Afinal, quem está mentindo?

Caixa contesta dados do TCU

Fonte: O Estado de S. Paulo 8/11/2006

Banco oficial diz ser 'totalmente inverídico' conteúdo de relatório

A Caixa Econômica Federal qualificou de 'totalmente inverídico' o conteúdo do relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta disparidades entre os valores registrados pela estatal no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e os números declarados em seu balanço.

Segundo o relatório do TCU - que serviu de base para a reportagem Estatais driblam controle com balanços que variam 3.688%, publicada no domingo pelo Estado -, o lucro líquido da Caixa em 2005, pelos números do Siafi, é de R$ 428 milhões, enquanto o balanço da empresa mostra um desempenho 384,3% maior, de R$ 2,073 bilhões.

Nota da assessoria de imprensa alega que 'a Caixa não alimenta diretamente o Siafi com seus dados de balancete, mas envia, mensalmente, arquivo com as informações ao Ministério da Fazenda'. O autor do relatório do TCU, ministro Ubiratan Aguiar, afirma, entretanto, que no caso das estatais não dependentes de recursos da União - como a Caixa, o BNDES e os Correios - os dados acabam sendo publicados no sistema na elaboração do Balanço Geral da União, embora não exista nenhuma lei que determine sua inclusão no Siafi.

A nota da assessoria alega que, 'no relatório do TCU, está escrito que a Caixa, por não ser legalmente obrigada a registrar a execução orçamentária e financeira da receita e da despesa no Siafi, tem 'seus balanços integrados ao sistema pela setorial contábil do Ministério da Fazenda', informação omitida pela matéria'.

AUDITORIA

A Caixa, diz ainda a nota da assessoria, 'tem seus balanços auditados por empresa de auditoria independente, pelo Banco Central e órgãos de controle e fiscalização do governo federal e procede a publicação periódica no Diário Oficial da União, em jornais de grande circulação, além de estarem acessíveis no site da instituição (www.caixa.gov.br), não havendo qualquer suspeita sobre as contas e resultados do banco'.

Identificação é para bandidos

Para este blog a chance de aprovação do equivocado projeto apresentado pelo senador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB) que regulamenta uso da internet terá grandes dificuldades para sser aprovado. Nem o senador Eduardo Azeredo, relator da matéria, opôs-se à medida.
Mas por que o projeto é equivocado?
No nosso entendimento, um projeto que prevê a identificação obrigatória dos usuários de internet em ações como troca de e-mails e mensagens instantâneas, compras e trocas de arquivos é violação de direitos civis. Os provedores seriam responsáveis pela identificação e pelo armazenamento dos dados. A proposta não é senão uma clara invasão de privacidade, que desestimula a inclusão digital e é inócua no combate ao crime cibernético.
Não será assim, com o imoral controle governamental, a bisbolhotice regulamentada e que tudo mais que transite na internet brasileira não passe de um grande "olho" bem aberto do Big Brother.
Enquanto na legislação americana a "Primeira Emenda" permite ao povo americano o direito inimputável da expressão, aqui, em terras nativas, a direção parece correr em direção oposta.
Não podemos permitir tal controle.
O blog voltará ao assunto assim que o estudo, encomendado à um especialista sobre a matéria, estiver elaborado.

Será que é só lá?


O homem mais preguiçoso dos EUA?



The New York Times

Nicholas D. Kristof, do The New York Times

No ano passado, Barry Diller chegou em casa com um salário de 469 milhões de dólares anuais, fazendo dele um dos presidentes-executivos mais bem-pagos dos EUA.

Seus acionistas não vão tão bem assim. As ações na principal companhia que ele comanda, a IAC/Interactive, caíram 7,7% no ano passado. Durante um período de três anos que terminou no final de 2005, as ações subiram apenas 11% - comparados com 49% da S&P 500.

É só parar para pensar: se você é um presidente-executivo um pouco pior do que a média, então Diller acha que você vale quase um bilhão de dólares!

Portanto, tenho prazer em anunciar que Diller é o vencedor deste ano do prêmio Michael Eisner, concedido anualmente para comemorar o pioneirismo do ex-presidente da Disney na rapinagem corporativa. O vencedor do prêmio Eisner recebe uma cortina de chuveiro – este ano um adorável modelo floral cor-de-rosa no valor de 5 dólares – em homenagem aos 6.000 dólares que os acionistas da Tyco adquiriram com o ex-presidente executivo da companhia.

Não há nada de errado, em princípio, com um salário alto. Atletas, estrelas de cinema e banqueiros de investimentos normalmente são muito bem pagos, mas após muitas negociações. Isso é simplesmente o capitalismo em funcionamento, e ninguém considera isso uma fraude.

Em contraste, como observou uma vez John Kenneth Galbraith, “O salário de presidente-executivo das grandes empresas não é uma bonificação por seus feitos. É um ato freqüente na natureza se dar um benefício pessoal”.


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Migração para o Beta

O Google, mantenedor do Blogger, está como as nos obrigar à migrar para a sua versão Beta. Conclusão: Estou tendo um trabalhão para entender os novos códigos e ir "rearrumando" o blog novamente.
Espero que amanhã tenha tempo de pelos menos recuperar o contador dentre outros recursos que foram-se com a migração para o sistema Beta.

Atuação da imprensa nas eleições pode virar tema de audiência pública na Câmara

É o que conta Bruno Arruda do Portal QuidNovi.

Tornou-se evidente ao longo da campanha eleitoral, e de forma mais conflagrada na última semana, o clima tenso entre a militância governista e a chamada grande imprensa nacional. De um lado, os veículos de comunicação são acusados de terem desrespeitado, durante a guerra eleitoral, preceitos a que garantem servir: a imparcialidade e a veracidade, sobretudo. De outro, as pesadas críticas de políticos ligados ao governo à cobertura feita pela grande mídia das eleições poderiam ser interpretadas como ranço autoritarista ou cerceamento à liberdade de expressão. Na quarta-feira, o 1º vice-líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), foi à tribuna denunciar o mau comportamento da imprensa durante as campanhas eleitorais. Em seguida, apresentou requerimento à Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática pedindo a realização de uma audiência pública para discutir o assunto. À parte opiniões inflamadas pela emoção, essa discussão - em que os termos "censura" e "irresponsabilidade midiática" devem fazer os extremos das retóricas adversárias - vem em hora, na opinião de um especialista.
"Uma audiência pública assim seria inédita, mas de um ineditismo bom. A mídia não fiscaliza o legislativo? Inverter os papéis pode ser interessante", considera o professor Luiz Martins, da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do grupo SOS Imprensa, que há dez anos se dedica a observar criticamente a atuação da mídia brasileira.
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Comunique-se promove curso de redação em Belém

Boa pedida

Belém recebe curso de Redação do Comunique-se, de São Paulo
A nota mínima atribuída por uma turma foi 9,3. É com esse histórico que o curso "Redação e Estilo para Jornais e Revistas" do Comunique-se acontece em Belém, pela primeira vez.

Ministradas pela jornalista Mariana Duccini, as aulas têm caráter prático e foco na produção de texto não apenas diferenciados, mas principalmente corretos do ponto de vista gramatical.
Para aprimorar o texto, os participantes fazem uma bateria de exercícios tomando como base casos de erros e acertos em grandes jornais e revistas brasileiros.

É a primeira vez que o curso acontece na Região Norte, e possivelmente a única neste ano. Inscrições e informações podem ser feitas pelo Comunique-se, através do site de cursos do Portal (veja links abaixo).

Serviço::
Curso: Redação e Estilo para Jornais e Revistas::
Ministrante: Mariana Duccini (ver perfil)::
Período: 18 e 19/11::
Horários: sábado (9h a 18h) e domingo (9h a 13h)::
Local: FAP (Belém/PA)::
Valor: 6 x R$ 47,00 ::
Visite a página deste curso::
Informações: (11) 3897-0860::
E-mail: cursos@comunique-se.com.br::
Inscrições: clique aqui

CEF investigada por uso indevido do FGTS

Parece contumaz a prática irregular por parte de governos de desvio de fundos com destinação específica no Brasil. Primeiro foi a CPMF, cujos recursos deveriam favorecer a combalida saúde pública, o que não acontece. A ponto de um imposto provisório começar a ganhar contornos de imposto permanente, pelo menos é o que quer membros do atual e futuro governo.

Agora seria a Caixa Econômica Federal que é suspeita de uso irregular do FGTS, de acordo com a Folha de São Paulo.
O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga suspeita de uso irregular de dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pela Caixa Econômica Federal, administradora do fundo.

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Aquecimento Global

Segundo reportagem assinada por Ana flor para a Folha de São Paulo, o Mundo perdeu dez anos ao ignorar mudança do clima. Representantes de 180 países se reúnem a partir de hoje em Nairóbi, Quênia, para negociar uma extensão do Protocolo de Kyoto, o acordo internacional contra as emissões de gases de efeito estufa que expira em 2012. Leia mais aqui.

Odorico Paraguassú convida para inauguração de semáforo

Dizem que os melhores cômicos são os políticos desesperados. Eles fazem de tudo um pouco para aparecerem. Como este, que num surto do melhor politiquês tupiniquim, revive o imortal personagem criado pelo dramaturgo Dias Gomes, em impagável sacada do jornalista Jota Parente, de Itaituba (PA). Divirtam-se:


Sucupira é aqui


Blog do Jota Parente

INAUGURAÇÃO DE SINAL DE TRÂNSITO

Lembram do seriado Asa Branca, que a Rede Globo apresentava no final dos anos 1970 e começo da década seguinte? Nele, o prefeito de Sucupira, Odorico Paraguassú, interpretado brilhantemente por Paulo Gracindo, fazia coisas que até Deus duvidava.

Pois não é que Itatiuba resolveu imitar Sucupira. A Prefeitura distribuiu fartos convites para a inaguração do semáforo da Trav. 13 deMaio, com a Av. Fernando Guilhon (4ª Rua), ontem quarta-feira, a partir de 18 horas . Nosso Odorico só não inaugurou porque choveu. Mas, amanhã vai acontecer. Só se S. Pedro não permitir outra vez.

Um vereador da situação, dos mais esclarecidos, cochichou ontem no meu ouvido: "Isso é coisa que só aconteceria em Sucupira. Assim não dá".

É o caso em que em a vida imita a arte.

Liberdade, liberdade!?

O jovem professor de direito Yúdice Randol (leia) em artigo esclarecedor, relata-nos a famigerada sentença em primeira instância que condenou a um ano de prisão e a perda da cátedra um renomado professor carioca que teria em artigo em seu blog, portanto, caracterizando opinião pessoal, criticado a forma e o tom com que o cidadão Jorge Bornhausen, que está senador e ainda é presidente nacional do PFL, que referiu-se aos militantes do PT como "essa raça".

Aqui no Congresso Nacional, a denúncia dos repórteres da revista Veja de que teriam sido constrangidos gerou polêmica de um lado e doutro do Balcão.

A denúncia de que três de seus repórteres teriam sofrido constrangimentos na Polícia Federal em São Paulo - onde foram depor sobre matéria relativa ao caso do dossiê - causou polêmica no Plenário. O PPS e o PV divulgaram nota na qual expressam preocupação com a liberdade de imprensa e expressão no Brasil. “Entendemos que os órgãos de imprensa são livres para expressar suas posições, e lembramos que essa defesa nós a fizemos também no período da ditadura militar. Queremos enfatizar o nosso repúdio e dizer que esses fatos precisam ser amplamente e terminantemente esclarecidos em nome da liberdade de expressão e de informação do povo brasileiro”, diz a nota, que foi lida pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE).

O deputado afirmou que o PPS encaminhou requerimento à Comissão de Direitos Humanos solicitando a realização de audiência pública “para analisar as tentativas de restrição à liberdade de imprensa e informação no País”.

Liberdade de imprensa - Fernando Ferro (PT-PE) sustentou que os jornalistas não passaram por constrangimento físico e disse que vai requerer à Comissão de Ciência e Tecnologia a realização de debate sobre o papel da mídia nas eleições de 2006.
“Quero uma imprensa que preste serviço à democracia, não uma imprensa dedicada aos coronéis desse setor”, ressaltou. Nilson Mourão (PT-AC) defendeu a investigação da PF, observando que os jornalistas prestaram depoimento na presença de uma procuradora federal, “em total normalidade”. Na opinião do parlamentar, os jornalistas devem ser investigados e punidos, se cometerem erros. “A liberdade de imprensa implica responsabilidade com a verdade. E quem não publica a verdade, quem não trata dela, quem não investiga de modo verdadeiro deve ser investigado”, disse.

Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) manifestou perplexidade com o caso. O parlamentar ressaltou que a revista é um dos principais veículos de comunicação do País e não se pode pretender acusá-la de fazer política. “O PT não sabe que o exercício do poder de polícia, por intermédio da Polícia Federal, implica responsabilidade, limites e espírito público, o que às vezes falta aos governantes deste País”, disse.

Garantia da honra - Fernando Gabeira (PV-RJ) observou que a liberdade de expressão deve existir independentemente do governo, se de direita ou de esquerda. “Temos a experiência histórica de pós-vitória de as pessoas e os governos se preocuparem com as esperanças que suscitaram, com os projetos que vão desenvolver, não se preocuparem com retaliações e perseguições a jornalistas ou a órgãos que não os apoiam”, disse. Para Walter Feldman (PSDB-SP), o papel da imprensa brasileira, especificamente da Veja, é importante na identificação dos “problemas éticos que tomaram conta do País nos últimos dois anos”.

Já Eduardo Valverde (PT-RO) ressaltou que a mesma Constituição que assegura a liberdade de imprensa também estabelece garantia da imagem e da honra das pessoas. “Não podemos denegrir a honra de terceiros sob os auspícios da liberdade de imprensa. E foi isso exatamente que Veja, em conluio com um delegado da Polícia Federal, quis impingir à candidatura do presidente Lula”, afirmou.

Blindagem do presidente - Para Alberto Fraga (PFL-DF), o governo teve a seu lado “uma mídia obediente que blindou totalmente o presidente Lula, com exceção da revista Veja.” Segundo o parlamentar, como não houve meio de prejudicar a revista, a Polícia Federal fez o “papelão” de constranger e de intimidar os repórteres. “O PT voltou a seu velho estilo. Se outros são acusados, as acusações são verdadeiras, mas qualquer acusação feita ao PT são calúnias ou difamações”, disse.

Para Vicentinho (PT-SP), a Polícia Federal agiu corretamente. “Como um caso tratado como segredo de justiça é publicado? Como um delegado diz que quer ferrar o PT, os jornalistas sabem e nada dizem publicamente?”, indagou, sustentando que a Veja se transformou, durante a campanha eleitoral, em panfleto contrário à candidatura de Lula.

Na opinião do jornalista Alon Feuerwerker (leia) que pede para "tirarmos (quem?) o cavalinho da chuva. Enquanto a imprensa (ou parte dela) estiver sob ataque do poder, não contem comigo para fazer ataques à imprensa. Você sabe que eu defendo a absoluta liberdade de cada veículo veicular o que quiser. Quem estiver insatisfeito, que deixe de ler (ou de assistir). Quem se sentir ofendido, que entre na Justiça pelos seus direitos. Quem quiser mais pluralidade, que abra seu jornal ou blog. Sabem por que eu resisto a descer a lenha em jornais, revistas e tevês, ainda que muitas vezes eles mereçam? Porque duvido, sinceramente, de que as coisas andariam melhor caso alguns dos atuais críticos da mídia assumissem o controle absoluto da informação no Brasil. Talvez viéssemos a ter uma ditadura de sinal trocado. Então o mais adequado, acho eu, é defender quem está sob ataque. Prefiro sempre trabalhar pelo equilíbrio." Leia mais aqui.

Alon acertadamente, em outro trecho de seu blog comenta que emails sobre o post Inaceitável que o fizeram voltar ao assunto. Leia:

"Vou detalhar a minha posição. Jornalistas não têm qualquer obrigação de testemunhar sobre reportagens que escreveram. Por princípio. Se a autoridade policial deseja informações sobre o conteúdo de uma certa reportagem, que a leia. Se quer saber as fontes eventualmente não reveladas na reportagem, que procure investigar por meios próprios. A Constituição garante ao jornalista o direito de não revelar a identidade da fonte quando isso convier ao profissional. Se a autoridade policial acha que o jornalista cometeu um crime previsto na Lei de Imprensa, que o processe. Mas é uma violência, é um atentado ao Estado de Direito obrigar jornalistas a depor na polícia para dar mais detalhes do que escreveram ou disseram. Da minha parte, já adianto: numa situação dessas, eu entrarei na Justiça para não ter que depor. A lei me dá esse direito. Essas minhas convicções independem do que ache ou deixe de achar da Veja, da sua linha editorial ou das reportagens que publica. Como disse, é uma questão de princípio. E sobre princípios não se transige. Nunca aceitei que se cassassem deputados contra os quais não havia provas. Nunca aceitei a execução política de pessoas apenas por terem sido acusadas e por isso convir, num certo momento, a determinados propósitos. Não existe meia defesa do Estado de Direito. Tem gente que defende os próprios direitos de um modo muito competente, mas infelizmente não mostra a mesma firmeza quando estão em situação de risco os direitos dos adversários."

Este blog pensa que há um certo exagero nisso tudo e patrulhamento sem desfarçatez por setores do governo e de alguns partidos políticos.

Sol e água de côco sem atrasos

Lula curte feriadão na praia

Depois de um vôo tranqüilo e sem atrasos no Aerolula, presidente aproveitou o dia para descansar com a família no litoral baiano. Discussão sobre política e reforma ministerial só a partir da próxima semana

Em seu primeiro dia de descanso no litoral baiano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama Marisa Letícia aproveitaram o sol na manhã de ontem para tomar banho na praia de Inema, área privativa da Marinha, a 40km do centro de Salvador. Ao chegar à cidade, na quarta-feira, Lula disse ao aliado e governador eleito da Bahia, Jacques Wagner (PT), que precisava “sumir” até domingo. O presidente só pretende discutir política na próxima semana, quanto voltar a Brasília.

Mas a preferência de Lula pelo estado, como local de descanso pós-eleição, não foi digerida pelo grupo do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL), derrotado por Wagner na disputa estadual. ACM considera Lula um dos principais responsáveis pela derrota do “carlismo” baiano.

O jornal Correio da Bahia, da família de ACM, publicou ontem reportagem ironizando a permanência de Lula em Salvador durante o que chamou de “feriadão da preguiça” e do “ócio”. A reportagem destacou que o avião presidencial, o Aerolula, chegou sem atraso à Base Aérea de Salvador na noite de quarta-feira, enquanto “centenas de passageiros” esperaram “horas” para embarcar no aeroporto da cidade por causa da crise dos controladores de vôo.

Por volta de 10 horas da manhã de ontem, quando começou a chover, Lula, Marisa e um grupo de parentes e amigos chegaram à praia de Inema, se abrigando debaixo de um sombreiro na areia. Assim que o tempo abriu, o presidente e a mulher entraram no mar duas vezes. Lula ainda fez alongamento na areia, brincou de futebol com Marisa e jogou vôlei com uma criança da comitiva dele. Lula usava sunga azul-marinho e Marisa, um maiô.

Construída pela Marinha Americana durante a 2ª Guerra, a Base Naval de Aratu virou refúgio de reeleitos. Em outubro 1998, o então presidente Fernando Henrique Cardoso também escolheu a área para descansar após derrotar Lula em primeiro turno nas eleições presidenciais daquele ano.

Roseana pode integrar governo

A senadora Roseana Sarney (MA) saiu do PFL e, contrariando as expectativas do Palácio do Planalto e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não se filiará agora ao PMDB de seu pai, senador José Sarney (AP). Cotada para participar do novo ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela decidiu aguardar, sem legenda, o desenrolar das articulações presidenciais para compor sua equipe. “Roseana fez o gesto de boa vontade para com o governo, se desfiliando do PFL que faz oposição a Lula, e agora pode esperar baixar a poeira”, explica um parlamentar do grupo Sarney, destacando que, ao menos por enquanto, ela não avançará além disso. Segundo ele, a senadora preferiu ganhar tempo, viajando de férias para os Estados Unidos, e só na volta, dentro de uns 10 dias, deverá definir seu destino.

Em uma demonstração de que todo o grupo Sarney está em compasso de espera, ficou acertado que o senador Edson Lobão (MA), continuará filiado ao PFL e na “trincheira da oposição”, ao menos até que o cenário político fique mais claro. Foi esse o acordo fechado na reunião do próprio Sarney com Renan e Lobão na noite de quarta-feira. O correligionário de Roseana conta que, até agora, Sarney não foi procurado pelo presidente e diz que ninguém sabe o que Lula pretende oferecer ao grupo e ao PMDB. Ele observa que, no caso de Roseana, a cautela é mais do que recomendável. Afinal, lembra o parlamentar, ela já chegou a ser sondada para assumir o ministério das Cidades e só colheu desgaste político do episódio porque, depois de meses “na chuva”, nada se confirmou. Renan contava com o rápido ingresso de Roseana no PMDB, para que o partido consolidasse o status de maior bancada do Senado e o direito de indicar o presidente da Casa.

Fonte: Correio Braziliense

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