As forças negativas que conspiram contra o desenvolvimento sustentável das atividades econômicas da Amazônia e, principalmente do Pará, não sossegarão até que cessem todas as nossas intenções de viver nesta abençoada e rica terra da qual dependemos para morar e educar nossos filhos.
Organizados em instituições, na maioria desconhecidas, estrangeiras e com interesses escusos, popularmente conhecidas como ONG’S, as pessoas que dizem proteger a Amazônia, não estão preocupadas em proteger todas as riquezas dela; estão preocupadas com a Economia de suas nações e para isto tentam, macular o desenvolvimento de outras. Estamos amargando o dissabor de não poder negociar o produto do esforço do próprio produtor rural, que, em sua maioria tem como parte de sua renda a criação de pequeno rebanho bovino. É isto mesmo! Como se já não bastasse o sofrimento das pessoas que clamam pela ausência do Estado em seus serviços básicos de saúde, educação e infraestrutura; do produtor rural que além de não ter qualquer incentivo à produção e à tecnologias, tem sua terra irregular por ausência da regularização fundiária, resultado de políticas irresponsáveis do passado e do presente, o Ministério Público Federal do Pará agora, acatando denúncias infundadas de ONG’S internacionais, simplesmente move uma ação contra os processadores da carne produzida em nosso Estado do Pará, alegando a ilegalidade na questão ambiental, destruindo toda a cadeia produtiva e econômica bovina, atingindo milhares e milhares de empregos diretos e indiretos, reproduzindo o absurdo que é os desmandos da política de poder que legisla contra o povo. Ora Senhores, a questão ambiental é uma discussão muito séria e o problema é muito mais amplo do que se pensa. A falha maior está mais para o Estado do que para o povo que aqui sofre, trabalha, produz, gera divisas e paga impostos. Foi o Estado que, para não entregar e sim, integrar, trouxe milhares de famílias e instalou-as em propriedad4es rurais, deu salário, deu casa, deu comida, e mandou produzir alimentos e foi essa cultura que se implantou e se disseminou: o trabalho. Esta região tem de ser admirada não só pela exuberância de sua fauna e flora; deve ser admirada, também, pela exuberância de seu povo: o índio, o caboclo, o seringueiro, os migrantes sulistas, nordestinos e de tantos outros lugares do Brasil que aqui estão sendo desprezados e tendo seus direitos esquecidos ou desrespeitados pelo Estado e por outro sem número de pessoas de outras regiões que, sem o mínimo de conhecimento de causa e do sofrimento de nossa gente, taxam os nossos amazônidas de criminosos, grileiros e outros adjetivos pejorativos que denigrem a imagem de nosso povo e de nossa terra.
Medidas absurdas como esta, que mostram claramente a falta de preocupação e comprometimento social, têm de serem combatidas com veemência. Vê-se, notadamente, que não estão preocupados com as pessoas, que não são poucas, pois a cadeia produtiva do gado no Pará e seus reflexos, atinge, talvez, mais de 1milhão de pessoas, direta e indiretamente, além do efeito grandioso e imediato na economia do Estado do Pará, afetando muitos investimentos e ações do próprio Governo.
Isto não pode Acontecer, queremos somar forças para combater estas medidas imperativas, somos uma DEMOCRACIA e queríamos que assim permanecesse para que, com o diálogo, possamos implementar mudanças na consciência das pessoas, sejam de natureza cultural, econômica, social, educacional ou política. Assim conseguiremos modificar nossas ações, corrigir os erros, multiplicar nossos acertos e, acima de tudo, aprender respeitar o direito dos outros.
Esperamos que os senhores possam tomar ciência melhor desse assunto, conscintizarem-se da importância e urgência da causa, para poder defender os interesses deste Estado que já lhes é próprio e temos conhecimento.
Isaias da Silva Barros
Presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Altamira
5 comentários:
Isaias, é real a discriminação com o Estado do Pará e seu potencial economico. Infelizmente não temos um governo estadual a altura para realizar as políticas publicas adequadas a nossa rica região. Vamos pra rua, empresários, trabalhadores, donas de casa, e todos que de certa forma se sentem prejudicados por essa exposição negativa que o Pará está sofrendo.Thatiana Guimarães (thatiguima@hotmail.com)
Isaias, Parabenssssssssssss!!!
Finalmente alguem com coragem pra gritar aos quatro cantos do Brasil, SOCORRO!!!, queremos apenas o direito a dignidade. Que por lei, deveria ser nos dado. Nao somos bandidos, pelo contrario, somos pessoas corajosas, que nos anos 70, fomos "despejadas" aqui, e desde entao, enganadas, pela maioria dos politicos, que só veem em nos, o VOTO. Parabens!!!
É interessante que em nome de uma legalidade se comentam tantas barbaridades preconceituosos, com um povo tão sofrido que luta pela sobrevivência, colocando-os no mesmo balaio de gato, dos maus brasileiros que usam de todos os artifícios para se dar bem. É interessante, também que a sociedade amazônida se una para combater esse tipo de discriminação, que fala em preservação do que, pois o povo está jogado a sua porpria sorte.
MEUS CAROS, INFELIZMENTE ESTAMOS SOFRENDO AS ACÕES DE MERCENARIOS DO MEIO AMBIENTE, PESSOAS QUE NAO SERVIRAM PARA NADA E PASSAM A VIVER DE DOAÇOES DE ESTRANGUEIROS SOB A MAQUIAGEM DE ONGs AMBIENTAIS. SE HOUVESSE MESMO PREOCUPAÇAO COM O MEIO AMBIENTE E COM AS GERAÇOES FUTURAS, A PRIMEIRA CONDUTA QUE OS MAIORES POLUIDORES DO MUNDO FARIAM, SERIA DIMINUIR SUAS EMISSOES DE GASES DE EFEITO ESTUFA, PELO CONTRARIO CONTINUAM EM SEUS V8s, SEUS AQUECEDORES E ETC>>> OU SEJA NAO MUDAM NADA EM SEUS COSTUMES.
A redação do texto de Isaias é muito boa, mas se me permitem devo fazer algumas considerações. Amazônia é terra brasileira é terra nossa, independente de qual região nós brasileiros somos, essa premissa é verdadeira. Esta região, seu povo, sua cultura, sua riqueza sempre foram sinônimo de exploração, isso é verdade. Leis e projetos arbitrários para isto sempre foram implementados, como o citado por Isaias (integrar para não entregaar). Agora que fique bem claro, a amazônia só é Amazônia com suas riquesas naturais e sociais, e estas a respeita do respeito àquela e vice-versa, não há espaço para Amazônia e sua existência com a implantação de culturas "alienigenas", especialmente a sulista e internacional, que para tanto necessita do fim tanto das riquezas naturais quanto sociais. Acredito que não é apelando para as contradições culturais que aqui existem e defendendo o direito destas existirem que iremos salvar a Amazônia, é sim refazendo o nosso papel na amazônia, seja ele político, social, econômico, etc; em que realmente coloquem a amazônia em um rol de co-responsabilidade sustentável.
Infelizmente no Brasil, o poder público, em suas ações pouco educativas e muito impositivas, e nosso povo, acustumado com isso, espera a sua imposição para então começar a pensar no assunto, mesmo que relutando até as ultimas consequências, como é o caso dos pecuaristas, pouco vei contribuindo para conservação da Amazônia e sim para constituição de foras das leis e destruição.
Peço a todos que antes de pensar com o bolso, pense com a saúde de cada um de nós que vivemos aqui na amazônia, pois a esta nem o bolso pode salvar. INFELIZMENTE AS MUDANÇAS NEM SEMPRE AGRADAM A TODOS, COMO NA DÉCADA DE 70 NÃO AGRADOU OS INDIOS, RIBEIRINHOS E QUILOMBOLAS. Não há economia sem povo para consumir suas mercadorias e serviços.
Marcos André - Esp. em Saúde e Ciências SÓCIO-Ambietais.
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