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Dilma é a cara















Manchete:
O mundo dá um voto de confiança
Retranca: A eleita é bem avaliada por analistas internacionais, que a consideram capaz técnica e politicamente para manter o País no rumo do crescimento

Por Claudio Dantas Sequeira, para a IstoÉ, em edição extra.

Manchete: Na Búlgaria, a festa dos Roussevs
Retranca: Parentes de Dilma no Leste Europeu seguem até de madrugada a divulgação do resultado

Por Jamil Chade, para O Estado de S.Paulo, de Genebra.

Manchete: Líderes estrangeiros saúdam vitoriosa
Retranca: Presidente da França foi um dos primeiros a se manifestar sobre as eleições, antes mesmo dos resultados oficiais

Por Andrei Netto e Ariel Palácios, para O Estado de S.Paulo, de Paris.

Manchete: Assista ao primeiro pronunciamento da presidente eleita Dilma Rousseff
Retranca: Dilma Rousseff (PT) destacou neste domingo o fato de ser a primeira mulher eleita presidente do Brasil em seu pronunciamento após a vitória. A petista prometeu respeitar a Constituição e destacou as realizações do governo Lula (leia a íntegra).

Por Redação, para a Folha de S. Paulo, de São Paulo.


Quanta insônia

Dependendo o que é o motivo da insônia? No que me toca, é simplesmente trabalho acumulado.

No Serra Pelada do PSDB, deve ser a constatação de que São Paulo e Minas não mandam mais no País.

No reservado da liderança, peço apenas uma palavra: humildade.

Dilma quer submeter empresas privadas à controles do governo




















Citando nominalmente a Vale, a pré-candidata petista à presidência da República, a ministra da Casa Civil Dilma Roussef, diz em entrevista que: "Em relação à Vale, vamos ter de fazer exigências a respeito do uso da riqueza natural. Isso não significa reestatizar. Ela pode ser perfeitamente privada, desde que submetida a controles".

Confira a íntegra da entrevista aqui.

10 perguntas para Dilma Rousseff

Entrevista à revista Veja do último final de semana
A entrevista que se segue com a ministra Dilma Rousseff foi feita por e-mail e precedida de uma rápida conversa por telefone. Dilma respondeu a todas as perguntas enviadas, mas não aceitou réplicas a suas respostas

John Maynard Keynes, que a senhora admira, dizia alguma coisa equivalente a "se a realidade muda, eu mudo minhas convicções". Como sua visão de mundo mudou com o tempo e com a experiência de ajudar a governar um país? O Brasil superou uma ditadura militar e está consolidando sua democracia. A realidade mudou, e nós com ela. Contudo, nunca mudei de lado. Sempre estive ao lado da justiça, da democracia e da igualdade social.

Henry Adams, outro autor que a senhora lê com assiduidade, escreveu que "conhecer a natureza humana é o começo e o fim de toda educação política". A senhora acredita que conhece o bastante da natureza humana, em especial a dos políticos, mesmo sem ter disputado eleições antes? Conheço bem o pensamento de Henry Adams para saber que nessa citação ele se refere à política no seu sentido amplo. Falando no sentido estritamente eleitoral da sua pergunta, acredito que minha experiência de mais de quarenta anos de militância política e gestão pública permite construir um relacionamento equilibrado com as diferentes forças partidárias que participarão desse processo eleitoral.

Os brasileiros trabalham cinco meses do ano para pagar impostos, cuja carga total beira 40% do PIB. Em uma situação dessas, faz sentido considerar a ampliação do papel do estado na vida das pessoas, como parece ser a sua proposta? O que defendemos é a recomposição da capacidade do estado para planejar, gerir e executar políticas e serviços públicos de interesse da população. Os setores produtivos deste país reconhecem a importância da atuação equilibrada e anticíclica do estado brasileiro na indução do desenvolvimento econômico. Sem a participação do estado, em parceria com o setor privado, não seria possível construir 1 milhão de casas no Brasil.

Não fosse a necessidade de criar slogans e conceitos de rápida assimilação popular nas campanhas, seria o caso de superar esse debate falso e improdutivo sobre "estado mínimo" e "estado máximo", correto? Afinal, ninguém de carne e osso com cérebro entre as orelhas vive nesses extremos fundamentalistas. Qual o real papel do estado? Nos sete anos de nosso governo, ficou demonstrado o papel que vemos para o estado: induzir o desenvolvimento dos setores produtivos, priorizar os investimentos em infraestrutura em parceria com o setor privado, fortalecer e impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento científico-tecnológico, assegurando ganhos de produtividade em todos os setores econômicos. Modernizar os serviços públicos buscando responder de forma eficaz às demandas da população nas áreas da saúde, educação, segurança pública e demais direitos da cidadania. Chamo atenção para a comprovada eficácia dos programas que criamos. O Bolsa Família, o Luz para Todos, o Programa Minha Casa Minha Vida, as obras de sanea-mento e drenagem do PAC, entre outros, produziram forte impacto na melhoria de vida da população e resultaram também no fortalecimento do mercado interno. Finalmente, gostaria de destacar o papel do setor público diante da crise recente, o que permitiu que fôssemos os últimos a entrar e os primeiros a sair dela. Garantimos crédito, desoneração fiscal e liquidez para a economia.

O presidente Lula soube manter aceso o debate ideológico no PT, mas rejeitou todos os avanços dos radicais sobre o governo. Como a senhora vai controlar o fogo dos bolsões sinceros mas radicais do seu partido - em especial a chama da censura à imprensa e do controle estatal da cultura? Censura à imprensa e controle estatal da cultura estão completamente fora das ações do atual governo, como também de nossas propostas para o futuro.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso definiu a senhora como uma lua política sem luz própria girando em torno e dependente do carisma ensolarado do presidente Lula. Como a senhora pretende firmar sua própria identidade? Não considero apropriado discutir luminosidade com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A oposição certamente vai bater na tecla da personalidade durante a campanha, explorando situações em que sua versão de determinados fatos soaram como mentiras. Como Otto von Bismarck, o chanceler de ferro da Alemanha, a senhora vê lugar para a mentira na prática política? Na democracia não vejo nenhum lugar para a mentira. Como já disse em audiência no Congresso Nacional, em situações de arbítrio e regimes de exceção, a omissão da verdade pode ser um recurso de defesa pessoal e de proteção a companheiros.

Qual o perfil ideal de vice-presidente para compor sua chapa? Um nome que expresse a força e a diversidade da nossa aliança.

O presidenciável Ciro Gomes, aliado do seu governo, afirma que a aliança entre o PT e o PMDB é um "roçado de escândalos semeados". A senhora não só defende essa aliança como quer o PMDB indicando o vice em sua chapa. Não é um risco político dar tanto espaço a um partido comandado por Renan Calheiros, José Sarney e Jader Barbalho? Não se deve governar um país sem alianças e coalizões. Mesmo quando isso é possível, não é desejável. O PMDB é um dos maiores partidos brasileiros, com longa tradição democrática. Queremos o PMDB em nossa aliança.

O Brasil está cercado de alguns países em franca decomposição institucional, com os quais o presidente Lula manteve boas relações, cuidando, porém, de demarcar as diferenças de estágio civilizatório que os separam do Brasil. Como um eventual governo da senhora vai lidar com governantes como Hugo Chávez ou Evo Morales? Lidaremos com responsabilidade e equilíbrio com todos os países, respeitando sua soberania e sem ingerência em seus assuntos internos. É esse, também, o tratamento que exigimos de todos os países, em reciprocidade.

Para Osmar Dias Dilma é inviável eleitoralmente

Osmar receia o insustentável peso de Dilma Rousseff


O senador Osmar Dias colocou as barbas de molho depois de analisar a última pesquisa do Datafolha sobre a sucessão presidencial. Servir de escada e palanque para a ministra Dilma Rousseff não vai ser tarefa fácil.

Apesar de andar de braço dado com Lula para cima e para baixo, usando a máquina oficial de uma forma como nunca se viu antes na história deste país, a ministra estagnou nos 16% das intenções de voto.

A ministra Dilma vai ser uma companhia difícil. Além de passar uma imagem de rispidez, antipatia e prepotência, algo que o eleitor abomina, já vem com uma folha corrida daquelas.

Dilma é acusada de ter usado a máquina pública para forjar um dossiê contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-primeira dama Ruth Cardoso.

A ministra está envolvida num nebuloso episódio de falsificação do próprio currículo acadêmico, onde fez constar um mestrado e um doutorado inexistentes.

No último episódio grave em que se envolveu, Dilma é acusada pela ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira, de tê-la pressionado para aliviar a barra de José Sarney, alvo de uma devassa fiscal por parte da Receita.

O resumo da ópera é que Osmar pode se associar a uma candidatura dura de carregar que vai passar mais tempo se explicando do que fazendo campanha.

Osmar tirou dos números do Datafolha três conclusões preocupantes. A primeira delas é que Lula, por mais popular que seja, não demonstra capacidade de transferir votos e prestígio para Dilma.

A segunda é uma ilação preocupante. Se Lula não transfere votos para Dilma, que é do PT e notoriamente a candidata do coração do presidente, é mais ou menos evidente que Lula não transferirá votos para Osmar, que não é do PT e não identificado, nem pelos petistas, com o PT.

A terceira conclusão é uma inferência ainda mais preocupante. Se Lula não transfere votos para Dilma e, muito menos, para Osmar, não poderá tirar votos do candidato do PDT? A questão é relevante.

O Paraná sempre foi o Estado que mais rejeita o PT, Lula foi derrotado aqui por Serra em 2002 e por Alckmin em 2008. Será que a associação com o PT não será o beijo da morte para Osmar?

A questão está longe de ser acadêmica ou ociosa. Afinal, o cenário mais provável da eleição de 2010 aponta para um confronto entre o senador Osmar Dias e o prefeito Beto Richa.

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