloso. Mas, qualquer legume que frequente uma redação será capaz de contabilizar,em pouco tempo, um inacreditável inventário de casos, histórias, reportagens e notícias que foram jogadas fora religiosamente, sistematicamente,ardorosamente pelo exército de burocratas entediados que passam anos,anos e anos dedicados à tarefa de destruir tudo o que poderia ser vívido, interessante e empolgante no Jornalismo. Ainda assim, declaro solenemente aos leigos que esta pode ser uma profissão divertida.Que outro ofício daria a um terráqueo a chance de morrer de rir intimamente com a descabida pretensão de gente que se tranca numa sala para “decidir” o que é que o público deve ou não deve saber? Nem preciso falar da vaidade patética de quem se julga um milhão de vezes mais importante do que é. Quá-quá-quá. Seja lá quem for, quem inventou a Internet merece uma estátua de tamanho gigante em praça pública, porque, entre outras maravilhas, a rede mundial de computadores destruiu,na prática, a onipotência risível dos jornalistas. Hoje, qualquer legume (ou seja: alguém que em nada é inferior ao jornalista) pode testemunhar e reportar o que quiser.É só criar um blog, apertar um botão e o texto estará disponível, em tese, para todo o planeta).

O caso Jânio:

A mais sincera confissão já feita por Jânio Quadros sobre os reais motivos que o levaram a renunciar à Presidência da Republica no dia 25 de agosto de 1961 somente foi publicada em 1995,em escassas sete páginas de uma calhamaço lancado por uma editora desconhecida de São Paulo em louvor ao ex-presidente.

Organizado por Jânio Quadros Neto e Eduardo Lobo Botelho Gualazzi,o livro ‘’Jânio Quadros : Memorial à Historia do Brasil’’ é, na verdade, um bem nutrido album de recortes sobre o homem. Grande parte das 340 páginas do livro,publicado pela Editora Rideel, é ocupada pela republicação de reportagens originalmente aparecidas em jornais e revistas sobre a figura esquisita de JQ.

A porção laudatória do livro é leitura recomendável apenas a janistas de carteirinha. O ‘’Memorial’’ traz, no entanto, um capítulo importante : a confissão que Jânio, já doente,fez ao neto,num quarto do Hospital Israelita Albert Einstein,no dia 25 de agosto de 1991, no trigésimo aniversário da renúncia.

Jânio morreria no dia 16 de fevereiro de 1992, aos 75 anos de idade. O neto fez segredo sobre o que ouviu. Somente publicou as palavras do avô quatro anos depois. Ao contrário do que fazia diante dos jornalistas – a quem respondia com frases grandiloquentes mas pouco objetivas sobre a renúncia – Jânio Quadros disse ao neto, sem rodeios e sem meias palavras, que renunciou simplesmente porque tinha certeza de que o povo,os militares e os governadores o levariam de volta ao poder. Nâo levaram.

Talvez porque já pressentisse o fim próximo,Jânio admite,diante do neto,pela primeira vez,que a renúncia foi ‘’o maior fracasso político da história republicana do Pais,o maior erro que cometi’’.

A já vasta bibliografia sobre a renúncia ganhou, assim, um acréscimo fundamental, feito pelo proprio Jânio – a única pessoa que poderia explicar o enigma. Desta vez, a explicação parece clara.

Um detalhe inacreditável – que revela como as redações brasileiras são povoadas por uma incrível quantidade de burocratas que vivem assassinando o jornalismo : a confissão final de Jânio mereceu destaque zero nas páginas da imprensa brasileira,o que é estranho, além de lamentável.

A imprensa – que passou três décadas perguntando a Jânio Quadros por que é que ele renunciou – resolve deixar passar em brancas nuvens a confissão final do ex-presidente sobre a renúncia, acontecimento fundamental na historia recente do Brasil.

Tamanha desatenção parece ser um subproduto típico de uma doença facilmente detectável nas redações – a Síndrome da Frigidez Editorial .Joga-se notícia no lixo como quem se descarta de um copo de papel sujo de café . Leigos na profissão podem estranhar, mas a verdade é que há notícias que precisam enfrentar uma corrida de obstáculos dentro das próprias redações, antes de merecerem a graça suprema de serem publicadas.! Isto não tem absolutamente nada a ver com disponibilidade de espaço, mas com competência, faro jornalístico.

Se a última palavra do um presidente sobre um fato importantíssimo não merece uma linha sequer em jornais e revistas que passaram anos e anos falando sobre a renúncia, então há qualquer coisa de podre no Reino de Gutemberg. Quem paga a conta, obviamente, é o leitor, a quem se sonegam informações.

O caso da confissão de Jânio sobre a renúncia é exemplar : a informação fica restrita aos magros três mil exemplares do livro do neto. E os milhares,milhares e milhares de leitores de jornais e revistas, onde ficam ? A ver navios. É como dizia o velho Paulo Francis: “Nossa imprensa: previsível, empolada, chata. Como é chata, meu Deus!”.

Eis trechos do diálogo entre o ex-presidente e o neto,no hospital.As palavras de Jânio não deixam margem de dúvidas sobre a renúncia :
-‘’Quando assumi a presidência, eu não sabia da verdadeira situação político-econômica do País. A minha renúncia era para ter sido uma articulação : nunca imaginei que ela seria de fato aceita e executada. Renunciei à minha candidatura à presidencia, em 1960. A renúncia não foi aceita. Voltei com mais fôlego e força. Meu ato de 25 de agosto de 1961 foi uma estratégia política que não deu certo, uma tentativa de governabilidade. Também foi o maior fracasso político da história republicana do país, o maior erro que cometi(…)Tudo foi muito bem planejado e organizado. Eu mandei João Goulart (N:vice-presidente) em missão oficial à China, no lugar mais longe possível. Assim,ele não estaria no Brasil para assumir ou fazer articulações políticas. Escrevi a carta da renúncia no dia 19 de agosto e entreguei ao ministro da Justica, Oscar Pedroso Horta,no dia 22. Eu acreditava que não haveria ninguém para assumir a presidência. Pensei que os militares,os governadores e,principalmente,o povo nunca aceitariam a minha renúncia e exigiriam que eu ficasse no poder. Jango era,na época,semelhante a Lula : completamente inaceitável para a elite. Achei que era impossével que ele assumisse, porque todos iriam implorar para que eu ficasse(…) Renunciei no dia do soldado porque quis senbilizar os militares e conseguir o apoio das Forças Armadas. Era para ter criado um certo clima político. Imaginei que,em primeiro lugar,o povo iria às ruas, seguido pelos militares. Os dois me chamariam de volta. Fiquei com a faixa presidencial até o dia 26. Achei que voltaria de Santos para Brasília na glória. Ao renunciar, pedi um voto de confianca à minha permanencia no poder. Isso é feito frequentemente pelos primeiros-ministros na Inglaterra.Fui reprovado.O País pagou um preço muito alto. Deu tudo errado’’.

Correspondente americano tucano?

O neoliberal anti-Lula da “Newsweek”

Mac Margolis, correspondente de Newsweek no Brasil há mais de 25 anos, é tido como competente mas seu trabalho talvez seja afetado por ligações próximas com a oposição do PSDB. Mesmo com o mérito de nunca ter descido ao nível de um Larry Rohter, deixou-se conquistar pela rendição do governo FHC ao neoliberalismo econômico, ainda hoje a referência maior do jornalismo dele.

Como profissional experiente da mídia corporativa, Margolis frequenta nossa elite branca e teve acesso privilegiado ao governo anterior e seus ministros. Um destes, Roberto Muylaert, à época em que deixou a secretaria de comunicação da presidência passou a tê-lo como colaborador fixo em publicação largamente contemplada pela publicidade oficial. Além dessas relações, identificava-se com a política de privatizações e seu patrocinador FHC.

Agora, no entanto, um ativo crítico de mídia dos EUA – Peter Hart, da revista Extra!, publicada pela organização FAIR (Fairness & Accuracy in Media, Honestidade e Precisão na Mídia) – submeteu o trabalho de Margolis, tão prodigamente premiado aqui pelo alinhamento ao neoliberalismo e até ao Consenso de Washington, a análise séria e rigorosa. E com uma visão de esquerda.

O resultado foi uma crítica demolidora – apesar de Hart, aparentemente, nada saber sobre a intimidade promíscua de Margolis com os ressentidos ex-detentores do poder no Brasil, alijados pelo voto popular depois da compra de votos no Congresso que permitiu a reeleição em 1998. A análise na Extra! (veja a capa acima, à esquerda) deu-se ao trabalho de cotejar os textos do correspondente nos últimos anos.

Consenso de Washington salvou o Brasil?

Se a crítica ao menos tornar o jornalista de Newsweek mais cuidadoso já terá valido a pena: ele estava acostumado demais aos encômios ouvidos dos tucanos. Ao contrário de Merval Pereira, que recebeu o prêmio Moors Cabot em 2009 (a pretexto de ter “combatido valentemente a ditadura militar”, coisa que seu jornal na verdade nunca fez), Margolis pode até ter merecido o mesmo prêmio em 2003 por razões mais sólidas.

O correspondente tiraria proveito das críticas se tentasse distanciar-se mais dos aduladores tucanos – sempre à procura de jornalistas estrangeiros para convencê-los (em inglês: odeiam falar português) sobre méritos do governo FHC, que encaram como injustiçado. Ao exaltarem, por exemplo, a onda de privatizações selvagens, só teriam um ponto: foi ruim para o país, mas as comissões eram polpudas.

Na reportagem de capa de Extra!, Hart é minucioso na análise dos textos de Margolis no período dos dois mandatos do presidente Lula. Expõe seu caráter tendencioso e preconceituoso – sempre na linha neoliberal que certamente soava como música aos ouvidos dos editores em Nova York. Chega ao extremo de afirmar, com todas as letras, que o Brasil foi salvo pelo Consenso de Washington.

O antetítulo do texto (“Meet Mac Margolis, their man in Latin America”, Conheça Mac Margolis, o homem deles na América Latina), é seguído pelo título em corpo maior, “Newsweek’s Name-Calling Neoliberal”, O neoliberal desbocado da Newsweek. A ilustração principal é uma capa-paródia da revista com a caricatura de Hugo Chávez à frente dos três que seriam seus inspiradores: Hitler, Mussolini e Stalin. Título: “Difamando a esquerda da América Latina”.

Será Oliver Stone a Riefenstahl de Chávez?

Quem comparou Chávez (na foto acima com o cineasta Oliver Stone no Festival de Veneza) aos três ditadores de uma vez foi Margolis, induzido pela própria inclinação ideológica, numa reportagem leviana publicada a 2 de novembro. Ali fazia piadas sobre a criação na Venezuela de uma produtora pública de cinema, com estúdio e tudo: “Como Mussolini e Stalin antes, o presidente Chávez criou seu próprio estúdio de cinema”. O objetivo, sugeriu, é a propaganda deslavada.

Escreveu ainda o corresponente em novembro: “Como os autocratas do século 20 que procura imitar, Chávez é fascinado pelo poder do cinema. Desde que Hitler voltou-se para Leni Riefenstahl os ditadores têm sonhado em ganhar a força épica da tela grande para seu script político. Com a Villa del Cine, posicionou-se, conscientemente ou não, como herdeiro dos totalitários maiores do século 20”.

Para Hart, não há muitas evidências de que as instalações de edição e os estúdios da Villa del Cine são passos iniciais rumo ao fascismo. Se fossem, observou ainda, o National Film Board do Canadá já teria há muito tempo empurrado esse país vizinho dos EUA para o Gulag. Mas Margolis prefere carregar nas tintas contra Chávez, crítico feroz do neoliberalismo e da retórica submissa ao poder das corporações.

Em plena crise financeira que golpeou o mundo graças à irresponsabilidade de Wall Street e dos bancos que criaram a bolha imobiliária, Margolis continuava fiel, em julho de 2009, ao desastroso rumo neoliberal. Escreveu: “Apesar do Consenso de Washington ter salvado sua economia, o Brasil hoje tenta enterrar a agenda ‘neoliberal’ das reformas de mercado, que nos anos 1990 impulsionaram os países em desenvolvimento.”

A afirmação é ainda mais insólita se for levado em conta o sucesso do governo Lula naqueles dias, a ponto de tornar o Brasil o primeiro país a sair da crise. Mas Margolis reclama mais privatizações. E acrescenta: “Não é a América Latina que precisa ser resgatada nos destroços das reformas de mercado. São as reformas que precisam ser resgatadas na América Latina”.

“Esses latinos contra o livre comércio?”

Hart registra com sarcasmo a enorme arrogância do comentário, que beira a desfaçatez. E sugere o que passa pela cabeça de Margolis – “Esses latinos babacas acham que vão desacreditar o livre mercado?” Na tentativa de explicar que o Consenso de Washington funcionou, disse Hart, não eram as reformas de mercado que tinham precisado de socorro. Assim o próprio Margolis escrevera em junho:

“Uma das explicações (…) para a atual trapalhada na América Latina tem como alvo o evangelho das reformas de livre mercado pregadas na década de 1990 pelos ‘pundits’ em Washington e ‘magos’ em Wall Street. Críticos do chamado Consenso de Washington argumentam que os frutos da estabilidade deixaram de alcançar as massas. Ao arranharem a superfície, o quadro pareceu mais complexo.

Através da América Latina, a mortalidade infantil tinha caído drasticamente, enquanto a alfabetização e a expectativa de vida tinham chegado às alturas, até na empobrecida Bolívia. Matrículas em escolas primárias e acesso à água potável e à eletricidade estão subindo. Mais cidadãos envolvem-se na política agora do que em qualquer época: indígenas já constituem 30% do Congresso boliviano”.

Para Hart, Margolis não viu necessidade de explicar a relação de causa e efeito entre as políticas econômicas neoliberais que ele apóia e a melhoria das condições de vida. Isso por achar a conexão auto-explicativa. Um sociólogo que tinha trabalhado na Bolívia discordou e disse em carta à revista que muitos avanços resultaram de intervenções do governo – o oposto do que prega o “Consenso”, que exige austeridade nos orçamentos e mais privatizações. E a Bolívia de Evo Morales, é outro alvo prioritário de Margolis, pelas razões óbvias.

Um populismo de talão de cheque?

No caso particular do Brasil, as avaliações equivocadas de Margolis parecem até tradução para o inglês daquilo que nossa grande mídia obstina-se em repetir em português. Às vezes Lula ganha elogio dele – mas só quando suas políticas parecem, por exemplo, favorecer os investidores de petróleo e o capitalismo global. “Lula não é Hugo Chávez”, chegou a dizer. Mas, de repente, ele volta ao ataque: “Lula dá guinada à esquerda”.

A grave suspeita de “populismo”, tão cara a FHC e seu Cebrap, sempre reaparece. “Com um olho na posteridade e outro na urna”, provocou. “Exatamente o tipo de armadilha populista que Lula tinha evitado até agora”, escreveu. O repúdio aos programas sociais que o neoliberalismo odeia também é recorrente. “Populismo de talão de cheque”, sentenciou. Hart estranha, lembrando como o Brasil saiu bem da crise.

Números e dados de Margolis nem sempre são confiáveis. “Quase 63% de jovens latinos dizem agora que o livre mercado beneficia todas as pessoas”, escreveu ele. Mas Hart explicou e corrigiu: “a pesquisa foi pela internet, a que só tinham acesso 31% da população; e mesmo assim Margolis não notou que nela sua tese fora contestada por 90% – favoráveis a que os governos façam mais para ajudar os pobres”.

E mais um escorregão de Margolis ficou exposto quando afirmou que o continente está às vésperas de uma virada à direita, devido às eleições dos 17 meses seguintes no Brasil, Uruguai e Chile: “Em nenhum dos três países o partido de esquerda no poder é cotado para ganhar”. A realidade já o desmentiu. A esquerda ganhou no Uruguai e foi para o segundo turno no Chile, enquanto no Brasil José Serra hesita em ser candidato, com medo de perder outra vez para a esquerda.

Restaria, enfim, lembrar que Newsweek incluiu Lula, há um ano, no 18° lugar da lista (encabeçada por Barack Obama) das 50 pessoas mais poderosas do mundo, o que chamou de “Elite Global”. Só não entendo porque os editores encomendam a Margolis textos sobre Lula: ele sempre dá um jeito de enfiar FHC (veja os dois juntos acima, numa foto dos anos 1970), que quebrou o Brasil três vezes, como “o grande reformista”.

Quanto à revista Extra!, esse número de janeiro está à venda há apenas dois dias. O website da FAIR  inclui algumas matérias, mas não a da capa, escrita por Peter Hart. Para ler a íntegra é preciso fazer a assinatura anual (12 números de 16 páginas) da edição eletrônica em pdf, ao custo de US$15.

Fonte: Blog do Argemiro.

CCJ aprova proposta que exige diploma para jornalistas

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou há pouco a PEC 386/09, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. A CCJ aprovou a PEC quanto à admissibilidade, segundo o parecer favorável do relator, deputado Maurício Rands (PT-PE).

A PEC seguirá agora para uma comissão especial, que será criada para analisá-la. Posteriormente, a proposta precisará ser votada em dois turnos pelo Plenário.

Mesmo aprovada a PEC o STF já julgou que a exigência do diploma é inconstitucional.

Essa é uma jogada da Federação e dos Sindicatos de Jornalista para mostrar serviço.

Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Comunicação será realizado de 1 a 4 de outubro em Goiânia

Os jornalistas do Distrito Federal elegerão, dia 16/9, às 12h30, no Clube da Imprensa de Brasília, os delegados para o 17º Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de  Comunicação (Enjac).

O 17º Enjac avaliará as questões próprias da atuação do jornalista profissional em assessoria de imprensa e sua relação com assessorados e redações, além da formação do profissional em assessoria de imprensa, ética profissional erelações trabalhistas.

Com o tema "Assessoria de Imprensa: O Jornalismo passa por aqui", o encontro deste ano realizado pela Federação Nacional dos Jornalistas  Fenaj) e pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás reunirá representantes da Fenaj, dos 31 Sindicatos dos  Jornalistas do Brasil e jornalistas e estudantes de jornalismo de  várias partes do país. A expectativa é de que mais de 400 pessoas  participem do evento em Goiânia.

O 17º Enjac será realizado no Castro's Park Hotel, que está localizado próximo à Praça Cívica, a 15 minutos do aeroporto e 10 minutos da Rodoviária de Goiânia (GO).

Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF.

Larry Rother não mora mais no Brasil

O gringo colocou o dedo na ferida

Larry Rother, ex-correspondente do “New York Times”, foi embora, mas ainda é um dos mais argutos observadores das mazelas brasileiras

Bruno Veiga













Larry Rother, jornalista: "Não sinto falta da bagunça e das carteiradas"

O jor­na­lis­ta Larry Ro­ther vol­tou a vi­ver nos Es­ta­dos Uni­dos no ano pas­sa­do, de­pois de tem­po­ra­das no Bra­sil que so­mam qua­se du­as dé­ca­das. Co­mo cor­res­pon­den­te do “New York Ti­mes” se­di­a­do no Rio de Ja­nei­ro (des­de o fi­nal dos anos 70) e ca­sa­do com uma bra­si­lei­ra, Ro­ther vi­veu mo­men­tos im­por­tan­tes da his­tó­ria do pa­ís (co­mo a di­ta­du­ra mi­li­tar e a re­de­mo­cra­ti­za­ção), man­ten­do um ar­gu­to sen­so de ob­ser­va­ção dos even­tos e dos cos­tu­mes bra­zu­cas. A re­vis­ta “Po­der — Joyce Pas­cowitch” (re­vis­ta­po­der.uol.com.br) des­te mês traz uma en­tre­vis­ta in­te­res­san­te com o re­pór­ter grin­go. So­bre Ro­ther, a mí­dia lo­cal gos­ta de abrir man­che­tes com o ca­so de sua qua­se ex­pul­são, em 2004, quan­do es­cre­veu so­bre os há­bi­tos etí­li­cos do pre­si­den­te Lu­la da Sil­va. É uma bo­ba­gem.
O ame­ri­ca­no tem coi­sas mui­to mais re­le­van­tes a fa­lar so­bre es­se es­tra­nho mun­do ver­de-ama­re­lo.

Uma des­sas coi­sas in­te­res­san­tes vem lo­go no co­me­ço da en­tre­vis­ta (fei­ta por Dé­bo­ra Mam­ber e Ro­dri­go Le­vi­no, di­re­to de No­va York). Per­gun­tam do que ele sen­te fal­ta do Bra­sil, após um ano vi­ven­do na Big Ap­ple. Ro­ther não ti­tu­beia e ci­ta pra­ze­res sim­ples: quei­jo mi­nas, go­i­a­ba­da e água de co­co (do sa­bo­ne­te Phe­bo, diz que ain­da não sen­te fal­ta por­que le­vou um es­to­que). E do que dá gra­ças a Deus por ter se li­vra­do: “Não sin­to fal­ta da ba­gun­ça de mo­do ge­ral.
Es­pe­ci­fi­ca­men­te de pes­so­as que fu­ram fi­la, que é al­go im­pen­sá­vel nos Es­ta­dos Uni­dos. Tam­bém não sin­to fal­ta do ´sa­be com quem vo­cê es­tá fa­lan­do?´. Acho que a vi­da nos EUA é um pou­co mais de­mo­crá­ti­ca”. De le­ve e tal­vez sem que­rer, o grin­go foi na veia, re­vol­veu os mais pro­fun­dos pro­ble­mas na­ci­o­nais.
Qua­se tri­vi­al, co­mo se es­ti­ves­se co­men­tan­do so­bre o mo­vi­men­to do Cen­tral Park, Ro­ther ex­pli­cou o Bra­sil em pou­quís­si­mas pa­la­vras.

Pa­ra en­ten­der es­te pa­ís e seus gran­des di­le­mas, nem é pre­ci­so pros­se­guir na re­vis­ta e ler os dois tex­tos (de De­mé­trio Mag­no­li e Rai­mun­do Car­re­ro) acer­ca da cri­se Jo­sé Sar­ney, sen­do o pri­mei­ro um pe­tar­do qua­se de­mo­li­dor so­bre o pre­si­den­te do Se­na­do. Pa­re­ce, por exem­plo, que to­dos os even­tos po­lí­ti­cos re­le­van­tes da se­ma­na pas­sa­da es­tão con­ti­dos nes­sa aná­li­se fru­gal de Ro­ther: ba­gun­ça e fal­ta de de­mo­cra­cia. O Se­na­do (su­as ins­tân­cias se­cre­tas e nem tão se­cre­tas, co­mo o seu Con­se­lho de Éti­ca), o con­cla­ve es­pú­rio Lu­la-Sar­ney-Re­nan-Col­lor, fal­si­da­des da mi­nis­tra-can­di­da­ta, a cri­se no PT e o que mais sur­gir no meio do la­ma­çal. Tu­do po­de ser de­co­di­fi­ca­do pe­la his­tó­ri­ca ca­rên­cia de um mí­ni­mo de or­to­do­xia e re­pu­bli­ca­nis­mo nas re­la­ções de po­der. No meio des­sa zo­na, a im­pres­são é a de que na­da do es­pa­ço po­lí­ti­co no Bra­sil exis­te mes­mo en­quan­to coi­sa co­le­ti­va. É “de­les” e não do po­vo.

Fu­rar fi­las e dar car­tei­ra­das po­dem, in­fe­liz­men­te, ser fe­nô­me­nos tí­pi­cos do co­ti­dia­no do Pa­ís. No li­vro “A ca­be­ça do bra­si­lei­ro”, o so­ci­ó­lo­go Al­ber­to Car­los Al­mei­da ex­pli­ca (com pes­qui­sas) co­mo a cul­tu­ra da ma­lan­dra­gem e do jei­ti­nho es­tá en­fro­nha­da na so­ci­e­da­de bra­si­lei­ra (e co­mo is­so se re­fle­te no “efei­to te­flon”, que pro­te­ge a ima­gem de Lu­la dos es­cân­da­los de sua ad­mi­nis­tra­ção). Por es­se ra­ci­o­cí­nio, se­ria pos­sí­vel abra­çar aque­la des­gas­ta­da te­se de que a clas­se po­lí­ti­ca é ape­nas um re­fle­xo do que é a co­le­ti­vi­da­de. Mas não é is­so que se pro­põe aqui. Es­sa te­se ten­ta ape­nas jus­ti­fi­car ou ame­ni­zar a ação e a cul­pa­bi­li­da­de dos man­da­tá­rios. É ló­gi­co que exis­tem ex­ce­ções em to­das as es­fe­ras — e elas de­vem ser enal­te­ci­das, pois são a úni­ca es­pe­ran­ça de uma sa­í­da de­mo­crá­ti­ca pa­ra o pa­ís. Mas o que se quer di­zer aqui é que es­sas al­mas di­fe­ren­tes for­mam uma pe­que­na mi­no­ria.

A po­lí­ti­ca no Bra­sil (in­clu­in­do exe­cu­ti­vo e le­gis­la­ti­vo) dá mos­tras de es­tar qua­se in­tei­ra­men­te to­ma­da pe­lo re­gi­me do in­te­res­se pró­prio. Co­mo diz Ro­ther em ou­tro tre­cho da en­tre­vis­ta, fal­ta ao Bra­sil um pro­je­to de lon­go pra­zo. É is­so mes­mo e tem a ver com a ba­gun­ça e a fal­ta de de­mo­cra­cia. Os pro­je­tos po­lí­ti­cos pa­re­cem ser in­te­gral­men­te pes­so­ais: pro­je­tos de po­der, e não “pro­je­tos de pa­ís”. Mai­or pro­va des­se fe­nô­me­no é a re­la­ção de Lu­la com o seu PT. Al­guns ci­en­tis­tas po­lí­ti­cos já co­me­çam a clas­si­fi­car es­sa re­la­ção co­mo vam­pi­res­ca: o pre­si­den­te usa a le­gen­da (e a de de­mais ali­a­dos) a seu bel pra­zer (ig­no­ran­do ide­o­lo­gi­as e pro­gra­mas) pa­ra ga­ran­tir a exe­cu­ção de seu pro­je­to pes­so­al. Pro­je­to es­se que, no mo­men­to, é se per­pe­tu­ar no po­der, ele­gen­do uma can­di­da­ta que (sem a po­pu­la­ri­da­de de seu men­tor) não ga­nha­ria nem uma elei­ção de sín­di­co.

In­te­gri­da­de, co­e­rên­cia, dig­ni­da­de, bem co­mum, organização — con­cei­tos pu­e­ris de­mais pa­ra os an­tros nos qua­is a re­al po­lí­ti­ca vem sen­do ope­ra­da em Bra­sí­lia. Al­go pre­ci­sa ser fei­to e se al­guém pen­sar que es­sa mu­dan­ça só acon­te­ce­rá por meio do vo­to, é por­que os bra­si­lei­ros não apren­de­ram a prin­ci­pal das li­ções. Es­sa li­ção é tão sim­pló­ria quan­to a go­i­a­ba­da de Larry Ro­ther: a ori­gem de to­dos os ma­les é jus­ta­men­te o ob­scu­ran­tis­mo. É a fal­ta de de­mo­cra­cia. De­mo­cra­cia de ver­da­de.

Fonte: Opção.

Obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo: uma visão

Enviado pelo amigo e acadêmico em jornalismo Jota Ninos. O blog publica a interessante visão do colega.

Ainda estou meio confuso com a traulitada do STF na obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Sempre fui contra essa postura não porque esteja terminando, finalmente, um curso de jornalismo, depois de 25 anos de atividades na área. Meu argumento sempre foi de cunho sindical, acreditando que sem o diploma a organização dos jornalistas se enfraqueceria. Até ajudei a divulgar as campanhas da Fenaj contra essa proposta.

Aproveitando as férias, acompanhei durante o dia os debates na internet e não cheguei à uma conclusão. Os argumentos de ambas as partes tem grande fundamentação. Mas ofereço um interessante link enviado pela jornalista santarena Alessandra Carvalho, que é professora no Rio de Janeiro e ministrou uma disciplina para a minha turma no início do ano. O autor faz uma análise interessante e dá uma nova luz ao tema. Não sei se todos concordarão com ela, mas achei pertinentes algumas colocações.

http://webmanario.wordpress.com/2009/06/18/o-fim-do-diploma-e-o-comeco-de-outro-jornalismo/

Para os colegas que tem problemas para acessar links em suas empresas (um deles me confidenciou que a política da empresa é não permitir o acesso aos links para evitar contaminação por vírus!!!), digitem o nome do site: webmanario.wordpress.com e busquem o artigo postado hoje sobre o assunto.

--
João Georgios Ninos
(Jota Ninos)

STF deve julgar obrigatoriedade do diploma dia 10

O Supremo Tribunal Federal incluiu na pauta da sessão de quarta-feira, dia 10 de junho, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a obrigatoriedade da formação universitária em Jornalismo para o exercício da profissão. O julgamento da exigência do diploma está marcado como primeiro ponto da sessão. Porém, pode ser mais uma vez postergado se o ministro Marco Aurélio solicitar a inclusão do caso do menino cuja guarda está sendo reivindicada pelo pai norteamericano. Se isto ocorrer, esta questão terá prioridade.

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Protógenes Queiroz: um herói nacional

Peço licença aos leitores do blog para uma necessária introdução, absolutamentamente condenável, se estivesse trabalhando para um jornal qualquer de circulação nacional. Ou revista. Seja ela qual fosse.

-- Não, se trata de competição. Apenas uma questão de abordagem para chegar onde quero.

Chegar onde quero é muito fácil saber.

Aparentemente é tarefa fácil para quem lê, ouve e vê, as notícias do dia-a dia.

Chegar onde quero é chamar a atenção para os velhos/novos Messias que se apresentam de tempo em tempos.

Porque jornais, ditos respeitáveis; assim como, revistas de circulação nacional; que operam em outro patamar de informação. Adoram versões.

Em razão da garantia de minha opinião como cidadão, ressalto que este espaço, é de minha inteira responsabilidade e, portanto, por ele, respondo, como guarida de difusão de informação a qual tenho acesso. Resguardando os laços contratuais que mantenho com meu empregador, sob a condição de contrato ou, o que ocorrer.

Falo como cidadão aqui.

Como estou a ganhar meu pão no Brasil, e sou brasileiro, a ressalva é necessária.

Virou moda perseguir os que pensam e têm coragem de falar e escrever o pensam.

Os criticados, não admitem a crítica.

Ameaçam. Abrem processos. Intimidam.

Pedem aos amigos poderosos. Empenho para a decaptação em Praça Pública.

E o Rio?

-- Meu destino desde menino, quando em férias. Continua lindo. E cada vez mais seguro.

Os jornalistas de Brasília e assessores de imprensa com opinião própria estão sob análise de lupa.
Lupa ridícula, covarde, despreparada, dos que agora se apresentam, novamente, como os guardiões das instituições estabelecidas.

-- Que piada!

Por eles mesmo!!! Esses que se apresentam agora como homens muitíssimo preocupados com o bem estar nacional.

Essa gente, que se apresenta assim. Ocupando os espaços públicos como gente insuspeita. Vai reclamar de tudo e de todos que não rezam nas cartilhas da ocupação, saque, roubo e desatino nacional que remonta há 1509 anos atrás.

Esquecem-se, esses, que a maioria não passa por uma investigação particular de suas vidas pregressas.

Amam a mídia. Buscam-na, como o ouro de tôlo.

Vou citar um exemplo:
Um tipo de deputado de garganta.
Há muitos desse tipo por aqui. Disse isso e aquilo sobre a Imprensa.
Desafiou um desafeto político. Não apresentou provas.

Um falastrão ridículo.

Fez um mal articulado preâmbulo para sua intenção, mas... Caramba! Esqueceu-se de avisar sua assessoria que ele, ontem, "matou", "fuzilou", "massacrou", o vocábulo.

Essa gente, acostumou-se a "matar", "fuzilar", "massacrar". Atirar a esmo.

-- Imagina. Meu filho, matriculado numa espelunca dessa sob a supervisão de um tipo desse?

E ainda tem, o tipo, a coragem de desafiar a Imprensa para um embate. Visto que ela não lhe dá bola.

-- Se for esse tipo de gente que a Imprensa terá que aceitar como embate. Aí sim!... Estaremos lascados. Todos nós ferrados como gado à caminho do corte.

E pegaram o Protógenes para "pirarucu" na Páscoa!

Caros leitores.

Data venia, amanhã posto o que os recados de meus e-mail´s cobram dos deputados e senadores.

Só uma palhinha para a reflexão na Semana Santa.

Os campeões de reclamação, são os aposentados.

Os aposentados portadores de doença graves! Os policiais implorando por melhores salários e professores à beira de um ataque de nervos.

É esse o final de semana de minha reflexão na Semana Santa.

O professor nos corredores

Foto: Val-André

































O jornalista, publicitário e marketeiro Hiroshi Bogea -- meu professor --, percorre, desde ontem, os vários corredores do poder, cobrindo, dentre outras pautas, o encontro nacional dos prefeitos. O maior de todos os tempos já realizado em Brasília.

Bogea conta tudo em seu blog e em sua coluna no Diário do Pará.

Um craque no Roda Viva

Ruy Castro
Escritor e jornalista

reprise

Nesta segunda-feira, dia 9 de fevereiro - centenário de nascimento de Carmen Miranda, o Roda Viva reprisa a entrevista com Ruy Castro, exibida há três anos, na época em que o escritor lançava a biografia preparada por ele sobre a cantora.

Car men Miranda nasceu em Portugal, mas veio ao Brasil ainda pequena e conquistou fama mundial na primeira metade do século XX.

A obra é o terceiro livro do gênero desde que Ruy Castro dedicou-se à carreira de escritor. Ele já havia publicado antes "Estrela Solitária", a biografia de Mané Garrincha", e "Anjo Pornográfico", sobre o dramaturgo, escritor e jornalista Nelson Rodrigues.

A literatura chegou para Ruy Castro depois de toda uma vida profissional na grande imprensa, que começou nos anos 60, no Rio de Janeiro, passando pelas redações dos mais importantes veículos de comunicação do país.

Nessa entrevista, gravada no dia 20/02/06, Ruy Castro conta os bastidores da vida de Carmen Miranda e muita coisa que ficou de fora na biografia da pequena notável.

Participam como convidados entrevistadores:
Mario Sérgio Conti, apresentador da Bandnews e colunista do site No mínimo; Sérgio Rizzo, crítico de cinema da Folha de S. Paulo; Hélio Goldste jn, diretor do programa metrópolis, da TV Cultura; Isabel Lustosa, historiadora e cientista política; Lilian Pacce, editora de moda e apresentadora do GNT Fashion; Ubiratan Brasil Matta, subeditor do caderno 2 do jornal o Estado de S. Paulo; Pedro Alexandre Sanches, escritor, repórter e crítico musical da revista Carta Capital.

Apresentação: Paulo Markun

O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h10.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva

Greenhalg não respeita direitos constitucionais

Rasgar a Constituição para ter o direito de defender o direito de seus clientes é inaceitável.

Pois é exatamente isso que o advogado e ex-deputado federal Luis Eduardo Greenhalg -- enrolado no caso Daniel Dantas -- quer fazer.

ABI vê arbítrio em ação de Greenhalgh contra pedido de Greenhalg

Sindicato dos Jornalistas do DF diz que busca e apreensão de documentos do Araguaia em casa de repórter é inaceitável

Por Moacir Assunção e Roberto Almeida, de O Estado de São Paulo

As entidades ligadas aos jornalistas e à defesa da liberdade de expressão reagiram com um misto de indignação e incredulidade à notícia de que o advogado e ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) pediu busca e apreensão na casa do repórter da Sucursal de Brasília do Estado Leonencio Nossa, para recolher documentos sobre a Guerrilha do Araguaia.

Todas concordaram em um aspecto: o pedido do advogado é inaceitável e combate frontalmente o princípio do sigilo da fonte, garantido pela Constituição, assim como a liberdade de imprensa. Ontem Greenhalgh emitiu nota para explicar o que pretende com sua iniciativa leia a nota abaixo).


"Há um arbítrio muito grande no pedido do advogado", reagiu o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo. Para ele, o advogado está manchando sua biografia de defensor de presos políticos ao fazer tal solicitação à Justiça. "O pedido é estranho e contraditório no caso do advogado, que se notabilizou ao defender vítimas da ditadura. Em termos políticos e pessoais, a ABI lamenta que ele tenha tomado essa medida", completou o dirigente.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também criticou duramente a pretensão de Greenhalgh. "Esta proposta é um desatino do advogado. Todos os méritos ao jornalista, que cumpriu o seu papel, mas a postura de Greenhalgh é uma ameaça à liberdade de expressão", afirmou o presidente da Fenaj, Sérgio Murilo. O dirigente se disse "muito preocupado" com o pedido do ex-parlamentar, mas acredita na Justiça que, em sua opinião, não permitirá que siga adiante.

"O advogado deve questionar as autoridades públicas para que revelem detalhes sobre a guerrilha, não um jornalista que investiga o assunto. É estranho o pedido partir de um profissional com o seu currículo", disse Murilo, que colocou a Fenaj à disposição do repórter.

Da mesma forma, o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Romário Schettino, também condenou a pretensão de Greenhalgh. "Temos acompanhado, nos últimos dias, a acertada decisão de um juiz paulista, Ali Mazloum, que proibiu a Polícia Federal (PF) de grampear jornalistas. O pedido do advogado tem matriz semelhante aos que defendiam escutas de repórteres e nos insurgimos contra esse tipo de tentativas de intimidação", disse o sindicalista.

Leia a íntegra da nota de Greenhalgh sobre caso Araguaia:

"Sr. editor,

Entro em contato para contestar a publicação nesta quarta-feira (26/11/08) pelo O Estado de S.Paulo, página A7, do texto cujo título é "Greenhalgh pede busca e apreensão na casa de repórter".

Inicialmente, porque o pedido judicial protocolizado à 1ª Vara Federal de Brasília (DF) "não é de busca e apreensão na casa de repórter", simplesmente. Por si só, esse fato já enseja correção do referido texto. Trata-se de requerimento para que se tomem providências judiciais necessárias à execução de decisão que condena a União a abrir os arquivos da ditadura referentes ao episódio denominado "Guerrilha do Araguaia".


Nesse sentido, o pedido é para que sejam ouvidos todos os que nos últimos anos revelaram-se portadores de informações que possam colaborar para a reconstrução dos acontecimentos que resultaram na morte e no desaparecimento de guerrilheiros no Araguaia. Assim, pediu-se que o repórter Leonêncio Nossa seja ouvido, por ser autor de reportagens sobre o tema.


O objetivo do pedido é que o repórter preste esclarecimentos e auxílio aos autores da ação. O repórter tem condições de contribuir decisivamente com a história do país, ao colaborar com a localização e fornecimento ao Estado de documentos repassados por Sebastião Curió, autor de inúmeros delitos cometidos na "Guerrilha do Araguaia". A mencionada "busca e apreensão" só ocorreria no caso de o repórter recusar-se a prestar informações à Justiça.


Cumpre esclarecer aos leitores que qualquer pessoa que tenha conhecimento do mais ínfimo pormenor sobre o assunto tem a obrigação moral de relatá-lo às autoridades judiciais, porque se trata do processo de reconstrução da verdade histórica de nosso país, compromisso com o qual todos os cidadãos brasileiros têm. Esse é o meu compromisso desde antes de 1982, data de início da ação que pede a abertura dos arquivos. O próprio procurador da República manifesta-se na ação pelo entendimento de que pode incorrer em delito quem possui documentos públicos, como os da "Guerrilha do Araguaia", e não os informa.


Ademais, O Estado de S.Paulo contrariou o que preconiza como veículo de comunicação ao publicar um texto sem ouvir todas as personagens envolvidas. Tal procedimento configurava condição sine qua non para a publicação do texto, já que o jornal se baseou em "fontes do Judiciário". Note-se que fui procurado no telefone do local onde não está mais meu escritório. Ressalto também que nos últimos meses fui acionado por vários jornalistas de O Estado de S.Paulo, entre eles Marcelo Godoy e Fausto Macedo, o que revela novamente falta de interesse em aprofundar a apuração. Macedo, inclusive, conversou comigo na quinta-feira passada.


Outro ponto a ser refutado é o paralelo que se tenta traçar entre a petição e a investida do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz contra jornalistas no deflagrar da Operação Satiagraha. Não há qualquer relação entre os fatos, entre os pedidos e entre os objetivos dos pedidos.


Por fim, o jornal peca ainda ao tentar sustentar que eu "repassei a jornalistas documentos militares que supostamente constrangeriam" José Genoino com o intuito de roubar-lhe votos para a Câmara dos Deputados nas eleições de 2006. Isso é uma ignomínia. Genoino é meu amigo, com quem convivo há 30 anos e para quem advoguei. Falo com ele quase que semanalmente.


Vi com grande felicidade sua eleição para novo mandato como deputado. Somente quem não me conhece imaginaria que poderia fazer algo contra Genoino como o que a publicação relata. O Estado de S.Paulo poderia ter buscado saber de Genoino o que ele pensa sobre tais afirmações.


Certo de que minhas considerações serão publicadas, coloco-me à disposição para eventuais dúvidas.


Sem mais, LUIZ EDUARDO GREENHALGH".

Jimmy Wales no Roda Viva

Nesta segunda-feira o Roda Viva grava um programa com o empresário americano Jimmy Wales. Ele ficou conhecido depois de 2001, quando criou a Wikipédia, a maior enciclopédia da Internet.

Perguntas pelo site do programa: http://www.tvcultura.com.br/rodaviva

Para não ser esquecido

O blog recomenda a leitura da edição nº42 (3º trimestre) da revista Insight Inteligência. Com destaque para o ensaio-reportagem "Voto barra-limpa – Você sabe o que esperar de mim".

Eis o recado editorial desta edição.

Presidente do STF pede apuração de fatos "incorretos" divulgados na mídia

Suposto jantar...
clipped from www.migalhas.com.br
O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, encaminhou representação ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, para que seja apurada informação divulgada na mídia de suposto jantar ocorrido entre assessores da Presidência da Corte e advogados do empresário Daniel Dantas – jantar que, segundo o ministro, nunca ocorreu.

Em depoimento prestado à PF no inquérito sobre escutas telefônicas ilegais, o ministro informou que "tanto no caso da Operação Navalha, quanto na Operação Satiagraha, revela-se o mesmo modus operandi. Por um lado, realizam-se escutas e monitoramento do relator dos habeas corpus, por outro, divulgam-se para a imprensa falsas notícias e informações, com o propósito de colocar o juiz em situação de descrédito e intimidação."

Segundo o STF, em razão da gravidade da situação, os assessores da Presidência do Supremo também encaminharam requerimento ao procurador-geral em que solicitam a realização de amplas investigações para esclarecimento do episódio.

Leia a íntegra das representações encaminhadas ao procurador-geral da República :


Ministro Gilmar Mendes - clique aqui.


Assessores da Presidência do STF - clique aqui.


blog it

Quem pode tem mais de um

A jornalista Cris Moreno, de Belém do Pará lança mais um blog para encaixar um linha editorial diferente de seus outros dois blog´s: o morenocris e o crisblogando, ambos linkados ai ao lado na coluna da direita.

O terceiro este blogger recomenda imediato link aqui <> uma paixão amazônica <>.

Note também a coerência de templates clear, que eu gostei muito, e sempre mudando de côr.

Ilan Goldfajn no Roda Viva

A atual crise da economia mundial começou há algum tempo. Os receios de recessão nos Estados Unidos aumentaram depois dos ataques terroristas em 11 de setembro de 2001 e os americanos passaram a gastar menos. Temendo uma crise econômica, o governo incentivou o consumo da população, com juros reduzidos e crédito fácil. Muitos americanos refinanciaram a casa própria enquanto outros foram estimulados a trocar de imóvel ou comprar a primeira casa.

As hipotecas e os empréstimos foram negociados no mercado financeiro através de agências imobiliárias e bancos de investimentos. E chegaram às bolsas de valores atraindo também investidores estrangeiros.

Entre 2003 e 2006, com a elevação das taxas de juros nos Estados Unidos, muita gente não conseguiu mais pagar a prestação da casa própria. Com o aumento da inadimplência, o mercado inverteu. As hipotecas perderam valor, levando bancos e investidores ao uma sucessão de prejuízos.

A economia globalizada fez com que a cri se das hipotecas americanas atingisse outros setores e repercutisse nas bolsas de valores de todo o mundo.

O convidado do programa Roda Viva é o economista Ilan Goldgajn, que já foi diretor de política econômica do Banco Central do Brasil e atualmente é professor e pesquisador da Universidade Católica do Rio de Janeiro. Ele é um dos economistas que mais se dedicam ao estudo e pesquisa nas áreas de macroeconomia e finanças internacionais.

Participam como convidados entrevistadores:
Antônio Corrêa de Lacerda, economista, professor do Departamento de Economia da PUC de São Paulo e doutor em economia pela Unicamp; Leandro Modé, editor-assistente do caderno de economia do jornal O Estado de S.Paulo; Giuliano Guandalini, editor de economia da revista Veja; José Paulo Kuppfer, chefe de redação do departamento de jornalismo da TV Gazeta, comentarista do Jornal da Gazeta e autor de um blog de economia no Portal IG.

Apresentação: Lillian Witte Fibe


Transmissão especial pela internet, a partir das 21:00.


O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h10.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www.tvcultura.com.br/rodaviva

Veja como foi a sessão solene em Homenagem à Nossa Senhora de Nazaré 2024, na Câmara dos Deputados

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