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Manchetes dos principais jornais desta terça-feira,14/12

Jornais nacionais

Folha de S.Paulo
Bingo estimula a ação do crime, diz texto do governo

Agora S.Paulo
Quem ganha até R$ 1.874 terá IR de volta na declaração de 2011

O Estado de S.Paulo
Crack já se alastra por quase 4 mil cidades

Jornal do Brasil
Criminoso poderá ficar 50 anos preso

O Globo
Empresas já voltam para áreas liberadas do tráfico

Valor Econômico
Alimentos afastam de novo a inflação do alvo de 4,5%

Correio Braziliense
Bandarra é afastado por unanimidade

Estado de Minas
O que vai mudar no Imposto de Renda

Diário do Nordeste
Presas por roubo de carro

Zero Hora
10,8 mil motoristas gaúchos precisam entregar carteira

*

Jornais internacionais

The New York Times (EUA)
Juiz anula elemento chave da reforma de saúde de Obama

The Guardian (Reino Unido)
Caminho para combater islâmicos fez "pequeno progresso"

Le Monde (França)
Governo dividido pela condenação de policiais em Bobigny

El País (Espanha)
Espanha apoiou uma solução pró-Marrocos para o Saara Ocidental

Clarín (Argentina)
Interrompido o diálogo político e retomada as invasões e a violência

A morte e a morte de um grande jornal

Por Carlos Brickmann, para o Observatório da Imprensa

Nós, jornalistas, sabemos quando um jornal vai morrer. Torcemos para que sobreviva, para que continue informando, para que contribua na construção de um variado arco de opiniões, para que mantenha os empregos; sempre achamos que a vida dá tantas voltas que numa delas talvez as coisas dêem certo. Mas não dão: os jornais emagrecem, perdem o viço, enchem-se de rugas, sofrem com cada oscilação econômica, atrasam salários, perdem bons profissionais, lampejam por vezes numa boa reportagem, mas é a visita da saúde. Muitas vezes, quem se apresenta para salvá-lo quer apenas fazer o saque e aproveitar o que for possível. O jornal vai morrendo, morre várias vezes; e um dia é enterrado.

Nós, jornalistas, sabemos quando um jornal vai morrer. Quando o patrão passa a usar só jatinho, e muito, o jornal vai morrer. Quando o patrão faz contenção de custos na redação e amplia os gastos com jantares, festas e recepções, o jornal vai morrer. Quando o patrão pensa que sedes suntuosas e novas gráficas são investimento prioritário, o jornal vai morrer. E um patrão boa-gente, que só pense em notícias e não saiba administrar, é tão letal quanto o patrão que pensa que as notícias só servem para encher o espaço entre os anúncios – anúncios que devem ser obtidos seja de que maneira for, com as concessões que for preciso fazer.

Nós, jornalistas, sabemos quando um jornal vai morrer. Quando o jornal acredita que, baixando o nível, vai atrair mais público, já está morrendo. Quando o jornal acredita que a fórmula sangue, futebol e mulher pelada é suficiente para recuperá-lo, já está morrendo. Quando o jornal troca a credibilidade pelos anúncios, já está morrendo. Quando o jornal cai nas mãos de empresários sem qualquer preocupação com notícias, mas que elaboram fórmulas mirabolantes para fazê-lo sobreviver sem nada investir, já está morrendo.

Jornal custa caro, suja as mãos de tinta. Traz notícias desagradáveis (boa notícia não é notícia). A leitura consome tempo, um bem cada vez mais escasso. Jornal só sobrevive e prospera se for uma necessidade para o leitor. Nós, jornalistas, sabemos que quando um jornal deixa de ser necessário ele já morreu.

A importância do redesenho dos jornais

A quem considera desenho fundamental em jornal, uma boa notícia: o designer espanhol Javier Errea estará em São Paulo no Congresso Brasileiro de Jornais, em agosto. Diretor da Errea Comunicación, de Pamplona, colaborador do Innovation Consulting Group, promete uma conversa aberta sobre a importância do bom desenho para a sobrevivência de jornais. A íntegra da entrevista está na edição impressa de J&Cia.

Dos dez jornais mais bem desenhados do mundo, segundo escolha de experts a pedido da WAN (Associação Mundial de Jornais), três apresentam projeto gráfico de sua autoria do designer espanhol Javier Errea. O grego Eleftheros Tipos (prêmio de jornal mais bem desenhado da Europa em 2007-08), o português Expresso (prêmio SND de jornal mais bem desenhado do Mundo em 2007-08) e o espanhol El Economista (prêmio SND de jornal mais bem desenhado do mundo em 2006-07) são obras de Javier (nos dois primeiros, Tessler participou do projeto de relançamento ao lado dele).

Javier é um sujeito simples e bem humorado. Aos 41 anos, três filhos, muita ginástica e algumas garrafas de cerveja, ele faz o que gosta na vida: transformar idéias editoriais em páginas e torcer para o Barcelona e para a Seleção Espanhola. Jornalista de exímio faro para o entendimento conceitual dos conteúdos, é o editor que todo o jornal gostaria de ter, onde cada linha tem um motivo certeiro.

Da Espanha aos Emirados Árabes, de Porto Rico ao Chile, perdeu as contas de quantos jornais já redesenhou pelo mundo. “Acho que são uns 30”, arrisca, com cara de quem deixou outros 15 no esquecimento.

Nessa brilhante carreira, guarda estranhas lembranças do Brasil. Redesenhou A Gazeta (Vitória, ES) há quase cinco anos, mas o jornal já implementou outro redesenho depois. E curiosamente elaborou um dos melhores projetos da carreira – em sua opinião –, o redesenho de O Estado de S. Paulo, em 2003.

“Não sei o que houve, trabalhei um ano inteiro com a equipe do jornal, montando protótipos, elaborando páginas e todo o mundo gostava do resultado”, lembra. “Aí, de repente, sem motivo aparente, houve um silêncio”.

Um mês depois, Javier soube que outra consultoria havia assumido o redesenho. E relançou o Estadão em pouco mais de 60 dias. “Até hoje não entendi o que aconteceu”, observa.

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